Você está na página 1de 57
Oxjetivos Do Capitulo * Mostrar como determinar as forgas nos elemen- tos de uma trelica utilizando 0 método dos nés e das secoes, + Analisar as forcas que atuam nos elementos de estruturas e maquinas compostas por elementos conectados por pinos. 6.1 TRELICAS SIMPLES A trelica € uma estrutura de elementos relativamen- te delgados ligados entre si pelas extremidades. Os elementos comumente utilizados em construgbes sio de madeira ou barras de metal ¢ em geral sio unidos uns aos outros por meio de uma placa de reforgo na qual eles 520 aparafusados ou soldados, como mostra a Figura 6.14, ou podem ser mantidos unidos por um grande parafuso ou pino que perfura cada um dos elementos, como na Figura ‘As org enire os elemenios desta ponte de trelign devem serdeter- § 1p, Ininades pare que cada elemento de sua exrutra pose ser desenoivido adequadamente cy} » rt 6.1 Trelicas Planas. Treligas planas so aquelas que se distribuem em um tnicc plano e geralmente sio utilizadas na sustentagdo de telhados e pontes. A tre: liga ABCDE mostrada na Figura 62a & um exemplo tipico de treliga de sustentagao de telhado. Nessa figura, a carga do telhado é transmitida & treli ‘ga nos pontos de conexao dos elementos por meio de uma série de travessas como em DD’. Como 0 carregamento imposto pelo telhado atua no mesinc cap6 ANALISE EsrRuTURAL 221 plano da treliga (Figura 6.2b), a anélise das forgas desenvolvidas nos seus ele- i ‘mentos € bidimensional. : ne Vv 7 e “reign de welnado « » Figura 6.2 No caso de uma ponte, como € mostrado na Figura 63a, a carga no piso 6 primeiro transmitida as longarinas, em seguida as transversinas e, finalmen- {e,as juntas B, Ce D das duas trelicas de apoio lateral. Como no caso da treliga de telhado, o carregamento da treliga de ponte é coplanar, como pode ser visto na Figura 6.36. ‘Treiga da pome Cy} Figura 6.3, Quando as treligas de pontes ou telhados se estendem por longas distan- cias, € comum 0 uso de balancins ou roletes para apoiar uma das extremidades, como, por exemplo, a junta E nas figuras 6.2a e 6.3a. Esse tipo de apoio per- rite liberdade de expanso ou contra¢ao dos elementos, por causa da tempera- tura ou da aplicagao de cargas. I 222, Estanica T ce T ic Trego Compression o r) Figura 6.4 Figura 6.6 Hip6teses de Projeto. Para projetar os elementos e as conexdes de uma tre- liga, 6 necessario, em primeiro lugar, determinar a forca desenvolvida em cada elemento quando a treliga € submetida a determinado carregamento. Por isso, serio consideradas duas hipéteses importantes: 1. Todas as cargas siio aplicadas aas nds. Na maioria das situagdes, como no caso de treligas de pontes e telhados, essa suposigio é verdadcira Frequientemente na anélise de forgas, 0 peso dos elementos € desprezado, uma vez que as forgas que cles suportam & bem maior. Se 0 peso de um elemento deve ser inclufdo na anélise, em geral é satisfat6rio aplicé-lo como uma forga vertical, distribuindo metade de sua intensidade para cada extre- midade do elemento, 2, Os elementos sito ligadas entre si por pinos lisos. Nos casos em que so usadas conexdes aparafusadas Ou soldadas, essa suposigio é satisfat6ria, uma vez que as linhas centrais dos elementos ligados sao concorrentes, como nna Figura 6.14, Por causa dessas hipsteses, cada elemento de treliga atua como um elemen- ‘o de duas forcas e, consequentemente, as forgas em suas extremidades devem ser direcionadas ao longo do seu proprio eixo. Se uma forga tende a alongar 0 elemento, é chamada de forga de tracdo (T) (Figura 6.4); enquanto, se ela tende A encurtar 0 elemento, € chamada de forga de compressiio (C) (Figura 6.4). No projeto real de uma treliga, é importante definir se @ natureza da forga € de tra- ‘¢lo ou de compress. Com