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ABNT NBR 15575-1_2013 Edificagées Habitacionais — Desempenho Parte 1: Requisitos gerais Prefacio ‘A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 6 0 Foro Nacional de Normalizagao, As Normas Brasileiras, ‘cujo contetido € de responsabilidade dos Comilés Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizaco Setorial (ABNT/ONS) e das Comissdes de Estudo Especiais (ABNT/CEE), sao elaboradas por Comissdes de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores @ neutros (universidade, laboratério e outros). (Os Documentos Técnicos ABNT sao elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2. ‘A Associagéo Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atengao para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT no deve ser considerada responsavel pela identificagao de quaisquer direitos de patentes. ‘A ABNT NBR 15575-1 foi elaborada no Comité Brasileiro da Construgao Civil (ABNTICB-02), pela Comissao de Estudos de Desempenho de Exificagdes (CE-02.136.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n® 10, de 28.09.2007 a 27.11.2007, com 0 ntimero de Projeto 02:136.01-001/1 ‘A ABNT NBR 15575, sob 0 titulo geral “Edificagdes habitacionais — Desempenho”, tem previséo de conter as ‘seguintes partes: — Parte 1: Requisitos gerais; — Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais; — Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos; — Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedagées verticaisinternas e externas; — Parte 5; Requisitos para os sistemas de coberturas; — Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitarios Esta versdo da ABNT NBR 15575-1:2013 cancela e substitul as versdes anteriores da ABNT NBR 15575-1. Introdugao Normas de desempenho sao estabelecidas buscando atender as exigéncias dos usuarios, que, no caso desta Norma, referem-se a sistemas que compdem edificagdes habitacionais, independentemente dos seus materials constituintes e do sistema construtivo utilizado. foco desta Norma esta nas exigéncias dos usuarios para o edificio habitacional e seus sistemas, quanto ao seu comportamento em uso e nao na prescrigao de como os sistemas sao construidos. A forma de estabelecimento do desempenho 6 comum e internacionalmente pensada por meio da definigao de requisitos (qualitativos), critérios (quantitativos ou premissas) e métodos de avaliagdo, 0s quais sempre permitem ‘a mensuragao clara do seu cumprimento. ‘As Normas assim elaboradas visam de um lado Incentivar e balizar o desenvolvimento tecnolégico e, de outro, orientar a avaliagdo da eficiéncia técnica e econémica das inovagdes tecnolégicas. ‘As Normas prescritivas estabelecem requisitos com base no uso consagrado de produtos ou procedimentos, buscando o atendimento as exigéncias dos usuarios de forma indireta. Por sua vez, as Normas de desempenho traduzem as exigéncias dos usuarios em requisites e critérios, e so consideradas como complementares 4s Normas prescritivas, sem substitui-las. A utilizagao simulténea delas visa atender s exigéncias do usuario com solugées tecnicamente adequadas. No caso de conflto, diferenga ou divergéncia de critérios ou métodos entre as normas prescritivas e esta norma, deve-se atender a todos os critérios e métodos de todas as normas. ‘A abordagem desta Norma explora conceitos que muitas vezes ndo so considerados em Normas prescritivas, especificas, como, por exemplo, a durabilidade dos sistemas, a manutenibilidade da edificagao e 0 conforto tatil @ antropodinamico dos usuarios, Todas as disposigées contidas nesta Norma sao aplicaveis aos sistemas que compéem edificagdes habitacionais, projetados, construfdos, operados e submetidos a intervengées de manutencdo que atendam as instrugées especificas do respective manual de operagdo, uso e manutencao, Requisitos aplicavels somente para edificagées de até cinco pavimentos serao especificados em suas respectivas segoes. Requisitos e critérios particularmente aplicaveis a determinado sistema sao tratados separadamente em cada Parte desta Norma. Esta Parte da ABNT NBR 15575 se refere as exigéncias dos usuarios e aos requisitos gerais comuns aos diferentes sistemas, estabelecendo as diversas interagées e interferéncias entre estes. 1 Escopo 1.1. Esta Parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisites e critérios de desempenho que se aplicam as edifacagdes habitacionais, como um todo integrado, bem como serem avaliados de forma isolada para um ou mais sistemas especificos. 1.2 Esta Parte da ABNT NBR 15575 nao se aplica a obras em andamento ou a edificagdes concluidas até a data da entrada em vigor desta Norma, Também nao se aplica a obras de reformas nem de “retrofit nem edificacdes provisérias. 1.3. Esta Parle da ABNT NBR 15575 ¢ utlizada como um procedimento de avaliago do desempenho de sistemas construtivos. 1.4 Os requisitos estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR15575 (Secdes 4 a 17) sao complementados pelos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR15575-6. 1.5 Os sistemas elétricos das edificacdes habitacionais fazem parte de um conjunto mais amplo de Normas com base na ABNT NBR 5410 e, portanto, os requisitos de desempenho para esses sistemas nao estao estabelecidos nesta ABNT NBR 15575, 1.6 Esta parte ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acustico, luminico e de seguranga ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela prépria natureza confliante dos critérios de medigdes, por exemplo, desempenho aciistico (janela fechada) versus desempenho de ventilagao (janela aberta). 1.7 Requisitos aplicdveis somente para edificagées de alé cinco pavimentos serdo especificados em suas respectivas secies. 2 Referéncias Normativas Os documentos relacionados a seguir so indispensaveis a aplicacao deste documento. Para referéncias datadas, aplicam-se somente as edigdes citadas. Para referéncias nao datadas, aplicam-se as edigdes mais recentes do referido documento (incluindo emendas), ABNT NBR 5410, Instalagées elétricas de baixa tensaio ABNT NBR 5419, Protecdo de estruturas contra descargas atmosféricas ABNT NBR 5629, Execugdo de tirantes ancorados no terreno ABNT NBR 5649, Resorvatério de fibrocimento para agua potével - Requisitos ‘ABNT NBR 5671, Participagao dos intervenientes em servigos obras de engenharia e arquitetura ABNT NBR 5674, Manutencéo de edificagdes — Procedimentos ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto — Procedimentos ABNT NBR 6122, Projeto ¢ execugao de fundagoes ABNT NBR 6136, Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Requisitos ABNT NBR 6479, Portas e vedadores — Determinagao da resisténcia ao fogo ABNT NBR 6488, Componentes de construgo — Determinagéo da conduténcia e da transmiléncia térmica - ‘Método da caixa quente protegida ABNT NBR 6565, Elastémero vulcanizado — Determinago do envelhecimento acelerado em estufa ABNT NBR 7190, Projeto de estruturas de madeira ABNT NBR 7398, Produto de ago ou ferro fundido revestido de zinco por imersdo a quente — Verificagdo da aderéncia do revestimento ABNT NBR 7400, Produto de ago ou ferro fundido - Revestimento de zinco por imersao a quente — Verificagao da uniformidade do revestimento ABNT NBR 8044, Projeto geotécnico ABNT NBR 8094, Matorial metdlico revestido @ néo-revestido — Corrosao por exposi¢ao 4 névoa salina ABNT NBR 8096, Material metélico revestido e ndo-revestido - Corraséo por exposigéo ao didxido de enxofre ABNT NBR 8491, Tijolo macico de solo-cimento ABNT NBR 8681, Ades @ seguranga nas estruturas ~ Procedimentos ABNT NBR 8800, Projeto © execugao de estruturas de ago de edificios (método dos estados limites) ABNT NBR 9050, Acessibilidade a edificagdes, mobiliério, espagos e equipamentos urbanos ABNT NBR 9082, Projefo ¢ execugao de estruturas de concreto pré-moldado ABNT NBR 9077, Saidas de emergéncia em edificios ABNT NBR 9441, Execugéo de sistemas de detecgao de alarme de incéndio ABNT NBR 9457, Ladritho hidrailico ABNT NBR 10151, Actistica - Avaliagao do ruido em Areas habitadas, visando 0 conforto da comunidade — Procedimentos ABNT NBR 10152, Niveis de ruido para conforto actistico ABNT NBR 10834, Bloco vazado de solo-cimento sem fungao estrutural ABNT NBR 10837, Célculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto ABNT NBR 10898, Sistema de iluminagdo de emergéncia ABNT NBR 11173, Projeto e execugao de argamassa armada ABNT NBR 11682, Estabilidade de taludes ABNT NBR 12693, Sistemas de protegao por extintores de incéndio ABNT NBR 13281, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Requisitos ABNT NBR 13434-1, Sinalizagao de seguranga contra incéndio e panico — Parte 1: Principios de projeto ABNT NBR 13434-2, Sinalizagdo de seguranga contra incéndio e panico ~ Parte 2: Simbolos e suas formas, dimensoes ¢ cores ABNT NBR 13438, Blocos de concreto celular autoclavado ABNT NBR 13523, Central de gés liquefeito de petréleo (GLP) ABNT NBR 13714, Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incéndio — Procedimentos ABNT NBR 13858-2, Telhas de concreto — Parte 2: Requisitos © métodos de ensaio — Procedimentos ABNT NBR 14037, Manual de operacao, uso e manutengao das edificagdes — Contetido e recomendagées para elaboragao e apresentacao ABNT NBR 14323, Dimensionamento de estruturas de ago de edificios em siluagao de incéndio — Procedimento ABNT NBR 14432, Exigéncias de resisténcia ao fogo de elementos construtivos de edificagdes — Procedimento ABNT NBR 14762, Dimensionamento de estruturas de aco constituidas por perfis formados a trio - Procedimento ABNT NBR 15200, Projeto de estruturas de concreto em situagdo de incéndio ABNT NBR 15210-1, Telha ondulada de fibrocimento sem amianto © seus acessérios - Parte 1: Classificagéo @ requisitos ABNT NBR 15215-3, /luminagao natural - Parte 3: Procedimento de céilculo para a determinagao da iluminago natural em ambientes internos ABNT NBR15220-2, Desempenho térmico de edificagdes — Parte 2: Métodos de caloulo da transmiténcia térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificacbes ABNT NBR 15220-3, Desempenho térmico de edificagdes — Parte 3: Zoneamento bioclimatico brasileiro e diretrizes construtivas para habitacées unifamiliares de interesse social ABNT NBR 1520-4, Desempenho térmico de edificagdes — Parte 4: Medico da resisténcia térmica e da ‘condutividade térmica pelo principio da placa quente protegida ABNT NBR 15319, Tubos de concreto, de seeao circular, para cravagao — Requisitos e métodos de ensaio ABNT NBR 15526, Redes de distribui¢do interna para gases combustiveis em instalages residenciais e comerciais - Projeto e execugao ANSI/JASHRAE 74, Method of Measuring Solar-Optical Properties of Materials ASHRAE Standard 140 - AMERICAN SOCIETY OF HEATING, REFRIGERATING AND AIRCONDITIONING ENGINEERS. New ASHRAE standard aids in evaluating energy analysis programs: Standard 140-2007, ASTM C1371, Standard Test Method for Determination of Emittance of Materials Near Room Temperature Using Portable Emissometers ASTM C177, Standard Test Method for Steady-State Heat Flux Measurements and Thermal Transmission Properties by Means of the Guarded-Hot-Plate Apparatus ASTM ©351-928, Standard Test Method for Mean Specific Heat of Thermal Insulation ASTM C518, Standard Test Method for Steady-State Thermal Transmission Properties by Means of the Heat Flow Meter Apparatus ASTM E424-71, Standard Test Methods for Solar Energy Transmittance and Reflectance (Terrestrial) of Sheet Materials ASTM G154-06, Standard Practice for Operating Fluorescent Light Apparatus for UV Exposure of Nonmetallic Materials ASTM 1413-07, Standard Test Method for Wood Preservatives by Laboratory Soil-Block Cultures BS 7453 Guide to durabilty of buildings and building elements, products and components Eurocode 2, Design of concrete structures Eurocode 3, Design of stee! structures Eurocode 4, Design of composite steel and concrete structures Eurocode 5, Design of timber structures Eurocode 6, Design of mansory structures Eurocode 9, Design of aluminium structures 180 7726, Ergonomics of the thermal environment — Instruments for measuring physical quantities 1SO 8302, Thermal insulation - Determination of steady-state thermal resistance and related properties - Guarded hot plate apparatus 1SO 15686-1, Buildings and constructed assets — Service ife planning — Part 1: General principles: 1SO 1686-2, Buildings and constructed assets - Service life planning - Part 2: Service lfe prediction procedures 1SO 15686-3, Buildings and constructed assets ~ Service Ife planning ~ Part 3: Performance audits and reviews 1SO 15686-5, Buildings and constructed assets — Service life planning — Part 5: Life cycle costing ISO 15686-6, Buildings and constructed assets — Service life planning — Part 6: Procedures for considering environmental impacts (avaiable in English only) ISO 18686-7, Buildings and constructed assets feedback of service life data from practice Service life planning - Part 7: Performance evaluation for JIS A 1423, Simplified test method for emissivity by infrared radio meter UNE - EN 410 ~ 1998 — Vidrio para la edificacién — Determinacién de las caracteristicas luminosas y solares de los acristalamientos. UNE — EN 12898 - Vidrio para la edificacién — Determinacién de la emisividad 3. Termos e definigées Para os efeitos desta Parte da ABNT NBR 15575, aplicam-se os seguintes termos e definigdes. 34 agente de degradacao tudo aquilo que agindo sobre um sistema contribui para reduzir seu desempenho 32 absortancia a radiagao solar ‘Quociente da taxa de radiagdo solar absorvida por uma superficie pela taxa de radiago solar incidente sobre esta mesma superficie (ABNT NBR 15220-1:2005) 33 capacidade Térmica quantidade de calor necesséria para variar em uma unidade a temperatura de um sistema em kii(m?.K) calculada conforme ABNT NBR 15220-2:2005 item 4.3. 34 componente unidade integrante de determinado elemento da edificagao, com forma definida e destinada a cumprir fungées especificas (exemplos: bloco de alvenaria, telha, folha de porta) 35 condigées de exposigao; agdes conjunto de agdes atuantes sobre a edificagéo habitacional, incluindo cargas gravitacionais, agdes externas © ages resultantes da ocupacao 3.6 construtor pessoa fisica ou juridica, legalmente habilitada, contratada para executar 0 empreendimento, de acordo com {9 projeto e em condigdes mutuamente estabelecidas 37 critérios de desempenho especificagées quantitativas dos requisitos de desempenho, expressos em termos de quantidades mensuraveis, a fim de que possam ser objetivamente determinados 3.8 custo global custo total de uma edificagaio-ou de seus sistemas, determinado considerando-se, além do custo inicial, os custos de operagao e manutengao ao longo da sua vida util 3.9 desempenho comportamento em uso de uma edificacao e de seus sistemas 3.10 degradagao redugao do desempenho devido a atuagao de um ou de varios agentes de degradacao 311 dia tipico de verdo: & definido como um dia real, caracterizado pelas seguintes varidveis: temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do vento, radiagao solar incidente em superficie horizontal para o dia mais quente do ano segundo a média do perfodo dos tilimos 10 anos. A Tabela A2 apresenta os dados para algumas cidades. 3.42 dia tipico de Invern: 6 definido como um dia real, caracterizado pelas seguintes variéveis: temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do vento, radiacao solar incidente em superficie horizontal para o dia mais frio do ano segundo a média do periodo dos tiltimos 10 anos. A Tabela A3 apresenta os dados para algumas cidades. 3.13 durabilidade capacidade da edificagao-ou de seus sistemas de desempenhar suas fungGes, ao longo do tempo e sob condigdes de uso e manutencao especificadas. Nota — Durabilidade é comumente utilizado como termo qualitativo para expressar a condigéo em que a edificagao ou seus sistemas mantem seu desempenho requerido durante a vida util (ver ISO 16.311-1) 344 elemento parte de um sistema com fungdes especificas. Geralmente é composto por um conjunto de componentes (exemplo: parede de vedagao de alvenaria, painel de vedagao pré-fabricado, estrutura de cobertura) 3.45 Empresa especializada ‘organizagdo ou profissional liberal que exerce fungéio na qual é exigida qualificagao técnica especifica e cujo controle ¢ disciplina sao deferidos legalmente pelos conselhos e ordens profissionais. 3.16 especificagoes de desempenho Conjunto de requisites @ critérios de desempenho estabelecido para a edificagéo—ou seus sistemas. As especificagdes de desempenho sao uma expresso das fungées exigidas da edificagao-ou de seus sistemas e que correspondem a um uso claramente definido; no caso desta Norma, referem-se ao uso habitacional de edificagoes. 3.47 exigéncias do usuario conjunto de necessidades do usuario da edificaco-habitacional a serem salisfeitas por este (e seus sistemas), de modo a cumprir com suas fungées 3.18 estado da arte ‘estagio de desenvolvimento de uma capacitacao técnica em um determinado momento, em relagao a produtos, processos e servigos, baseado em descobertas cientificas, tecnolégicas ¢ experiéncias consolidadas e pertinentes 3.19 falha ‘ocorréncia que prejudica a utilizago do sistema ou do elemento, resultando em desempenho aquém do requerido. 3.20 fornecedor pessoa fisica ou juridica, pablica ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de montagem, criagdo, construgao, transformacéo, importagao, exportacdo, distribuicdo ou comercializagao de produtos ou prestagao de servigos 3.21 garantia legal direito do consumidor de reclamar reparos, recomposigao, devolugo ou substituigao do produto adquirido, conforme legislacdo vigente. 