Você está na página 1de 11
ANEXO 2. ARQUEOLOGIA AMAZONICA AAmaz6nia é uma das mais amplas 4reas naturais ¢ culturais do continente, pois ebrange nao 50 0 Pard, ‘Amazonas, Acre, Amapé, Rondénia, Rorsima, norte de Goids, Mato Grosso @ parte oriental do Maranhéo, como, ainda, o nordeste da Bolivia, leste do Peru e do Equador, sudeste da Colémbia, sul da Vonezuela, sul da Guiana, Suriname e Guiana Francesa ‘A esta drea se atribui a tradigéo conhecida convencionalmente por “culturas de floresta tropical que se refere a uma agricultura de rocado implicando rodizios e deslocamentos| ¢ uma ‘organizaco sécio-politica que nao teria ultrapassado © nivel de tribo. Qs dados relativos 8s ocupagdes humanas mais ‘antigas $80 escassos. dispersos e insuficientemente coletados, em particuler no tocante a Amazénia brasileira. Se so desconsiderar a possibilidade da presenga de grupos que nao conheciam a agricultura € a cerémica (testemunheda, até o presente, pelo encontro, no alto Tapajés, de apenas duas pantas de. projétil que, em outias areas, s80 caracteristices de ‘um estégio pré-cordmico datado do 8/5 mil a.C.|, 6 a ‘cerémica que nos dé o inicio seguro da chegada do homem. ‘As datas mais recuadas (final do quarto ou principio do terceiro milénio a.C.). provém dos ia mencionados sambaquis do litoral pareense do Salgado. Pelos contactos com material da fase Alaka (Guiana) e da costa venezuelana, por sua vez ‘associados a migragéos vindas do norts, pode-se render esta primeira ocupacdo como integrante de “um quadro de fenomenos que se originaram a muito ga distancia. J& se propds™® que a tradi¢o Mina, 3 se filia a ceramica em tela, representa 0 mento nordeste da ocupacdio do litoral sul- ‘ericano, entre 0 sexto © 0 quarto milénios a.C, a tir das costas equatorianas e colombianas, com mmificagdes que vam até do litorel sudeste dos radios Unidos, de um lado 2, descendo, vao at 0 ral nordeste do Brasil (Bahia). Parto do inicio do primoiro milénio a.C., a ‘alacéo de grupos agricultores @ ceramistas avelmente de filiagéo andina), na boca do az0nas, na ilha de Marajé, d& comego a uma pacdo que s6 findaré apés a chegada dos izadores @ é atestada por cinco feses jeo\égicas: Ananatuba (980 a.C/200 a.C.), Mangueiras (contemporénea de Ananatuba/AD 100). Formiga (AD 100/400), Marajoara (AD 400/1350) Aru8 (desfeita, em 1820, por ago dos portugueses) *De todas estas tases. a que sem divida se transformou no chamariz da arqueologia amazSnica 6 a Marajoara, a quarta na saquéncia (tee. 23.27 ) Corresponde a uma ocupacae do norte da ilha, caracterizada por aterros artficia's (tesos), em terrenos alagadicos, para fins funerdrios ou habitacionais de dimens6es consideréveis (um dos maicros tesos funorérios aprosontava 260m de comprimento, 59 de largura e 6.4 de altura). O principal material fornecido por esses tesos € @ ‘cordmica, om particulsr as urnas funerérias do grande porte e elaboracissima decoracdo pintada, incisa ou excisa (desenhos em relevo). Hé também abund§ncia de vasos com formas humanas ou referencia 4 forma humana. Apresentando os mesmos padrdes de docorago encontram-se, também de barro, grandes quantidades de estatuetas {figuras antropornerias), assim como tengas | 19.24), fusos de fiar, bancos, batoques, além de outros recipientes cerémicos. inclusive umas funerdrias sem decoragéo. O requinte formal e a quantidade da ceramica, e também as caracteristicas dos aterros, 880 todos indicios, pela soma de trabalho exigida, pela