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ints: Cuacpe Trsiace > 9 de ada baie -undagtoEors ds UNESP FEU) rg da e108 (nai 58427071 (ovelt) s24t-7172 Sedtaasoesom be Darran tiem aig) ri Fano Csi de Aro Lr Sto Paso I Gt), Tom eee) Sura ae pte veo < nin Eat = Hien R= Indies para calogo stems 1. Bde: Hitela S709 2 Mego Hina 3708 ara tad is. amen aBeu (a). = a. COPY & GRAFY PASTA N° Lyclivie che cob” PROF aranciice | Jicaiaiate QUANT. PAG. 4 7 ~ castro CARACTERISTICAS D4 EDUCAGAO MODERNA 1 AMODERNIDADE COMO REVOLUGAO PEDAGOGICA, Com o fim do Quatrocentos omando 1455 come ano-chave e an. simboto, com a queda do Império do Oriente, on L492, eam a descents ‘du América, a morte de Lorenzo, 9 Maghifco, 3 expulsta dos moutos {de Granada, on 1494, com o ino das dominagoesexrangeirt a is lia), fecha-e um longo cielo histrico «prepara e auto gualmen long ¢ talver ainda inconchiso, que € geraimente desigaado coins Moderne. Tatas de tm ctl hstrien que tem easier ‘ fundamente diferentes do anterior, em veg ac qual le ope ‘uptura consent, manifestandestnaturs subsanealmente hoi nease orgnins (0 debate em tomo da identlcagio dessas esruaras e dl interpre lagio da Modernidade tornowse, no cinso dos séculos © em pati nes atmos decnios, bastante acesoe cmplens, Todo os inp todavia, de modo prioritério, ublinhasn © aspecto de cesira da Modernidade, seu carster revlucionirio em relagto a uma txiedale fatten quanto Bs estes eeomdanjcas, quanto A urgaizaao soc « so perfil cultural como aquela que & precede! a Idsde Média, Com a Modernidade prepari-e odelinio e depois o desaparecimento daquela sosiedade de orlens que tinka sido tpi justamente da dade Media € ‘que negavao exericio das liberdadesindviduas parm wileraa, ao con ‘iro, os grandes organismos coleivos fa Igreja oo lnpéto, as tam bem familia €a comunidade), favorecendo o blaquelo de qualquer mx dangu e interchnbio socal. Esta sociedad de ordens era também una sociedade governada pela sutoridade politica, religios cultural, repre: sentada no grat: miximo pelo imperador © pelo papa, que eram os avalistas da ordem sociale culeral, como também ot intrprcte ¢ 08 sinivlos da ordem do cosmos, estabelecida pelo ato divino devia. Essa sociedade estiica, amoritri, tendencalmente imodifcivel, mesmo mas suas profundas,e constants, convals internas (as de clases social, de grupos religions, de ieolagie, de powos, entra ‘ise no fim dos anos Quarocentos, quando a Europa slice econom ‘anente (com a retomada do comérco paticamette (como nascent ‘dos Estados nacionase sua politica de controte sobre ta sociedad), snus tambéanideclogcamence, separando 0 munclan de religisoe ai mando sua autonome entralidadena por via do homer; quan doa Europa~ que, convém lembrar, éuma consign medieval, prom: ‘da pela feist pea dda do Impéio- se abe para © mundo: com as deseobertas geogrica, com seus comercis, seus intents de colon ago, politica ¢ relgiss: quando a prépria cltarasofre uma dupa « Profund transformaciu:radica-se ne homem e it ws eidades, ist € ligase’ expericia da vida individeale vocal, independentemente de qualquer hipotea religisa (como faz o humanisn,sobretudo alia), redescobrindo o valor auidnomo do pentamentoe da art, ov entlo se tirige para um nove debito do saber ~ cientficoténien = que quer in, Terpretar o mundo ta propria papa e tranforméto em provgto do homie (coma dirdo Bacon © Clie, A tuptura da Modernidade apresema-e, postato, como uma revo m muitos Smbiter: geagréfice, econo, poll ico, socal, ideoligico, cual e pedagogic, defo, também no ito edagégico. Como revclucio geogei, deslocn o ena da hitria do Meditertineo