frequiéncia, os elementos sob compresséo devem ser mais espessos que os elementos sob tracZo, devido ao efeito de deformagio ou flambagem de coluna que ocorre quando um elemento est4 sob compressa. Trelica Simples. Para evitar a perda de estabilidade, a forma de uma treli a deve ser suficientemente rigida. Obviamente, a geometria das quatro barras. ABCD na Figura 6.5 perdera sua estabilidade, a menos que um elemento dia- gonal, como 0 elemento AC, seja adicionado a estrutura. A forma geométrica rigida ou estavel mais simples é a de um trigngulo, Conseqiientemente, uma trelica simples & construida a partir de um elemento triangular bésico, tal como ABC na Figura 6.6,¢ entdo conectando-se dois elementos (AD e BD) para for- mar outra estrutura triangular. Cada elemento triangular, composto de dois elementos basicos e um n6, 6 inserido na estrutura, tornando assim posstvel a construcdo de uma trelica simples. Figura 6.5 6.2 O Méropo pos Nos Para analisarmos ou projetarmos uma treliga, devemos obter a forga em cada um de seus elementos. Se consideramos um diagrama de corpo livre da ttelica como um todo, entao as forgas nos elementos devem ser tratadas como orcas internas, de modo que nfo podem ser obtidas a partir de uma anélise cap.6 de equilfbrio. Se, em vez disso, consideramos 0 equilibrio de um né da treliga, fentdo a forca Sobre um elemento se torna uma forga externa no diagrama de compo livre para 0 né € as equagdes de equilfbrio podem ser aplicadas para fobtermos a intensidade da forca. Esse procedimento constitui a base para a} aplicagio do método dos nds. Devido 20 fato de os elementos da treliga serem todos elementos retilineos de duas forgas € pertencerem a um tinico plano, o sistema de forcas atuantes em. ‘eada n6 € coplanar e concorrenie. Consequentemente, 0 rotacional ou 0 equili- brio de momentos ¢ automaticamente satisfeito no n6 (ou pino), endo necessério apenas satisfazer 2F, = 0 ¢ ZF, = 0 para assegurar a condi¢ao de equilibrio. Ao utilizar 0 método dos nds, € necessério primeiro desenhar o diagrama de corpo livre dos nés antes de aplicar as equagées de equilfbrio, Para isso, lem- bre-se de que a linha de ago da forga de cada elemento que atua no né & especificada a partir da geometria da treliga, uma vez que a forga em um ele. mento atua ao longo de seu eixo geomético. Como exemplo, considere o pino no né B da trelica na Figura 6.7a. Trés forgas atuam no pino: a forga de 500 Ne as foreas exercidas pelos elementos BA € BC. O diagrama de corpo livre é mos- trado na Figura 6.7. Como se pode ver, Fa, esta ‘puxando’ o pino, o que significa que o elemento BA esté sendo tracionado, enquanto Fac esté ‘empurrando’ 0 Pino e,conseqtientemente, o elemento BC esté Sob compressiio. Esses efeitos siio tlaramente mostrados isolando-se 0 n6 com pequenos segmentos de elementos conectados ao pino, como na Figura 6.7c. A agéo de empurrar ou puxar esses pequenos segmentos indica o efeito de compressio ou tragZo neles proprios. ANALISE ESTRUTURAL 223 Eas meliga sto ilzadas para susen taro tehado do prédio de metal. Note como os elementos seen ems um ponto comum da placa de reforgo € como az tnavessae do tlhado traneniens a carga F ; - R 2 ee Ey tee ee Em todo caso, a andlise deve comecar no né que tem pelo menos uma forea conhecida € nao mais que duas desconhecidas, conforme a Figura 6.7b, Desse modo, a aplicagio de EF, = 0 e EF, = O gera duas equagdes algébricas que podem ser resolvidas para as duas forcas incégnitas. Quando aplicamos essas equagdes, o sentido correto de uma forga desconhecida pode ser deter- minado utilizando-se um destes dois procedimentos: * Admitir sempre que as forcas incégnitas dos elementos que atuam no nd do diagrama de corpo livre sejam de tragfo, isto &, que estejam ‘puxando’ 0 