especielizac&o implicada, pele importéncia das atividades cerimoniais, pelos padrBes de organizac3o espacial, de ume sociedade em process de diterenciago 0 estratificagao social No médio Amazonas nd varias areas de assentamento, datando os mais antigos, segundo 0 testemunho da cerémica, de meados do primeiro milértio a.C. Um dos focos de interesse esié em Santarém, no Paré, na jung8o do rio Tepajés com 0 Amazonas. O lugar certamente foi sede de uma importante cultura proto-historica, conhecida como santarena ou tapajénica. Dados obtidos dos cronistas seiscentistas e posteriores permitiram completar as informagdes arqueolégicas e afirmar a existéncia de um grau aprociével de complexidade na organizagéo deste grupo: grande densidade de populacio. com aldeias de mais de quinhentas famflizs; sistema de ‘ranchos’ de 20/30 familias subordinadas ¢ um chefe, por sua ver dependente de um chefe superior. presenga de escraviddo. a “yan 344000184 LEVY arajora, procederie do Se Moraié PA co. Museu Necional de Jane ics, eabeca deco’ inesbes sobre fundo procedante ca fazenca des Macares, the de Moves, PA. col parieulr. 58 Poul 26 Ue fureréria antropomoriaem cortming, 84, da fase Pintado, procodento de Marte Carrel, 1 ‘anajés ina Ge Mora, PA, col. Muzou G Been 3% A ceramica de Santarém apresente pelo menos: duas veriantes: a policrémica e a decorada plasticamente, Esta altima, talvez posterior, € a mais conhecida € se tipifica pelo uso de adomos modolados separadamento e depois aplicados 4 superficie dos vas0s ( figs 28 2 28 ). Os motivos preferidos s80 as reproconiagdes de anima, constituinde um variado Jardim zooldgico’. Essa ramica faz parte de um complexo que se inicio depois do ano 1000 de nossa ora e perdura até o contacto com os colonizadores (pelo século XVII 0 grupo ja havia perdido exoressdo triball. Incluem-se esse complexo a cerdmica Konduri, no Jamunda/Trombetas. € as feses Mezagéo (Amap: lacoatiara (Refineria de Manaus ¢ cidade de ltacoatiara), Diauarum Ioavu (alte Xingu), Araugui (médio Orenocol ¢ Maberuma (Guiane). A meior parte da cardmica conservada néo devia ser de uso quotidiano. Muitos vasos no apenas trazerr inGmeros e delicados adornos, com representagées de enimais ou homens, coma também sao elas proprios zoomorias, antropomortos, 2s vezes combinados. Assim, aproveitam caractaristicas da forma para paralelos. Frequentemente a figuracao & estilizada: no bojo aparecern, ce um lado, as patas do animal, @ do outro, a cabeca. A fragiidade © dificuldade de menipulcao impostas por certas formas © a abundéncia € cuidado ne decoraga fazem supor que a funedo destas pec: cerimonial, representando especializagao artesanal bastante avancad Juntamenta com a ceramica, o grande numero de estaiuetes de terracota (6/20 cm de altura) constitui mergio obrigstéris. Por causa das alustes dos cronistas, foram comumente interoretados como Idolos e asscciadas a rituais de ‘adoragio' ov a ‘cultos da fertilidade’ (fo 30). As funcdas cerimoniais sem duvida devem ser lembradas a Propésito destas figuras landa mais levando-so om conta o papel de ceniro cerimonial de toda uma regido, gue tere desempenhado o assentamento situado ne local da futura Santarém). Contudo, nao se pode dar exclusividade a este tipo de funcao. Ha por exemplo, estetuetas em minietura que levam a rer num uso como brinquedo ou treinamento artesanal. Alguns tipos estac associados certamente @ contextos explicitacores da diferenciacdo de status, Outros complexos cerémicos n&o podem deixar de ser registrados, ainda que de passagem, come os de Cunani e Maracé, no Amapé, @ Miracangilera, junto de Nracoatiara, Trata-se de meterial proveniente de contextos funerérios, em geral urnas antropomorfas de imoressicnante sentida pléstica |fins 42 ©93 28 Vat 30 Estatueta de corbmica. 