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sua poca.
Introduo
Este artigo tem como objetivo fazer uma reflexo da anlise da inflao
brasileira sob a perspectiva do economista Igncio Rangel e apontar as suas
maiores contribuies para o pensamento econmico brasileiro. Diante das
necessidades de se entender o aumento generalizado dos preos no Brasil e a
implicao que isso tem na nossa economia, analisar a obra de Rangel se faz
necessrio pelo fato dele ser um dos pensadores que mais e melhor refletiu
sobre o tema no Brasil. Em suas reflexes sobre o tema, Rangel desafia os
monetaristas
estruturalistas,
correntes
de
pensamento
que
eram
evidente
influncia
keynesiana
marxista,
Rangel
toma
O conceito de estagflao
Diante da busca de uma soluo para a estagflao brasileira, Rangel
voltava seu interesse para a conjuntura econmica. Ele previu a
recuperao do Brasil em 1984, diante de uma acentuada recesso
acompanhada do aumento generalizado dos preos.
Segundo Jos Maria Dias Pereira (2014.p 559)
Rangel discordava da tendncia dominante entre os
economistas de que a inflao era causada por "excesso de
demanda" e via a inflao com um componente da "sndrome
da recesso". Somente se poderia falar em "aquecimento" da
demanda na fase ascendente do ciclo, mas no na fase
descendente, quando a demanda mnima. Ora, na recesso,
a tendncia haver subutilizao da capacidade instalada, de
modo que a reduo da oferta , at certo ponto, planejada.
Contudo, o que leva o empresrio a operar com capacidade
ociosa e gerar aumento dos preos? Ocorre que, numa
economia oligopolizada como a brasileira, quando a
capacidade instalada ultrapassa a demanda, as empresas,
defensivamente, reduzem a oferta e aumentam os preos para
manter a sua margem de lucro. Essa a explicao.
Segundo Jse Maria Dias Pereira (2014), quando Rangel afirma que o
processo inflacionrio est ligado recesso, ele pretende explicar que
no h possibilidade de diminuir a inflao sem, por ventura, provocar
recesso. Para Rangel (1985), o problema pode ser resolvido de duas
formas: a poupana privada deveria ser transferida para o Estado por
meio de dvida pblica, e a ele compete a funo de investir nas
atividades mais ociosas. S ao estado caberia a criao de condies
com fertilidade para o investimento da iniciativa privada no setor pblico,
dependendo de mudanas na legislao para legitimar judicialmente tal
Referncias Bibliogrficas