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com/ COMUNICADO

TRIBUNAL DE CONTAS ARRASA ILEGALIDADES CAMARÁRIAS

GASTOS A MAIS NAS EMPREITADAS ARRUÍNAM CÂMARA DE PAREDES

Ao contrário do que diz a propaganda, a Câmara de Paredes é das que pior se comportam
em matéria de gastos a mais (para não dizer desperdício) nas empreitadas.
A conclusão é do Tribunal de Contas e o Relatório pode ser analisado no seu site.
Numa amostra de apenas 22 meses, levada a cabo por aquele organismo, às empreitadas
com gastos a mais, foram detectadas centenas de milhões de euros em trabalhos adicionais
e as Câmaras municipais são responsáveis por cerca de 83% dos processos que patenteiam
esse tipo de trabalhos.

EM APENAS 8 OBRAS GASTAM QUASE UM MILHÃO E MEIO DE EUROS A MAIS

O Relatório do TC conclui que 75% dos trabalhos adicionais foram considerados

desconformes com a Lei! Nada que os vereadores do PS estranhem. “Basta-nos ver a forma
como são tratadas as contas”, afirmam.
A Câmara de Paredes, que a propaganda diz ser a mais cumpridora, a mais avançada, a que
apresenta melhores práticas (!), a que é melhor em tudo desde o 25 Abril (até se propôs
gastar um milhão de euros na construção do mastro) enfim, a que tem as maiores virtudes
(mesmo que ali se pratique asfixia democrática), de acordo com o Relatório do TC tem
uma % média nos acréscimos das empreitadas analisadas de 20,135%, quando a média
global dos custos com trabalhos a mais é de 11,46%!
Nos 8 contratos iniciais enviados ao TC pela Câmara, há 8 contratos adicionais e o seu custo,
para mais, foi superior a UM MILHÃO TREZENTOS E QUARENTA MIL EUROS!

1) Pavilhão Lordelo, valor empreitada: 1.570.340,11€.Custo final: 1.960.925,58€ (+24,87%);

2) Acessos e Parque do Pavilhão Lordelo: 592.588,02€. Custo final: 735.938,19€ (+24,19%);
3) EM 597 (Bitarães/Lordelo): 820.327,07€. Custo final: 957,287,87€ (+16,70%);
4) EM 602 (Rotunda Baden Powel): 582.158,11€. Custo final: 631.974,11€ (+8,56%);
5) Estrada Ponte da Amizade: 864.499,30€. Custo final: 1.063.320,55€ (+23%);
6) Largo da feira/Requalificação: 955.640,31€. Custo final: 1.128.875,23€ +18,13%;
7) Av. República, Requalificação: 550.875,67€. Custo final: 673.307,74€ (+22,22%);
8) Parque José Guilherme: 534.256,49€. Custo final: 659.320,89€ (+23,41%);

A principal conclusão que pode retirar-se deste estudo é a de que são realizados inúmeros
contratos adicionais, aos contratos de empreitada inicialmente celebrados e que essa prática
encarece, de forma injustificada, as obras realizadas.

Sede do PS PAREDES
Avenida da República, n.º 163, 1º Andar, Esc. 3
4580-193 Paredes
Paredes
O Tribunal de Contas considera que há despesas adicionais de verbas em empreitadas,
inteiramente à margem da lei, e aponta como indispensável responsabilizar
financeiramente os gestores públicos e os autarcas, por estas derrapagens financeiras.

Vereadores do PS acreditam que derrapagens de maior significado ainda não foram

identificadas

O TC conta com o total apoio dos vereadores eleitos pelo PS na Câmara de Paredes, que
consideram que “a gestão dos dinheiros públicos deve ser isenta e rigorosa e só com
medidas drásticas se poderão eliminar os desacertos que os números revelam”.
Refira-se que a Câmara Municipal de Paredes aparece num destacado segundo lugar, ou
seja, foi a que realizou a obra com o segundo maior acréscimo em termos percentuais, face
ao inicialmente previsto no Contrato de Empreitada, com 24,87% de gastos adicionais.
Ora, no referido Relatório, como não podia deixar de ser, o Tribunal de Contas considera
estes gastos adicionais “totalmente desconformes ao regime legal”, o que permite aos
socialistas “compreender melhor as razões que levaram Celso Ferreira a, em apenas 4 anos,
aumentar o passivo da Câmara, de 22 para 50 MILHÕES de euros”.
É convicção dos vereadores do PS “que as derrapagens de maior significado ainda não
foram identificadas”. De fora estão as obras do segundo semestre de 2008 e do ano 2009,
ano eleitoral, e até de obras que ainda não foram facturadas à Câmara.

Há despesas adicionais de verbas em empreitadas, inteiramente à margem da lei

Segundo os socialistas “é chegado o momento de acabar com o desperdício de recursos e
de impor rigor na execução das obras camarárias, de modo a eliminar os desvios e as
derrapagens financeiras”.
Ser campeões da transparência, implica, desde logo, ser rigorosos e implacáveis com quem
pratica ou alimenta os desvios. No dia em que se penalizarem as derrapagens financeiras,
“não só ficarão defendidos os dinheiros públicos, como estaremos a promover a igualdade
concorrencial”, sustentam.
Os males de que sofre a Câmara de Paredes passam por obras iniciadas, feitas à pressa, sem
qualquer tipo de qualidade de construção. A explicação é simples, para os socialistas o
“facilitismo” tinha uma finalidade, “ inaugurar as obras antes das eleições autárquicas”.
Agora estão a ser corrigidas e reparadas e os custos adicionais serão pagos com o dinheiro
dos contribuintes.
Os vereadores socialistas, perante quadro tão desajustado, reclamam “transparência, rigor
e uma exigência muito clara aos construtores/empreiteiros, que têm que se convencer que,
ou respeitam as obrigações acertadas com a autarquia, e nessas está o custo final da obra,
ou incumprem e serão fortemente penalizados”.
Entendem, ainda, que é preciso acabar com o benefício ao infractor e, como diz o TC,
responsabilizar quem tolera ou promove tais práticas.

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Avenida da República, n.º 163, 1º Andar, Esc. 3
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