18. figura ‘feminine, de baee semiunar po sonar ne tra de. Sarterére, PA. cel. MALAISP. 31,6 frente averso de estatueta de cerdmicn. 32. Figura masculine sentads, er Desigdo hiarbtes « sdornada com uma t6rle e elomartes indicadores oe status Ue portant, de uma seciedade diferenciaga & \erarguizeda): penteedo mauciosamen'e jada, colares diadema, brincos puleira. Cultura de Santas, PA, ooh Maerusr, 32 Urns fnerérie em cerémica arironomors, com sanypa representand ances lonoimaca par ave) SubtracigSo Guatta, procedents do lago de Sives, bao fio Urubu, AM, co. Museu Goold, selon 23 Uma frarétia am cerémica,21 srtropomerf, representande figura mascuina senage ume banqusta, fase Marecs, pocedente do igarape do Lago, no Maracs, AP. col Museu Goel. Bolom “wn wW93ud con ONY ANEXO 3. OS TUPIGUARANI Por ocasiso do contacto, no século XVI, 08 europeus depararam com grupos ce indigenes falantes das linguas tupi e guareni, aparentadas entre si. Apresentavam bastante homogeneicade cultural @ se distribuiam por tode a fachada atlantica © em 4reas do interior junto a grandes vies fluviais, que inclulam partes dos atuais territorios de Argentine, Peragual © Uruguai ‘A semelhanga de tracos bésicos de sua cultura material com os de grupos anteriores a0 séoulo XVI €, portanto, 36 conhecidos arqueologicarnente, permitiu estender também a eles a denominacao Tupiguarani, o que no implica, forgosamente, em reconhecer « mesma identidade étnica. " Hé divergéncia quanto @ origem dos grupos tupis-guaranis. Estudos de glotocronologia sugerem que 0 tronce lingiiistice original ocupava o tarritério da atual RondOnia, de onde se dispersou a familia lingiitstice tup-guarani, talvez em virtudo de mudangas climaticas ocorridas entre 3.500 @ 2 mil ands atras, que provocaram a redugao de seu hebreae de tloresta. Dutras hip6teses colocam a bacia do Parané- Peranapaneme (ou ainda outras regides) como foco da dispers8o, O feto 8 que, por volta dos sécs. V/VI da nossa era, Sua presenca comeca a ser atestada, ‘exoandindo-se por todo 0 literal, do Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte. As datagées, disponiveis permitem sugerit-se uma migragao nesse sentido, embors aqui também eo coloquem alternativas. "* A Area abrangida por essa tradioao ceramica, assim como sua dutagdo, so excepcionais @ nem mesmo no Velho Mundo se encontram peralelos préximos. Os sitios ocupados localizam-se em éreas de mata, preferencialmente, o, pola pouca profundidade das camadas arqueol6gicas, indicam permanéncia restita, Acarémica é 0 principal testemunho, muites: \yozes como recipionte funerério (umas utilizadas pare sepultementos secundérios, depositadas na propria area de habiteggo ou vizinhances). Outros artefetos caracter'sticos s40 machados polidos, bolas de boleadeira. tembetés (ecornos labiais), em especial os de forma em ’T’, mos de pildo, pontas de flecha pedunculadas © com aletas, cachimbos, discos polidos etc. € possivel distinguir, dentro da tradicéo cerémica tupiguareni, ts subiradicGes, definidas a partir das caractoristicas mais comuns da decorac&o das paredes dos vasos: Pintada, Corrugada (os roletes com que se forma 