A compra e venda realizada por meio da internet, muito embora no tenha
no Brasil legislao especifica que a regulariza, pode ser tutelada pelo Cdigo de Defesa do Consumidor, mas no dispensa cuidados especficos em relao s suas peculiaridades. A interne tornou-se o maior e mais eficaz veculo de comunicao da atualidade, gerando novas regras de mercado e intensificando sobremaneira o comrcio eletrnico. Esse fenmeno irretroagvel das relaes virtuais, entretanto, ocorreu em um pouco mais de vinte anos, perodo demasiado curto para adaptar a normativa jurdica s novas questes trazidas com o seu desenvolvimento. Neste sentido, nossos tribunais tm entendido que a compra e venda realizada no chamado ciberespao obedece, sempre que possvel, as normas aplicveis aos contratos por amostra. Isto porque, as empresas virtuais so consideradas contratantes ausentes, que vendem sues produtos por perspectivas de publicidade. Isto significa que, ao adquirir um produto pelo meio eletrnico, o consumidor tem o direto, por exemplo, de desistir da compra n prazo de at sete dias a contar pelo ato do recebimento do produto ou servio, em uma interpretao sistemtica do artigo 49 do Cdigo de Defesa do Consumidor. Este direito consumerista importante e deve ser utilizado pelo consumidor sempre que o mesmo se sentir frustrado com o produto ou servio adquirido por meio da rede mundial de computadores. Contudo, para fazer valer seus diretos, o consumidor virtual deve ser precavido, e revestir-se de segurana, como em qualquer outro negcio, considerando o ambiente virtual. Assim, ao comprar, o consumidor deve preferir sites confiveis e conhecidos, preferencialmente os que apresentam em sua pgina a imagem do cadeado de segurana ou endereo eletrnico com os caracteres iniciais https, que indicam maior confiabilidade. Especialistas em segurana do comrcio eletrnico aconselham,ainda,que se evite a utilizao de um mesmo computador para se efetivar compras e acessar redes sociais, uma vez que a ao de hackers facilitadas pelas ltimas,o que pode ocasionar transtornos ao consumidor,como a apropriao indevida de sua senha. Ao revestir-se dos cuidados bsicos de segurana,o consumidor pode e deve usufruir do privilgio de consumir sem precisar sair do conforto de casa,pois,caso sinta-se lesado,no h bice algum que o impea de socorrer-se da legislao consumerista vigente.