pars o Alinco, do Oviente para o Ocdente; © com at ingens de descaimenoe a colonzagéo das nova terra, prepara em IstOR DA PMCOGKA oF conto bastante estreto entre diferentes eas do mundo, entre eulas € cultura, entee modelos antepolégics diferentes (como oeorv com ex “selvagens”reconhecidos ora como indivi inferiotes em estado pre il ora como herderosdietos do “homem natural”. Come revolugio econémica,aeaba com 0 modelo feudal, ig 2 wn sistema econdmicofechado,bseado naagrcultur, paar por sua ves, ‘una economia de ineredmbio, baseada na mereadora eno dihelee, na ‘ptlizage, no invetimento, a produtividade: modelo que implica ima ralonalizaglo ds recursos (isaneeiot e humanos) ¢ ui elevlo do «eo como regra do crescimento econdimico. Nase tema capitals, ¢ ‘sc independente de princlpios ios, dejuntia ede slldaredade, para ‘acters, a0 contro, pelo puro cleo ecandanicoe pela explore fo de todo recurso (natura, human, tence), ‘Como revolt politics, Moderaidade gira em tomo do nascent do Bstido moderno, que é um Estado centralize, controlado pelo so- bruno em todas as suas fngdes,atento& propria prosperidade econt- ‘nica, organizigo segundo, criterias raionas de efiiela; um Estado- «80 © um Extado-patiménio nas mos do soberano. Asstn, mud também a eancepgio do poder: emborauncorada numa visio socal da Sigura do ri 0 exeretio efetve do poder se distrib eaplarmente pel ‘ociedade, através de um sistema de contole, de intiulges (a escola 0 cSrcere, da burocraia uo exerci, a0 intelectual) delegadas d elabo- ragho do conseaso ¢& penetragio de usta logica extatal fentalzagio das deisbs do controle) na sociedade em se conjunt, Gomo revolusio socal, promote a formacto ¢ a afrmagio de una ova clase: a burguesia, que nace nas edad © promove o nove pro- ‘eso econdmico (Capitals), assim como delineia ina nova concepete 40 mundo (nics e racionalisa) e novasrelagoes de poder (opondo-se 8 sxistocraca feudal eallndo-s cores, depois enrando em confito aero ‘também com esta e com seu modelo de Estado-parimonial e de exert. do abgohto do poder), Do ponto de vista ideoldgicoclturl, x Modernidade opera una pla wansformagio: primeir, de laclagto, emancipando & ments dade ~sobreaido das clases alias da sociedad ~ da iso teligiosa do ‘mundo e da vida humans e igando @ hemem & histéria e diregao do seu proceso (aiberdade,o progresa); segundo, de racionaliaag, pro= uzindo wina revelusha profunda not saberes que we Mgtimam « ve oF- ‘ganizam através de um livre wso ds rasio, a qual rege apenne ves ‘inealos interns (jam eles lgicos ou centficos, io &, analteos ov ‘experiments opondosea toda forma de preconeeito Serio minis aque caracerizard de modo orgtnico e explicco este novo modelo de rmentalidade e de eultra, com sua Fé no spere aude e na raion como citar; com sva oposgio A metasicae sea vinculo estreitisino com 2 ‘inca eo seu te lgicoe experimental ‘Tudo iso implica e produz também uina revolugio na edvcagio ena pedagogia. A formazio do hortem segue novos iieririssocaso taste segundo novor valores, etabelece novor modelos. A reflexo sabre ‘esses process de formagio vive a transformagio no sentida Isic © r ional que inceresa 8 ideologi eeu, ito 6, visio do mundo © 2 ‘organizclo dos aberes. Operate assim uma radical vieuda pedaggica ‘qu segue cminhos muito dstantes daquleaempreendidos pel er crit (estinados a formar © homem para a cular Dl, definido no rentida ico-religiso eno élco-polttico 0 prio; delineadas nid, e rigid ‘mente pelo magistrio da Tgrej; articladas de maneizadversa para as ras ordens soca — grains, tlatore,labrtoe) que reatiram sages toes ~ sobre tedricas ~ da Antighdade e da ua pria, visn ome ‘uma live formagto Iumnana em contato com citrate com a vida social (retoma-se Pat ern epic, mas tambéin atazes esas Fda além dos mesres de retricae de sabedoris, desde Epicuto a6 of exo), Segue-se 0 modelo do Homo fiber do suezo como indvido, embers ligandow 3 "cidade" e depois ao Esta, potencairando a sn capo! dade de transformar a realidad de impor a ela uma dirego e ums rotego, até mesmo a da utopia ‘Mudem assim of fins a educagio,desinando-se eta xu individuo tivo na sociedade,lberado de vnculos e de ordens, post como erifex _fertuna uae do mundo em quevive;um indvidwo mundanizado utzido de fe lacaeaberto para o cial rcional da ago e sus conseqoéncas, Mas mudam também os meios educativos: toda a sociedad se anima de ‘cas formatvos, ale da fata eda igre, come ainda da oficns ta ‘bém oexércit, também a eeoa, bem como noes ints sois hos itis, pritdes ou manietnios)agem em fangSo do comirle ds confor ‘ago soci, operand no sentido edvcativ; entre eva intisigbes, a escola ocupa ui aga aa vex mal on on Tananal pare deemelnento soda dere u eon {dnordem produit edoseosiema ein and ines prefiionay competnc gio stern tem nese), nf eee eae Gece cote Pani to Slee esutpe|-oeietisk rion tee enenea Iociot somptcr europe desaoms enc vc feta Inaioc se imrute, wodcando ise ei ucla cm rego se tSnpehisénae tt oes rads omen que potnt veer Sg ec eel ace ea ee fee Ra ig TAL ices ea ere tem ae aad ea ‘Sr rocte Mas ce thn una pedagogical queens a a eee er yan que tend ‘la desempena uma Fangio inaubaituvel cada ver mais central formar ‘homem-cidadia e formar o produto, cheganda depos, pucn a po4co, até diigente. Como tambérn nasce uma pedagogia anteopoliyicoato pica que tende adesafiar a exintente ea colocar tl deraio como overda ei sentido do pensar fazer pedagogia (como faz Comenius como fx Rousseau) Na Modernidade, a pedagogis-educagio ve renova, delinendo-se ‘como saber e como pris, para responder de forma nova quel pas sagem do mundo tradicional para o mundo modern, sobre qual ss Sram, ainda rcentement,hisoradorese tecrcos da pedagogi, conto (Clustee Suchodolk. a renavasio se configu como una revolulo ‘como um impulso eum salto em relagio an passido e como o ayetnen to de uma nova ordem, 2 ESTADO MODERNO, CONTROLE SOCIAL, PROJETO EDUGATIVO © mundo moder é stravessido por uma profinds ambighdade deixase guar pela ia de Uiberdade, mas efeua também ums exats ‘conmante agto de governo; pretend libertar © homes, «sociedad € cra de vinculos, orden emies, fazendo iver dle manera complet ‘xt lherdade, mas, o mesmo tempo, ende a molds profundamenteo jndivfduo segundo modelos sciis de comportatnento, tomando-o pro- diva © integrado. Trauese de uma antinomia, de wine oposigo fu lamontl que marcy a histra da Modernidede, x dls umn proceso dew tmético e inconclut, dlacerada e dindmico em seu proprio interior, « portanco problemitico aberto. Cumpre sllentar também que nap Ineiralase do Modersidade~aguela que coincide com a épocs modern, «que val de 1492 41789 - a antinomin nfo se toma conscientee, entre fortes impulos para a ibertgio (de clases, de individos, de Ea) uma precisa idealizagio da liberdade (pense-se no hnxmanisno ou no itwninimo, nos quai a berdade & vista como adgnits homie Fer ‘mento da hiséra), prevaleeo elemento da coaformidade, de una nova regulamentagio da sociedad e do indiviguo, Ser depos na epoca con lempordnea ~ da Revolugio Francesa até hoje ~ que a aninonia sed as summa como uma estuura inguiets como um problema art e corsa liosio, acentuando a drsmaticidade ea incomplete da odernidade. Aé 1789, naquele que foi