3.22 garantia certificada condigdes dadas pelo fomecedor por meio de certificado ou contrato de garantia para reparos, recomposigao, devolugao ou substituigdo do produto adquirido. 3.23 incorporador pessoa fisica ou juridica, comerciante ou nao, que, embora no efetuando a construga, compromisse ou efetive ‘a venda de fragdes ideais de terreno, objetivando a vinculagao de tais fragdes a unidades autonomas, ‘em edificagdes a serem construidas ou em construgdo sob regime condominial, ou que meramente accita propostas para efetivacdo de lals transagées, coordenando e levando a termo a incorporacdo e responsabilizando-se, ‘conforme o caso, pela entrega em certo prazo, prego e determinadas condigdes das obras concluidas 3.24 inovagao tecnolégica aperfeicoamento tecnolégico, resultado de atividades de pesquisa, aplicado ao processo de produgao do edificio, ‘objetivando a melhoria de desempenho, qualidade e custo do edificio ou de um sistema 3.25 inspegao predial de uso e manutengao verificagao, através de metodologia técnica, das condicdes de uso e de manutencao preventiva e corretiva da edificagao 3.26 manual de operagao, uso e manutengao documento que retine apropriadamente todas as informagdes necessarias para orientar as atividades de operagao, so e manuteng&o da edificagao Nota — Também conhecido como manual do proprietario, quando aplicado para as unidades auténomas, e manual das areas comuns ou manual do sindico, quando aplicado para as areas de uso comum. 3.27 manutengao conjunto de atividades a serem realizadas ao longo da vida total da edificagdo para conservar ou recuperar a sua capacidade funcional e de seus sistemas constituintes de atender as necessidades e seguranca dos seus usuarios, 3.28 operagao conjunto de atividades a serem realizadas em sistemas e equipamentos com a finalidade de manter a edificagao ‘em funcionamento adequado 3.29 manutenibilidade grau de facilidade de um sistema, elemento ou componente de ser mantido ou recolocado no estado no qual possa executar suas fungdes requeridas, sob condigdes de uso especificadas, quando a manutengao é executada sobre condigées determinadas, procedimentos e meios prescritos 3.30 norma de desempenho conjunto de requisitos e critérios estabelecidos para uma edificagdo-habitacional e seus sistemas, com base em exigéncias do usuario, independentemente da sua forma ou dos materiais constituintes 3.31 norma prescritiva conjunto de requisites e critérios estabelecidos para um produto ou um procedimento especifico, com base na consagragao do uso ao longo do tempo 3.32 Patologia No conformidade que se manifesta no produto em fungao de falhas no projeto, na fabricagao, na instalagdo, na execucao, na montagem, no uso ou na manutengdo bem como problemas que ndo decorram do envelhecimento natural 3.33 pé-direito distancia entre o piso de um andar e 0 teto dese mesmo andar. 3.34 prazo de garantia legal periodo de tempo previsto em lei que 0 consumidor dispée para reclamar dos vicios (defeitos) verificados na ‘compra de produtos duraveis. 3.35 prazo de garantia certificada periodo de tempo, acima do prazo de garantia legal, oferecido voluntariamente pelo fornecedor (incorporador, construtor ou fabricante) na forma de cerlificado ou termo de garantia ou contralto, para que o consumidor possa reclamar dos vicios (defeitos) verificados na compra de seu produto. Este prazo pode ser diferenciado para cada um dos componentes do produto a critério do fornecedor, itos de desempenho condigées que expressam qualitativamente os atributos que a edificag4o-habitacional e seus sistemas devem possuir, a fim de que possam satisfazer as exigéncias do usuario 3.37 “retrofit” remodelagdo ou atualizagao do edificio ou de sistemas, através da incorporagao de novas tecnologias e conceitos, normalmente visando valorizagdo do imével, mudanga de uso, aumento da vida util, eficiéncia operacional eenergética 3.38 ruina caracteristica do estado-limite Ultimo, por ruptura ou por perda de estabilidade ou por deformagao acima dos limites de estado limite ultimo estabelecido em normas 3.39 sistema a maior parte funcional do edificio, Conjunto de elementos e componentes destinados a cumprir com uma macrofungdo que a define (exemplo: fundagéo, estrutura, vedagdes verticais, instalagSes hidrossanitérias, cobertura) Nota - As ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6 tratam do desempenho de alguns sistemas da edificago, 3.40 transmitancia térmica transmissdo de calor em unidade de tempo e através de uma area unitaria de um elemento ou componente construtivo; neste caso, dos vidros e dos componentes opacos das paredes externas e coberturas, incluindo as resisténcias superficiais interna e externa, induzida pela diferenga de temperatura entre dois ambientes. A transmitancia térmica deve ser calculada utilizando 0 método de calculo da NBR. 15220-2:2005 ou determinada através do método da caixa quente protegida da NBR 6488. 3.41 pessoa que ocupa a edificagao-habitacional 3.42 vida util (VU) periodo de tempo em que um edificio e/ou seus sistemas se prestam as atividades para as quais foram projetados e construidos considerando a periodicidade e correta execugéo dos processos de manutengao ‘especificados no respectivo Manual de Uso, Operacdo e Manutengao (a vida itl ndo pode ser confundida com prazo de garantia legal e cerlficada). Nota - Interferem na vida util, além da vida util projetada, das caracteristicas dos materials e da qualidade da construgdo como um todo, o correto uso e operacao da edificagéo e de suas partes, a constancia e efetividade das operagdes de limpeza e manutencao, alteragdes climaticas e niveis de poluigao no local da obra, mudangas no entorno da obra ao longo do tempo (transito de veiculos, obras de infraestrutura, expansao urbana), etc. O valor real de tempo de vida itil seré uma composigao do valor tedrico de Vida Util Projetada devidamente influenciado pelas agdes da manutengao, da utilizagao, da natureza e da sua vizinhanga. As negligéncias no ‘cumprimento integral dos programas definidos no manual de operagao, uso e manutengao da edificagao, bem ‘como ages anormais do melo ambiente, irdo reduzir o tempo de vida util, podendo este ficar menor que o prazo te6rico calculado como Vida Util Projetada. 3.43 la Util de Projeto (VUP) Periodo estimado de tempo para o qual um sistema é projetado a fim de atender aos requisites de desempenho estabelecidos nesta norma, considerando 0 atendimento aos requisitos das normas aplicdveis, o estégio do conhecimento no momento do projeto e supondo o cumprimento da periodicidade e correta execugdo dos processos de manutengao especificados no respectivo Manual de Uso, Operagdo e Manutengo (a VUP nao deve ‘ser confundida com tempo de vida Util, durabilidade, prazo de garantia legal e certificada). Nota: A VUP é uma estimativa te6rica de tempo que compée o tempo de vida util. © tempo de VU pode ou nao ser confirmado em fungo da eficiéncia e registro das manutengdes, de alteragdes no entorno da obra, fatores climaticos, ete. 4° Exigéncias do usudrio 4. Generalidades Para os efeitos desta Norma, apresenta-se uma lista geral de exigéncias dos usudrios, descrita em 4.2 a 4.4 © utiizada como referéncia para o estabelecimento dos requisitos e critérios. Sendo atendidos os requisitos © critérios estabelecidos nesta Norma, considera-se para todos os efeitos que estejam salisfeitas as exigéncias do usuario. 4.2 Seguranca As exigéncias do usudrio relativas & seguranga so expressas pelos seguintes fatores: — seguranga estrutural; — seguranga contra o fog — _seguranga no uso e na operacao. 4,3 Habitabilidade As exigéncias do usuario relativas & habitabilidade so expressas pelos seguintes fatores: — estanqueidade; — desempenho térmico; — desempenho acistico; — desempenho luminico; — satide, higiene e qualidade do ar; — funcionalidade e acessibilidade; — conforto tatil e antropodinamico. 44 Sustentabilidade As exigéncias do usuario relativas a sustentabilidade sdo expressas pelos seguintes fatores: — durabilidade; — manutenibilidade; — impacto ambiental 4.5 Nivel de desempenho 45.1 Em fungdo das necessidades basicas de seguranga, salde, higiene © de economia, séo estabelecidos para os diferentes sistemas requisitos minimos de desempenho (M) que devem ser considerados e atendidos 45.2 Os valores relatives aos niveis_intermediério () © superior (S) estéo indicados nos Anexos E da ABNT NBR 15575-1, ABNT NBR 15575-2 e ABNT NBR 15575-3, no Anexo F da ABNT NBR 1575-4 eno Anexo | da ABNT NBR 15575-5. 5 Incumbéncias dos intervenientes 5.1 Generalidades As incumbéncias técnicas de cada um dos ABNT NBR 5671 lervenientes encontram-se estabelecidas em 5.2 a 56 e na 5.2 Fomecedor de insumo, material, componente e/ou sistema Cabe ao fornecedor de sistemas caracterizar o desempenho de acordo com esta norma. Convém que fabricantes de produtos, que-sem normas brasileiras especificas ou que nao tenham seus produtos ‘com 0 desempenho caracterizado, que fornegam resultados comprobatorios do desempenho de seus produtos ‘com base nesta norma ou em normas especificas internacionais ou estrangoiras, 5.3 Projetista . Os projetistas, devem estabelecer a VIDA UTIL PROJETADA (VUP) de cada sistema que compée esta Norma, com base na Se¢do 14. Cabe ao projetista o papel de especificar materials, produtos e processos que atendam o desempenho minimo estabelecido nesta norma com base nas normas prescritivas e no desempenho declarado pelos fabricantes dos Produtos a serem empregados em projeto. Quando as normas especificas de produtos nao caracterizem desempenho, ou quando nao existirem normas especificas, ou quando o fabricante nao publicar o desempenho de seu produto, & recomendavel ao projetista solicitar informagoes ao fabricante para balizar as decis6es de especificagao. ‘Quando forem considerados valores de VUP maiores que os minimos estabelecidos nesta norma, estes devem constar dos projetos e/ou memorial de calcula 5.4 Construtor e incorporador 5.4.1 Salvo convengéo escrita, 6 da incumbéncia do incorporador, de seus prepostos e/ou dos projetistas envolvidos, dentro de suas respectivas competéncias, e ndo da empresa construtora, a identificagao dos riscos Previsiveis na época do projeto, devendo o incorporador, neste caso, providenciar os estudos técnicos requeridos @ alimentar os diferentes projetistas com as informagées necessérias. Como riscos previsiveis, exemplifica-se: presenga de alerro sanitério na érea de implantacaio do empreendimento, contaminago do lencol freatico, presenga de agentes agressivos no solo e outros riscos ambientais, 5.4.2 Ao-construtor ou incorporador cabe elaborar 0 manual de operacdo uso e manutengao, ou documento similar, conforme 3.18, atendendo a ABNT NBR 14037 e ABNT NBR 5674, que deve ser entregue ao proprietério da unidade quando da disponibilizagao da edificagao para uso, cabendo também elaborar o manual das areas ‘comuns, que deve ser entregue ao condominio. 5.4.3 O manual de uso e operacao da edificagdo (3.18) deve atender ao disposto na ABNT NBR 14037, com ‘explicitagdo pelo menos dos prazos de garantia aplicaveis ao caso, previstos pelo construtor ou pelo incorporador, @ citados no Anexo D. NOTA: Recomenda-se que os prazos de garantia estabelecidos no manual de operagao, uso e manutengao, ou documento similar, sejam iguais ou maiores que os apresentados no Anexo D. 5.5 Usuario ‘Ao usuario ou seu preposto cabe realizar a manutengao, de acordo com 0 que estabelece a ABNT NBR 5674 ¢ 0 manual de operagdo, uso e manutencdo, ou documento similar (ver 3.18), 6 Avaliagao de desempenho 6.1 Generalidades 6.1.1. A avaliagdo de desempenho busca analisar a adequago ao uso de um sistema ou de um proceso construtivo destinado a cumprir uma fungao, independentemente da solugao técnica adotada, 6.1.2 Para atingit esta finalidade, na avaliagdo do desempenho é realizada uma investigagdo sistematica baseada em métodos consistentes, capazes de produzir uma interpretagao objetiva sobre 0 comportamento esperado do sistema nas condiges de uso definidas. Em funcao disso, a avaliacdo do desempenho exige 0 dominio de uma ampla base de conhecimentos cientificos sobre cada aspecto funcional de uma edificagao, sobre materiais e técnicas de construgao, bem como sobre as diferentes exigéncias dos usudrios nas mais diversas condigdes de uso. 6.1.2.1 Recomenda-se que os resultados desta investigaco sistemética, que orientaram a realizaglio do projeto, sejam registrados por meio de documentagéo fotografica, memorial de célculo, observades instrumentadas, catalogos técnicos dos produtos, registro de eventuais planos de expansao de servigos puiblicos ‘ou outras formas conforme conveniéncia, 6.1.3 Os requisitos de desempenho derivados de todas as exigéncias dos usuérios podem resultar em uma lista muito extensa; neste sentido é conveniente limitar 0 nimero de requisitos a serem considerados em um contexto de uso definido. Dessa forma, nas Secdes 7 a 17 sao estabelecidos os requisites e critérios que devem ser atendidos por edificacdes habitacionals 6.1.4 Os requisitos de desempenho previstos nesta Norma devem ser verificados aplicando-se os respectivos mélodos de avaliagdo explicitados nas suas diferentes partes. 6.1.5 Todas as verificagdes devem ser realizadas com base nas condigdes do meio fisico na época do projeto @ da execugao do empreendimento 6.2 Avaliagao do desempenho 6.2.1 Generalidades A avaliagdo do desempenho de edificagdes ou de sistemas, de acordo com esta Norma, deve ser realizada considerando as premissas basicas estabelecidas nesta Secao. NOTA: Recomenda-se que a avaliagao do desempenho seja realizada por instituigdes de ensino ou pesquisa, laboratérios especializados, empresas de tecnologia, equipes multiprofissionais ou profissionais de reconhecida capacidade técnica 6.2.2 Relatério da avaliacao relatério deve ser elaborado pelo responsavel pela avaliacao e deve cumprir com as exigéncias estabelecidas om 66. 6.3 Diretrizes para implantagao e entorno 63.1. Implantacdo Para edificios ou conjuntos habitacionais com local de implantacdo definido, os projets de arquitetura, da estrutura, das fundacdes, contengdes e outras eventuais obras geotécnicas devem ser desenvolvidos com base nas caracteristicas do local da obra (topograficas, geol6gicas etc.), avaliando-se convenientemente os riscos de deslizamentos, enchentes, erosées, vibragées transmitidas por vias férreas, vibracées transmitidas por trabalhos de terraplenagem ¢ compactaco do solo, ocorréncia de subsidéncia do solo, presenca de crateras em camadas profundas, presenca de solos expansiveis ou colapsiveis, presenca de camadas profundas deformaveis e outros. Devem ainda ser considerados riscos de explosées oriundas do confinamento de gases resultantes de aterros. sanitérios, solos contaminados, proximidade de pedreiras e outros, tomando-se as providéncias necessarias para que no ocorram prejuizos a seguranga e a funcionalidade da obra 63.2 Entorno Os projetos devem ainda prever as interagées entre construgdes préximas, considerando-se convenientemente as eventuais sobreposigdes de bulbos de presséo, efeitos de grupo de estacas, rebaixamento do lencol fredlico @ desconfinamento do solo em fungao do corte do terreno, Tais fendmenos também nao podem prejudicar a seguranga e a funcionalidade da obra, bem como de edificagdes. vizinhas. © desempenho da edificagao esta intimamente associado a todos os projetos de implantagao © ao desempenho das fundagées, devendo ser cumpridas as disposides das Normas Brasileiras aplicavels, particularmente das ABNT NBR 8044, ABNT NBR 5629, ABNT NBR 11682, ABNT NBR 6122 e NBR 12722 63.3 Seguranga e estabilidade Do ponto de vista da seguranga e estabilidade ao longo da vida util da estrutura, devem sor consideradas as condigées de agressividade do solo, do ar e da agua na época do projeto, prevendo-se, quando necessario, as protegées pertinentes a estrutura e suas partes, 6.4 Métodos de avaliagao do desempenho 6.4.1 Os requisitos de desempenho devem ser verificados aplicando-se os respectivos métodos de ensaio previstos nesta Norma, 6.4.2 Os métodos de avaliagao estabelecidos nesta Norma consideram a realizagéo de ensaios laboratorials, ensaios de tipo, ensaios em campo, inspegdes em protétipos ou em campo, simulagdes e andlise de projetos. A realizagao de ensaios laboratoriais deve ser bascada nas Normas explcitamente referenciadas, em cada caso, nesta Norma, 65 Amostragem 6.5.1 No caso de sistemas construtivos ja utlizados em outras obras, pode-se considerar na avaliagao a realizagao de inspegdes de campo, atendendo aos requisitos e critérios de desempenho estabelecidos nesta Norma, desde que se comprove que a edificacao habitacional ou o sistema seja igual ao da avaliacdo que se deseja proceder e que a amostragem seja representativa 6.5.2 Do ponto de vista da durabilidade, as avaliagdes de campo sé devem ser aceitas se a construgéo 0 instalagao tiver acorrido ha pelo menos dois anos. 6.5.3 Sob qualquer aspecto, deve-se tomar a maxima precaugao para, com base nas anélises de campo, nao se inferir ou extrapolar resultados para condigdes diversas de clima, implantagao, agressividade do meio e utlizagao. 6.5.4 Sempre que a avaliagao estiver baseada na realizacao de ensaios de laboratorio, a amostragem deve ser aleatéria, 6.6 Relagao entre Normas 6.6.1. Quando uma Norma Brasileira prescritiva contiver exigéncias suplementares a esta Norma, elas devem ser integralmente cumpridas. 