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Assunto Especial—Doutrina ::) srs B2 099 Audiéncia de Custédia Audiéncia de Custédia: Garantia do Direito Internacional Publico JACINTO TELES COUTINHO Especialista em Direito Publico pelo CEUT, Habilitado em Direito Penal pela UESPI, Graduado em Direito pela FAETE, Aprovado no V Exame Nacional da QAB, Agente Penitencidrio, Con- selheiro Penitencidrio do Piau’ (2005-2013). Foi Vereador, assessor jurdico da Prefeitura de Teresina, presidente da CDH da Cémara Municipal de Teresina, diretorjurcico da Confedera- gfe Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis — Cobrapol, do Sinpoluspi e coordenador do Fé- rum Nacional de Assuntos Penitencisrias. Atualmente exerce a cargo de diretar da Academia de Formacao e Capacitagéo do Pessoal Penitenciario do Estado do Piaui ~ Acadepen e é presi- dente licenciado da Associagdo Geral do Pessoal Penitencidrio do Estado do Piaui - Agepen-?I Preliminarmente, antes de se adentrar a esséncia da discussdo ora apre- sentada, é necessario que se entenda minimamente o que é o Direito Interna- cional Pdblico e, neste sentido, buscamos na obrado professor de Direito Inter- nacional Publico, Paulo Henrique Gongalves Portela (2013), 0 seu conceito. Veja-se: O Direito Internacional Publico é 0 ramo do Direito que regula as relagées inter- nacionais, a cooperacao internacional e temas de interesse da sociedade inter- Nacional, disciplinando os relacionamentos que envolvem Estados, organizagdes internacionais e outros atores em temas de interesse internacional, bem como conferindo protecao adicional a valores caros 4 humanidade, como a paz € os direitos humanos. |...]. (Portela, 2013, p. 57) Da mesma forma, é imprescindivel que se entenda também o que é, fundamentalmente, a audiéncia de custédia. Esta, por sua vez, consiste no fato de que aquele que for levado a priso deva ser ouvido sem demora, o que quer dizer: deve ser levado imediatamente a presenca da autoridade judiciaria com- petente. Deve se apresentar incontinenti ao juiz habilitado para essa finalidade. Trata-se de um principio fundamental do Direito Internacional Pablico, que ha muito é amparado no Direito das Gentes. Tal medida é essencial para garantir que o preso seja levado ao estabelecimento penal em situagao absolu- tamente compativel com a lei, sem que sofra qualquer tipo de violacao, sobre- tudo a tortura, ou mesmo que nao seja levado ao carcere e sim colocado em liberdade de imediato, se assim for 0 caso. ADP NY 83 — Ago-Se42015 — ASSUNTD ESPECIAL — DDUTRINA, eee ee ag No Brasil, 0 Direito Publico Interno, positivado nas leis vigentes, nao regulamenta essa matéria, ressalvado o caso previsto no art. 287 do Cédigo de Processo Penal. No que pertine ao crime inafiangavel, o dispositivo legal men- cionado diz textualmente: “Se a infragao for inafiangavel, a falta de exibigao do mandado nao obstard a prisdo, e 0 preso, em tal caso, sera imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido 0 mandado”. Do contrério, esse preso pode ficar sem se avistar com 0 um juiz competente por muitos meses, o que € corriqueiro em nosso territ6rio. Entretanto, ha quem classifica essa questao de forma um pouco diferente, a exemplo do defensor ptiblico da Unido, especialista em Ciéncias Criminais, Caio Paiva, que, analisando o dispositivo mencionado, diz: Aqui, porém, no hé uma audiéncia de custédia propriamente dita, mas ape- nas uma “audiéncia de apresentacao”, cuja finalidade é menos ampla do que a daquela, eis que se limita a provar para 0 conduzido que contra ele havia sido expedido um mandado de prisdo. |...]