chamsado Ancien Régime, o undo moder 1 se onguniza,sobrenudo, em worno dos processor de evi (His), le racionalzagao (Weber), de insttucionalzagso (Foucault) dt vida so- ‘al no seu conju, dando lugar a um exile de vids radicalmente novo, Nele se alrmmam comportmentos de astacontrole e de cunfarmidade a modelos de "boa mann ‘que revelam 0 nascimento de wine nora ‘enibildade soca ede uma convivéncia que redexcreve cada Ambito de agio do suck desde asoar o mars - com o uto do lego = a6 eta 8 mesa ~ com o uso do yarfo), censurando comportamentor detnarade {grosseizos solictindo um minucioso controle, Amachrecem também atts de racionalizagio: de una’ tea da eesponsabilidade, em relago ® da convigio {ideale ideoligia), que elabora um eileul. dos custos © fox beneficios de wna ago, que indaga sobre sia produtividade e ef ‘cis, Assim, a ran caleita se extende a toda a vida soca; da econo. min eiqueta,&polia, &eltura que se redefine no venti cientin ¢ ‘experimental. Hi depois a dimensio da initucionalizag, do mint «oto gonttoe soca, atiulado no tec da sociedad, exerci por meio aston Be PEDACOOLA. anh deine Eber vue dit rei A ings don tds © os comporaenton, ering de polo sia Gerencndas (ow os, on eiminton 1 doses, ov poe, Gros ee) que eo ea ada igen vito de wm neo redinam ocedde on dena sepeago det, para oes otend ‘© centro ord eo ete complexe prjete de pedopogiaso secede, de reorgeinrto ede costal de produto de comport menor intgradon asf lbs da vido voc ¢ 0 Exo: o Bade rmedero,entencid como poder execido por um ceo, eg 0260 uh ‘deo de ofa ractoal « prov, em aero contrate com @ ‘rerio de ores pderes (een, airs) ecm a wre ‘ncn dadesordem dos marginals fobs, crineson te). Open lo dene eno € ore gra booed, mas snd scald, cere una nate! hegemoni, endonl par crescent dew Eso abiolto eenalado. A torr do sberano opera por Maquare echgando depos a6 Hobbes deinen com exo ovr auion eas fora de poder repreennda pore figura de soberano soit (o picpe que ao dtingue eae mee fi, ques ‘io como ermine pi que exe 0 oder ae mesmo com or theo soberino €0 nowo Lev a0 ql compete todo dct etode Acegsto de pode)ZA mas expla realign hstria dete modelo de Estado oo na Franga~ com Heriqe com Lat XI oars de Richtee depois Mararn, cm La XV nie o std burr 0 merno eo exerclocentalado do pode mam corpo plen rene Mat amb a Ingatera ema Ean ores lemony dete rmodeloetrio omagto delinean oa atop satcnento dew no pede Baad, cimado jutaent Eade modero, oe, come Yoh str de controlador ode produor db leis impeivas para toda 2 comida, permanececomo'oprotgoninin etal de od o compl: 1 kinerseHidrco da Moderiade Foi Mel Fc guerre, recentemeneo pape “fndante* deste novo stern de gorerno par od vida oc, pra toda hi ria da Moderidae. Esta nce co decode povero ex pe cone tantementeo problema de como eee tl ant, faterogase sobre 3 verabiidae, ur 90 meno tno wexereevegondo umn nove Kine "Biblioteca "Prof Revmunde Nossa Boao] fe rv, qe €o dn “mio do poder" ona um er ave ae em fos epesoe do social, defen apr, micelégic james, «qe penta as consent staves dos corpo, x06 do conte mic Imibo de geton psig ates Tics, eablecendom orem de mm dicipting,trmand, asin, ot miter dee, poston eguindos els finds do poder, O indivi contrlad a parti do cope tna pra tomar dic, abl, e rbretid, a Goitc, BE ee trabalho, complexe hime, 6 exerci el ‘eso digas pelo Exad eda quis assed, agora prov don hospitals (que cram “endian” ox corps doen) 0 ma mio (qe conteam or loin e eprtn alowed ete 4 vida socal do perge da der), as saber spies (etx Ulta para vid cial, retcandoo sls Inada ¢ tri dona era (Qo format odes jen gers ea conforma