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ARQUITETURA ITALIANA
NO ESPÍRITO SANTO
ARACRUZ
2008
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ARQUITETURA ITALIANA
NO ESPÍRITO SANTO
ARACRUZ
2008
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
A arquitetura italiana esta presente na cultura capixaba desde a imigração por volta
de 1875, período do qual os italianos saíram da Itália em busca de oportunidades,
de uma vida melhor. Neste tempo a escravidão era parte integrante da economia
brasileira. Contudo, já no final do período escravocrata a imigração tende a substituir
essa mão-de-obra, já não tão rentável, devido às pressões estrangeira.
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De fato eles esperavam muito do Brasil e o Brasil deles. Entretanto não fora esta a
atitude do país para com os imigrantes, pois os recursos físicos (infra-estruturar
física e trabalhística) eram precário, não condizente com sua função primordial para
economia nacional. O Brasil escolheu povoar-se de imigrantes para ocupar os
vazios demográficos de regiões onde o trabalho fosse necessário, neste contexto
enquadra-se o Espírito Santo e outros estados.
Há, ainda, uma vontade por parte do governo brasileiro, anseio do qual não fora
explicitamente externado, de “melhoria da raça brasileira”, ou seja, era conveniente
que acontece-se um “branqueamento” do povo brasileiro, pois fora esta a forma
encontrada para diminuir uma possível fama ou realidade, não se sabe ao certo, de
“indolente, vadio, imprevidente e preguiçoso”.
2. ARQUITETURA ITALIANA
No inicio eram feitas construções provisórias, sob as copas das árvores, eles
buscavam apenas uma proteção, mesmo que improvisado, estas podiam ser
também em: barrancos escavados, gruta naturais, troncos ocos, raízes salientes e
na falta disto erguia-se uma abrigo com ramadas e folhagens.
Com o passar do tempo eles erguiam um abrigo rústico, ou seja, uma choupana ou
palhoça, surgido da mata derrubada ou queimada, coberta de ramagens, neste
período os imigrantes absorveram a técnica da taipa de mão dos luso-brasileiros.
Nesta edificação existia apenas uma ambiente para todas as atividades, como cozer
e dormir.
Existia ainda algumas casa que possuíam uma estrutura de madeira e fundações
em pilares de tijolos, em geral eram residências com estrutura independente.
3. A CASA
grande só foi pintada por dentro devido ao concerto de pequenos orifícios feitos por
pregos. Com a unificação da casa o outro compartimento foi reformado. Mais tarde
ao lado da casa, há um pequeno talude de altura média que se encontrava perto da
edificação, mas foi afastado para a construção de uma garagem que se estende ao
comprimento da edificação.
Como fora dito, poucas mudanças foram feitas no corpo principal da edificação.
Sendo a maior parte das mudanças feita na ligação entre esta e a cozinha, em que
fora criado um banheiro.
A estrutura da obra é típica da época a qual esta foi erguida, composta de pedras
sobrepostas cerca de 40 a 50 cm a partir do chão e mais uma camada de tijolos
artesanais maciços, os mesmos utilizados nas paredes,sustentadora das vigas de
madeira que suportavam a obra. Logo acima dessa “camada sustentadora” as
paredes iniciavam a volumetria da obra, dando início aos cômodos da casa que por
sinal eram consideravelmente grandes e bem acabados as paredes internas eram
rebocadas e revestidas com tinta e as esquadrias eram padronizadas, na parte
original da casa, ou seja, na parte onde não houve ampliação, as janelas tinham
duas folhas com uma bandeira superior e eram de madeira, devido principalmente a
abundancia do material naquele período, as portas principais também eram de duas
folhas revestidas com tinta.
Havia também uma certa “ampliação” que se dava por banheiro, que foi acoplado a
parte interna da casa, uma vez que no período construído os banheiros se
localizavam na parte externa da casa sempre próximo a um rio ou córrego para
facilitar o escoamento dos dejetos.
A cozinha no inicio era separada da casa, típico do período. Existia ainda uma
ligação, uma espécie de varanda que unia o corpo principal da casa a cozinha. Nas
reformas fora construída em parte da varanda, um banheiro, a varanda fora fechada
e viria a virar um hall que ligaria então a porta secundária do corpo principal, o
banheiro e a cozinha. Na seqüência fora construído uma área de serviço e um local
para carro, anexo ao fundo da casa.
A utilização do tijolo junto com a telha cerâmica nos mostra que a casa não fora
construída no inicio da imigração, muito menos como abrigo provisório. Afinal na
morou por um longo período seus criadores e mesmo após vendida abrigou
confortavelmente as seguidas famílias que nela passou.
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5. CONCLUSÃO
A proposta de visita a uma casa com características italianas foi muito válida, pois
acrescentou muito ao nosso conhecimento prático, atualmente em déficit devido o
pouco tempo de exposição ao obras fisicamente apresentadas.
Pode ser concluído ainda que a imigração italiana fora muito importante para a
formação da cultura capixaba. Pode-se dizer que fora ela a responsável pela
formação da identidade da cultura capixaba, pois fora ela que legou ao estado uma
arquitetura própria, podendo ser denominada “ítalo-espirito-brasileiro”.
6. REFERÊNCIAS
APÊNDICES
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