. (Paiva, 2015) Caio Paiva acrescenta, ainda sobre a discussao ora apresentada, 0 enten- dimento de Basileu Garcia (1945), que recorda, a propésito, que 0 art. 287 do CPP concilia o interesse individual com o interesse social, pois [...1 0 primeiro exige “a obediéncia a férmulas que resguardem de abusos 0 di- reito a liberdade”, razdo pela qual, “tolerando a lei a captura sem exibicdo do mandado nos crimes mais graves, os inafiangaveis, determina seja 0 preso ime- diatamente conduzido a presenga do magistrado que haja ordenado a prisao. (Garcia, 1945, p. 36) Ante essa breve exposi¢ao, ndo ha como dissociar a audiéncia de cust6- dia do Direito Internacional Piiblico dos Direitos Humanos, haja vista que o Brasil é signatario do Pacto de Direitos Civis e Politicos, promulgado por meio do Decreto n? 592, de 6 de julho de 1992, que reconhece a todos os membros da familia humana direitos iguais e inalienaveis, constituindo a dignidade da pessoa humana o fundamento da liberdade, da justia e da paz no mundo. Nes- se mesmo entendimento, o item 3 do Artigo 9 do referido Pacto estabelece que 3. Qualquer pessoa presa ou encarcerada em virtude de infracdo penal deverd ser conduzida, sem demora, a presenga do juiz ou de outra autoridade habilitada por lei a exercer fungdes judiciais e terd o direito de ser julgada em prazo razoa- vel ou de ser posta em liberdade. A prisdo preventiva de pessoas que aguardam julgamento nao deverd constituir a regra geral, mas a soltura podera estar condi- cionada a garantias que assegurem 0 comparecimento da pessoa em questéo a audiéncia, a todos os atos do processo e, se necessario for, para a execucao da sentenga. [...]. 100 eres : ADP* 83 — Ago-Set/2015 — ASSUNTH ESPECIAL — DOUTAINA De igual forma, este Pais é signatério da Convencdo Americana sobre Direitos Humanos - CADH (Pacto de San Jose da Costa Rica), incorporado a nossa ordem juridica interna por meio da promulgacao do Decreto n° 678, de 6 de novembro de 1992, que, antes, neste particular, cumpriu todos os pontos exigidos pelo processo legislativo, que traz igual determinagao no item 5 do seu Artigo 7, 0 qual trata do Direito a Liberdade Pessoal, ipsis litteris: 5. Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, a presenga de um juiz ou outra autoridade autorizada pela lei a exercer funcées judiciais e tem direito a ser posta em liberdade, sem prejuizo de que prossiga 0 processo. Sua liberdade pode ser condicionada a garantias que assegurem 0 seu compareci- mento em juizo. [...]. Assim, é de facil entendimento as normas constantes dos Tratados Inter- nacionais mencionados, que sao de clareza inquestionavel, ao orientar que 0 detido deve ser conduzido sem demora a presenca de um juiz ou outra autori- dade autorizada por lei a exercer funcdes judiciais. E importante destacar que esté em tramite no Congresso Nacional, es- pecialmente na casa representativa dos Estados-membros, ou seja, no Senado Federal, 0 Projeto de Lei (PLS) n° 554/2011, de iniciativa do Senador Antonio Carlos Valadares, que tem como escopo alterar 0 art. 306 do Cédigo de Pro- cesso Penal (CPP), instituindo a obrigatoriedade de que todos os presos sejam apresentados ao magistrado competente no prazo de 24 horas apés sua prisdo, conforme consta literalmente do art. 1°, § 1°, do Projeto em referéncia, in verbis: Art. 12 O § 1° do art. 306 do Decreto-Lei n® 3.689, de 3 de outubro de 1941, passa a vigorar com a seguinte redacao: Art, 306 (..] (sic) § 1° No prazo maximo de vinte e quatro horas depois da prisio, o preso deveré ser conduzido a presenca do juiz competente, ocasiéo em que devera ser apre- sentado 0 auto de priso em flagrante acompanhado de todas as oitivas colhidas , cas0 0 autuado nao informe o nome de seu advogado, cépia integral para a Defensoria Publica.” [...]