ino, Dessa forma, a solugéo numérica das equagdes de equilfbrio produ- Ziré escalares positivos para os elementos sob tracdo e escalares negatives para os elementos sob compressa. Quando uma forga incégnita do elemen- to é encontrada, utilize sua intensidade e seu sentido corretos (T ou C) nos diagramas de corpo livre dos nés subseqiientes. * O sentido correto da forga incégnita de um elemento pode, em muitos casos, ser determinado ‘por inspecao’. Por exemplo, Facna Figura 6.7b deve empur- rar 0 pino (compresséo) porque seu componente horizontal, Fc sen 45° l | 224 EstAtica dove balancear a forga de 500 N (2F, = 0). Da mesma forma, Fay € uma forga de tragio, uma vez que equilibra o componente vertical, Fac cos 45° (2A, = 0). Nos casos mais complexos, o sentido da forga ineégnita de um elemento pode ser escolhido arbitrariamente; entdo, apés a aplicagéio das ‘equagdes de equilibrio, o sentido adotado deve ser conferido por meio dos resultados numéricos obtidos. Um resultado positivo para a intensidade da forga indica que o sentido adotado € 0 correto, enquanto uma resposta ne- {gativa indica que o sentido mostrado no diagrama de corpo livre dever ser 0 oposio. Esse é o procedimento que usaremos nos exemplos mais & frente. PROCEDIMENTO PARA ANALISE Este procedimento apresenta uma estratégia tipica para a andlise de uma treliga utilizando método dos nds. + Desenhe o diagrama de corpo livre de um né com pelo menos uma forga conhecida de no méximo duas incdg- nitas. (Se 0 n6 esta em um dos apoios da treliga, entdo é necessério conhecer as reagdes externas nesse apoio.) ‘© Utilize um dos dois métodos descritos anteriormente para estabelecer 0 sentido de uma forga incégnita. = Oriente os eixos x e y de tal forma que as forgas no diagrama de corpos livres possam ser facilmente desmem- bradas em seus componentes x e y € entio aplique as duas equagées de equilfbrio de forgas 2F, = Oe SF, = 0. Resolva as equagoes de equilibrio para as duas forcas incégnitas do clemento e verifique se seus sentidos esto corretos. Continue a analisar cada um dos nés quando € necessério escolher um n6 que tenha no méximo duas forgas inc6gnitas e pelo menos uma conhecida, ‘+ Uma vez encontrada a forca em um elemento a partir da andlise de um n6é em uma de suas extremidades, 0 resultado pode ser usado para analisar as forgas atuantes.na outra extremidade. Lembre-se de que um ele- mento, quando sujeito a uma compressdo, empurra’ 0 n6 e um elemento sob tragdo ‘puxa’ 0 né. EXEMPLO 6.1 Determine a forga em cada elemento da treliga mostrada na Figura 6.80 ' a! SOON ¢ indique se os elementos esto sob tragdo ou compressao. | SOLUGAO 7 Analisando-se a Figura 6.8, verifica-se que ha duas forgas incégnitas nos elementos do n6 B, duas forgas incognitas nos elementos e uma forga de rea- Al i gdo no n6 C e duas forcas incégnitas nos elementos e duas forgas de reagéo desconhecidas no né A. Como nio deve haver mais que duas forgas inc6gni- tas e necesséria ao menos uma forca conhecida atuando em um n6, | —1m—| _comegaremos a andlise pelo n6 B. ce N6 B. O diagrama de corpo livre no pino em B é mostrado na Figura 6.8b. NON Aplicanddo as equagdes de equilibrio para esse n6, temos: 8 xe soon Re SEF, =0; SOON - Facsen4s°=0 Fac = 7071N(C) Resposta FAV Frc le. és wo FTBFP= 0, Faccos4s?~Fyq=0 Fae = SOON (T) Resposta Como a forga no elemento BC foi ealculada, podemos iniciar a andlise do 16 C para determinar a forsa no elemento CA e a reagao no apoio no balancim. a Fe"500N NGC, No diagrama de corpo livre do n6 C (Figura 6.8c), tem AER, Fog + 107 cos 45°N = 0 Fea = 500N (T) Resposta +12Fy C,.~ 707.1 sen 45°N = 0 C, = SOON Resposta cap.6 ANALISE EstruTURAL 225 Né A. Ainda que no seja necessério, podemos determinar as reagdes de #400 Mojo no a6 A utlzando os resultados de Fox = 500 Nc Fp, = 500. Plo sqof8 171 diagrama de corpo livre, na Figura 6.8d, temos: a 4 AEF.