Iocor de noralidade «de efctncnprodutidae stalin de Acad pli ideclgia) «0 extc. ; Segundo Foot m prin 60 co exemplar devas intersengiet innitconss nla se decnta x obra de eden arts do onl, ‘um controle minuciosoe invsvel (explictad pelo Panoption, wna es: ‘utara carcerétia pentagoral ma qual prsionero pdia ser vsto econ trolado em todas as suas ages pelos guardas, em que estes padesem ser vistos peo prisioniro, mas tbe uma organiza racionale pro tira de gesios, de hortrios, de obsgagies, que devem preduir, no fim, um individuo normslizado, {sees aspects, sublinhados por Foucault, so centrais na Modern dade, embora nfo exdusivor, podendo até combiner com ones dife- rentes € mesmo oposts (por exemplo, na vida familar, © forte “sen ‘mento da infincia” que idealzae varia 9 menina, pordle- no centro 1 fama, como lembrou Aris). Entetano, estamos diante dew obje tivo de interiorizagio do dominio soca, para conforma a sciedade a lum modelo e atraa para este projeco educaivo através de uma ago capilar difosa, na qual e para a qual convergem snus istiugoes, antiga © nova, que se estrutaram segundo ums taefa de orsalzasio de dominio dos mjekos, de supressio dos deevios¢ de produto das ‘convergtncias (de comportamentos, de idenr eentilos devia ete) ‘MISTORA DA FEDAG “Toda 9 soiedade articul-te em torn de wm projeto edseasivo ap sentase como ui sociedade educnva, embora edugue far 0 poder, prea conformagio aos seus modelos e 0s seus objetivos Eta educa Ss dspbe na yciedade de maneira submersa,escondia e, 30 tempo, capila,micrlégia, confindo mum fixe ariculado de agenctas (da aia eco, prisfo ete) onde se tena mais expliito 0 objetivo ‘edocativo, mas onde a dessjo de ibertagio (do individvo de vérns on Aiconaientos: do preconeito’ignorinca, 2 cega submisto ao destino ‘de caise)€ acompanad do dere de gorerno, de dresz0, de confor macho capilarefrgada que deve ser efetuada aguas instiigoes, se vd seja os compostamen Pree para todos, abarcando sea 8 mental © primeira aspecto da revolugio da Modernidade est ligado 8 dix fuse do prejto eductia e também, talversobretud, 3 sun colocat no bite do Estado, A Modernidide nase como na prejeso pedag fen que se dispde,ambiguamente, na dimensSo da iberagioe na di dando vida um projeto complexe eealic,tam- ‘bémconeradtéio,animado por um duple desi: ode enancipacio © de conformagéo, que permaneceram no centr da histria moder # co ‘emporinea como uma antinomia consiia, talver no supersvel, 20 mesmo tempo extrutural ecaracterizante da aventura edueativa do mu do moderne, 3 INSTITUGIONALIZAGAO EDUCATIVA E ESCOLA MODERN, Duns inwitigdes edvcaias, em particular, sofrem uma profunda redefniio ereorganizagio na Modemmidade: a fai ea escola, que se tomnam cada ves mais centrais na experiéncia formativa dos indivtduos © a prepria rsprodugto (cultura, ideodgica eprofisional) da sociedad ‘Aambas€delegado um papel cada vee mais definido e mais incsvo de ‘al mod que eas ve carregam cida ver nas dems identidade educative, de uma fargo nda x6 ligada ao cuidadoe a0 cresimento do suit em dade evolutiva ov A intrugt formal, mas ambém & formacho pessoal «| social a0 mesmo tempo. As dist nities chegamn a eabrir todo 0 arco {ds infncn-adolesctnca, como "osas”destinados A formagho das jorens ‘erage, segundo um modelo socatmenteaprovadoe Vefinido, Na Ma de Média, fama excolatnhamn ~ comparadas 3 Modernidade pec tos diverior: a familia era mais ampla e diapers, composta de muitos ileos,drigida peto pa (herdeiro do ptr fis atin) e abmtida 3 sa autoridade, orgunieada come uma microempreta mas como um no leo econdmico do que como um centro de afetos ede