0 vaso so unidos por pressfo das pontas dos dedos, deixando marcas perpendiculares, regularmente espagadas { fgs.34, 38) ou Escoveda (um inatrumento, como espiga de milho, aplicado a superficie do vaso. deixa estrias regulares). Ao que parece, estas subtradig3es correspondom, nessa order, @ uma seqdéncia cronologica. embora hoje se tenha consciéncia de que a situagdo & na realidade mais complexe. Nas 4reas em que se astabeleceu, a tradicso tupiguarani conviveu com tradigSes locais, promovendo as vezes redes de influéncias reciprocas. ansversas & boca do do no Tavares, Floriendpots, SC ‘Muses Unversraro da Unwersdade eral de Santa Caterina, HM z PRINCIPAIS COLECOES PUBLICAS 6 foram mneluldse a2 eolegbee iysitucicnais, pols as particulares sd muito dispersas e assistematicas. além do nunea trom sico convariensemente levantadas. Alem disso, das coleyoes institucienais selecionaram-se apenas faquolae do corte abrangéncia no tocante 2 ura area ou tema Cento de Estudos Arqueologeos Ay Suburbana, 4616, De! Cestilho ia de Janeiro, RJ Instiura de Pré-Historia da Universidede do S30 Paula Cidade Universtéria Sia Paulo, SP Museu Arqueoiogico co io Granda do Sul Taquara. 28. Museu de Arquestogia @ ‘Aries Populares R. Quinze de Novernbfo, 567 Paranagua, PR Museu de Arqueologia e Etnologie da Universidade do S50 Paulo Cidade Universitaria Sto Paulo, SP. Musou de Sambaquis R Rio Branco. 229, sonville, SC Museu do Esteds Ay, Rui Barbosa, 960 Recite, PE. Museu do Homem do Sambaqui R. Esteves Junor, 159 Florianépolis, SC. Museu Nacicnal Quinte de Bea Vieta Rio de Janeiro, Ru. Museu Paracnse Emilio Goold: Av. Indepandsnca, 304 Belden, PA. Museu Peranaense Pea. Generac Marques Curtita, PF. Musou Paulista de Universidade de $80 Paule Jardim do iprange Sé0 Paulo, SP Museu Universitario Gidado Univeratéra, Trindade Floriancpolis, SC. No exerior University Museum, Philadelphia, USA ‘Smithscnian Institution, Washington, Usa Museum fur Volkerkunds, Hemburgo, Alemanns Exnogialiska Musest, Gotemburgo, Suécia NOTAS 1. Proleriuse utilzar expresso ‘pré-colonial fom lugar de ‘pré-hisiérico ‘pré-colombianc’, ‘pré-cobraline’ ou ou ttas formulas correntes), pois ea caracte- rea sem ambiglidsdes 0: grupos aqui insialades, em situacdo mdependente do projeta colonial europov, que vi Incorpari-los em graus © momentos dite~ remtes, © partir do aéeulo XVI do nossa era 2. Yer Roni, J. A Ostia arquesiéaico do Modo Wagner, SCVI13. Pesquisas, Aniropoiogrs. Sao Lecpalde, Instituto An- ‘opiatano de Pacquieas, n. 17, 1967: Digs Jr. & Carvalho, ET. A pré-istoria a serra fluminanes @ = utlizario oat gutas co Estado do fio de Jane, Pesquisas, Antropologia. S80 Lecpolde. Instituto Anchietano ce Pesquisas, 31 1980. 3. Entratanto, datapbes foracidas por andlises ragiocarbonicas de cenao associado a cacos cordmicos, provenien: {es de sambaguis vo lcoral do Selgade, ard, € osciando entre 3000 = 1800 anos aC, permatern defini @ mais antige cultura caramista brasilara (fase Mine’! Ela se telere ndo a grupos produtores de alimentos, mas a coletores de recursos marinhos e gescadores, como forma de adapiacto bastante especializada a um meio ambente espectfca. 4. Ver Schint, P. | Inds Iticas fn el sur de Brasil Estudes Leopoleenses, So Leopoldo, Universidade do Vale do Rio dos Sos. 14 (47!-703-29. 1978 5. Rohr, J.A. Os sttos arquealigi- cos do plenalta’ Catarnense, Brasil Pesquisas, Arqusologia, Sk Leopoleo, Instituto Anchistano de Pesquisas. n. 24. 