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Terga-feira, 8 de Dezembro de 1998 USERIE - Namero 48 BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICACAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MOCAMBIQUE 3° SUPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL DE MOGAMBIQUE AVISO ‘A matéria a publicar no «Boletim da Repdbilca» deve ser rometida em cépia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde conste, além das indicagdes ssdrias para see efoto, oaverbamento seguine, assinado eeutenticado’ Pera publicacko no «Boletim da Republica» SUMARIO Consetho de Ministros: ‘Aprova o Regulamento da Lei de Terras, ¢ revoga o Decreto 2° 168 CONSELHO DE MINISTROS Decreto n° 66/98 de 8 de Dezembro través do Decreto n° 16/87, de 15 de Julho, foi aprovado 0 Regulamento da Lei de Terras. ‘A experiéncia resultante da aplicagio do Regulamento demonstrou a necessidade de alterarvérias das suas disposigdes, ) Bstradas primétias ¢ a faixa de terreno de 30 metros confinante; ©) Auto-estradas ¢ estradas de quatro faixas © a faixa de terreno de 50 metros confinante; d)Instalagbes econdutores aéreos,superficais, subterrineos ‘¢ submarinos de electricidade, de telecomunicagdes, petréleo, gés.e dgua,¢ a faixa de 50 metros confinante; @) Linhas férreas respectivas estagies ¢ a faixa de terreno de 50 metros confinante; J) Aeroportos ¢ aerédromos © a faixa de terreno de 100 ‘metros confinante; £#) Instalagées militares © outras instalagSes de defesa e seguranga do Estado e a faixa de terreno de 100 metros confinante; hy Barragens e a faixa de terreno de 250 metros confinante com as albufeiras, 2, Para a implantago de infra-estruturas piblicas ser4 corganizado 0 processo técnico relativo A demarcagko © os documentos referidos nas alineas d) a f) do n° I do artigo 24 do presente Regulamento, ARTIGO7 Rextrigies 1, Nas zonas de protecgo parcial nfo pode ser adquirido 0 direito de uso e aproveitamento da terra 2, Bxceptua-se 0 caso das pessoas singulares nacionais nos ‘aglomerados urbanos nas zonas fronteiricas. ARTIOO 8 Exerefeio de actividades nas zonas de protect parcial 1. Ocxercfcio de quaisquer actividades nas zonas de protecgt0 parcial é licenciado pela entidade responsével nos termos da legislagdio em vigor. 2. Nas éreas referidas nas alineasa)ad) do artigo 5 do presente Regulamento, a realizado de qualquer tipo de construgées & licenciada pelasentidades que superitendem os sectores de gestio as éguas interiores e martimas. CAP{TULO III Direito de Uso e Aproveltamento da Terra ARTICO 9 Aquisigio do direito de uso a proveitamento da terra por ‘ocupago pelas comunidades locais 1. Ascomunidades locais que estejam a ocuparaterra segundo aspriticascostumeiras adquirom odireitodeusocaproveitamento da terra. 8 DE DEZEMBRO DE 1998 2. Exceptuam-se seasos em que a ocupasto recaia sobre éreas reservadas legalmente para qualquer fim ou seja exercida nas ‘ronas de protecgio parcial. 3. Quando necessério ow a pedido das comunidades locais, as reas onde recaia 0 direito de uso aproveitamento da terra _adquirido por ocupagto segundo as préticas costumeiras, poderio ser identificadas ¢ langadas no Cadastro Nacional de Terras, de acordo com os requisitos a serem definidos num Anexo Técnico. ARTIGO 10 Aquisigio do direito de uso e aproveitamento da terra por ‘ocupagio de bos-fé por pessoas singulares nacionais 1. As pessoas singulares nacionais que, de boa-fé, estejam a utilizar a terra hé pelo menos dez.anos, adquirem o direito de uso aproveitamento da terra 2. Exceptuam-se os asos em que a ocupagtorecaia sobre reas reservadas legalmente para qualquer fim ou seja exercida nas zonas de proteccéo parcial. 