investimento #0- cial sobre as ovens geragbes a escola era sobre reliiosa, igada son rosteros e ts eatedrais, nto organicemente definida na sua estratur, tu sussnegrase na sua fangs, nf aticulada por “lasses de idade" ¢ ligada a uma ditatica pouo expecta e poten consciente Com o adven {o da Modernidade, faa e eco sotrem uma profunda renovagde Devemos a Arts e ao sex estudo de 1960 sobre Hira seit daft tis eda nc sindicagéo mals explicit desta dupla transforma. “A ago medieval nha enquecidoa aida dos antigo endo conhecia 4 edlucigio dos modernos(A nots eoiedade de hoje depende, sae que depende, do sucesso do seu sistema de educagto, eth um se. tna de edacagio, uma concepczo de educngto, uma conscidnea da sua importinis.(E,nesseaspecto,a nossa época € herdeiva dicta de urna ‘dang advinds com a Moderidade, que poe em velo 0 papel socal da educagioe redefine as das insiigdes,sobretudo, em relado a ete Papel. ¢famli, objeto de uma retosids como ntcleo de afetose si ‘ada pelo “sentimento da infnda*, que fat cada vez mais da ian 9 ‘centro-motor da via familie, labora um sitema de euidals ede con tools da mesa rianga, que endem 2 conformila a um idea, ma a ‘béma valoriz-ta como mito, ws miko de expontaneidade e de inocéaia, femora vezesabscuecido porcreldade,agtesnidade et, como ceor, Fe desde os jansenstas até Freud. Desse modo, cra-e um espago soil ae jaca: a fmf va-e um modelo de formas: privatindo ¢ familar; ease um saber ~ picologic, mético, pedagégics~ da intr ‘in, que nasce er vrtude sobretudo dos euiados familiares. A Fai Separa a crianga da sociedad, mas também se torna.o see gat edcatvo © se redesreve, como istituigo, em loro deste papek “Reconhecese ‘loravante*~ observa ainda Aries "que rang no end mada pars a ida, que antes de dei jvtarse aos adultos € necstriosubmeté la @ um regime especial, « uma expéce, de quarentena”, a familia, noe ‘spagoscontrcadose em atvidades planeadas. Assim nasceu também 6 ASTOR DA DAoOGLA. aos ‘sentimento moderno da familia. Os pais "nto se contetam mais em ape- as por filhos no mundo, em cuidas de alguns desineresando-se dos Intros. A maral da €poca impée que se dé a todos of filhos, fo 6 20 primogénito, eno fim dos anos Seisentes também ds filhas, ma prepa rag para vida. tare de asegura al arma €atrbulda& escola, -Accola subse o aprendizade tradicional As tees de Arits sobre a familia foram retomadas © aprofundadss eade Laset a Manoukian e Barba, etudioos com diferente oien- taghes dscplinarese ideolégies, mar que miblinharu a radial mu- dang das esruturasfaiianes na €poca moderna, 2 qual no éexranhs também a requalificagio edveativa da insinicfo familia, que se fi ca- ractrizando cada vez mas como familia nucle, om sj, constitutda por lu dno nico parental (mie-pabfilhor) qual o vinclos afetvos se ‘olocam eada ver mais ao centro, atrbuindo aoe filhos um papel-chave na vida da fama (como jéo lembramos). Ao lado da farina escola uma escola que instru e que forma, que ensina conhecimentos mas tam- bem comportamentos, que se artcula em tomo da didtica, da racional 1agio da aprendizagem dos diverioe saberet, ¢ em terno da dieplina, «a conformaggo programada e das prétca repressivas (contrite, mat Por iso mesmo produtora de novos comportamenton). Mat, sobretudo, jum escola que reorganiza~ racionalizando-a suas pris Finale des e seus meios expecficos)Uma escola aSo mais rem graduaglo mt ‘qual se ensinam as mesmas coisas a todos e segundo procesos de tipo sult, nfo mais earaterizada pela "promiscuidade das diversas idades” © portant, por,uina forte incapacdade educatva, por uma rebeldia ‘endémica por causn da agio dos