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Pessoa
de um lado da estrada e o outro do outro lado. Quando a vtima passa, ambos atiram ao mesmo tempo e a vtima alvejada por apenas
um dos disparos. No caso em tela, se fica provado que a vtima morreu
em virtude do tiro de A, este responde por homicdio consumado e
B por tentativa de homicdio. No se fala aqui em coautoria ou participao, pois estas s se configuram quando h o chamado liame
subjetivo, ou seja, quando ambos sabem que esto concorrendo para
um resultado comum. Se, entretanto, houvesse tal liame subjetivo entre A e B, eles seriam coautores e ambos responderiam por homicdio
consumado.
Autoria incerta. Ocorre quando, na autoria colateral, no se consegue apurar qual dos envolvidos provocou o resultado. Ex.: A e B
querem matar C. Um no sabe da inteno do outro. Ambos disparam contra a vtima, que morre recebendo apenas um disparo, no se
conseguindo, porm, apurar qual deles causou a morte. Esta a autoria incerta.
Mas qual a soluo neste caso?
1) Ambos respondem por crime consumado?
2) O fato atpico para ambos?
3) Os dois respondem por tentativa?
No h resposta totalmente correta em razo de no haver previso legal a respeito, mas a nica soluo possvel e aceita pela doutrina a de que ambos respondem por tentativa.
5. Qualificao doutrinria.
a) Comum. Significa que pode ser praticado por qualquer pessoa.
o oposto do crime prprio em que a lei prev uma caracterstica especfica no sujeito ativo e, portanto, apenas uma determinada
categoria de pessoas pode comet-lo. Ex.: corrupo passiva s o
funcionrio pblico pode praticar.
b) Simples. Significa que o homicdio atinge apenas um bem jurdico.
Os crimes que atingem mais de um bem jurdico so chamados
de crimes complexos, como, por exemplo, o latrocnio, que atinge o
direito vida e o patrimnio.
c) De dano. O homicdio exige a efetiva leso de um bem jurdico.
Ope-se aos crimes de perigo, que se configuram mesmo sem
leso a qualquer bem jurdico.
Sinopses Jurdicas