. O projeto em referéncia € de 2011, todavia estamos em 2015. Lamen- tavelmente 0 proceso legislativo no Brasil, quando nao interessa aos anseios gerais e pessoais dos parlamentares, é tao moroso quanto o processo judicial. Celeridade mesmo sé quando estao em pauta proposigées do tipo auxilio-mora- dia, inclusive aos magistrados, membros do Ministério Publico, e financiamento de passagens aéreas para os cénjuges dos legisladores, bastando observar 0 tempo recorde em que esse beneficio foi aprovado na Camara dos Deputados recentemente, que, gracas a pressao da sociedade, foi, pelo menos por enquan- to, impedido de entrar em vigor. ADP N93 —Ago-Se/215 — ASSUNTD ESPECIAL — DDUTRIA....... . 101 Diante da inércia do Congresso Nacional frente ao projeto de autoria do diligente Senador Anténio Carlos Valadares, s6 resta-nos cumprir os Tratados internacionais acerca da matéria ora em discussao. Ainda sobre o tema, é salutar destacar 0 que nos ensina 0 estudioso do Direito Internacional Pdblico, Paulo Henrique Gongalves Portela (2013), que em sua obra assim se manifesta acerca da obrigatoriedade dos tratados na or- dem juridica nacional. Sendo vejamo: O tratado promulgado incorpora-se ao ordenamento juridico brasileiro e, dessa forma, reveste-se de carter vinculante, conferindo direitos e estabelecendo obri- aces, podendo ser invocado pelo Estado e por particulares para fundamentar pretensdes junto aos 6rgaos jurisdicionais e, por fim, pautando a conduta de to- dos os membros da sociedade. Como parte da ordem interna, o descumprimento das normas do tratado enseja a possibilidade de sangdes previstas no proprio Direito brasileiro. Como parte de um ordenamento, 0 tratado é colocado em algum nivel de hierar- quia normativa, de acordo com o que cada Estado decida a respeito. No Brasil, 0 tratado recebe, em principio, o status de lei ordinaria. Ha também a possibilidade de que seja conferido carater de emenda constitucional as normas internacionais de direitos humanos, nos casos do art. 5%, § 3°, da CF. Existem também entendi- mentos de que os tratados de direitos humanos tém status supralegal ou mesmo constitucional. [...] Ja a Convencao de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969 consagrou a autoridade do tratado em face da lei nacional, fato facilmente comprovado quando, em seu art. 27, determina que “uma parte nao pode invocar as dispo- sigdes do seu direito interno para justificar o inadimplemento de um tratado”. O Conselho Nacional de Justiga (CNJ) conjuntamente com o Ministério da Justi¢a, bem como com o Tribunal de Justica de S40 Paulo, conforme noti- ciado recentemente por meio da midia nacional, tém discutido a necessidade da implantagao da audiéncia de custédia no Brasil, cuja discussao ja toma pro- porgdes em todo 0 territério nacional, a exemplo do que ocorreu recentemente em Teresina/Piaui, por ocasiao das visitas do diretor geral do Departamento Penitenciario Nacional do Ministério da Justiga, Renato De Vitto, ao Sistema Prisional piauiense, em que, conjuntamente com o secretario de Justica, Daniel Oliveira, reuniu-se com o corregedor-geral do Tribunal de Justica do Piau/, De- sembargador Sebastiao Ribeiro Martins, e com outros magistrados para discuti- rem a instalagao da tao falada audiéncia de custédia. A discussao foi amplamente realizada na OAB-PI, por ocasiao da visita da Comissao Nacional de Acompanhamento e Fiscalizagao do Sistema Carce- rario (Coasc) e do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que fizeram audiéncia publica sobre o Sistema Penitenciario, inclusive apos visitas a AQ ssn socovnnoneseone ROP HY 93 — Ago-SeU2015 — ASSUNTO ESPECIAL — DOUTRINA estabelecimentos penais no Estado. Entre outras situagdes nos estabelecimentos penais do Estado foi constatado o alto indice de presos provisérios, que ultra- passa a média nacional, fato que tem direta relagao com a nao implementagao da audiéncia de custédia. Em seguida, por ocasido do 68° Encontro