1971 6. Laming Emperarre, A. Missions archéologiaues de Lagoe Sania, Minas Gerais, Brési — Le grand abri de Lape Vermelha IP.LI. Revista de Pré-Histora, Sic Poul, Inattute de Pré-Hetérie de Unwersdade ce S80 Paulo, 7 (1):63-89, 1979. Gurdon, Niede. Datacdes velo C14 de st: tive arquoolégicoe om So Raimundo Nonaio, sudeste do Plaui (Brasil, Cho. Rovisia oo Curso do Mosttado orm His: dria, Universidade Federal de Pernam- buco, Resife, 4:35-97, 1981 7. Vor Guicon, Niéde, Ate rupeste do Plaui. In: Schmitz, Barbosa @ Fibelro, orgs. Temas de erquaclogia brasileira, 4. ane rupeste, Anudrio de Divulgecao Cientfica, Goisris, Insttuto Goiano de Pré-Hisiorg @ Antopologia, Universi dade Cetélice de Goiés, (8)-15-32, 1978-60, 8 Para uma vséo de conjurto do problerra, ver Jennings, J. 0. Gngins. In Jennings, J. D. org. Ancient native Amer: cans. San Francisco, W Freeman, 1978, p. 1-43, Laving-Emperare, A. Le peupe- ment do Amérique in Power, J, 0, Emnotogie Regionale 2 — Asie, Ameéri- que, Mascareignes Paris, Gallimard, 1978, p. 1083-76. Encyclopédie de la Plbiace Megga’s, BJ. América pri hisuirica, Flo de Janeiro, Paz e Terra, 1979 - 98. Beltric, Mca C Datagbes ar- queolésicas mais amigas do. Brasil Anais da Academia Brasileira oe Cién- cas, Rio de Janel, 4642/211-51, 1978 Prous, André © pateosndio em Minas Gerais. In Schr. Bartasa © Ribsira orgs. Temas de arqueologia bresilere, 1 Paleovindio. Anuério de Divuleacdo Cierefica, Goiénva, Instituto Goiano de Pré-Histévia @ Antropologia, Linversi- ade Caislice de Goids, |5).61-74, 1978.80, Yer Guidon, Niede, Datagoes pelo C14 de shioe srqueolégicas em Sio Rai murdo do Nonaco, sudeste do Fraul (Brasil) 10. Ver Simdes, MF. Coletores- poscadcres caramistas do litral do Sal- gado (Pars) Bolesin do Muse Persense Emilio Goeidi. Antrosotogia, NS. 78. Ba lem, 1881, Calderén, V- Contebuipgo para © conkecimanto da arqusologa do Recéncevo @ do sul do Es:ade da Babin. In. Simées. MF. ora. Programa Nacio- pat de Pesquisas Arqueoidgices. Resuite dos preliminares do 5° ana. Belém. Mu- seu Paraonce Errilia Goelsi, 1974, Pub cacées Avulsas do Museu Paraense Emile Goel. 26, p. 141-34 11. Ver SimBos, M. FA pesquisa ar auzoldaica ne Amazéna Leval Brasileira Dédelo, Revista de Arqueotogia @ Einota- 12, S20 Paulo, Museu de Arquecloga e Exnologia da Universidace do Sto Paulo, W178, 9. 11-25, 1973, 12. MF. Simées, a9 oft (nota 10) 13. Na terminologia_arqueoiogica brasileira eonvereionou se omorogar a expresséo ‘tupiguaran’’ para inaicar ape- ras ums tradioo cerSmiva (portanto, um Tato de cultura matenal), resarvanda-ce a fexprosszo original typi guaran: para ‘ogsignar 08 Grupos ‘alantes cas inguss ‘up! 9 guaran), quo derive 60 um ronco 14, Para conhecmenta das altama- tivas, ver Moggers, B J. & Evane, ©. Ara constituicdo de pré-histona amazénica Alguas consideragbes teévioss. In: 0 Museu Gosia: no Anc do Sesquicante- nério, Bolém, Museu Paraansa Emilio Goeld, 1973, Publicscdes Avulsas do Musou Paraenes Emilio Goold, n. 20, p BI-€9; Brochado, J. P. Migraciones que Gifundhoron Ia tradiovbn elfarara Tupigu rani. Relaciones, NS, Buenos Aires, So cadad Argentina do Antropalagis, . p. 7-88, 1973; 16, Desarallo de la trad cién carémica Tupiguarani (AD. 5800/1800). Fublicacdo 1° 3, Forte Ale- (78, Universidade Federal do Ric Grande do ‘Sul, Departamento ce Ciéncias Sociais- Gabinate de Arqueologie, 1973; Susrik. 