6.6.2 _Na auséncia de Normas Brasileiras prescritivas para sistemas, podem ser utiizadas Normas Interacionais prescritivas relativas ao tema. 6.7 Documento com os resultados da avaliacdo do sistema 6.7.1. O relatério resultante da avaliagao de desempenho deve reunir informagées que caracterizem o edificio habitacional ou sistema analisado, 6.7.2 _ Quando houver a necessidade de realizagao de ensaios laboratoriais, o relatorio de avaliagao deve conter a solicitagao para realizagao desses ensaios, com explicitagao dos resultados pretendidos e a metodologia a ser seguida, de acordo com as Normas referenciadas nesta Norma. 6.7.3 A amostra tomada para ensaio deve ser acompanhada de todas as informagdes que a caracterizem, considerando sua participagao no sistema. 6.7.4 A partir dos resultados obtidos deve ser elaborado um documento de avaliagao do desempenho, baseado nos requisites e critérios avaliados de acordo com esta Norma. 7 Desempenho estrutural 7.4 Generalidades De acordo com a ABNT NBR 8681, os estados-limites de uma estrutura estabelecem as condigées a partir das quais a estrutura apresenta desempenho inadequado as finalidades da construgao, © manual do proprietario, ou documento similar (ver 3.13 da ABNT NBR 14037:1998), deve conter as informagdes relativas as sobrecargas limitantes no uso das edificagoes, 7.2 Requisito — Estabilidade e resisténcia estrutural Evitar a ruina da estrutura pela ocorréncia de algum estado-limite wiltimo. Os estados-limites titimos (ELU) determinam a paralisagao, no todo ou em parte, do uso da construgao, por sua simples ocorrénci 7.21 Critério— Estado-limite ultimo As estruturas devem ser projetadas, construidas e montadas de forma a atender aos requisitos estabelecidos na ABNT NBR 15575-2, consideradas as especificidades registradas nas Normas Brasileiras vigentes, No estado limite ultimo, 0 desempenho estrutural de qualquer edificagaio deve ser verificaado pelas Normas Brasileiras de projeto estrutural espectficas. 7.2.2. Métodos de avaliagao Andlise do projeto estrutural, verificando sua conformidade com as Normas Brasileiras especificas @ com as premissas de projeto indicadas em 7.2.1.2 ena ABNT NBR 15575-2. Dessa forma, devem ser atendidos todos os requisitos estabelecidos nas Normas a seguir: —_ABNT NBR 6118, para estruturas de concreto; —_ ABNT NBR 6122, para fundagées; —_ABNT NBR 7190, para estruturas de madeira; —_ABNT NBR 8800, para estruturas de ago ou mistas; —_ABNT NBR 9062, para estruturas de concreto pré-moldado; —_ABNT NBR 10837, para alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto; —_ABNT NBR 14762, para estruturas de aco constituidas por perfisformados a fio — ou outras Normas Brasileiras de projeto estrutural vigentes. 7.2.3. Promissas de projeto Devem ser considerados em projeto os estados-limites tiltimos caracterizados por: — perda de equilibrio, global ou parcial, admitida a estrutura como um corpo rigido; — tuptura ou deformago plastica excessiva dos materials; — transformagao da estrutura, no todo ou em parte, em sistema hipostatico; — instabilidad Em casos parliculares, pode ser necessdrio considerar outros estados-limites ultimos, conforme as Normas Brasileiras especificas de projeto estrutural Devem ser previstas nos projetos consideragées sobre as condig6es de agressividade do solo, do ar e da agua na época do projeto, prevendo-se as protecdes aos sistemas estruturals e suas partes. 7.3 Requisito — Deformagées, fissuragées ocorréncia de outras falhas Circunscrever as deformagdes resultantes das cargas de servigo e as deformagées impostas ao edificio habitacional ou sistema a valores que ndo causem prejuizos ao desempenho de outros sistemas ¢ ndo causem comprometimento da durabilidade da estrutura (ver Seco 14) 7.3.4 Critério — Estados-limites de servigo © edificio habitacional ou o sistema deve ser projetado, construido e montado de forma a atender aos requisitos @ critérios especificados nas ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6. 7.3.2. Métodos de avallagao Anélise do projeto estrutural conforme Norma Brasileira especifica e verificagées estabelecidas nas ABNT NBR 18575-2 a ABNT NBR 15575-6. ‘© comportamento em servigo da edificagao habitacional ou do sistema deve ser previsto em projeto, de forma que 08 estados-limites de servico (ELS), por sua acorréncia, repetigéo ou duragao, no causem efeitos estruturais que impegam o uso normal da construgao ou que levem ao comprometimento da durabilidade da estrutura 8 Seguranga contra incéndio 8.1 Generalidades ‘As exigéncias desta Norma relativamente a seguranca contra incéndio sao pautadas em: + Proteger a vida dos ocupantes das edificagdes e dreas de risco, em caso de incéndio; + Dificultar a propagagio do incéndio, reduzindo danos ao melo ambiente e ao patriménio; + Proporcionar meios de controle e extingo do incéndio; * Dar condigoes de acesso para as operagées do Corpo de Bombeiros; Os objetivos principais de garantir a resisténcia ao fogo dos elementos estruturais so: + Possibiltar a salda dos ocupantes da edificagao em condigdes de seguranca; + Garantir condigdes razodveis para o emprego de socorro puiblico, onde se permita 0 acesso operacional de viaturas, equipamentos e seus recursos humanos, com tempo habil para exercer as atividades de salvamento (pessoas retidas) e combate a incéndio (extingao); + Evitar ou minimizar danos a propria edificagao, as outras adjacentes, a infra-estrutura publica e ao meio ambiente. De forma a atender as exigéncias do usuario quanto @ seguranga (ver 4.1), devem ser cumpridos os requisitos estabelecidos na legislagdo pertinente e na ABNT NBR 14432. 8.2 Requisito — Dificultar o principio do incéndio Dificuttar a ocorréncia de principio de incéndio por meio de premissas adotadas no projeto e na construgo da edificagao, 8.2.1. Critérios para dificultar o principio do incéndio 8.2.1.1 Protegao contra descargas atmosféricas As edificios multifamiliares devem ser providos de protegao contra descargas atmosféricas, atendendo ao ‘estabelecido na ABNT NBR 5419 e demais Normas Brasileiras aplicaveis, nos casos previstos na legislagao vigente. 8.2.1.2 Protegao contra risco de ignigao nas instalacées elétricas, As instalagdes elétricas das edificagées habitacionais devem ser projetadas de acordo com a ABNT NBR 5410 @ Normas Brasileiras aplicaveis. NOTA: Especial atengao deve ser dada para prevenir o risco de igni¢ao dos materiais em fungéio de curto~ @ sobretensées. 8.2.1.3 Protegao contra risco de vazamentos nas instalacées de gas As instalagdes de gas devem ser projetadas e oxecutadas de acordo com as ABNT NBR 13523 © AABNT NBR 15526. 8.2.2 Métodos de avaliagao da seguranga relativa ao principio do incéndio ‘A comprovagao do atendimento ao requisito de 8.2, pelos critérios estabelecidos em 8.2.1.1 a 8.2.1.3, deve ser feita pela andlise do projeto ou por inspegao em protatipo. 823 Promissas de projeto Onde houver ambiente enclausurado, devem ser atendidas a ABNT NBR 15526 e outras Normas Brasileiras aplicaveis. 8.3 Requisito — Facilitar a fuga em situagao de incéndio Faciltar a fuga dos usuarios em situagao de incéndio. 8.3.1. Critério— Rotas de fuga AS rotas de saidas dos edificios devem atender ao disposto na ABNT NBR 9077. 8.3.2 Métodos de avaliagao Anélise do projeto ou por inspegao em protétipo. 8.4 Requisito - Dificultar a inflamagao generalizada Dificultar a ocorréncia da inflamagao generalizada no ambiente de origem de eventual incéndio. 8.4.1. Critério - Propagacdo superficial de chamas ‘Os materiais de revestimento, acabamento e isolamento termoactstico empregados na face interna dos sistemas ‘ou elementos que compdem a edificagao devem ter as caracteristicas de propagagao de chamas controladas, de forma a atender aos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5, 84.2 Métodos de avaliagao da seguranca a inflamacao generalizada de incéndio. ‘A comprovacao do atendimento aos requisites estabelecidos em 8.4.1 deve ser feita por inspecdo em protétipo ‘ou ensaios conforme Normas Brasileiras espectficas. 8.5 Requisite — Dificultar a propagagao do incéndio Dificultar a propagacao de incéndio para unidades contiguas, Caso nao seja possivel o atendimento ao critério de isolamento de risco a distancia ou protego (8.5.1), a edificagao nao 6 considerada independente @ 0 dimensionamento das medidas de protegao contra incéndio deve ser feito considerando 0 conjunto de edificagées como uma Unica, 8.5.1. Critérios 85.1.1 Isolamento de risco a distancia A distancia entre edificios deve atender condi¢do de isolamento, considerando-se todas as interferéncias previstas na legislagao vigente 8.5.1.2 Isolamento de risco por proteco As medidas de protegdo, incluindo no sistema construtivo o uso de portas ou selos corta-fogo devem possibilitar que 0 edificio seja considerado uma unidade independente. 8.5.1.3 Assegurar estanqueidade ¢ isolamento Qs sistemas ou elementos de compartimentagao que integram os edificios habitacionais devem atender ABNT NBR 14432 para minimizar a propagagao do incéndio, assegurarando estanqueidade e isolamento. Andlise do projeto ou inspegdo em protétipo, aplicando-se 4 ABNT NBR 6479 para a determinacao da resisténcia a0 fogo de portas e selos corta-fogo, bem como obedecendo-se a legislagao vigente. 8.6 Requisito — Seguranga estrutural Minimizar o risco de colapso estrutural da edificagdo em situago de incéndio. 864 izar 0 risco de colapso estrutural A edificagdo habitacional deve atender 4 ABNT NBR 14432 e as normas especificas para o tipo de estrutura conforme citado em 8.6.2 8.6.2 Métodos de avaliagao Andlise do projeto estrutural em situagao de incéndio. Atendimento as Normas de projeto estrutural, como a seguir relacionadas: — _ABNT NBR 14323, para estruturas de ago; — _ABNT NBR 15200, para estruturas de concreto; — para as demais estruturas, aplica-se 0 Eurocode correspondente, em sua tiltima edigao. 8.7 Requisito — Sistema de extingao e sinalizagao de incéndio Dispor de sistemas de extingdo e sinalizagao de incéndio. 8.7.1 _Critério — Equipamentos de extincdo, sinalizagao e lluminacao de emergéncia © edificio habitacional deve dispor de sinalizacao, iluminagdo de emergéncia e equipamentos de extingdo do incéndio conforme as ABNT NBR 9441, ABNT NBR 10898, ABNT NBR 12693, ABNT NBR 13434 e ABNT NBR 13714, atendendo a legislagao vigente. 8.7.2 Métodos de avallagao Andlise do projeto ou por inspegao em protétipo. 9 Seguranga no uso e na operagao 9.4 Generalidades A seguranga no uso e operagao dos sistemas e componentes da edificagdo habitacional deve ser considerada em projeto, especialmente as que dizem respeito a agentes agressivos (protegéo contra queimaduras e pontos e bordas cortantes, por exemplo) 9.2 Requisito - Seguranga na utilizagao do imével Assegurar que tenham sido tomadas medidas de seguranga aos usuarios da edificagao habitacional. 9.2.1. Critério - Seguranca na utilizagdo dos sistemas Os sistemas nao devem apresentar: a) rupturas, instabilizagdes, tombamentos ou quedas que possam colocar em risco a integridade fisica dos ‘ocupantes ou de transeuntes nas imediagGes do imével; b) partes expostas cortantes ou perfurantes; 1c) deformagées e defeitos acima dos limites especificados nas ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6. 9.2.2 Método de aval Anélise do projeto ou inspecdo em protétipo. 9.2.3 Premissas de projeto Devem ser previstas no projeto e na execugao formas de minimizar, durante 0 uso da edificagao, o risco de: a) queda de pessoas em altura: telhados, aticos, lajes de cobertura e quaisquer partes elevadas da construgao; b) _acessos no controlados aos riscos de quedas; ) queda de pessoas em fungao de rupturas das protegdes as quais deverao ser testadas conforme NBR 14718 ‘ou possuirem memorial de calculo assinado por profissional responsavel que comprove seu desempenho; d) queda de pessoas em funcdo de irregularidades nos pisos, rampas e escadas, conforme a ABNT NBR 15575-3; ) ferimentos provocados por ruptura de subsistemas ou componentes, resultando em partes cortantes ou perfurantes; f) _ferimentos ou contusées em fungao da operacao das partes méveis de componentes, como janelas, portas, alcapées € outros; 4g) ferimentos ou contus6es em funcao da dessolidarizaco ou da projecéio de materiais ou componentes a partir das coberturas e das fachadas, tanques de lavar, pias e lavatérios, com ou sem pedestal, e de componentes ou equipamentos normalmente fixaveis em paredes; h) ferimentos ou contusdes em fungdo de explosdo resultante de vazamento ou de confinamento de gas combustivel 9.3 Requisito — Seguranca das instalagées Evitar a ocorréncia de ferimentos ou danos aos usuarios, em condigées normais de uso. 9.3.1 Seguranga na utilizagao das instalagdes A edificacdo habitacional deve atender as exigéncias das Normas pertinentes, como, por exemplo, ABNT NBR 5410, ABNT NBR 5419, ABNT NBR 13523, ABNT NBR 15526 e ABNT NBR 15575-6. 9.3.2 Método de avaliagao Anélise do projeto ou inspegdo em protétipo. 10 Estanqueidade 10.1. Generalidades ‘A exposigao a agua de chuva, a umidade proveniente do solo e aquela proveniente do uso da edificagao habitacional, devem ser consideradas em projeto, pois a umidade acelera os mecanismos de deterioragao & acarreta a perda das condigdes de habitabilidade e de higiene do ambiente construido. 10.2. Requisito ~ Estanqueidade a fontes de umidade externas a edificagdo Assegurar estanqueidade as fontes de umidades externas ao sistema 10.2.1 Critério - Estanqueidade a agua de chuva e a umidade do solo e do lengol freatico Atendimento aos requisitos especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5. 10.2.2 Método de avaliacao Anélise do projeto e métodos de ensaio especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 15575-5. 10.2.3 Premissas de projeto Devem ser previstos nos projetos a prevencdo de infiltagéo da agua de chuva e da umidade do solo nas habitagdes, por meio dos detalhes indicados a seguir: a) condigées de implantagao dos conjuntos habitacionais, de forma a drenar adequadamente a agua de chuva incidente em ruas internas, lotes vizinhos ou mesmo no entorno préximo ao conjunto; b) impermeabilizagao de pordes e subsolos, jardins contiguos as fachadas e quaisquer paredes em contato com © solo, ou pelo direcionamento das aguas, sem prejuizo da utilizagdo do ambiente e dos sistemas correlatos e sem comprometer a seguranga estrutural. Em havendo sistemas de impermeabllizacdo, estes devem seguir a NBR 9575; ©) impermeabilizagao (3.23) de fundagées e pisos em contato com o solo; 4d) ligagao entre os diversos elementos da construgéo (como paredes e estrutura, telhado e paredes, corpo principal e pisos ou calgadas laterais). 10.3. Requisito ~ Estanqueidade a fontes de umidade internas a edificagao Assegurar a estanqueidade a agua utilizada na operagaio e manutengao do imével em condigdes normais de uso. 10.3.1 Critério - Estanqueidade a agua utilizada na operacao e manutengo do imével Devem ser previstos no projeto detalhes que assegurem a estanqueldade de partes do edificio que tenham a possibilidade de ficar em contato com a Agua gerada na ocupagao ou manutencao do imével, devendo ser verificada a adequacao das vinculagdes entre instalagoes de agua, esgotos ou aguas pluviais e estrutura, pisos ¢ paredes, de forma que as tubulagdes nao venham a ser rompidas ou desencaixadas por deformagées impostas. 10.3.2 Método de avaliacao Andlise do projeto e métodos de ensaio especificados nas ABNT NBR 15575-3 a ABNT NBR 1575-5. 11 Desempenho térmico 11.1. Generalidades A edificagao habitacional deve reunir caracteristicas que atendam as exigéncias de desempenho térmico, considerando-se a zona bioclimatica definida na ABNT NBR 15220-3, Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece um procedimento normative apresentado a seguir outro procedimento informativo mostrado no anexo A para avaliagao da adequagao de habitagoes: a) Procedimento 1 — Simplificado (normativo): atendimento aos requisitos e critérios para os sistemas de vedacao © coberturas, conforme ABNT NBR 1575-4 © ABNT NBR 15575-5, Para os casos em que a avaliagao de transmitancia térmica e capacidade térmica, conforme os critérios e métodos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5, resultem em desempenho térmico insatisfatério, o projetista deve avaliar © desempenho térmico da edificagéo como um todo pelo método da simulagao computacional conforme o item 11.2. a) Procedimento 2 - Medigéo (informativo, Anexo A): verificagao do atendimento aos requisites e critérios estabelecidos nesta ABNT NBR 15575-1, por meio da realizado de medicées em edificacdes ou protétipos construidos. Este método é de carater meramente informativo e ndo se sobrepde aos procedimentos descritos 1a item anterior (a), conforme disposto na diretiva 2:2011 da ABNT. 11.2. Simulagao computacional - Introdugao Para a avaliagéo de desempenho térmico por simulagao computacional os requisit detalhados em 11.3 11.4. 8, critérios © métodos séo Para a realizagao das simulages computacionais devern ser utlizadas como referéncia as tabelas A1, A2 ¢ A3 apresentadas no Anexo A, que fornecem informagdes sobre a localizagao geografica de algumas cidades brasileiras e os dados climaticos correspondentes aos dias tipicos de projeto de verdo e de inverno, Na falta de dados para a cidade onde se encontra a habitago, recomenda- (Temin +30 C) Nestas zonas, este critério nao deve ser verificado, Timin € 0 valor minimo didrio da temperatura do ar no interior da edificagao, em graus Celsius; Te,min 6 0 valor minimo diario da temperatura do ar exterior a edificagao, em graus Celsius. NOTA: Zonas bioclimaticas de acordo com a ABNT NBR 1220-3. A Tabela E2 do Anexo E apresenta a caracterizago para os nivels de desempenho | (intermedirio) ¢ S (superior) opcionais, 11.4.2 Método de avaliacao ‘Simulag&o computacional conforme procedimentos apresentados em 11.2. 