3. Quando necessério ou a pedido dos interessados, as éreas onde recaia o dieito de uso e aproveitamento da terra adquitido por ocupaglo de boa fé, poder ser identificadas ¢ langadas no cadastro nacional de tetras, de acordo com 06 requisitos a sere definidos num Anexo Técnico. Arico 11 Aquisicio do direito de uso e aproveitamento da terra por utorizagio de um pedido ‘A autorizacio definitiva de um pedido de aquisigdo do dreito deusoe aproveitamento daterra apresentado por pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras, é dada nos termos do artido 31 do presente regulamento. *ARTIGO 12 Co-titularidade A cortitularidade do direito de uso e aproveitamento da terra centre pessoas singulares e/ou colectivas nacionais ou das ‘comunidades locais aplicam-se as regras da compropriedade, fixadas nos artigos 1403 e seguintes do Cédigo Ci ARrigo 13 Direitos dos titulares 1. Sio direitos dos titulares do direito de uso e aproveitamento da terra, seja adquirido por ocupagio, seja por autorizagto de um pedido: a) Defender-se contra qualquer intrusio de uma segunda parte, nos termos da lei; 1) Ter acesso & sua parcela e aos recursos hidricos de uso piblico através das parcelas vizinhas, constituindo para Oefeito as necessérias servid6es. 2. Osrequerentes outitulares dodireito de usoe aproveitamento dda terra podem apresentar certo da autorizagio provis6ria ou do titulo as instituigbes de crédito, no contexto de pedidos de cempréstimos. 25-35) Antigo 14 Deveres dos titulares ‘So deveres dos ttulares do direito de uso. aproveitamentoda terra, seja adquirido por ocupagio, seja por autorizagao de um pedido: 4@) Uiilizar a terra respeitando os princfpios definidos na Constituigdo e demais legislaco em vigor, e, no caso do exercicio de actividades econémicas, em ‘conformidade com 0 plano de exploragio e de acordo com o definido na legislagio relativa a0 exercicio da _Fespectiva actividades ») Dar acesso através da sua parcela aos vizinhos que néo tenham comunicago com a via pdblica ou com os recursos hidricos de uso paiblico, constituindo para o feito as necessérias serviddes; ‘)Respeitaras servid8es consttufdas eregistadasnos termos do n* 2 do artigo 17 do presente Regulamento ¢ os direitos de acesso ou utilizagio pébtica com elas relacionados; 4) Permitir « execugio de operagées e/ou a instalaglo de acessérios e equipamento conduzidas 20 abrigo de licenga de prospecedo e pesquisa mincira, concessio mincira ou certificado mineiro, mediante justa indemnizagio; €) Manter 0s marcos de fronteiras, de triangulagio, de ‘demarcagio cadastral e outros que sirvam de pontos de referéncia ou apoio situados na sua respectiva érex; J Colaborar com os Servigos de Cadastro, agrimensores ajuramentados © agentes de fiscalizacao sectoral. ARTIGO 15 ‘Transacgées relativas.a prédios risticos 1, O desmembramento de éreas das comunidades, com vista ‘emissio de titulos individualizadcs para pessoas singulares ‘membros das mesmas, nfo dispensa o processo de conbultae nfo ‘pode abranger dreas de uso comum. 2. A compra e venda de infraestruturas, construgdes & benfeitorias existentes em prédios résticos néo implica a transmissio automética do direito de uso e aproveitamento da terra, a qual esté dependente de aprovago dada pela mesma entidade que tiver autorizado o pedido. O pedido de transmissio ser previamente apresentado nos servigos de cadastro, acompanhado de comprovativo do pagamento das taxas anus, ‘bem como do cumprimento do plano de exploragfo, nos casos, aplicéveis. 3. A escritura piblica de compra ¢ venda ¢ celebrada apés apresentagio da certidio relativa 8 aprovagao do pedido, emitida pelos Servigos de Cadastro. 4. A celebragio de contratos de cessio de exploragio esti ‘igualmente sujeita & aprovagdo prévia da entidade que autorizou © pedido de aquisiglo ou de reconhecimento do direito de uso © aproveitamento da terra e, no caso das comunidades locas,

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