8 Dispersion Tupl-suararr prenistorca - 2n- ‘5330 analveo, Reunciin, Musoa Einogré foo Andrés Berbero, 1978. & “oD 3440003 ON BY Otservacdes: Se a arquecloga bres Ieira (6 produz vaeta didlografa, com posta em especial de estudos de sitos & Felotérios do cocavagbes, Se raroc, coma se notou no texto, os trabalnos que tratom owletemento dos problemas atisteos. Por isso, elem dos poucos thu Joe especificos exstontes, selecionaram- se obras que permitissem situar os as- pectes gerais da ocupacso pré-colonial do Brasil © as principals caractersticas ‘das culturas envolvidas, assim como al- gumas pouces monografias regionais, ‘mass abrangentes capazes de assegu'ar fa cobertura de todas as areas. Inclulram- se, ainda, catdiogos sistamaticos @ reper rerios bibiogréficos que, para as questtes aque © cefereriarte rupeste, sambaquis, za6itos!, dispense a stuacBo das obras ‘aye eles j6 regstam. Também se mencio- rnam algurras obras que, embore discutt veis quanto @ sbordagem, s2o importantes do pont de vista da informapio ou da do- ‘cumentaclo lusttada. Pere completar a in- formacéo, deve-se fazer uso das principals ‘Series € periOdc0s lstados no tna Obras gerais BARATA, Frederico. As artes pidsticas no Brasil. Arqueologia. 2 ed. Rio de la- nero, Edicdes de Ouro, 1968, BROCHADO: J. Proenza et ali Arqueologia, brasileira em 1968. Alario prelim: ‘nar sobre 0 Programa Nacional de Fesquises Arqueoiigicas. Belém, Mu- seu Paraense Emil Gooldi, 1969 (Pubicages Avulsas do Museu Po- rense Emilio Goeld. 12) COSTA, Angyone. /nrocinto € arqueota- 92 brasileira (etrografa @ hsibval. 4. fed. $80 Paulo, Companhia Editora Nacional, 1980 1A 1 edigfo é de 1934), LAMING-EMPERAIRE, Annette. Probia- mes de préhistoire brésilierne, Annales. Paris, 30 (5! 229-60, 1976, MEGGERS, Betty 8 EVANS, Cifford. Low: land South America and the Antilles. In: JENNINGS, J. D., org. Ancient nave Americans. Sao Francisco, Freeman, 1978, p. 643.99, MENDES, Josué Camargo Conheca + pré-hictéria brecilcira. So Paulo, Poligono/EDUSP, 1970. MENESES, Ulpiano @czerra do, coord. Mesa-redonda sobre a situacao ‘atual da pesquisa arqueoiégica ne resi, SBPC/72. Décalo, Revista de Arquoolegia o Etrologi2, Sko Paulo Museu de Arquooiogia e Emologie da USP, (17-18), 1973 PALLESTRINI, Lucan. Avqueologia bra sileira. In: EYDOUX. H. PA procure dos mundos perdides. Sé0 Paulo, MethoramentosiEDUSP, 1967. p 276-87. SCHMITZ, P. | etal orgs. Temas de ar queologia brasiieia, 1-5: paleo- Indo, arcaico do nierir. arcaico do litcral, arte rupestre, os cultivadores do planaito ¢ do ltoral. Anais de Di- vulgeeéo Cientice, Goitrie, Insti tuto Goiano de Pré-Histéria e Antro- pologia, Universidade Catdica de Gods. n. 5-9, 1978-80 SILVA, Femando Altenfelder & MEG- GERS, Bety, Desenvolvimento culty rol ne Brasil In: SCHADEN, E,, arg ‘Home, cultura e sociedade no Bra- Sil Rio do Jenoito, Vozes, 1972. Se- legdes de Revista de Antrocologia, p. 14-26. SIMOES, Mério Ferrera, o19, Programa Nacional de pesquias arquenibgi cas, resultados do 1°/5° ano. Belem, Museu Paraense Emilio Goeldi, 1907, 1969, 1871, 1974. Publica hes do Museu Paraanse Emilio Goeldi, 6, 10, 13, 15, 19). — Indice das faces arquoclégicas bro sieires, 1950-197 1, Belem, Museu Paraente Emilio Goeldi, 1972. (Pu: bicagbes Avulsas do Museu Pa: raense Emilio Goeldi, 18) WILEY, Gordon. An introduction 10 American archaeology, vol. Il: South ‘Ainerica. Englewood Citi, Prentice Hall, 1971 Monogealiasregionsis ALMEIDA, Ruth Trindede de. A arte ru: esire dos Carrs Velhos. Joz0 Pes- 200, Editors Universitério/UFPb, 1979 ANTHONIOZ, Sot ali Loe peintures ru pestres de Cerca Grande, MG, Bresil Cahiers fArchéoiogio Amérique du Sud. Paris, n. 6, 1978. PARATA, Frecerico. 