11.5 Edificagées em fase de projeto Aavaliagao deve ser feita para um dia tipico de projeto, de vero e de inverno. Para unidades habitacionais isoladas, seguir o procedimento estabelecido em 11.5.1 ¢ 11.5.2. Para conjuntos habitacionais ou edificios multipiso, selecionar unidades habitacionais representativas conforme estabelecido a seguir: a) conjunto habitacional de edificagées térreas: selecionar uma unidade habitacional com o maior niimero de paredes expostas e seguir o procedimento estabelecido em 11.5.1 @ 11.5.2; b) edificio muttipiso: selecionar uma unidade do ultimo andar, com cobertura exposta, e seguir 0 procedimento estabelecido em 11.5.1 @ 11.5.2, 14.5.1. Simular todos os recintos da unidade habitacional, considerando as trocas térmicas entre os seus ambientes e avaliar os resultados dos recintos dormilérios e salas, considerando as condigSes apresentadas abaixo. Na entrada de dados, considerar que os recintos adjacentes, de outras unidades habitacionais, separados, portanto, por paredes de geminagao ou entrepisos, apresentam a mesma condigao térmica do ambiente que esta ‘sendo simulado. A edificagao deve ser orientada conforme a implantac&o. A unidade habitacional desta edificagaio escolhida para a simulagao deve ser a mais critica do ponto de vista térmico. Caso esta orientagao da edificagao nao esteja definida, esta deve ser posicionada de tal forma que a unidade a ser avaliada tenha a condigdo mais critica do ponto de vista térmico. Como condicao critica do ponto de vista térmica, recomenda-se que: a) _verdo: janela do dormitério ou da sala voltada para oeste e a outra parede exposta voltada para norte. Caso nao seja possivel, o ambiente deve ter pelo menos uma janela voltada para oeste; b) _inverno: janela do dormitério ou da sala de estar voltada para sul e a outra parede exposta voltada para leste. Caso nao seja possivel, o ambiente deve ter pelo menos uma janela voltada para sul; ¢) _obstrugao no entomo: considerar que as paredes expostas e as janelas estao desobstruidas, ou seja, sem a presenca de edificagdes ou vegetacdo nas proximidades que modifiquem a incidéncia de sol e/ou vento. Edificagdes de um mesmo complexo, por exemplo um condominio, podem ser consideradas, desde que previstas para habitago no mesmo periodo, Esta informagéo deve constar na documentagéo de ‘comprovagao de desempenho; d) Obstrugo por elementos construtivos previstos na edificagéo: dispositives de sombreamento (exemplos: para-séis , marquises, beirais) devem ser consideradas na simulagao. ‘Adotar uma taxa de ventilagao do ambiente de 1 ren/h. A taxa de renovagao da cobertura deve ser a mesma, de 1 renih, A absortancia a radiagao solar das superficies expostas deve ser definida conforme a cor e as caracteristicas das superficies extermas da cobertura e das paredes expostas, conforme orientagoes a seguir a) cobertura: valor especificado no projeto, correspondente, portanto, ao material declarado para o telhado ou outro elemento utilizado que constitua a superficie exposta da cobertura; b) parede: assumir o valor da absortancia radiago solar correspondente cor definida no projeto. Caso a cor nao esteja definida, simular para trés alternativas de cor: . cor clara: a = 0,3; . cor média: a = 0,5 . cor escura: a = 0,7. 11.8.2 A unidade habitacional que nao atender aos critérios estabelecidos para verao deve ser simulada novamente considerando-se as seguintes alteragdes: + ventilagao: configuragao da taxa de ventilagao de cinco renovagées do volume de ar do ambiente por hora (6,0 Ren/h) e janelas sem sombreamento; + sombreamento: insergao de protecdo solar externa ou interna da esquadria externa com dispositive capaz de cortar no minimo 50 % da radiagdo solar direta que entraria pela janela, com taxa de uma renovagao do volume de ar do ambiente por hora (1,0 renih);, ‘+ ventilagao e sombreamento: combinagao das duas estratégias anteriores, ou seja, insergao de dispositive de protegao solar e taxa de renovacao do ar de 5,0 ren/h. 11.5.3 0 anexo A (informativo) apresenta dados climaticos brasileiros de referéncia. 12 Desempenho acustico 12.1. Generalidades A edificagao habitacional deve apresentar isolamento actistico adequado das vedagdes externas, no que se refere aos ruidos aéreos provenientes do exterior da edificagao habitacional, e isolamento actstico adequado entre ‘reas comuns e privativas. 12.2 Requisito — Isolaao acistica de vedacées externas Propiciar condigées minimas de desempenho aciistico da edificagao, com relagao a fontes normalizadas de ruldos externos aéreos. 12.2.1 Critério - Desempenho acustico das vedagoes externas, A edificagao deve atender ao limite minimo de desempenho conforme estabelecido nas ABNT NBR 15575-4 © 15575-5. 12.2.2 Método de avallacao Especificado na ABNT NBR 15575-4 e 1575-5. 12.3. Requisito ~ Isolagao aciistica entre ambientes Propiciar condigSes de isolagao actstica entre as areas comuns e ambientes de unidades habitacionais e entre unidades habitacionais distintas. 12.3.1 Critério — Isolacdo ao ruido aéreo entre pisos e paredes internas Os sistemas de pisos e vedagbes verticais que compdem 0 edificio habitacional devem ser projetados, construldos montados de forma a atender aos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-3 e 1575-4. 12.3.2 Método de avaliacao Métodos especificados nas ABNT NBR 15575-3 ¢ ABNT NBR 15575~4 12.4 Requisito - Ruidos de impactos Propiciar condigées minimas de desempenho actstico no interior da edificagéo, com relagéo a fontes padronizadas de ruldos de impacto. 12.4.1 Critério - Ruidos gerados por impactos Os sistemas que compéem os edificios habitacionais devem atender aos requisitos ¢ critérios especificados nas ABNT NBR 15575-3 e ABNT NBR 15575-5. 12.4.2 Métodos de avaliagao Anélise do projeto e atendimento aos métodos de ensaios especificados nas ABNT NBR 1575-3, e ABNT NBR 15575-5. 13 Desempenho luminico 13.1. Generalidac Durante o dia, as dependéncias da edificagao habitacional listadas na Tabela 13.1 devem receber iluminagao natural conveniente, oriunda diretamente do exterior ou indiretamente, através de recintos adjacentes. Para 0 periodo notumo, o sistema de iluminagao artificial deve proporcionar condigées internas satisfatérias para ‘ocupagao dos recintos ¢ circulacdo nos ambienles com conforto e seguranca. 13.2. Requisito - lluminagao natural Durante o dia, as dependéncias da edificagao habitacional listadas na Tabela 13.1 devem receber iluminagéo natural conveniente, oriunda diretamente do exterior ou indiretamente, através de recintos adjacentes. 13.2.1 Critério — Simulagéo: Niveis minimos de iluminancia natural Contando unicamente com iluminagao natural, os niveis gerais de iluminancia nas diferentes dependéncias das construgdes habitacionais devem atender ao disposto na Tabela 13.1 Tabela 13.1* — Ni is de ilu geral para iluminagao natural Hluminancia geral (lux) para o nivel Dependéncia minimo de desempenho M Sala de estar: Dormitério; Copa / cozinhay =60 Area de servigo. Banheiro; Corredor ou escada interna a unidade; Corredor de uso comum (prédios); Nao exigido Escadaria de uso comum (prédios); Garagens/estacionamentos * Valores minimos obrigatérios, conforme método de avaliagao 13.2.2. NOTA: Para os edificios multipiso, admitem-se para as dependéncias situadas no pavimento térreo ou em pavimentos abaixo da cota da rua niveis de iluminancia ligeiramente inferiores aos valores especificados na tabela acima (diferenca maxima de 20% em qualquer dependéncia). NOTA 2: Os critérios desta Tabela nao se aplicam as éreas confinadas ou que néo tenham iluminagdo natural NOTA 3: Deve-se verificar e atender as condigdes minimas exigidas pela legislagao local. (© Anexo E contém recomendagées de outros niveis de desempenho relativos a estes critérios, 13.2.2 Método de avaliagao As simulagdes para o plano horizontal, periodos da manha (9:30h) e da tarde (15:30h), respectivamente para os dias 23 de abril © 23 de outubro e sua avaliagdo deve ser realizada com emprego do algoritmo apresentado na ABNT NBR 15215 ~3, atendendo as seguintes condigées: = considerar a latitude e a longitude do local da obra, supor dias com nebulosidade média (Indice de nuvens 50 %) - _ supor desativada a iluminagao artificial, sem a presenca de obstrugdes opacas (janelas e cortinas abertas, Portas interas abertas, sem roupas estendidas nos varais, etc); = simulagées para o centro dos ambientes, na altura de 0,75m acima do nivel do piso; - _simulagées nos pontos centrais de corredores internos ou externos a unidade, a 0,75m do nivel do piso; = para escadarias, simulagdes nos pontos centrais dos patamares e a meia-largura do degrau central de cada lance, a 0,75m acima do nivel do piso; - para o caso de conjuntos habitacionais constituidos por casas ou sobrados, considerar todas as orientagdes tipicas das diferentes unidades; ~ para o caso de conjuntos habitacionais constituidos por edificios multipiso considerar, além das orientagdes tipicas, os diferentes pavimentos e as diferentes posigGes dos apartamentos nos andares; = em qualquer circunstancia, considerar os eventuais sombreamentos resultantes de edificagées vizinhas, taludes, muros e outros possiveis anteparos, desde que se conhecam o local e as condigdes de implantagao da obra. 13.2.3 Critério - Medicao in loco: Fator de Luz Diurna (FLD) Contando unicamente com iluminagao natural, o Fator de Luz Diurna (FLD) nas diferentes dependéncias das construgées habitacionais deve atender ao disposto na Tabela 13.2. (Ver ISO 5034 — 1) Tabela 13.2* — Fator de luz diurna para os diferentes ambientes da habitagao adénct FLD (*%) para o nivel minimo de Dependéncia desempenho M Sala do estar, Dormitério; . Copa / cozinha; * 0.50% Area de servico. Banheiro; Corredor ou escada interna a unidade; Corredor de uso comum (prédios); Nao exigido Escadaria de uso comum (prédios); Garagensiestacionamentos * Valores minimos obrigatérios, conforme método de avaliagdo 13.2.4. NOTA 1: Para os edificios multipiso, admitem-se para as dependéncias situadas no pavimento térreo ou em pavimentos abaixo da cota da rua niveis de lluminancia ligeitamente inferiores aos valores especificados na tabela acima. NOTA 2: Os critérios desta Tabela ndo se aplicam as areas confinadas ou que nao tenham iluminagao natural. © Anexo E contém recomendagées de outros niveis de desempenho relativos a estes critérios. 13.2.4 Método de avaliagao Realizagao de medigées no plano horizontal, com 0 emprego de luximetro portatil, erro maximo + 5% do valor medido, no periodo compreendido entre 9h e 15h, nas seguintes condigdes: - _ medigdes em dias com cobertura de nuvens maior que 50%, sem acorréncia de precipitagdes; - _ medigdes realizadas com a iluminagao artificial desativada, sem a presenca de obstrugées opacas (janelas & cortinas abertas, portas internas abertas, sem roupas estendidas nos varais, etc); - _ medigdes no centro dos ambientes, a 0,75m acima do nivel do piso; = medigdes nos pontos centrais de corredores internos ou extemos a unidade; - para escadarias, medigdes nos pontos centrais dos patamares e a meia-largura do degrau central de cada lance; - para o caso de conjuntos habitacionais constituidos por casas ou sobrados, considerar todas as orientagdes tipicas das diferentes unidades; = para o caso de conjuntos habitacionais constituidos por edificios multipiso considerar, além das orientagdes tipicas, os diferentes pavimentos e as diferentes posigées dos apartamentos nos andares; - na ocasido das medigSes nao pode haver incidéncia de luz solar direta sobre os luximetros, em nenhuma circunstancia; - 0 Fator de Luz Diurna ~ FLD ¢ dado pela relagao entre a iluminancia interna e a iluminancia externa a sombra, de acordo com a seguinte equacdo: FLD = 100 7 - “Fe, - Onde - _ E;6iluminanica no interior da dependéncia - _ E,6 iluminancia externa a sombra. 13.2.5 Premissas de projeto = 08 requisitos de iiuminancia natural podem ser atendidos mediante adequada disposigo dos cémodos (arquitetura), correta orientagao geografica da edificagao, dimensionamento ¢ posigao das aberturas, tipos de janelas e de envidragamentos, rugosidade e cores dos elementos (paredes, tetos, pisos etc), insergdo de pogos de ventilagao / iluminagao, eventual introdugao de domus de iluminacao, ete; = apresenga de taludes, muros, coberturas de garagens e outros obstaculos do género néo podem prejudicar (05 niveis minimos de iluminancia especificados; = nos conjuntos habitacionais integrados por edificios, a implantagao relativa dos prédios, de eventuais caixas de escada ou de outras construgées, ndo podem prejudicar os niveis minimos de iluminancia especificados. 13.2.6 Comunicagao com o exterior Recomenda-se que a iluminagao natural das salas de estar ¢ dormitérios, seja provida de vaos de portas ou de Janelas, No caso das janelas, recomenda-se que a cota do peitoril esteja posicionada no maximo a 100cm do piso interno, ¢ a cota da testeira do vao no maximo a 220cm a partir do piso interno, conforme figura abaixo. \ 13.3 Requisito ~ lluminacao artificial Propiciar condigées de iluminagao artificial intema satisfatérias, segundo as Normas Brasileiras vigentes, para ‘ocupagao dos recintos e circulacao nos ambientes com conforto e seguranca. 13.3.1 Critério — Niveis minimos de iluminagao artificial Os niveis gerais de iluminagao promovidos nas diferentes dependéncias dos edificios habitacionais por iluminagao artificial devem atender ao disposto na Tabela 13.3. NOTA: Para iluminagao de emergéncia, consultar ABNT NBR 10.898:1999 icial Tabola 13.3 — Niveis de iluminamento geral para iluminagao a luminamento geral para o nivel minimo de Dependéncia desempenho lux Sala de estar Dormitério Banheiro 2 100 Area de servigo Copalcozinha > 200" Corredor ou escada interna & unidade Corredor de uso comum (prédios) Escadaria de uso comum (prédios) are Garagens/estacionamentos interns e cobertos Garagens/estacionamentos descoberios S20 Valores retirados da NBR 5413 NOTA: Deve-se verificar @ atender as condigées minimas exigidas pela legislacao local. © Anexo E contém recomendag6es de outros niveis de desempenho relativos a estes critérios, 13.3.2 Método de avaliacao Andlise de projeto ou inspecdo em protétipo, ulilizando um dos métodos estabelecidos no Anexo B, para iluminagao artificial 14 Durabilidade e manutenibilidade 14.1 Generalidades A durabilidade do edificio e de seus sistemas é uma exigéncia econémica do usuério, pois esta diretamente associada ao custo global do bem imével. A durabilidade de um produto se extingue quando ele deixa de cumprir as fungdes que Ihe forem atribuidas, quer seja pela degradagéo que 0 conduz a um estado insatisfatério de desempenho, quer seja por obsolescéncia funcional. O periodo de tempo compreendido entre o inicio de ‘operacéo ou uso de um produto @ 0 momento em que o seu desempenho deixa de atender as exigéncias do usuario pre-estabelecidas & denominado vida util, No Anexo C, faz-se uma anélise mais abrangente dos conceitos relacionados com a durabilidade e a vida util, face 4 importancia que representam para o desempenho do edificio @ seus sistemas. projetisias, construtores e incorporadores so responsaveis pelos valores teéricos de Vida Util de Projeto que podem ser confirmados por meio de atendimento s normas Brasileiras ou Internacionais (Exemplo: ISO e IEC) ou Regionais (Exemplo: Mercosul) endo havendo estas, podem ser consideradas normas estrangeiras na data do projeto, Nao obstante, néo podem prever, estimar ou Se responsabiizar pelo valor atingido de Vida Util (VU) uma vez que este depende de fatores fora de seu controle, tais como a o correto uso e operagao do edificio e de suas partes, a constancia e efetividade das operagées de limpeza e manutengéo, alteragées climaticas e niveis de Poluigao no local, mudangas no entomo ao longo do tempo ({ransito de veiculos, rebaixamento do nivel do lengol freatico, obras de infraestrutura, expansao urbana, etc). © valor final atingido de Vida Util (VU) seré uma composigao do valor tedrico calculado como Vida Util de Projeto (VUP) influenciado positivamente ou negativamente pelas ages de manutencdo, intemperes e outros fatores internos de controle do usuério e externas (naturals) fora de seu controle. (© Anexo D apenas informative apresenta sugestdo de Diretrizes para o estabelecimento de prazos de garantia. prazo de garantia da solidez e seguranga das edificagées é fixado por lel 14.2. Requisito — Vida util de projeto do edificio e dos sistemas que o compéem Projetar 0s sistemas da edificagdo de acordo com valores te6ricos preestabelecidos de Vida Util de Projeto 14.2.1 Critério — Vida Util de Projeto projeto deve especificar 0 valor teérico para_a Vida Util de Projeto (VUP) para cada um dos sistemas que 0 compéem, ndo inferiores aos estabelecidos na Tabela 14.1, e deve ser elaborado para que os sistemas tenham uma durabilidade potencial compativel com a Vida Util de Projeto (VUP). Tabela 14.1" — Vida Util de Projeto (VUP) Sistema \VUP minima anos Estrutura 250 segundo ABNT NBR 8681-2003 Pisos internos 213 Vedado vertical