mores sobre os menorese, tind ‘arcade pela “iberdade dos estudantes, sem diseiplina interna e exter: ‘a, Com ainstlgfo do colegio (no seulo XVD, porém, ter ino um process de reorganzajodiscplingy da escola ede raconalizago ¢ cot tole do ensno,ajravés da elaborao de métodos de ensinaleducago — ‘mais lebre fos Rati studiorun dos estas ~ que ixavamn um progra- ‘ma minucioso de estudo e de comportament, o qial Una a0 centro & lisciplin,o internat eas “canes de idade", alan da graduagto do en ‘Sinolaprendizagem.Esceve ainda Arts “Dos anos Quatrocentos er ‘e,e sobretudo nos ans Quinhentose Siscentos, embora perduratie & ‘concepgio medieval indiferente& dade, o colegio velo ve consagrando Iniciramente & educagto ¢ A formagio da javentoe, Mspirando-se nos clementor de pacologia que ve vinham descobrindo". Taber "é dessa. Gpoca a deseoberta da diseplina: ume displina constante e orginica, rut diferente da violéndia de uma autoridadenlo respeitads A dis ciplina escolar tem rales na disciplna ecesisica ou religiosa; € menos Instrumento de exercicio que de apefeigonmento mora © expria, € Dpuvenda pela ata fica, como condo necenia do trabalho em co- sum, mas também por sea ralor proprio de eifcagio de ances" Sobre a produtiidade da dseplina também dentro do trabalho ex: ‘ola, do ensinofaprendizagem, insist igualmente Foucault em Vigor « ‘nar, estado de 1975 dedicao A priso, mas 0 mesmo tempo & iden- tifleagio das estrutras sicrOnicas entre as diversas instuigSes que in team para separare para melhor eduear ou recuperar, ou conformar 2 fongio produtva que os virios syjetos devem cumpris na sociedad, sem resisténciase em desvos on oposgtes. Tis insiuighes, da piso ‘escola, passando pelo exérito, pelo hospital ete, operam anes de tudo ‘um minucioso controle do corpo: assim o far tambin a escola, que dit plina 0s gests © a8 posigoes do corpo, conformando-o (ot tentando conformé-) a um corpo "bem regulado", que intojtas as boas mane sae ¢ e submete &sutodisplina,Depoit, opera uma dviio pred o tempo, vido a organisi-lo, sem desperdicios e aprovetando cada parcea; toda a vida escolar é uma sucesso de obrigagSet produtinas o: fanizadas em unidades temporis. Tudo isso prods efcincia na ape izagem, mas também a interiorzagio de um uso produtivo do tempo, ‘que deve permanecer no centro da mentalidade do homem modero, tanto no trabalho quanto na vida privada Eni, a escola italia o mo ‘mento do exame ateibuindoshe © papel crucial no tabalo escolar. O ‘exame € 0 momento em que o syeto€ submetido a0 controle miximo, ‘mas de mode impessoal: mediante o controle do seu saber. Na realidad, por, o exame age sobretdo como instramentodisplinr, de contro- Te do mujito, como insrumento de cosformagio. Segundo Foucault, a excols, através ds “vigilinciahierénquica Uipla e crusada), do “controle interna © continuo", da “eangto nore malicadora” (0 sistema de prémios e cistigos, que introdus usa “micropenalidade”), que vera funcio corretia e eapacidade de reafirmar ‘carter regultiv do Normal, através enfim do exame, com 0“aparito LISTORIA DA PEDAGORS, do exame ininterrupto” que caracerta a eteola moderna, istaura ia poder sobre o njeito, produsindo-o regundo as instncias do Pode era ‘um corpo décil eum seta normalzado, que é antopologiaamente algo ‘de novo, um novo sete que interiorizoa o poder e re fol conformando segundo o seu modelo, Isto significa também que 3 escola faa abut dos um papel eum pei decdidamente ideogicas ela tora agente ‘da reprocigto sociale, em particular, da eologia dominance, do poder seus objetivos, seus ieaise aa ligica. A escola ve torna, como dirs