4 arte oleira dos Ts- ajo. Consideragbes sobre & ceré- mica @ dois tipoe de vazoe carac- terlstices. Belem, Instituto de Ano pologia Etrologia do Pars, 1950, (Publicagses do Instituto de Ano pologia © Etnologia do Pars, 2) — Uma andiise estlistice da ceramica de Santaém Cultura, MEC. Ria de Janeiro, 3(5). 185-208, 1883. _— Aare cleira dos Tanaié Alguns ele- mertos novos para 2 tipologia de Sentaréen, Belém, institute de Antro- pologia e Etnologia do Para, 1983. (Publicagtes do Instituto de Antro- pologia e Etnoiogia do Pard, 6) BELTRAO, Mana da Conceicdo M. C Préchistoria do Estado do Rio de Je- neiro, Ric de Janeiro, Forense Uni- versitria/SEEC, 1978. BELTRAO, M. da C. M,C & COSTA, He- loisa Fenelon, Grevuras ¢ pintures rupestres no Brasil, Dédo ~ Revista de Arqueologie © Einologia, Sbo Paulo, Museu de Arqueologia © Et nologia da USP, (16):5-13, 1972 CHM 190°. A ocupacdo do litoral dos Estados do Parané Santa Cetafina por povos ceramisias. Estudos Brasileiros, Curtiva, (1):7-43, 1976, COLONELLI, Cristina A'& MAGALHAES, Eracmo dAlmeda Arto rupoetra no Brasil: uma bibliogratia anotada. Dédolo ~ Revista de Arquoologia e Etnologia, S80 Paulo, Museu de N- quoclega ¢ Etnologia da USP, (21 22): 117-33, 1975. CORREA Concsie&o Gentil, Estatuetas de cerémica na cultura de Santa- rim. Classificaréo e catélogo das colerces do Museu Goeld. Been, Musou Paraonse Emilio Gooldi 1965. (Publicapdes do Museu Pa- raenee Emilio Goold, 4) DIAS, Oncemar F. Evolugao da cuture fem Minas Gersie 9 no Ric de Ja nero, Anudrio de Druigacdo Cient- fica, Geiénia, Institute Goiano de Pré-Histona e Antropologie/Univers dade Catélica do Goiés, p. 110-30, 1976/7, EVANS, Clifford & MEGGERS, Betty J. Ar ‘chavological investigations at the mauth of the Amazon Bureau of American Ethnology Bulein 107, Washagton, Smithsonian Institue tuion, 1887. FUNDACAO NACIONAL DE ARTE Inst uo Nacional de Artes Pldstices Museu Paraense Emtic Goeld. Ric de Janeiro, 1981 [Col Museus Bre- sileires, 4) GUIDON, Niéde. Peintures wupestres de Varzaa Grande, Fieui, Brésil Cahiors dArchéolagie PAmérique du Sud, Paris. n. 3, 1975. GUIDON, N. et eli. Documents pour la préhistaire cu Erésil méridional, | Liftat de $80 Paulo. Cahiors Ar chéologie d’Amérique du Sud, Pars n. 2, 1973, HILBERT, Peter. A cerémica arqueol6- ‘gice da regio do Oriximing. Belém, Instituto de Antropologia e Etnogra- fie do Peré, 1985. (PublicaoSes do Ingbtuto de Antropologie e Etnclogia do Pard, 9) LAVING-EMPERAIRE, A et ail, Grones ot abris de Ia région de Legos Santa, MG, Brésil Caniers @Archéotogie oA mirque cy Sux, Pavia, 9.1, 1974, LAROCHE, A. FG. Coninbuiego para a prb-hisiiria pernambucana_ Rec, Ginéso Pernambucano, 1875, MAGALHAES, Frasmo Almeida Serbs Quis brasieiros: onentago bivlogré- fica, | I Dédala ~ Revista de Arie e Argueologia, S80 Paule, Museu de ‘arte e Arqueoloaia de USP. (1)'93- 114, 1966; (6):105-11, 1967, MEGGERS. Bety & EVANS. Cifford An ‘experimental formulation of horizon= sivies in the toicel foresi area of South Amerize, In: LOTHROP, 5. K ora. Precolumbian arts and ar- chocelegy. Cambridge, Harvard Un versity Press, 1961, 0. 