do Colégio Permanente de Corregedores-Gerais dos Tribunais de Justi¢a do Brasil (Encoge), ocorrido na Cidade de Teresina/Piaui, nos dias 25, 26 e 27 de marco de 2015, este, entre suas deliberagdes, resolveu manifestar integral apoio as iniciativas de imple- menta¢do e normatizagao das audiéncias de custédia como forma de politica publica de controle do ingresso de presos no sistema carcerario e garantia dos direitos constitucionais do preso. Nao podemos regredir a intensa e crescente tendéncia de internaciona- lizagao do exercicio dos direitos humanos. Assim tem sido com o tratamento que 0 STF deu a prisao civil do depositario infiel, bem como ao cumprimento do principio da presungao de nao culpabilidade, entre outros. Pois na América Latina, paises como Peru, México, Argentina, Chile e Colémbia j4 adotam a audiéncia de custédia: nesses paises 0 cidadao que é levado a priséo tem que se apresentar em um curto espaco de tempo ao juiz competente, o que em regra demora entre 24 e 36 horas. Esse é mais um momento especial para se analisar o Direito Internacio- nal dos Direitos Humanos face ao Direito Interno brasileiro e/ou a sua omissaio. no que diz respeito a audiéncia de custédia, levando-se em consideracao 0 disposto no art. 5°, § 22, da CRFB/1988, que literalmente assegura: “Os direitos e garantias previstos nesta Constituigaéo nao excluem outros decorrentes do re- gime e dos principios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a Repdblica Federativa do Brasil seja parte”. Tal dispositivo constitucional nos diz que 0 leque de direitos fundamentais nao é exaustivo, porque amplia assim 0 rol dos direitos e das garantias constitucionais por meio dos tratados em que © Brasil seja signatadrio. Deve-se considerar ainda acerca dessa tematica as decises andlo- gas do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial o Recurso Extraordinario n® 466.343-1/SP, em que foi Relator o Ministro Cezar Peluso. Nesta ocasiao, pede-se vénia para transcrever parte do voto do Ministro Gilmar Mendes: Assim, a premente necessidade de se dar efetividade a protecao dos direitos humanos nos planos interno e internacional torna imperiosa uma mudanga de posi¢do quanto ao papel dos tratados intemacionais sobre di itos na ordem ju- ridica nacional. € necessdrio assumir uma postura jurisdicional mais adequada as realidades emergentes em ambitos supranacionais, voltadas primordialmente a protecao do ser humano. |...) FOP WY 93 — Aqo-Sou/2015 ~ ASSUNTO ESPECIAL — DDUTAIN..... : 103 De qualquer forma, o legislador constitucional nao fica impedido de submeter Pacto Internacional dos Direitos Civis e Politicos e a Convengao Americana sobre Direitos Humanos - Pacto de San Jose da Costa Rica, além de outros tratados de direitos humanos, ao procedimento especial de aprova¢ao previsto no art. 5°, § 3°, da Constituicao, tal como definido pela EC 45/2004, conferindo-Ihes status de emenda constitucional, Ademais, 0 entendimento do STF, como se vé, vai ainda mais além do previsto para esses tratados de direitos humanos em discussdo, que atualmente tém status supralegal no Brasil, mas podendo, a critério do legislador brasilei- to, submeté-los ao procedimento previsto no art. 5°, § 3°, da CRFB/1988, em que diz: “Os tratados e convengées internacionais sobre direitos humanos que foram aprovados em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trés quintos dos votos dos respectivos membros, serao equivalentes as emendas constitucionais”. Com os mesmos argumentos constantes do voto do Ministro Gilmar Mendes no Recurso Extraordinario n° 466.343-1, do STF, por tratar-se de si- tuagiio, a nosso ver, andloga aquela que discutiu a prisdo do depositario infiel, entendemos que a audiéncia de custédia esta plenamente em harmonia com o ordenamento juridico