Althuser, “aparatoideoégica de Estado” que conforma reprodusindo 2 forca de trabalho, mas sobreudo &ideologia. Ceramence, escola mo ae ee a enema ee trons rnc Slo eho Aveta ee eo supe a emf Cann Ser ua asaya coke eae ruaueaea cead Inno mein te con gee jes ore ea ear plaiery en, (da cana gp en pe ga canteen see dees Nea pee eee seen ree a gon i thos dota vin ite pur otis esa aes es cel Sa ees erates eee eee Salve diste/A edule ome pane sept Se ada a formagio do individuo, do sujeito como individuo, que € 0 centro nails loadin os Sige os eae feo Branca one eens ‘ab poole pelle tee oe opizc cade a etapa cal Sn ese outa easier ek cep eeema ot Sal ara eer cep mn Cae Eas cat eaacien omiaiaes Seatoniatctard fea knaes aoe cause ae ae cadens taneous vanaeeenne es spate ey en a Fu pe dr apr (ef a cone ope conformist) para reali © grande proceso dicotbmico ¢ aperéizo da pedagogia modems, ‘qneextrtura esta como problema e nela nfo encontra sos (e alez ‘nko possa encontréla: como é destino das antinomis,lembroa Kan), ‘manifesta que 0 proceso da Moderidade se apresenia coma incomple- ‘o, ambém em pedagogia, Essa incomplettude da Modernidade refer fe a0 processo de lberagto que ela avo (e que abuolatamente nfo se ‘conclu: 0s povos do Tercera edo Quarto Mundo quando e como seria liberados? no Ocidente a Hberagto esti contaminads de dominagio ‘como Hibertla, por tua vex?), mas também ye refere 30 prajto de go- HISTORIA DA PEDACOGIA Ml, emo que a guiou fea democraci, doravante, €0 produto maximo da, Modernidade, no Ambito polio e sca, como se relia? quaissio seus modelos? qual o sex sentido! Em amas as rene, a Moderidae nao ‘conclu 1 propria camino e ss antinomias, seus problemas perm necem ainda aberis, 8 espera gluco. Também em pedagogia: ean tipagio e conformagio ainda se confrontars como os nicleos em torn flor quais deve wabalhar © persamento edvctive contemporineo (€ a rss). Hoje de nto, as contadigdes da Moderiade foram “teveladas Feconhecidas, mosirando que aquele moderno ainda est incompleto, que, para o presenie, ele permanece em parte como uma trea. Retos peatvamente, todavia, a andlive da Modernidade em pedagogia nos most8 tum tinerrie de sentido que, em tarno da cposicio entre emaneipacio € conformagio, consti sua prépria wajetria« fxa a peri ident dade. Uma identdade profunds de bac, mas recorrente e estutut fue anima o foxo dos fendmenos educativos ¢ das elaboragbes pedag’- ext, por muitos séulos, 'Nio que, cumpre sublinhar, todo of eventos educativos © pedago- cos da Moderniade se coloquem nese iajetiria © apenas nest; de ‘aneira nenhuma: aquees longosséculos «io antes de tudo con te eventos buat independentes e verados, deveontinuos divergent lem de procenos locas (em momentos hstéricos, em areas cules, por aspectosparticalares) alheios | macroesrutara aqui delineada (per sete na educa do povo, qe realza por vas nao.insincionaliadas, Alivididas entre fn, Igeia, trabalho ¢comunidade, e que apresen ‘aractertaticas em geralatheas 3 educacio dos moulernos), mas ests ‘rutura representa o exo em torno do qual dinamicament ve agrege ‘educaga institcionalizada ea rllexvidade pedag6gia, xinds que de- pole a revivam sob formas dacrbnia esincroniamente diferencias, [Na época modesna (1492-1789), ealverprevalegaa bia da conformagto que orienta a reartculagio educative da Sociedade moderna, sind que asa emancipacio - j com os humanists ~ ja camo mola gention do rdalho da historia ocidental, inclusive edventva,embora sob forme ainda menos desenvalvidas € menos radiest, em rlagio & época co tempordnea (1780-hoje) (q re

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