372-88. MENESES, Ulpiano Bezerra de Araueologie amazinica: Santerém. S80 Faulo, Museu de Arqueclogia © Enologia da USP, 1972 MILLER JUNIOR, Tom C. Arqueologia da regi8o central do Estado de Sao Paulo: Décalo-Revate de Arqusolegia 2 Etrologa, Sao Peulo, Museu de A~ queolagia © Einologia ca USP, (rar13-118, 1972, NOADENSKIOLD, Efand. Ars americana Uarchdclogie du bassin de (Ama one. Pers Van Ont. 1930 OTT Catios, Penisria aa Baia, Saar dar, Progresso, 1858 PALMATARY, Helen C. The pottery of ero land Brae. Transactions of the Arperican Philosophical Sete NS. Flediiia, 39(3. 7960 = The aicheeclogy of the ‘oner Tops jos valley, Bran. Transactions ofthe American Poifosophice! Society. N 5. flaca, 60:8, 1960 PROUS, André. Catalogue reizonné doo sculptures préhistonaues.2comor- thee da Bréall et ce. 'Uruguay Dédito-tevsia de Arqueoiona @ #t rologi, Sd0 Pulo, Musou do Ar dueologis © Einolocie da USF. (or11-127, 1974, los sculprures zoomorpnes ot sue rélion ot do TUruguay, Convert darcheoioge wamerque a SUG. Pan/Brago. n. 5, 1977 PROUS, A. & PIAZZA, W. Documents pour le prahstir du Bris méncto- nal, I): V'état de Santa Caterina. Cahors tarchéologie.cemérque diy Sut, Pais, m3, 1977 PROUS, & ot als Fstlietes #eroroiogia na slo rupestie de Minas Gereis Posaurses. Anirepolagia, S30 Leo- oid, Insuo Anchieteno de Pes- fuses 9.31, 1980 IBEIRO, Pecko A Mente A ort rupesire no suo Aral Rewsta db CEPA Senta Gur de Sul, Facuade de Fr Jonata, Ciéncias @ Letras, 71-27. 1978, SCHMITZ Peera lonécio. Arcueclogi de Gcids, Sequéncte cuturele datogbo de C14 Anuério de. Divipacto Giantcs, Cednie, Intute Goiene de Pré-Histérae Anitopoloaia, Uni- ‘ereideco Corsica de Coids, (3-4) 1 21, 1961-7 =A txolupto da cultura ro evdooete de Goiés. Pesauses. Anropoloaa. So Leopold, Insitito Anchietone de Pescusas. n. 31, 1980 — A evoluséo co cutira no convo nordeste do Brasil ene 12.000 @ £000 anes antes de. presente 1980, Menuserita SCHMITZ, P Lot alt. Stics de petrogl ‘os ros projets ato-Tocantse ato Araguain, Goiss, Pesquisas, An: trevologia, Ske Leopeleo. institte Archictano de Pesquisas, n. 30, 1978, TOARES, Heloise Ate. Arte indigena do Amezénia Ro ce vanei, prense Oc, 1940. Pubicasdes do Serica do FatrimBnio Histérco & ‘AMtstico Neciona Principaisstiese periddicos Anais do Museu de Antropolocia, Universidade Federal de Santa Catatina Florianépolis Aavsrio de Divulgacdo Cientifica, Instituto Goleno de Pré-Historia = Antwopologia da Universidade Cetélica de Golds, Goria ‘Acqueclogia. Ceneeiho do Pesquisa (fe Universidade Federal do Parana, Cuntiba ‘Arquivos do Museu ce Historia Natural, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. Acquivee do Musou Paranaonco, curitiba Bolotim do Museu de Ane & Histona, Arqueologla, Universidade Federal do Espirto Santo. Vitéria Bolotim do Museu Nacional, NS, Antropologia, Rio de Janeiro Bolotim Jo Museu Paraense Emilio Goold, NS., Antropologie, Belém Cadernos de Arqusslogia, Museu de Arqueoiogia @ Artes Populares, Peranagus Dédalo ~ Revista de Arqueckogia e Etnolegia, Museu de Arquealogia © Emolagia da Universidade de S80 Paulo Pasquisas. Aniropologia. Instituto Anchiatano de Pesquisas, So Leopoldo. Proto Arqueolégico de Haipu Reltérios das peequisas realizadas ne rea. Conwénio Nips: Binacional /SPHAN, Curitiba Revista do CEPA, Faculdade de Filosofia, Ciencias e Letres. Santa Cruz do Sul Revista do Musou Paulista, NS. Museu Pauieta da Universideds de Séo Paulo, Sao Paulo, Roviste do Fré-Historia, Instituto de Pré-Historia da Universidade de Sto Peulo, $80 Paulo. ‘Sone Arqueologia, Musou Paulista {da Univareideds do Sto Paulo, S80 Paulo. ‘So, Paulo, novembro 1960 ‘we atdannwe ov EY

Você também pode gostar