externa >40 Vedagao vertical interna > 20 Cobertura > 20 Hidrossanitario > 20 * Considerando periodicidade © processos de manutencao especificados no respective Manual de Uso, Operaco 2 Manutencéo entregue ao usuario elaborado em atendimento a norma NBR 5674, Na auséncia de indicagao em projeto da VUP dos sistemas, admite-se que os valores adotados correspondem aos relacionados na Tabela 14.1 para o desempenho minimo. Para os casos néo cobertos pela Tabela 14.1, a determinagdo da Vida Util de Projeto VUP minima pode basear-se nas recomendagées da Tabela C.4 14.2.2 Método de avaliagao Anélise do projeto. O projeto do edificio deve atender os parametros minimos de VUP indicados na Tabela 14.1. Caso sejam ‘adotados valores superiores ao da Tabela 14.1, estes devem ser explcitados no projeto. Os sistemas do edifcio devem ser adequadamente detalhados e especificados em projeto, de modo a possibillar a avaliagao da sua Vida Uti de Projeto. & desejavel conhecer as especificagées dos elementos e componentes empregados, de modo que possa ser avaliada a sua adequabilidade de uso em fungdo da Vida Uti de Projeto VUP estabelecida para o sistema, Na analise do projeto, a avaliagdo do atendimento & Vida Util de Projeto VUP pode ser realizada pela utllizacao da metodologia proposta pelas ISO 15686-1 a 15686-3 e ISO 15686-5 a 15686-7. Complementarmente, 0 Anexo F relaciona a bibliografia recomendada para avaliagao do atendimento a Vida Util de Projeto VUP. © periodo de tempo a partir do qual se iniciam os prazos de vida ttt deve ser sempre o da data de conclusao do edificio habitacional, a qual, para efeitos desta Norma, é a data de expedi¢do do Auto de Conclusao de Edificagao, documento legal que atesta a conclusdo das obras. A avaliagao da Vida Util de Projeto VUP de qualquer um dos sistemas ou do edificio pode ser substituida pela asseguragao por uma terceira parte (companhia de seguros) do desempenho destes, Decorridos 50 % dos prazos de Vida Util de Projeto (VUP) conforme Tabela 14.1, contados a partir do auto de concluséo da obra, Sem a necessidade de intervengdes com Custo de manutengao e reposigao iguais ou superiores a categoria D conforme Tabela C3, desde que nao previstas no Manual de Gestao de Manutencao, considera-se atendido 0 requisito de Vida Util de Projeto (VUP), salvo prova objetiva em contrarrio. Os valores de Vida Util de Projeto também podem ser comprovados por verificagées de cumprimento das normas nacionais prescritivas na data do projeto, bem como constatag6es em obra do cumprimento integral do projeto pela construtora, 14.2.3 Critério— Durabilidade . © edificio e seus sistemas devem apresentar durabiidade compativel com a Vida Util de Projeto VUP preestabelecida em 14.2.1 14.2.4 Método de avaliagao Aaavaliagao pode ser realizada: a) através da verificagdo do cumprimento das exigéncias estabelecidas em Normas Brasileiras que estejam relacionadas com a durabilidade dos sistemas do edificio. S4o exemplos de Normas com estas caracteristicas as ABNT NBR 6118, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062 e ABNT NBR 14762; b) pela comprovagao da durabilidade dos elementos e componentes dos sistemas, bem como de sua correta utilzagao, conforme as Normas a elas associadas que tratam da especificagao dos elementos ¢ componentes, sua aplicagdo e mélodos de ensaios especificos, como ABNT NBR 5649, ABNT NBR 6136, ABNT NBR 8491, ABNT NBR 9457, ABNTNBR 10834, ABNTNBR 11173, ABNT NBR 13281, ABNT NBR 13438, ABNT NBR 138582, ABNT NBR 15210-1, ABNT NBR 15319, ABNTNBR6565; __ ABNT NBR 7398; ABNT NBR 7400; ABNT NBR 8094; ABNT NBR 8096 e outras Normas Brasileiras especificas, conforme o caso; ©) na inexisténcia de Normas Brasileiras, através do cumprimento das exig@ncias estabelecidas em Normas estrangeiras especiticas e coerentes com os componentes empregados na construgao e sua aplicagao, como ASTM G154-06, ASTM E 424-71, ASTM D 1413-07 e outras; d) por andlise de campo do sistema através de inspegao em protétipos @ edificacdes, que possibilte a avaliago da durabilidade por conhecimento das caracteristicas do sistema obedecendo ao tempo minimo de ‘comprovagao da durabilidade (ver Seco 6) e considerando a vida util pretendida; ) pela andlise dos resultados obtidos em estagdes de ensaios de durabilidade do sistema, desde que seja ossivel comprovar sua eficacia; Abit .grafia constante no Anexo F pode auxiliar na avaliagéo da durabilidade. 14.2.5 Premissas As condigdes de exposigao do edificio devem ser especificadas em projeto, a fim de possibilitar uma andlise da Vida Util de Projeto(VUP) e da durabilidade do edificio e seus sistemas. As especificagdes relativas a manutencdo, uso e operacao do edificio e seus sistemas que forem considerados em projeto para definigao da Vida Util de Projeto(VUP) devem estar também claramente detalhadas na documentagao que acompanha o edificio ou subsidia sua construcéo. 14,3 Manutenibilidade 14.3.1 Requisito - Manutenibilidade do edificio e de seus sistemas Manter a capacidade do edificio e de seus sistemas e permitir ou favorecer as inspegées prediais, bem como as intervengdes de manutencao previstas no manual de operacdo, uso e manutencao. Conforme responsabilidades estabelecidas na Segao 5 desta parte 1 14.3.2 Critério — Facilidade ou meios de acesso Convém que os projetos sejam desenvolvidos de forma que o edificio © os sistemas projetados tenham 0 favorecimento das condigées de acesso para inspecdo predial através da instalag&o de suportes para fixagao de andaimes, balancins ou outro melo que possibilte a realizagao da manutengdo. 14.3.3 Método de avaliacao - Analise de projeto. projeto do edificio e de seus sistemas deve ser adequadamente concebido, de modo a possibiltar os meios que favoregam as inspegoes prediais e as condigdes de manutengao. ‘A incorporadora ou construtora (no caso de nao haver incorporagao) deve fornecer ao usuario manual atendendo a ABNT NBR 14037, Na gestéo de manutengéo, deve-se atender a NBR 5674, para preservar as caracteristicas originais da edificaao, prevenir a perda de desempenho decorrente da degradagao de seus sistemas, elementos ou componentes. Nota - Salvo manutengées de rotina (Ex. Limpeza), intervenes na estrutura devem ser feitas sob responsabilidade de profissional ou empresa especializada, podendo o manual substituir instrugdes especificas por recomendagao de bibliografias especializadas 15 Satide, higiene e qualidade do ar 15.1. Genoralidades As exigéncias relativas a sade devem atender.a legislagdo vigente, ‘Além do acima estabelecido, recomenda-se que sejam cumpridos os requisitos de 15.2 e 15.3. 15.2. Requisito ~ Proliferacdo de microorganismos Propiciar condigdes de salubridade no interior da edificagéo, considerando as condigdes de umidade e temperatura no interior da unidade habitacional, aliadas ao tipo dos sistemas utlizados na construgao. 15.24 Critério © requisito mencionado deve atender aos critérios fixados na legislacao vigente, 15.2.2 Método de avaliacao Verificagao pelos métodos de ensaios estabelecidos na legislagao vigente. 15,3. Requisito — Poluentes na atmosfera interna a habitagao Os materiais, equipamentos e sistemas empregados na edificagao néo podem liberar produtos que poluam o ar ‘em ambientes confinados, originando niveis de poluigéo acima daqueles verificados no entorno. Enquadram-se nesta situagao os aerodispersdides, gas carbénico e outros, 15.3.1 Critério O requisito mencionado deve atender aos critérios fixados na legislacao vigente, 15.3.2 Método de aval Verificagao pelos métodos de ensaios estabelecidos na legislagdo vigente. 15.4 Requisito — Poluentes no ambiente de garagem Gases de escapamento de veiculos ¢ equipamentos nao podem invadir areas intemas da habitagao. O sistema de exaustio ou ventilagdo de garagens internas deve permitir a saida dos gases poluentes gerados por veiculos e equipamentos. 15.4.1 Critério requisito mencionado deve atender aos critérios fixados na legislacao vigente. 15.4.2 Método de avaliagao Verificagdo pelos métodos de ensaios estabelecidos na legislagao vigente. 16 Funcionalidade e acessibilidade 16.1. Requisito ~ Altura minima de pé direito Apresentar altura minima de pé-direito dos ambientes da habitacdo compativeis com as necessidades humanas, 16.1.1 Critério — Altura minima de pé ‘Aaltura minima de pé-direito nao pode ser inferior a 2,50 m. Em vestibulos, halls, corredores, instalagdes sanitérias e despensas admite-se que 0 pé-direito se reduza a0 minimo de 2,30m, Nos tetos com vigas, inclinados, abobadados ou, em geral, contendo superficies salientes altura piso a piso e ou 0 Pé-direito minimo, devem ser mantidos, pelo menos, em 80 % da superficie do teto, admitindo-se na superficie restante que o pé-direito livre possa descer até ao minimo de 2,30m. 16.1.2 Método de aval Andlise de projeto. 16.2. Requisito — Disponibilidade minima de espacos para uso e operacao da habitagio Apresentar espagos minimos dos ambientes da habitagao compativels com as necessidades humanas. 16.2.1 Critério - Disponibilidade minima de espagos para uso e operagao da habitagao Para os projetos de arquitetura de unidades habitacionais, sugere-se prever no minimo a disponibilidade de ‘espaco nos cémodos do edificio habitacional para colocacao e utlizagdo dos méveis e equipamentos-padrao listados no Anexo X de carater informativo. 16.2.2 Método de avaliagao Anélise de projeto. 16.3 Requisito - Adequagao para pessoas com deficiéncias fisicas ou pessoas com mobilidade reduzida A edificagao deve prever 0 numero minimo de unidades para pessoas com deficiéncia fisica ou com mobilidade reduzida estabelecido na legislagdo vigente, e estas unidades devem atender aos requisitos da NBR 9050. As reas comuns devem prever acesso a pessoas com deficiéncia fisica ou com mobilidade reduzida e idosos. 16.2.3 Critério - Adaptagées de areas comuns e privativas ‘As areas privativas devem receber as adaptagées necessdrias para pessoas com deficiéncia fisica ou com mobilidade reduzida nos percentuais previstos na legislago, ¢ as areas de uso comum sempre devem obedecer ao que estabelece a ABNT NBR 9050. 16.2.4 Método de avaliagao Anélise de projeto. 16.2.5 Premissas de projeto © projeto deve prever para as areas comuns e, quando contratado, também para as Areas privativas, as adaptagdes que normalmente referem-se a: a) acessos e instalagées; b) _ substituigao de escadas por rampas; ©) limitagao de declividades e de espagos a percorrer; d) _largura de corredores e portas; e) alturas de pegas sanitarias; f) disponibilidade de algas e barras de apoio. 16.3. Requisito ~ Possibilidade de ampliacao da unidade habitacional Para unidades habitacionais térreas © assobradadas de cardter evolutivo j4 comercializadas com previséo de ampliagdo, a incorporadora ou construtora devera forecer ao usuario projeto arquiteténico e complementares juntamente com o manual de uso, operacdo e manutengao com instrugdes para ampliagao da edificacao Recomendando-se utilizar recursos regionais e os mesmos materiais e técnicas construtivas do imével original. 16.3.1 Critério - Ampliagao de unidades habitacionais evolutivas No projeto e na execusao das edificagées térreas e assobradadas de cardter evolutivo, deve ser prevista pelo incorporador ou construtor a possibilidade de ampliago, especificando-se os detalhes construtivos necessérios para ligagao ou a continuidade de paredes, pisos, coberturas e instalacées. NOTA: Edificagdes de carater evolutivo sao aquelas comercializadas ja com previséo de ampliagSes, © incorporador ou construtor deve anexar ao manual de operagao, uso e manutengao (3.13) as especificagdes ¢ detalhes construtivos necessérios para ampliagao do corpo da edificagao, do piso, do telhado e das instalages prediais, considerando a coordenacao dimensional e as compalibilidades fisicas e quimicas com os materiais disponiveis regionalmente sempre que possivel. As especificagées e detalhes construtivos fomecidos devem permitir no minimo a manutengéo dos niveis de desempenho da construgao nao ampliada, relativamente ao comportamento estrutural, seguranga ao fogo, estanqueidade a agua, desempenho térmico, desempenho, acistico e durabilidade. ‘As propostas de ampliagdo devem ser devidamente consideradas nos estudos de arquitetura, devendo atender aos niveis de funcionalidade previstos nesta Norma, 16.3.2 Método de avaliacao Anélise de projeto. 17 Conforto tatil e antropodinamico 17.4 Generalidades As diretrizes para verificagao das exigéncias dos usuarios com relagdo a conforto tatil e antropodinamico sao normalmente estabelecidas nas_respectivas Normas prescritivas dos componentes, bem como nas ABNT NBR 15575-2 a ABNT NBR 15575-6. No caso de edificios habitacionais destinados aos usuérios com deficiéncias fisicas e pessoas com mobilidade reduzida (PMR), os dispositivos de manobra, apoios, algas e outros equipamentos devem obedecer as prescrigbes da ABNT NBR 9050, 17.2. Requisito - Conforto tatil e adaptagao ergonémica Nao projudicar as atividades normais dos ususrios, dos edificios habitacionais, quanto ao caminhar, apoiar, limpar, brincar e semelhantes. Nao apresentar rugosidades, contundéncias, depressdes ou outras irregularidades nos elementos, componentes, ‘equipamentos e quaisquer acessorios ou partes da edificagao. 17.2.1 Critérlo - Adequagao ergonémica de dispositivos de manobra Os elementos e componentes da habitagdo (trincos, puxadores, cremonas, guilhotinas etc.) devem ser projetados, construidos e montados de forma a nao provocar ferimentos nos usuérios. Relativamente as instalagées hidrossanitarias, devem ser atendidas as disposigSes da ABNT NBR 15575-6. Os elementos e componentes que contam com Normalizagao especifica (portas, janelas, toreiras e outros) devem ainda atender s exigéncias das respectivas Normas. 17.2.2 Métodos de avaliagao Anélise de projetos, métodos especificados nas Normas Brasileiras de cada componente. 17.3. Requisito - Adequagao antropodinamica de dispositivos de manobra Apresentar formato compativel com a anatomia humana. Ndo requerer excessivos esforgos para a manobra e movimentagao, 17.3.1 Critérlo — Forga necessaria para o aclonamento de dispositivos de manobra Os componentes, equipamentos e dispositivos de manobra devem ser projetados, construldos e montados de forma a evitar que a forca necessaria para o acionamento nao exceda 10 N nem o torque ultrapasse 20 Nm. 17.3.2 Métodos de avaliagao Anélise de projetos, métodos de ensalo relacionados as Normas Brasileiras especificas dos componentes. 18 Adequagao ambiental 18.1. Generalidades 18.1.1. Técnicas de avaliagao do impacto ambiental resultante das atividades da cadeia produtiva da construgao ainda séo objeto de pesquisa e, no atual estado-da-arte, nao ¢ possivel estabelecer critérios e métodos de avaliagao relacionados a expressao desse impacto. 18.1.2 De forma geral, os empreendimentos e sua infra-estrutura (arruamento, drenagem, rede de agua, 94s, esgoto, telefonia, energia) devem ser projetados, construidos e mantidos de forma a minimizar as alteragdes no ambiente. 18.1.3 A ABNT NBR 15575-6 estabelece requisitos relatives ao consumo de agua e & deposigéo de esgotos sanitérios. 18.2 Projeto e implantacao de empreendimentos ‘A implantago do empreendimento deve considerar os riscos de desconfinamento do solo, deslizamentos de taludes, enchentes, erosbes, assoreamento de vales ou cursos d’gua, langamentos de esgoto a céu aberto, contaminagdo do solo ou da Agua por efluentes ou outras substancias, além de outros riscos similares. Independentemente dessas recomendagées, devem ser obedecidas as exigéncias das ABNT NBR 8044 © ABNT NBR 11682, bem como da legislacao vigente. 18.3. Selecdo e consumo de materials 18.3.1. Recomenda-se que os empreendimentos sejam construidos mediante exploragéo e consumo racionalizado de recursos naturais, objetivando a menor degradagao ambiental, menor consumo de agua, de ‘energia e de matérias-primas. Na medida das possibilidades, devem ser privilegiados os materiais que causem menor impacto ambiental, desde as fases de exploragdo dos recursos naturals & sua utilizago final, 18.3.2. Recomenda-se a utilizagéo de madeiras cuja origem possa ser comprovada mediante apresentagao de ccertificagdo legal ou provenientes de plano de manejo aprovado pelos érgaos ambientais. 18.3.3. Recomenda-se recorrer ao uso de espécies altemnativas de madeiras que nao estejam enquadradas como madeiras em extingdo, sendo que as caracleristicas destas espécies podem ser encontradas nas referéncias bibliograficas do Anexo F. 18.3.4. Durante a construcdo, deve-se implementar um sistema de gesto de residuos no canteiro de obras, de forma a minimizar sua geracdo e possibilitar a segregacdo de maneira adequada para faciltar 0 reuso, a reciclagem ou a disposigao final em locals especificos. 18.3.5 Recomenda-se aos projetistas que avaliem junto aos fabricantes de materials, componentes © equipamentos os resultados de inventarios de ciclo de vida de seus produtos, de forma a subsidiar a tomada de decisdo na avaliagao do impacto que estes elementos provocam ao meio ambiente. 18.4 Consumo de agua @ deposicao de esgotos no uso @ ocupacao da habitagao 18.4.1 Requisito - Utilizagao e reuso de agua As Aguas servidas provenientes dos sistemas hidrossanitérios devem ser encaminhadas as redes publicas de coleta e, na indisponibilidade destas, deve-se utlizar sistemas que evitem a contaminacao do ambiente local. Nota: E recomendado para as instalagdes hidrossanitarias privilegiarem a adocao de solugdes, caso a caso, que minimizem o consumo de agua e possibiltem 0 reuso, reduzindo a demanda da agua da rede publica de abastecimento e minimizando 0 volume de esgoto conduzido para tratamento, sem com isso reduzir a satisfaco do usuario ou aumentar a probabilidade de ocorréncia de doencas. 