=0, SOON-A,=0 A, =500N : % +fSF,=0; SOON -A,=0 A, =500N ‘ 5008 5 sraay aR QVTIN (Os resultados da andlse esto resumidos na Figura 6.8e. Note que o diagra- soo Rio%, con ima de corpo livre para cada pino mostra os efeitos de todos os elementos s00N conectados e as forcas externas aplicadas sobre ele, enquanto o diagrama de : corpo livre de cada elemento mostra apenas os efeitos dos pinos no elemento. a Figura 68 EXEMPLO 6.2 Determine as forgas que atuam em todos os elementos da treliga mostra- da na Figura 6.94. SOLUCAO Analisando, verifica-se que hé mais de duas inedgnitas em cada n6. Conseqitentemente, as reagbes de apoio na trelica devem ser determinadas de inicio. Mostre que elas foram calculadas corretamente no diagrama de corpo livre na Figura 6.96. Podemos agora comegar a andlise no né C. Por qué? Né C, Com base no diagrama de corpo livre da Figura 6.9¢ BEF, = 0; —Fep cos 30° + Fe sen 45° = 0 +3F,=0; 1SKN + Fepsen30° — Fea cos 45° = 0 ee ah Essas duas equagdes devem ser resolvidas simultaneamente para cada uma ae . das duas inedgnitas. Veja, no entanto, que uma solu¢do direta para uma das for- 4 S Gs incégnitas deve ser obtida pela aplicagao de um somatério de forgas a0 S Tongo de um eixo perpendicular & diregao da outra incdgnita. Por exemplo, a **N 2m. 2 ot soma das forgas a0 longo do eixo y’, que é perpendicular a direcao de Fep | (Figura 6.94), fornece uma solugdo direta para Fe. Ask A Ise +23Fy = 0; 1,5.c0s 30°KN — FepseniS°=0 Fea =502kN (C) —Resposta De maneira similar, 0 somatério das forgas ao longo do eixo y’,na Figura 6.9e, fornece uma solugdo direta pata Fp! FARR, = 0; 15005 45°KN = Fopsen5*=0 Pep =410kN (T) — Resposta 226 Estarica N6 D. Podemos agora analisar 0 né D. O diagrama de corpo livre desse né € mostrado na Figura 6.9f. AF, = =F pq cos 30° + 4,10 cos 30°KN, Fpa=410KkN (T) Resposta +12F, Fg ~ 2(4,10sen 30°KN) = 0 Fog =410KN (T) Resposta ‘A forga no tltimo elemento, BA, pode ser obtida do né B ou do. A. Como exercicio, desenhe 0 diagrama de corpo livre para 0 6 B, some as forcas na diregao horizontal e mostre que Fas = 0.776 KN (C). EXEMPLO 6.3 Jcoon © Figura 6.10 Determine a forga em cada elemento da treliga mostrada na Figura 6.10a. Indique se os elementos esto sob traclo ou compressio. SOLUGAO Reacées de Apoio. Nenhum né pode ser analisado até que as reagdes de apoio sejam determinadas. Por qué? Uma diagrama de corpo livre de toda a treliga € fornecido na Figura 6.10b. Aplicando as equagdes de equilibrio, temos: +2F,=0; G6OON-C,=0° C,= 600N (43Mc = 0; —A,(6m) + 400N(3 m) + 600N(4m) = 0 A, = 600N y +128, 600N — 400N-C,=0 C= 200N A andlise pode agora se iniciar pelo né A ou C. A escolha é arbitréria, uma vez que hé uma forga conhecida e duas forgas desconhecidas que atuam nos pinos em cada um desses nds. N6 A (Figura 6.10c). Como foi mostrado no diagrama de corpo livre, hd trés forcas que atuam no pino no né A. A inclinagio de Fay é determinada a par- tir da geometria da treliga. Anatisando, vocé pode ver por que essa forca é eae fee Cap. 6 considerada compressiva, enquanto Fp € considerada de tragdo? Aplicando as equacdes de equilfbrio, temos: 4f2F,=0; GOON -FFap=0 Fag = 750N (©) Resposta ASF,=0; Fap-(750N)=0 Fan = 450N (T) Resposta N6 D (Figura 6.104). © pino nesse né ¢ 0 proximo a ser estudado, ja que, examinando-se a Figura 6.10a, verifica-se que a forga em AD € conhecida e as forgas incdgnitas em DB e DC podem ser determinadas. Somando as forcas na diregio horizontal (Figura 6.10d), temos: AXE, = 0; -450N +3 Fp + 600N=0 Fog = -250N sinal negativo indica que Foy atua no sentido oposto! 