brasileiro, haja vista 0 que dispdem os Decretos oriundos da Presidéncia da Republica Federativa do Brasil anteriormente mencionados, que incorporaram ao Direito Publico Interno o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Politicos e a Convengao Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San Jose da Costa Rica). Portanto, acreditamos que o Conselho Nacional de Justiga e o Ministério da Justiga tém toda garantia legal para implementar esse importante mecanis- mo de cidadania denominado audiéncia de custédia, que, indubitavelmente colaborara para, entre outras coisas, reduzir a superlotagdo carceraria, a vio- lagao dos direitos fundamentais, 0 sofrimento dos encarcerados pelas razées j4 amplamente conhecidas no Sistema Prisional do Pais, a partir, inclusive, da morosidade relacionada ao atendimento processual ao preso, principalmente para encontrar-se com o juiz competente do seu processo. Contribuira decisivamente para que os profissionais da seguranca pti- blica atuem de forma mais transparente e submetidos ao controle social mais eficaz, 0 que ajudara a esses profissionais a exigir e a receber uma melhor va- lorizagao no seu mister profissional. Sem falar na redugao do estresse dos agen- tes penitencidrios, principais executores da pena privativa de liberdade, que receberdo menos presos nos estabelecimentos penais, por conseguinte melhor desempenhardo suas fungées. Assim, a audiéncia de custédia deve ser considerada como uma impor- tantissima hipétese de franco acesso a jurisdigdo penal, pois se trata indubita- 104 ARDP N° 83 — Ago-Se/2015 — ASSUNTD ESPECIAL — DOUTRINA velmente, como ja do conhecimento dos profissionais do Direito, de uma das garantias da liberdade pessoal que se traduz em obrigagées positivas a cargo do Estado, Seu éxito esta condicionado essencialmente a vontade do Estado-juiz, pois deste depende sua execugao. REFERENCIAS BRASIL. Constituigdo (1988). Constituigao da Republica Federativa do Brasil. Dis- ponivel em: . Acesso em: 28 mar. 2015. . Decreto-lei n® 3.689, de 3 de outubro de 1941, Cédigo de Processo Penal. Presidéncia da Republica. Disponivel em: . Acesso em: 28 mar. 2015. . Decreto n® 592, de 6 de julho de 1992. Presidéncia da Republica, Promul- ga: Pacto Internacional de Direitos Civis e Politicos. Disponivel em: . Acesso em: 28 mar. 2015. . Decreto n° 678, de 6 de novembro de 1992. Presidéncia da Republica. Promulga: Convengao Americana de Direitos Humanos (Pacto de Sao José da Costa Rica). Dispontvel em: . Acesso em: 28 mar. 2015. . Senado Federal. Projeto de Lei n? 554/2011 de autoria do Senador Antonio Carlos Valadares. Altera 0 art. 306 do Cédigo de Processo Penal. Disponivel em . Acesso em: 28 mar. 2015. . Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinario n° 466.343-1. Ementa: PRISAO CIVIL — Depésito. Depositédrio infiel. Alienacao fiducidria. Decretagao da medida coercitiva. Inadmissibilidade absoluta. Insubsisténcia da previsdo consti- tucional e das normas subalternas. Interpretagao do art. 5%, inc. LXVII e §§ 1°, 2% e 3%, da CF, a luz do art. 7°, § 7°, da Convengao Americana de Direitos Humanos. (Pacto de San José da Costa Rica). Disponivel em: . Acesso em: 28 mar. 2015. CASAL, Jestis Maria. In: Convencién Americana sobre Derechos Humanos — Co- mentario. Fundacion Botota, Colombia: Konrad Adenauer, 2014. Convengao de Viena sobre 0 Direito dos Tratados (1969). Artigo 27. Encontro do Colégio Permanente de Corregedores-Gerais dos Tribunais de Justica do Brasil, 2015, Teresina. GARCIA, Basileu. Comentarios ao Cédigo de Processo Penal. Rio de Janeiro: Forense, v. Ill, 1945. PORTELA, Paulo Henrique Goncalves. Direito internacional publico e privado. 5. ed. rev. ampl. atual. Salvador: JusPodivm. 2013.

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