18.4.2 Critério No caso de reuso de agua para destinagao ndo potavel, esta deve atender aos pardmetros estabelecidos na Tabela 18. tabaixo’ Tabela 18.1 — Pardmetros de qualidade de agua para usos restritivos nao potaveis Parametro Valor Colfformes totais ‘Auséncia em 100 mi Colformes termotolerantes ‘Auséncia em 100 mi Cloro residual livre 05.2 3,0 mgll Turbidez <2UTT ora sos menos restos Cor aparente (caso nao seja utlizado nenhum corante, <15uH" ou antes da sua utlizagao) Deve prover ajuste de pH para protecao das redes de_| pH de 6,0 a 8,0 no caso de tubulagao de ago carbono distribuigo, caso necessério ou galvanizado Nota: Podem ser usados outros processos de desinfecgao além do cloro, como a aplicagao de raio ultravioleta aplicagao de ozénio. T— No caso de serem ullizados compostos de cloro para pesinfecgao II-uT 6 a unidade de turbidez TI uH 6 a unidade Hazen 18.4.3 Método de avaliacao Andlise de projetos, métodos de ensaio relacionados as Normas Brasileiras especificas 18.5 Consumo de energia no uso e ocupagao da habitagao As instalagées elétricas devem privilegiar a adogéo de solugées, caso a caso, que minimizem o consumo de energia, entre elas a utilizagdo de lluminagdo e ventilacao natural e de sistemas de aquecimento baseados em energia alternativa, Tais recomendagées devem também ser aplicadas aos aparelhos e equipamentos utilizados durante a execugao da obra e no uso do imével (guinchos, serras, gruas, aparelhos de ilumingdo, eletrodomésticos, elevadores, sistemas de refrigeragdo etc.) Anexo A (informativo) A. Avaliagao do desempenho térmico de edificagdes por meio de medicéo A.1.1_ A avaliacdo do desempenho térmico de edificagdes, via medigdes in loco, deve ser feita em edificagdes ‘em escala real (1:1), seguindo o procedimento apresentado em A.2 a A.7. A1.2 Medir a temperatura de bulbo seco do ar no centro dos recintos dormitérios salas, a 1,20 m do piso, Para as medig6es de temperatura, seguir as especificagSes de equipamentos © montagem dos sensores, apresentadas na ISO 7726. A1.3. Para avaliar edificagées existentes, considerar as situag6es apresentadas a seguir e realizar a avaliago conforme A642 A6.7: g) no caso de uma nica unidade habitacional, medir nos recintos indicados em A.6.2, tal como se apresentam; h) em conjunto habitacional de unidades térreas edificios multipiso, escolher uma ou mais unidades, que possibilitem a avaliagdo nas condicdes estabelecidas a seguir: — _verdo: janela do dormitério ou sala voltada para oeste e outra parede exposta voltada para norte; — inverno: janela do dormitério ou sala de estar voltada para sul e outra parede exposta voltada para leste; — no .caso de edificio multipiso, selecionar unidades do titimo andar; — caso as orientagées das janelas dos recintos nao correspondam exatamente as especificagées anteriores, priorizar as unidades que tenham o maior numero de paredes expostas e cujas orientagdes das janelas, sejam mais préximas da orientagao especificada, ‘A.1.4 Para avaliagdo em protétipos, recomenda-se que eles sejam construidos considerando-se as condigdes ‘estabelecidas a seguir: — nas regides bioclimaticas 6 a 8 (ABNT ABNT NBR 15220-3), protétipo com janela do dormitério ou sala voltada para oeste; — nas regiées bioclimdticas 1 a 5 (ABNT ABNT NBR 15220-3), construir um protétipo que atenda aos requisitos especificados a seguir: — condigao de inverno: janela do dormitério ou sala de estar voltada para sul e outra parede exposta voltada para leste; — condigao de verdo: janela do dormitério ou sala voltada para ceste e outra parede exposta voltada para norte. A..5 Obstrugao por elementos extemos: quando possivel, as paredes e as janelas dos protétipos devem ser desobstruidas (sem presenga de edificagdes ou vegetago nas proximidades que modifiquem a incidéncia de sol lou vento). NOTA: No caso de avaliagao em protétipo, este deve reproduzir as condiges mais semelhantes possiveis a ‘aquelas que serao obtidas pela edificago real, evitando-se desvios de resultados causados por sobreamentos ou ventilagao diferentes da obra real A.A.6 Periodo de medig&o: O dia tomado para analise deve corresponder a um dia tipico de projeto, de verdo ou de inverno, precedido por pelo menos um dia com caracteristicas semelhantes. Recomenda-se, como regra geral, trabalhar com uma seqiiéncia de trés dias @ analisar os dados do terceiro dia, Para efeito da avaliagao por medigo, o dia tipico é caracterizado unicamente pelos valores da temperatura do ar exterior medidas no local 1.7 Os valores da temperatura do ar exterior dos dias tipicos de verdo e invemo de diversas localidades estéo apresentados nas Tabelas A.2 ¢ A.3. Caso a cidade no conste nestas Tabelas, utilizar os dados climaticos da cidade mais proxima, dentro da mesma regido climatica, com altitude de mesma ordem e grandeza. ‘A2 Dados climaticos brasileiros A241. Mapa das zonas biocliméticas brasileiras 70 Tabela A1- Dados de algumas cidades Brasileiras UF | Zona biocimatica | Cidade Latitude | Longitude [mj _| Altitude SE & Aracaji 10.925 37.05W 5 PA 8 Belém 1455 4847 W 10 MG 3 Belo Horizonte 19.935 43.93 850 OF a Brasilia 15.788 47.93 W 7160 MS 6 Campo Grande 20455 B42 W 530 MT 7 Cuiaba 15555 Be12W 751 PR 1 Curitiba: 25.425 49.27 W 924 SC 3 Florianépolis 2758S 4857 W 2 CE 8 Fortaleza 3178 386W 26 GO 6 Goidnia 1667S 4525W Tat Pa e Todo Pessoa 718 aaa7 W 7 AP e Macapa O0sN S105 W 14 AL & Maceio 9675 357 W o AM 8 Manaus 3138S 60.02W 72 RN & Natal BITS 35.2W 18 TO 7 Palmas T0218 48.36 W 330 RS 3 Parto Alegre 30.02 S Bi22W a7 RO 3S Parte Velho ais ea08W co PE 3S Recife 3055 wao2W 7 ‘AC 8 Rio Branco 9975 o78W 161 RI 8 Rio de Janeiro 22.928 43.17 W 5 BA 8 Salvador 73.025 3852W gy MA 8 ‘Sao Luiz 2538 aa3W 34 ‘SP 3 ‘Sao Paulo 25S 4662W 792 PI 7 Teresina 5.08 S 42.82W 74 ES & Vitoria 20.328 40.33W 36 ‘Tabela A2 — Dados de dias tipicos de verao de algumas cidades Brasileiras cee | ee ‘riots Temperatura de | Radiagao solar | Nebulosidade ame vm ne wim décimos hracaja 208 54 249 ear 6 Belém 33,4 10,5 26,1 4368 6 Beto Horizonte @ 708 27 464 8 Boa Vista 35,3 98 25,8 6 brasiia a2 125 209 2625 a |Campo Grande 33,6 10 23,6 5481 6 (ciaba a8 24 248 wore 6 [euriva Ha 102 2a a7 8 Ferandpois 327 66 2a 7 Fertaieza @ 65 25. sei 5 [otra 348 3A a 1455 4 Jodo Pessoa 309 ea 248 3642 6 [Macon 335 ° 258 7 [Maceis 22 82 246 5138 6 [Manaus 34,9 91 26,4 5177 7 [ata aa 8 248 e274 6 Porto Alegre 359 96 239 sa76 5 Porto Verna ae 725 26 6066 7 Recto aa 7A 247 5105 6 Rio Branco 356 127 254 6496 7 [tio de Janeiro 35. 6a 256 722 5 Kavador 316 eA 25 564 5 0 Luis 325 74 254 i248 5 [sie Pauio a9 92 2a 5180 6 ireresina 379 132 254 sade 5 tia m6 7a 259 4068 5 Tabela A3 - Dados de dias tipicos de inverno de algumas cidades Brasiloiras Tempera | Anpide dia | raciogto | Nulceldede Cidade minima | de temperatura TemPeraturade bulbo | jar didria oC oC Whima aecimos Jarecaja 787 5A 28 sae 6 ewim 204 100 255 a6 6 Beto Horizonte a7 26 160 a7i6 a Boa View 207 aA 249 7 rasta 100 122 148 4246 a [Campo Grande 137 115) 173 4250 4 eviaba 114 143 20.4 41683 4 curtiba or 116 110 166 6 Frandpots 60 7A 134 6 Fortaleza 218 70 240 5301 5 [Goiania 36 149) 162 1282 a [oto Pessoa 192 65 Ey] 4826 6 Macapa 28 65 248 8 Maceis 178 75 a7 259 6 Itanaus Ba 79 250 4523 7 Nata 198 78 225 5025 5 Pore Alegre 43 86 ‘2A 2610 6 Proto Velho 7 7 736 6670 5 Rec 188 67 24 4562 6 io Branco 119 149 wa e445 6 Rio de Janeiro 158 63 1A 2020 5 Savador 200 50 a7 4647 5 Sao Luis 215 69 24,9 4490 6 Sto Paulo 62 100 3A 4418 6 Teresina 18,0 12,6 22,9 5209 4 |Vitéria 16,7 69 20,4 2973 5 Anexo B (normativo) Procedimento de avaliagao do desempenho luminico artificial B.1_ Generalidades ‘A verificagao ao atendimento aos requisitos e critérios de desempenho luminico deve ser efetuada por meio de um dos métodos propostos a seguir, considerando que o uso dos métodos de calculo resultaré em valores de iluminancia média com no maximo 10% de erro sobre os valores medidos in loco. B.2_Medigao in loco para iluminagao artificial Realizagdo de medigdes no periodo noturno, no plano horizontal, a 0,80 m acima do nivel do piso, com o emprego de luximetro portatl com erro maximo + | 5 % do valor medido, nas seguintes condicdes: — medigdes sem nenhuma entrada de luz externa (portas, janelas e cortinas fechadas); — medigées realizadas com a iluminagao artificial do ambiente totalmente ativada, sem a presenga de obstrugées opacas (Exemplo: roupas estendidas nos varais); — medigées no centro dos ambientes; — medigdes nos pontos centrais de corredores intemos ou extemos & unidade; — para escadarias, medigdes nos pontos centrais dos patamares e a meia largura do degrau central de cada lance, B.3 Método de cAlculo para iluminagao artificial De acorde com a ABNT NBR 5382, para o periodo noturno, calculando o nivel de iluminamento para o plano horizontal sempre a 0,80 m acima do nivel do piso, nas seguintes condigSes: — Calculos sem nenhuma entrada de luz externa (portas, janelas ¢ cortinas fechadas); — Calculos realizadas com a iluminagdo artificial do ambiente totalmente ativada, sem a presenga de obstrugdes opacas (Exemplo: roupas estendidas nos varais); — Calculos no centro dos ambientes; — Calculos nos pontos centrais de corredores internos ou externos a unidade; — para escadarias, Calculos nos pontos centrais dos patamares ¢ a meia largura do degrau central de cada lance, Anexo C (informative) Consideragées sobre durabilidade e vida util C1 Conceituacdo A vida util (service life) € uma medida temporal da durabilidade de um edificio ou de suas partes (sistemas complexos, do proprio sistema e de suas partes: subsistemas; elementos e componentes). A Vida Util de Projeto (design life) 6 definida pelo incorporador e/ou proprietario © projetista, © expressa previamente. Conceitua-se ainda a vida util estimada (predicted service life) como sendo a durabilidade prevista para um dado produto, inferida a partir de dados histéricos de desempenho do produto ou de ensaios de envelhecimento acelerado. A Vida Util de Projeto (VUP) é basicamente uma expresso de caréter econdmico de uma exigéncia do usua ‘A melhor forma para se determinar a VUP para uma parte de uma edificacao 6 através de pesquisa de of entre técnicos, usuarios e agentes envolvidos com o processo de construgdo. Em paises europeus, isto foi feito durante as décadas de 60 e 70 para a regulamentagao dos valores das VUP minimas exigiveis. ‘A VUP pode ser ainda entendida como uma defini¢do prévia da opgao do usuario pela melhor relagao custo global versus tempo de usufruto do bem (o beneficio), sob sua ética particular, Para produtos de consumo ou para bens ndo-durdveis 0 usuério faz suas opcGes por vontade prépria e através de andlise subjetiva, tendo por base as informagdes que Ihe s8o disponibilizadas pelos produtores, 0 efeito do aprendizado (através de compras sucessivas) ¢ a sua disponibilidade financeira. Assim, para regular 0 mercado de bens de consumo, € suficiente ‘que se imponha um prazo minimo (dito “de garantia’ e de responsabilidade do fornecedor do bem), para protegao do usudrio, apenas contra defeitos "genéticos” No entanto, para bens durdveis, de alto valor unitério © geralmente de aquisigao Unica, como 6 a habitagéo, a sociedade tem de impor outros marcos referenciais para regular 0 mercado e evitar que o custo inicial prevalega ‘em detrimento do custo global e que uma durabilidade inadequada venha a comprometer o valor do bem oa prejudicar o usuario. O estabelecimento em lei, ou em Normas, da VUP minima se configura como o principal referencial para edificag6es habitacionais, principalmente para as habitagées subsidiadas pela sociedade e as destinadas as parcelas da populagao menos favorecidas economicamente. ‘A VUP & uma decisao de projetos que tem de ser estabelecida inicialmente para balizar todo 0 processo de produgao do bem. Quando se projeta um sistema ou um elemento (por exemplo, a impermeabilizacao de uma laje), & possivel escolher entre uma infinidade de técnicas e materials. Alguns, pelas suas caracteristicas, podem ter Vida Util de Projeto (VUP) de 20 anos, sem manutengao, e outros nao mais que 5 anos. Evidentemente, as solugées tém custo e desempenho ao longo do tempo muito diferentes, Definida a VUP, estabelece-se a obrigagao de que todos os intervenientes atuem no sentido de produzir o ‘elemento com as técnicas adequadas para que a VU atingida seja maior ou igual 4 VUP. Sem este balizamento, ‘quem produz o bem pode adotar qualquer das técnicas disponiveis e empregar qualquer produto normalizado sem que ele esteja errado, do ponto de vista técnico. E evidente que a tendéncia é optar pelo produto de menor custo inicial, ou seja, sem a definigao da VUP, a tendéncia é de se produzir bens de menor custo inicial, porém menos durdveis, de maior custo de manutengao e provavelmente de maior custo global. ‘A VU pode ser normalmente prolongada através de agées de manutengdo. Na Figura C.1 este comportamento 6 ‘esquematicamente representado. Quem define a VUP deve também estabelecer as agdes de manutengao que devem ser realizadas para garantir 0 atendimento 4 VUP, E necessério salientar a importancia da realizagao integral das ages de manutenodo pelo usuario, sem 0 que se corre o risco de a VUP néo ser atingida. Por exemplo, um revestimento de fachada em argamassa pintado pode ser projetado para uma VUP de 25 anos, desde que a pintura seja refeita a cada 5 anos, no maximo. Se 0 usuario nao realizar a manutengdo prevista, a VU real do revestimento pode ser seriamente comprometida. Por conseqiiéncia, as eventuais patologias resultantes podem ter origem no uso inadequado endo em uma construcéo falha Desempenho Manutengao desde a entrega Tempo Figura C.1 — Desempenho ao longo do tempo © impacto no custo global da VUP é fator determinante para definigao da durabilidade requerida. O estabelecimento da VUP é, conceitualmente, resultado do processo de otimizacao do custo global. O sistema de menor custo global nao é normalmente o de menor custo inicial nem 0 de maior durabilidade; é um dos sistemas intermediarios. O ideal do ponto de vista da sociedade é a otimizagdo destes dois conceitos conflitantes, isto é, deve-se procurar estabelecer a melhor relagdo custo x beneficio. Atualmente, sem que o usuério tenha se conscientizado de suas escolhas, a op¢ao por construgdes de menor custo, mas menos duraveis, esta necessariamente transferindo o énus desta escolha para as geragées futuras. © usuério de uma edificacao tem limitagées econémicas no momento de sua aquisigao, mas pode nao té-las no futuro. Entao, em principio, pode optar por uma menor VUP em traca de um menor investimento inicial, mas esta escolha tem um limite inferior, abaixo do qual nao é aceitavel do ponto de vista social, pois esta situagao impde custos exagerados de reposi¢ao no futuro para a toda a sociedade. Assim, considerando-se tanto as limitagdes de recursos da sociedade de investimento na infra-estrutura habitacional do Pals, quanto as necessidades de protegao basica do usuario, é que se estabelece nesta Norma 0 conceito de VUPririne Outros paises estabeleceram apenas o conceito de VUPpinine © deixaram para o mercado o estabelecimento da vida Util de projeto além do minimo. Nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 propde-se uma classificago da VUP em dois niveis (minimo e superior). Uma VUP além do minimo se justifica, neste momento, por diversas raz6es: — como um balizador do que é possivel de ser tecnicamente obtido; — como estimulo a concorréncia e & competigao no mercado empreendedor; — para caracterizar que existe a opgao pela minimizagao de custos de operagéo e manutengao ao longo do tempo através de uma VUP maior; — para induzir 0 mercado a buscar solugdes de melhor custo-beneficio além das que atendam a VUP minima, ©.2__Determinagao da vida util de projeto Para a determinacao da VUP minima pode-se adotar diversas metodologias. A prevista nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 incorpora trés conceitos essenciais: — cefeito que uma falha no desempenho do subsistema ou elemento acarreta; — a maior facilidade ou dificuldade de manutengao e reparacao em caso de falha no desempenho; — © custo de corregao da falna, considerando-se inclusive 0 custo de corregéo de outros subsistemas ou elementos afetados (por exemplo, a reparacdo de uma impermeabilizagdo de piscina pode implicar 2 substituigo de todo 0 revestimento de piso e paredes, © 0 custo resultante 6 muito superior ao custo da prépria impermeabilizagao) Para parametrizagéio da VUP, com fundamento nestes conceltos, foram utllizados conhecimentos ja consolidados internacionalmente, principalmente os da BS 7453, As Tabelas C.1, C.2 e C.3 relacionam os parémetros adotados para a determinagao da VUP. Tabela C.1 — Efeito das falhas no desempenho Efeito no desempenho Exemplos tipicos A Perigo a vida (ou de ser ferido) Colapso repentino da estrutura B Risco de ser ferido Degrau de escada quebrado c Perigo a satide Séria penetragao de umidade D Interrupgao do uso do edificio Rompimento de coletor de esgoto E Comprometer a seguranga de uso Quebra de fechadura de porta F ‘Sem problemas excepcionais Substituigao de uma telha NOTA _ Falhas individuais podem ser enquadradas em duas ou mais categorias, Tabela C.2 — Categoria de Vida Util de Projeto para partes do edificio Categoria| Descrigao Vida atit Exemplos tipicos 1 | Substituivel | Vida Gti mais curta que o edificio, sendo sua substituigao | Muitos revestimentos de facile prevista na etapa de projeto pisos, loucas e metais sanitarios 2 | Manutenivel | Sao durdveis, mas necessitam de manutengao periddica, e | Revestimentos de edificio 40 passivels de substituigo ao longo da vida itl do fachadas e janelas 3 [Nao manutenivel | possibilitarem manutengao Devem ter a mesma vida util do edificio por néo Fundagées e muitos ‘elementos estruturais Tabola C.3 — Custo de manutengao e reposic¢ao ac longo da vida uti Categoria Descrigao Exemplos tipicos ‘A__| Baixo custo de manutengao \Vazamentos em metais sanitarios B__| Médio custo de manutengao ou reparago Pintura de revestimentos internos C —_ | Médio ow alto custo de manutengao ou reparagao Pintura de fachadas, esquadrias custo d 40 (do element. fe ent de portas, pisos internos e sto de reposigao (do elemento ou sistema) equivalente ao | 1 00": P custo inicial D_ | Alto custo de manutengao e/ou reparagao Revestimentos de fachada e Custo de reposigo superior ao custo inicial Comprometimento da durabilidade afeta outras partes do edificio estrutura de telhados E [Alto custo de manutengao ou reparagao Custo de reposigiio muito superior ao custo inicial Impermeabilizagao de piscinas A Tabela C.4 foi construida com base nos pardmetros descritos nas Tabelas C.1, C.2 ¢ C.3. Tabela C.4 — Critérios para o estabelecimento da VUP das partes do edificio Valor sugerido de VUP para os sistemas, | Efeito da falha Categoria de VUP | Categoria de custos lementos @ componentes (Tabela €.1) (Tabela C.2) (Tabela C.3) Entre 8% e 8% da VUP da estrutura F 1 A Entre 8% e 15% da VUP da estrutura F 1 8 Entre 15% e 25% da VUP da estrutura EF 1 c Entre 25% e 40% da VUP da estrutura DEF 2 D Entre 40% e 80% da VUP da estrutura qualquer 2 DE Igual a 100% da VUP da estrutura qualquer 3 qualquer Nota: As VUPs entre 5% e 15% da VUP da estrutura podem ser aplicaveis apenas a componentes. As demais VUPs podem ser aplicavels a todas as partes do edificio (sistemas, elementos e componentes). Nota: Existem internacionalmente diversas e variadas proposigées para determinagao da VUP do edificio, No entanto, em relagao aos edificios habitacionais, observa-se que elas apresentam notavel convergéncia, situando a VUP destes edificios entre 50 e 60 anos. A enlidade européia de certificagao técnica de processos e components inovadores - European Organization for Technical Approvals (ver CIB Report Publication 294, 2004) — ao estabelecer classes de VUP para edificacées, estabeleceu para a VUP normal o perfodo de 50 anos. Nesta Norma, recomenda-se a VUP minima para as diversas partes do edificio, conforma consta na Tabela C.6, adotando o periodo de 50 anos para a VUP minima da estrutura do edificio, de modo a compatibilizar, para a construgao de habitagdes de interesse social (HIS), as limitagdes quanto ao custo inicial com as exigéncias do usuario em relagao a durabilidade © aos custos de manutengao e de reposigao, visando garantir, por um prazo razoavel, a utlizagdo em condigdes aceitavels do edificio habitacional Este _prazo, inferior ao aceito internacionalmente como minimo, foi adotado nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15575-6 em funcao das condigdes socioeconémicas existentes atualmente e pode ser modificado quando da sua revisao, recomendando-se manter os percentuais estabelecidos na Tabela C.4. Deve-se atentar que um periodo de vida util de 50 anos implica que anualmente devem ser construidas mais de 1,2 milhdo de habitagdes apenas para repor o estoque habitacional existente hoje no Pais, numero bastante expressivo diante da realidade atual. Para a VUP superior do edificio, recomenda-se o prazo de 75 anos (ver Tabela C.5), de modo a balizar 0 setor da construgao de edificagSes em relagao ao que é tecnicamente possivel de ser obtido, empregando os materiais 6 componentes e as técnicas © processos construtivos hoje disponiveis. A VUP do edificio habitacional, estabelecida em comum acordo entre os empreendedores e os projetistas, € também os usuarios, quando for 0 caso, ainda na fase de concepedo do projelo, propicia seu cumprimento. Porém, para que POSSA SER atingida 6 necessério que sejam atendidos simultaneamente todos os seguintes aspectos a. emprego de componentes ¢ materiais de qualidade compativel com a VUP; b. execugo com técnicas e métodos que possibilitem a obtencao da VUP; ‘cumprimento em sua totalidade dos programas de manutengao corretiva e preventiva; 4d, atendimento aos cuidados preestabelecidos para se fazer um uso correto do edificio; ©, utilizagao do edificio em concordancia ao que foi previsto em projeto. Dentre Os aspectos previstos acima, os itens a, ¢ b. sao essenciais para que o edificio construido tenha potencial de atender integralmente a VUP e sua implementacdo depende do projetista, incorporador @ construtor. J4 Os itens c. d. @ €, 80 essenciais para que se atinja efetivamente a VUP @ dependem dos usuarios. No entanto, para que possam ser cumpridos, é fundamental que estejam informados no manual de uso, operagao e manutengao do edificio, a ser entregue pelo empreendedor aos usuarios. A dofinigdo da VUP é realizada pelo projetista de arquitetura e especificada om projeto para cada um dos sistemas, com base na Tabela 14.1, respeltando os periodos de tempo minimos estabelecidos. Na auséncia destas especificagdes, as ABNT NBR 1575-1 a ABNT NBR 1575-6 admitem que foram adotadas as VUP minimas estabelecidas na Tabela 14.1. O projetista pode especificar também a VUP de partes do edificio nao contemplados na Tabela 14.1, atendendo as exigéncias do usuario e pode tomar por base 0 que se recomenda neste Anexo, Convém que os fabricantes de componentes a serem empregados na construcéo desenvolvam produtos que atendam pelo menos a VUP minima obrigatéria e informem em documentagao técnica especifica as recomendagdes para manutencao corretiva e preventiva, contribuindo para que a VUP seja atingida. ‘Aos usuérios incumbe realizar os programas de manutengao, segundo ABNT NBR 5674, considerando as instrugées do manual de uso, operagao e manutengao © recomendagées técnicas das inspegées prediais. ‘A inspegao predial configura-se como ferramenta util para verificagao das condigées de conservagao das edificagdes em geral, para atestar se os procedimentos de manutencao adotados sao insuficientes ou inexistentes, além de fornecer subsidios para otientar o plano e programas de manutengao, através das recomendagdes técnicas indicadas no documento de inspe¢ao predial (ver Anexo F). Tabela C.5*— Vida Util de Projeto minima e superior (VUP) vuP Sistema anos Minimo Superior Estrutura 250 275 Pisos internos 213 >20 \Vedagao vertical externa 240 260 \Vedagao vertical interna 220 230 Cobertura 220 230 Hidrossanitario 220 230 * Considerando periodicidade © processos de manutengéo segundo a ABNT NBR 5674 e especificados no respectivo Manual de Uso, Operago e Manutengao entregue ao usuério elaborado em atendimento a norma ABNT NBR 14037, Tabela C.6— Exemplos de VUP aplicando os conceitos deste Anexo vup Parte da edificagao Exemplos anos Minimo | Superior Estrutura principal Fundagées, elementos estruturais (ollares, vigas, ajes e outros), 260 | 275 paredes estruturais, estruturas periféricas, contengdes e arrimos Estruturas auxiiares Muros divisérios, estrutura de escadas externas 220 | 230 Vedagao externa Paredes de vedagao externas, painéis de fachada, fachadas-cortina | 240 | 260 Vedagao interna Paredes e divisérias leves internas, escadas intemas, guarda-corpos | >20 | > 30 ‘Cobertura Estrutura da cobertura e coletores de aguas pluviais embutidos 220 | 30 Telhamento 213 | 220 Calhas de beiral e coletores de dguas pluviais aparentes, 24 26 Subcoberturas facilmente substituiveis, Rufos, calhas internas e demais complementos (de ventilagao, iluminagao, vedagao) 28 P12 Revestimento interno aderido | Revestimento de piso, parede ¢ teto: de argamassa, de gesso, 213 | 220 cerémicos, pétreos, de tacos e assoalhos e sintéticos, Revestimento interno nao- | Revestimentos de pisos: t6xteis,laminados ou elevados; lambris; 28 212 aderido forros falsos| Revestimento de fachada Revestimento, molduras, componentes decorativos e cobre-muros | >20 | >30 aderido e nao aderido Piso externo Pétreo, cimentados de conereto e cerdmico 213 | 220 Pintura Pinturas internas e papel de parede 23 24 Pinturas de fachada, pinturas e revestimentos sintéticns texturizados | > 8 212 Impermeabilizagao manutenivel_ | Componentes de juntas e rejuntamentos; mata-juntas, sancas, 4 26 sem quebra de revestimentos —_| golas, rodapés e demais componentes de arremate Impermeabilizagao manutenivel | impermeabilizagao de caixa d' égua, jardineiras, éreas externas com apenas com a quebra dos Jardins, coberturas ndo utlizéveis, calhas @ outros 28 B12 revestimentos Impremeabilizacées de areas intemas, de piscina, de areas externas | >20 | >30 com pisos, de coberturas utlizaveis, de rampas de garagem etc.) Esquadrias externas ‘Janelas (componentes fixos © mévels), portas-balcao, gradis, grades| 220 | 230 (de fachada) {de protecdo, cobogés, brises. Inclusos complementos de lacabamento como peitoris, soleiras, pingadeiras e ferragens de manoora e fechamento Esquadrias internas Portas e grades internas, janelas para areas internas, boxes de 28 212 banho 213 | 220 Portas extemas, portas corta-fogo, portas e gradis de protegao & ‘espacos interno sujeites a queda > 2m Complementos de esquadrias intemas, como ferragens, fechaduras, | > 4 26 trihos, folhas mosquiteiras, aisares e demais complementos de arramate @ guamigao * Considerando periodicidade © processos de manutencéo segundo a ABNT NBR 5674 e especificados no respectivo Manual de Uso, Operago e Manutengdo entregue ao usuario elaborado em atendimento a norma ABNT NBR 14037. Tabela C.6* (Continuagao) VuP’ Parte da edificagio Exemplos anos Minimo | Superior Esquadrias internas Portas e grades internas, janelas para areas intemas, boxes debanho| 28 | 212 Portas externas, portas corta-fogo, portas e gradis de protegao & 213 | 220 lespagos intemos sujeitos a queda > 2m Complementos de esquadrias internas, como ferragens, fechaduras, tuilhos, folnas mosquiteias, alisares e demais complementos de 24 26 arremate e guamigéo Instalagdes prediais embutidas | Tubulacdes e demais componentes (inclu registras e valvulas) de 220 | 230 ‘em vedagées e manuteniveis | instalagées hidrossanitarios, de gas, de combate a inoéndio, de aguas ‘apenas por quebra das. pluviais, elétricos vvedagGes ou dos revestimentos {nds foros faleos e pleas. | Reservatbrios de Agua nao facimente substtuives, redes Stovados ndo-acessiveis) alimentadoras e coletoras, fossas sépticas e negras, sistemas de 213 | 220 drenagem néo acessiveis e demais elementos e componentes de dificil manutengao e ou substituicao Componentes desgastaveis © de substituigao periédica, como gaxelas, vedagées, guarnigées e outros 23 24 Instalagées aparentes ouem | Tubulagdes e demais componentes: 24 26 espagos de fil acesso Aparelhos e componentes de instalagées facilmente substituivels 23 4 como lougas, tomeiras, sifoes, engates flexiveis e demais metais sanitarios, sprinklers, mangueiras, interruptores, tomadas, disjuntores, luminrias, tampas de caixas, flagao e outros Reservatérios de agua 2a | 212 Equipamentos | Médio custo de. | Equipamentos de recalque, pressurizagao, aquecimento de gua, za | 272 funcionais | manutenga0 | condicionamento de ar, fitragem, combate a incéndio ¢ outros manuteniveis, e substituiveis [Alto custo de | Equipamentos de calefagao, transporte vertical, protego contra 13 | 220 manutengao _| descargas atmosféricas e outros * Considerando periodicidade © processos de manutengdo segundo a ABNT NBR 5674 e especificados no respectivo Manual de Uso, Operago e Manutengdo entregue ao usudrio elaborado em atendimento & norma ABNT NBR 14037. Para se atingir a VUP, os usudrios devem desenvolver os programas de manutengéio segundo ABNT NBR 5674. Os usuarios devem seguir as instrucdes do manual de uso, operacdo e manutencao, as instrugdes dos fabricantes de equipamentos e recomendagées técnicas das inspegdes prediais. A inspegao predial configura-se como ferramenta util para avaliacao das condigses de conservagao das edificagdes em geral, para atestar se os procedimentos de manutengo adotados so insuficientes ou inexistentes, além de fornecer subsidios para orientar o plano e programas de manutengao, através das recomendagées técnicas indicadas no documento de inspegao predial (ver Anexo F). Anexo D {informativo) Diretrizes para o estabelecimento de prazos de garantia D._Introdugao ‘O desempenho dos sistemas que compdem o edificio habitacional durante a sua Vida Util (VU) est atrelado as condigées de uso para o qual foi projetado, a execugao da obra de acordo com as Normas, a utilizacéo de elementos e componentes sem defeito de fabricagdo e a implementagao de programas de manutengdo corretiva @ preventiva no pés-obra. D2 Diretrizes D.2.1 Este Anexo fornece diretrizes para o estabelecimento dos minimos prazos de garantia para os elementos, componentes e sistemas do edificio habitacional, D.22 Apesar desta Norma tratar do desempenho de sistemas e no do desempenho de elementos @ componentes, encontram-se indicados alguns prazos de garantia, usualmente praticados pelo setor da construgao civil, para que os elementos e componentes que usualmente compdem os sistemas contemplados preencham condigdes de funcionabilidade. D3 Instrugdes D.31 Gerais D.3.1.1 — Convém que o incorporador ou 0 construtor indique um prazo de garantia para os elementos componentes de baixo valor e de facil substituigao (por exemplo: engates flexiveis, gaxetas elastoméricas de caixilhos @ outros), D.3.1.2 Pode ocorrer que alguns elementos, componentes ou mesmo sistemas especificos, préprios de cada ‘empreendimento, néo estejam incluidos na Tabela D.1. Nestes casos, recomenda-se ao construtor ou incorporador fazer constar, em seu manual de uso e operago ou de reas comuns, os prazos de garantia desses itens. D.32 Prazos D.3.2.1 _ Acontagem dos prazos de garantia indicados na Tabela D.1 inicia-se a partir da expedigao do “Auto de Conclusao", denominado “Habite-se". D.3.2.2 _ Paraos niveis de desempenho / ¢ S, recomenda-se que os prazos de garantia constantes na Tabela D.1 sejam acrescidos em 25 % ou mais, para o nivel /, ¢ 50 % ou mais, para o nivel S) Tabela D.1 — Prazos de garantia Sistemas, elementos, componentes e Instalagoes Prazos de garantia recomendados ‘ano 2anos Banos Sanos FundagSes, estrutura principal, Seguranga e ‘estruturas periféricas, contengdes estabilidade e arrimos global Estanqueidade de fundagdes & contengdes Paredes de vedagao, estruturas ‘Seguranga e auxiliares, estruturas de integridade cobertura, estrutura das escadarias internas ou externas, guarda-corpos, muros de divisa ¢ telhados Equipamentos industrializados | Instalagao (aquecedores de passagem ou | Equipamentos acumulagao, motobombas,fitros, |" interfone, automacao de portées, elevadores e outros) Sistemas de dados e voz, telefonia, video e televiséo Sistema de protegao contra Instalagao descargas atmosféricas, sistema vm de combate a incéndic Eaupamentos pressurizagao das escadas, lluminagao de emergéncia, sistema de seguranga patrimonial Porta corta-fogo Dobradigas e molas Integridade de portas e batentes Instalagdes elétricas Equipamentos Instalagao tomadaslinterruptores/disjuntores/ fiosicabos/eletrodutos/caixas & quadros Instalagdes hidrdulicas ¢ gas - Integridade colunas de agua fria, colunas de vedagao gua quente, tubos de queda de esgoto, colunas de gas Instalagées hidréulicas e gés___| Equipamentos Instalagao coletoresiramaisilougasicaixas de descarga/bancadasimetais sanitarios/sifSesiligagées flexiveis! Valvulasiregistrosiralositanques Impermeabilizagao Estanqueidade Esquadrias de madeira Empenamento Descolamento Fixagéo Esquadrias de ago Fixagao Oxidagao Esquadrias de aluminio ¢ de PVC | Partes méveis Borrachas, Perfis de (inclusive escovas, aluminio, recolhedores de articulagées, fixadores & palhetas, motores e | fechos e revestimentos ‘conjuntos elétricos de | roldanas em painel de acionamento) aluminio Tabela D.A (continuagao) Sistemas, elementos, componentes e Instalacdes Prazos de garantia minimos ano 2anos 3anos Banos Fechaduras e ferragens em geral | Funcionamento Acabamento Revestimentos de paredes, pisos Fissuras Estanqueidade | Ma aderéncia do ¢@ fotos internos e externas em defachadase | revestimento e argamassalgesso liso! pisos molhaveis_| dos ‘componentes de gesso ‘componentes do acartonado sistema Revestimentos de paredes, pisos Revestimentos _ | Estanqueidade e tetos em soltos, gretados, | de fachadas e azulejolceramicalpastihas desgaste pisos molhaveis excessivo Revestimentos de paredes, pisos Revestimentos | Estanqueidade ¢ teto em pedras naturais soltos, gretados, | de fachadas e (marmore, granito e outros) desgaste pisos molhaveis excessivo Pisos de madeira — tacos, Empenamento, assoalhos e decks trincas na madeira e destacamento Piso cimentado, piso acabado em Destacamentos, | Estanqueidade cconereto, contrapiso fissuras, de pisos desgaste molhaveis excessivo Revestimentos especiais (férmica, ‘Aderéncia plasticos, téxteis, pisos elevados, materiais compostos de aluminio) Forros de gesso Fissuras por acomodagao dos elementos estruturais ¢ de vedagao Forros de madeira Empenamento, trincas