80 mostrado na Figura 6.10d. Conseqiientemente: Fon =250N — (T) Resposta Para determinarmos Fpc, podemos opcionalmente alterar 0 sentido de Fog € entio aplicar 3, = 0, ou aplicar essa equacio e manter o sinal negati- vo para Fp, isto é: Foc ~ $(-250N +125, 0 Foc =200N (C) —Resposta NO C Figura 6.10e), AER,=0; Fen -600N=0 Fep= 600N (C) Resposta +12Fy = 0; 200N -200N = 0 (prova) A anélise, resumida na Figura 6.10f, mostra o diagrama de corpo livre ja cortigido para cada pino e cada elemento. 400 {600N Compress as oN Figura 6.10 * O sentido correto poderia ter sido determinado por inspesto, antes mesmo de se ter aplicado @ equagio EF, = 0, ANALISE EsTRUTURAL 227 228 Estria o| . Y ; P @ F E 6 P © Figura 6.11 6.3 ELeMentos pe Forca Nua A andlise de treligas utilizando 0 método dos nés tomna-se bem mais simples se em primeiro lugar somos capazes de determinar 0s elementos que no esto sujeitos 2 nenhum carregamento. Esses elementos de forca nila sio usados para aumentar a estabilidade da treliga durante sua construgdo € tam- bbém para fornecer apoio caso 0 carregamento seja alterado. + VER, =0; Focsen8 =0; Foc =Cuma ver que send #0 HCTF, =0 Fret 00; Foe =O © Os elementos de forga nula de uma treliga geralmente podem ser deter- minados por inspecdo de cada um dos nés. Por exemplo, considere a treliga ‘mostrada na Figura 6.11a. Se um diagrama de corpo livre do pino no né.A é desenhado, como na Figura 6.115, podemos ver que 0s elementos. AB e AF sio elementos de forga nula, Por outro lado, note que nao terfamos chegado a essa conclusio se tivéssemos desenhado 0 diagrama de corpo livre dos nés F ou B, simplesmente porque ha cinco incégnitas em cada um desses nds. De forma semelhante, considere 0 diagrama de corpo livre do n6 D, na Figura 6.11c. Nesse caso, novamente, podemos ver que DC ¢ DE sio elementos de forga ula. Como regra geral, se somente dois elementos formam um né de trelica e nenhuma carga externa ou reagio de apoio & aplicada ao nd, entio eles devem ser elementos de forca nula. A carga na trelica, na Figura 6.11a, 6, portanto, apoiada por apenas cinco elementos, como mostrado na Figura 6.11d. Consideremos agora a trelica mostrada na Figura 6.12. O diagrama de corp livre do pino no n6 D é mostrado na Figura 6.12b. Direcionando 0 eixo 1y a0 longo dos elementos DC e DE € orientando o eixo x ao longo do elemen- to DA, podemos ver que esse é um elemento de forca mula. Note que esse € também caso do elemento CA, na Figura 6.12c. Em geral, se trés elementos formam wm nb de trelica para o qual dois deles sao colineares, o terceiro ele ‘mento é um elemento de forca nula, uma vez que nenhuma forca externa ou reagio de apoio é aplicada no né. A treliga mostrada na Figura 6.12d é, por- tanto, adequada para apoiar a carga P. Figura 6.12 Cap.6 ANALISE ESTRUTURAL 229 © © EXEMPLO 6.4 Utilizando o método dos nés, determine todos os elementos de forga nula da trelica Fink para telhados mostrada na Figura 6.13a. Considere que todos os. | ns estejam conectados por pinos. Fee SOLUCAO Procure os nés que apresentam trés elementos para os quais dois so coli- ae ‘eares.Temos: Ba cy Resposta we Observe que nfo poderfamos concluir que GC € um elemento de forga ae ‘Tula pela andlise do né C, em que ha cinco inedgnitas. O fato de GC ser um Zz ee slemento de forga nula significa que a carga de 5 KN em C deve ser sustenta- yee 4a pelos elementos CB, CH, CFe CD. é © NO D (Figura 6.13c). VER =0; For Resposta Figura 6.13 230 Estatica : 2h : Me AS Au a3 +TEF, N6 F (Figura 6.134). 