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Márcio Vasconcelos
www.editoraferreira.com.br
O passo inicial da criação de uma área de livre comércio na América do Sul foi dado em
1985, no encontro dos presidentes José Sarney e Raúl Alfonsín, realizado em Foz do
Iguaçu. A Ata de Iguaçu, documento formulado na reunião, foi o início de um projeto
para a formação de uma área de livre comércio.
Sendo assim, associando-se ao Mercosul numa posição bem peculiar, Chile e Bolívia
tornaram-se parceiros comerciais dos demais países-membros. Percebe-se com isso que,
de fato, existe um processo caracterizado por um gradativo aprofundamento das relações
comerciais entre Mercosul e seus associados. Processo este ainda em andamento, mas
que vai depender bastante das diretrizes políticas dos novos governos desses países.
Tanto na Bolívia como no Chile, os governos de Evo Morales e Michele Bachelet seguem
uma tendência de esquerda política, que podem beneficiar a aceleração do processo em
andamento de integração definitiva desses países ao Mercosul.
No Chile, a presidenta eleita Michele Bachelet afirmou que é a favor de uma relação mais
intensa com os demais países do continente sul-americano: "A melhor coisa que pode
acontecer ao Chile é que os países vizinhos estejam bem. E a minha defesa será sempre
por mais e mais integração".
Já na Bolívia, o presidente Evo Morales afirmou que o aprofundamento das relações com
o Mercosul é importante para a integração regional e que a Bolívia irá trabalhar para a
união dos países da América do Sul.
Não podemos esquecer também que a Venezuela passa por um recente processo de
integração com o Mercosul. De acordo com os preceitos bolivarianos defendidos por Hugo
Chavez, que prega a união dos países do continente sul-americano, o país se aproxima
do bloco buscando fortalecer a região contra as interferências externas, principalmente as
manipuladas pelo governo norte-americano.