na madeira e destacamento Pintura/verniz (internalexterna) Empolamento, descascamento, esfarelamento, alteragao de cor ou deteriorago de acabamento Selantes, componentes de juntas |Aderéncia @ rejuntamentos Vidros Fixagao Anexo E (informative) Niveis de desempenho E41 Generalidades E11 As ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR 15975-6 estabelecem os niveis minimos (M) de desempenho para cada requisito, que devem ser atendidos. E.1.2 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificagao, com uma anélise de valor da relagao custo/beneficio dos sistemas, neste anexo so indicados os niveis de desempenho intermediario (J) e superior (S) e repetido o nivel M para facilitar a comparagao. E.1.3 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informem o nivel de desempenho dos sistemas que ‘compdem o edificio habitacional, quando exceder o nivel minimo (M). E.2Desempenho térmico E.3 Valores maximos de temperatura © valor maximo didrio da temperatura do ar interior de recintos de permanéncia prolongada, como, por exemplo, salas e dormitérios, sem a presenga de fontes internas de calor (ocupantes, lampadas, outros equipamentos em geral), deve ser sempre menor que o estabelecido em 11.2.1. Para maior conforto dos usuarios, recomenda-se para 0s niveis intermediario (I) e superior (S) os valores apresentados na Tabela E.1 Tabela E.1 — Critério de avaliagéo de desempenho térmico para condigées de verso Critério Nivel de desempenho Zonas 1a7 Zona 8 M Timax (Teymin +7° C) Timin 6 0 valor minimo diario da temperatura do ar no interior da edificagaio, em graus Celsius; Te,min 6 0 valor minimo diario da temperatura do ar exterior & edificago, em graus Celsius; NOTA Zonas bioclimaticas de acordo com a ABNT NBR 15220-3, (Os métodos de avaliagao sao estabelecidos em 11.3. ES _Desempenho luminico E.5.1 _lluminagao natural Contando unicamente com iluminacao natural, os niveis gerais de iluminamento nas diferentes dependéncias do edificio habitacional devem atender ao disposto para lluminagéo em 13.2.1 e 13.2.2. Para maior conforto dos usuarios, recomenda-se para os niveis intermedirio (I) e superior (S) os valores apresentados na Tabela E.3 e Tabela E.4. Tabela E.3 —Niveis de iluminamento natural Muminamento geral para os niveis de desempenho Dependéncia le 1 s Sala de estar, Dormitério; 260 290 120 Copa / cozinha; > > Area de servigo, Banheiro; Corredor ou escada interna unidade; Corredor de uso comum (prédios); Nao exigido 230 245 Escadaria de uso comum (prédios); Garagens/estacionamentos * Valores minimos obrigatérios, conforme 13.2.1 NOTA 1: Para os edificios multipiso, admitem-se para as dependéncias situadas no pavimento térreo ou em pavimentos abaixo da cota da rua niveis de iluminancia ligeiramente inferiores aos valores especificados na {tabela acima (diferenga maxima de 20% em qualquer dependéncia), NOTA 2: Os oritérios desta Tabela nao se aplicam as reas confinadas ou que nao tenham iluminagéo raatural. NOTA 3: Deve-se verificar e atender as condigdes minimas exigidas pela legislagao local. (Os métodos de avaliagdo e premissas de projeto requeridos so estabelecidos em 13.2.1 Tabela E.4 — Fator de luz diurna para os diferentes ambientes da habitagao FLD (%) para os niveis de desempenho Dependéncia we U s Sala de estar; Dormitério; Copa / cozinha: Area de servico. Banheiro; Corredor ou escada interna a unidade; Corredor de uso comum (prédios); Nao exigido | 20.25% | 20,35% Escadaria de uso comum (prédios); Garagens/estacionamentos * Valores minimos obrigatérios, conforme 13.2.2. 20,50% | >0,65% | >0,75% NOTA 1: Para os edificios multipiso, admitem-se para as dependéncias situadas no pavimento térreo ou em pavimentos abaixo da cota da rua niveis de iluminancia ligeiramente inferiores aos valores especificados na tabela acima (diferenca maxima de 20% em qualquer dependéncia). NOTA 2: Os critérios desta Tabela nao se aplicam as areas confinadas ou que ndo tenham iluminagao natural. (Os métodos de avaliagao e premissas de projeto requeridos sao estabelecidos em 13.2.2. E.6.2 lluminagao artificial Os niveis gerais de iluminagao promovidos nas diferentes dependéncias dos edificios habitacionais por iluminagao artificial devem atender ao disposto em 13.3.1. Para maior conforto dos usuarios, recomenda-se para os niveis, intermediario (J) e superior (S), os valores apresentados na Tabela E.4. Tabela E.4 — Niveis de iluminamento geral para iluminagao artificial lluminamento geral para os niveis de desempenho Dependéncia ux i s Sala de estar Dormitério Banheiro : . : Area de servigo > 100 > 150 > 200 Garagens/estacionamentos infemos e cobertos Copalcozinha 5200 $300 $400 Corredor ou escada interna & unidade Corredor de uso comum (prédios) 2100 2150 2200 Escadaria de uso comum (prédios) Garagens/estacionamentos > > > descobertos 220 230 240 * Valores minimos obrigatorios, conforme 13.3.1 £6 Dural idade © manutenibilidade E61 Generalidades ‘As recomendagées rolativas a niveis de desempenho mais exigentes que o minimo para a vida util de projeto esto detalhadas no Anexo C. E.7 Desempenho aciistico E.7.1 Ruidos gerados por equipamentos prediais Este item visa informar em cardter nao obrigatério niveis de desempenho actstico aos ocupantes quando sao operados equipamentos instalados nas dependéncias da edificacao. Equipamentos individuals cujo acionamento acontega por agao do préprio usuario (exemplo, caixa d’égua em habitagées unifamiliares, trituradores de alimento ‘em cozinha, etc) nao podem ser avaliados por esse requisito; trata-se apenas de equipamentos de uso coletivo ou acionados por terceiras que nao o préprio usuario da unidade habitacional a ser avaliada, ‘O método consiste em medir 0 nivel de pressao sonora durante um ciclo de operagdo do aparelho hidrossanitario, A avaliagdo deve ser realizada no dormitério da unidade habitacional ao lado, acima ou abaixo do local onde o ‘equipamento esta instalado (ruido percebido) quando ha 0 acionamento do aparelho (ruido emitido). A medigo deve ser feita com todas as portas dos banheiros, dormitérios e de entrada, assim como todas as janelas das duas unidades habitacionais fechadas. Este requisito visa proporcionar adequagao actistica aos ocupantes quando s&o operados equipamentos instalados nas dependéncias da edificagdo — tais como elevadores @ suas casas de maquinas, sistemas coletivos de exaustdolventilagao e pressurizagao de ‘shafts’, sistemas de refrigeragao e calefagao, geradores (quando nao ‘emergenciais) e portdes automatizados. Ruidos de equipamentos hidrossanitarios sao tratados na NBR 15.575-6. Equipamentos individuais cujo acionamento acontega por agéio do préprio usuario (exemplo, trituradores de alimento em cozinha, persianas elétricas, exaustao de banheiros ou lavabos, etc) ndo podem ser avaliados por ‘esse requisito; trata-se apenas de equipamentos de uso coletivo ou acionados por terceiros que nao o préprio usuario da unidade habitacional a ser avaliada. ‘A medigao do desempenho aciistico deve ser realizada no dormitério da unidade habitacional ao lado, acima ou abaixo do local onde o equipamento est instalado (ruldo percebido) quando ha 0 acionamento do equipamento (ruido emitido). A medida deve ser feita com todas as portas dos banheiros, dormitérios e de entrada, assim como todas as janelas das duas unidades habitacionais fechadas. Nota - Geradores de emergéncia, sirenes, bombas de incéndio e outros dispositives com acionamento em situagdes de emergéncia nao podem ser contemplados neste requisito, E.7.2. Descrigéo dos métodos: Método de engenharia e método simplificado de campo ‘O método de engenharia determina, em campo, de forma rigorosa, os niveis de pressao sonora de equipamento predial em operagao. © método é descrito na norma ISO 16032. © método simplificado de campo permite obter uma estimativa dos niveis de press4o sonora de equipamento predial em operagao em situagdes onde nao se dispde de instrumentagdo necesséria para medir o tempo de reverberac4o no ambiente de medi¢ao, ou quando as condigées de ruido ambiente nao permitem obter este parmetro. O método simplificado é descrito na ISO 10052. E.7.2.1 Parametros de avaliacao (Os parametros de verificagao utllizados nesta parte da norma constam da Tabela ES. Tabela E.5: Parametros aciisticos de verificagao Simbolo Descrigao Norma, Aplicagaio L Nivel de pressio sonora equivalente, | 56 4g932 | Ruldo gerado durante a operagao de ™ padronizado de equipamento predial equipamento predial Nivel de pressdo sonora maximo, Ruido gerado durante a operagao de Lasmaxnt Iso 16032 padronizado de equipamento predial equipamento predial Nivel de pressao sonora equivalente Las no ambiente interno, com equipamento fora de operacao 10 16032. | Nivel de ruido no ambiente, com 0 equipamento fora de operagao E.7.2.2 Operagao do equipamento ‘0 equipamento é operado conforme a norma ISO 16032, durante pelo menos um ciclo de operacaio. As condigées de operacao do equipamento e os procedimentos de medi¢do constam das normas ISO 16032 e ISO 10052. Para a realizagao dos ensaios, 0 ciclo de operagao do produto deve atender aos critérios especificados na norma brasileira respectiva ao mesmo, tais como: poténcia ou velocidade minima e maxima de operagdo; tempo de acionamento ete. E.7.2.3 Niveis de pres: Métodos de avaliacao Devem ser avaliados os dormitérios das unidades habitacionais auténomas. As portas e janelas devem estar fechadas durante as medigGes. Se o nivel de ruido no ambiente interno, com equipamento fora de operacao, Lani, no momento da medi¢o, for superior ao critério da tabela aa, 0 equipamento em questéo deverd ser avaliado em ‘outro horario em que seja possivel a medigao, sonora de equipamento predial Devem ser obtidos o nivel de presséo sonoro continuo equivalente padronizado de um ciclo de operagao do ‘equipamento predial, LAeq.nT, ¢ 0 nivel de pressao sonora maximo, LASmax.nT, do ruido gerado pelo operagao do equipamento. O ciclo de operagao do produto deve atender aos critérios especificados na norma brasileira respectiva ao produto. Devem ser atendidos concomitantemente os critérios de 12.4.5.2 e 12.4.5.3. E.7.2.4 Nivel de desempenho — Niveis de pressao sonora continuo equivalente, LAeq,nT Os valores minimos de desempenho sao indicados na Tabela E.6. Tabela E.6 - Valores maximos do nivel de pressao sonora continuo equivalente, LAeg,nT, ‘medido em dormitérios Lacant (4B(A)] Nivel de desempenho 330 s 34 Hl <37 M E.7.2.5 Nivel de desempenho — Niveis de pressao sonora maximo, LASmax,nT Os valores minimos de desempenho sao indicados na Tabela E.7. Tabela E.7 - Valores maximos do nivel de pressao sonora maximo, LASmax,nT, medido em dormitérios Lasmaxot [4B(A)] Nivel de desempenho 36 s 339 \ Anexo F {informativo) Bibliografia recomendada Publicagao IPT N° 1791 — Fichas de caracteristicas das madeiras Brasileiras, Sao Paulo, 1989. Publicago IPT N° 1157 — Métodos de Ensaios e Andlises em Preservaco de Madeiras, So Paulo Publicagao IPT 2980 — Madeiras — Uso sustentavel na construgao civil (citado no item 18,3.3.); ASHRAE, 2001, ANSVASHRAE Standard 140-2001: Standard Method of Test for the Evaluation of Building Eneray Analysis Computer Programs. American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc, USA, Atlanta: 2001. International Organization for Standardization 1998, Ergonomics of The Thermal Environment — Instruments and methods for measuring physical quantities. (SO 7726) Publicagao IPT 2980 - Madeiras — Uso sustentavel na construc&o civil Inspegdo Predial do IBAPE/SP — 2007 ‘Agéncia Nacional de Vigilancia Sanitaria. Resolugao n° 176, de 24/10/2000 (Cédigo de Defesa do Consumidor. Lei n° 8078, de 11/9/1990 ABNT NBR 15220-1, Desempenho térmico de edificagées — Parte 1: Definigées, simbolos e unidades ABNT NBR 1520-5, Desempenho térmico de edificagées — Parte 5: Medicdo da resisténcia térmica e da condutividade térmica pelo método fluximétrico ASTM C1363, Standard Test Method for Thermal Performance of Building Materials and Envelope Assemblies by Means of a Hot Box Apparatus Cédigo de Defesa do Consumidor, Lei 8078 de 11/9/90, Portaria n° 18, de 16 de janeiro de 2012 - Servigo Publico Federal - MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO, INDUSTRIA E' COMERCIO EXTERIOR - INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA-INMETRO Anexo G (informative) \ensées minimas @ organizagao funcional dos espacos Este anexo informative visa apresentar como sugestéo algumas das possiveis formas de organizagéo dos cémodos e dimensées compativeis com as necessidades humanas. Recomenda-se que os projetos de arquitetura de edificios habitacionais prevejam no minimo a disponibilidade de ‘espaco nos cOmodes do edificio habitacional para colocacao e utilizagdo dos méveis e equipamentos-padrao listados na Tabela 5, cujas dimens6es sao informadas na Tabela 6, Tabela 1 — Méveis e equipamentos-padrio Atividades essenciais/Cémodo Méveis e equipamentos-padrao Dormin/Dormitério de casal Cama de casal + guarda-roupa + crlado-mudo (minimo 1) Dormir/Dormitério para duas pessoas (2° Duas Camas de solteiro + guarda-roupa + criado-mudo ou Dormitério) mesa de estudo Dormir/Dormitério para uma pessoa (3° Dormitério)| Cama de solleiro + guarda-roupa + cflado-mudo Estar Sofa de dois ou trés lugares + armario/estante + poltrona Cozinhar Fogo + goladeira + pia de cozinna + armario sobre a pia + gabinete + apoio para refeigao (2 pessoas) ‘Alimentarliomar refeigoes Mesa + quatro cadeiras Fazer higiene pessoal Lavatério + chuveiro (box) + vaso sanitario NOTA No caso de lavabos, néo é necessério 0 chuveiro Lavar, secar e passar roupas Tanque (externo para unigades habitacionais térreas) + maquina de lavar roupa Estudar, ler, escrever, costurar,reparar e guardar Esorivaninha ou mesa + cadeira objetos diversos Tabela 2— Dimensées minimas de mobilidrio e circulacao Mobiliario Circulagao Dimensdes. 5. Ambiente Observagées Mével ou equipamento m m Sofé de 3 lugares com brago | 1,70 | 0,70 Sofé de 2 lugares com brago | 120 | 0,70 _|Prever espaco de Poltrona com brago 0,80 [0,70 9,50 mna frente | ‘mimo de t. do assento, para [Namero minimo de assentos ‘Sofé de 3 lugares sem braco | 1,50 | 0.70 _sentar. levantar ¢ [determinado pela quantidade de |Largura minima da sala de estar \deve ser 2,40 m ‘Sala de estar Soff de 2 lugares sem brago [1,00 | 0,70 |circular. fabltantes de unidade, considerando Poltrona sem brago 050 [0,70 Estante/armarioparatV | 0,80 | 0,50 _|0,50m [Espago para o mével obrigatério Mesinha de centro ou 5 Mesinn - | - +} [Espago para o mével opcional Mesa redonda para 4 lugares - 4 |Largura minima da sala de Sala 0.95 Circulagao_estarjantar lestaiantar ‘1. edonda para 6 | minima de 0,75 Jo da sala de jantar(isolada) dove sor lace Mese"eHondaperes users) fx5 | maparivea (240 m ordadamesa | Jertarcopa esa quasreda Pa'@ 4] 409 | 4,00 cspaco para Minimo: 1 mesa para 4 pessoas (Copalcozin lugares afastar a cadeira |Admite-se leiaute com o lado menor ha [Mesa quadrada para 6 455 | 4 29 |@ levantar) |da mesa encostado na parede, desde lugares ; ; lque haja espaco para seu Mesa retangular para 4 lafastamento, quando da-uilizagao lugares 12 | 080 Mesa _retangular para 6! 460 | ogo lugaros Pia 120 | 0,50 isthe |Largura minima da cozinha: 1,50 m 7 minima 0,88 m= : Fogao 0,65 [0.60 Penta pia, IMinimo: pia, fogao e geladeira e cozinha ~—_Seladeira 0,70 | 0,70 fogdo ¢ geladeira farmario ‘Amariosobapiaegabineto| - | - - [Espago obrigatério para mével ‘Apoio para refeigso (2) - | - ; Apolo ido ( lEspaco opcional para mével Dormuang ama de casal 740 | 1.90 [circulagao Minimo: 1 cama, 2 eriados-mudos e 4 Jormitério y ormitétio Sado-mudo 0.60 [0.50 minima entre o |guarde-roupa KGoaniterio mobilario e/a |admite-se apenas 1 criado-mudo, oN” (uarda-roupa 1,60 | 0,50. [Paredes de 0,50 |quando o 2° interfer na abertura de Im portas do quarda-roupa Tabela 6 (continuagéo) Mobilidrio - Dimensées | Circulagado Ambiente Observagoes Mével ou equipamento m m 7] [Camas de solteiro 0,80 | 1,90 |Cireulagao Iminima entre as somesng rnaormude 050 [050 (eae ormitério Minimo: 2 camas, 1 criado-mudo para 2 Demais ft guarde-roupa pessoas —_|Guarda-roupa 4,50 | 0,50 |circulagées (2° dormitério) |minimo de 0,50 im Mesa de estudo 0.80 | 0,60 : EEspago para 0 mével opcional [Cama de solteiro 0,80 | 1,90 |Cireulagao Dormitério [Criado-mudo 0,50 | 0,50 [minima entre © Minimo: + cama, 1 guarda-roupa para T pessoa liao 2/04 61 criado-mudo para * pessoa aio 1.20 | oo [paredes 0. IMesa de estudo 0,60 | 0,60 : Espago para o mével opcional Lavatério 0,39 | 0,29 |Circulagao Lavatero combancada | 080 | 0.65 _jminimade am a Largura minima do banheiro: \Vasosanitario (caixa) 0,60 0,70 |lavatério, vaso e acoplada) bias 1.10 m, exceto no box Banheiro NW yaso sanitario 0.60 | 0,60 Minimo: 4 lavatério, 1 vaso e 1 box Box quadrado 0,80 | 0,80 Box retangular 0,70 | 0.90 Bias 0,60 | 0,60 Pega opcional |Tanque 0,52 0,53 |Circulagao A Mninima'de 0,50 Minimo: 1 tanque e 1 maquina rea de rrontalse |tanque de no minimo 20 L) Servigo —Iwiéquina de tavar roupa | 0,60 | 0,65 |tanque e maquina de lavar INOTA 1 Esta Norma nao estabelece dimensdes minimas de cOmodos, deixando aos projetistas a competéncia lde formatar os ambientes da habitagao segundo o mobildrio previsto, evitando confltos com legislagdes lestaduais ou municipais que versam sobre dimensdes minimas dos ambientes. INOTA 2 Em caso de adogao em projeto de méveis opcionais, as dimensdes minimas devem ser obedecidas.

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