0; Froeos = 0 Como 6 ¥ 90°, Frc = 0 Resposta Fro Fre ® ou y y Veja que, se 0 n6 B for analisado (Figura 6.13e): 2KN \ J 4NEF, = 0; 2KN— Faq =0 Fox =2kN (C) a Note que Frc deve satisfazer 2F, = 0 (Figura 6.139) e, conse- : im g giientemente, HC nao € um elemento de forga nula. Figura 633 PROBLEMAS 6.1. Determine a forca em cada elemento da treligae indi- que se esses elementos estdo sob tragao ou compressio, Considere que P, = 800 Ib ¢ P: = 400 Ib. 62. Determine a forga em cada elemento da treliga e indi- que se esses elementos estdo sob tragdo ou compressio, = 500 Ibe P = 100 Ib. Considere que P jemas 6.2 apes Problema 6.344 63. A treliga usada para sustentar uma sacada esta sujita ‘0 carregamento mostrado na figura. Considere cada né ‘como um pino e determine a forga em cada clemento. Indique se of elementos estio sob tragio ou compressio. Considere {que P; = 600 Ib e Py = 400 Ib. 64, A treliga usada para sustentar uma saceda esté suje ta ao carregamento mostrado na figura. Considere cada n6 ‘como um pino e determine a forga em cada elemento. Indique se 0 elementos esto sab traglo ou compressao. Considere que P; = 800 Ibe P; = Olb. 65. Determine a forca em cada elemento da treliga e indi- {que se esses elementos estio sob tragio ou compressio. ‘Considere cada n6 como um pino. Considere que P = 4 KN. 6, Suponha que cada elemento de uma trcliga é feito de ‘ago com massa por unidade de comprimento de 4 kg/m. Considerando que P = 0, determine a forga em cada ele. ‘mento e indique se esses elementos estio sob tragao ou com- press. Desconsidere 0 pero de cada placa de reforgo € Considere cada né como um pino, Resolva o problema admi- tindo que o peso de cada elemento pode ser representado ‘como uma forca vertical, metade da qual é aplicada na extre midade de eada um deles. er te | 1 Problems 6316 6.7, Determine a forga em cada elemento da trelica ¢ indi {que se estes elementos esto sob tracao ou compresso. on 10eN Cop6 ANALISE EsrruTURAL 231 6.12, Determine a forca em cada elemento da treligaeindi- que se esses elementos esto sob traglo ou compressio. Considere que Pi = 10 KN e Py = 15 KN, one 61%. Determine a forg em cata clemento d iliac ind eee claret eae a (ea Gonsidere que Py = Oe Py = 20 KN cs c 4 ee Problema 6.7 468, Determine a forga em cada elemento da treliga e indi que Se esses elementos estdo sob tracio ou compressio, Considere que P, = 2 kN e P; = 1,5 KN. 69. Determine a forga em cada elemento da treliga ¢ indi- que se esses clementos esto sob tragio ou compressio, Considere que P, = Pz = 4 KN. Problemas 6.8/9 610. Determine a forga em cada elemento da treligaeindi- fe se esses elementos estio sob tragio ou compressio. Considere que Py = 0 © Ps = 1.000 Ib 641 Determine a forga em cada elemento da treliga ¢indi- ue se esses elementos estio sob tragdo ou compressio, Considere que P; = $00Ib e P; = 1,500 Ib, oblemas 612/13 6.44, Determine a forga em cada elemento da treliga eindi- que se esses elementos esto sob tragio ou compressio. Considere que Py = 100 Ib, P; = 200 Ib e Ps = 300 Ib. 648, Determine a forga em cada elemento da treliga ¢ indi que se esses elementos esto sob tragko ou compressao. Considere que Py = 400 Ib, P; = 400 Ibe Ps = Ob, 2. c R 6.16. Determine a forca em cada elemento da treliga¢ indi que se esses elementos esto sob tragio ou compressio. Considere que P = 8 KN, 6.17. Se a forga maxima que qualquer elemento pode sus- tentar € 8 KN de tracdo e 6 KN de compressio, determine a forca méxima P que pode ser suportada no né D. a L\/\ 232. Estatica 648, Determine a forga em cada elemento da treligae indi- ‘que se osses elementos estZo sob trapio ou compressio. Dica: ‘ocomponente horizontal da forgaem A deve sernulo Por qué? con nm a Ada lb -F—3——f Problema 6.18 6.19. Determine a forga em cada elemento da treligae indi ue se esses elementos esto sob tracao ou compressa. Dica: 8 forga resultante no pino E atua ao longo do elemento ED. Por qué? 6:20. Cada elemento da trelica & uniforme e tem massa por unidade de comprimento de 8 kg/m. Remova as cargas exter- nas de 3 KN e 2 kN e determine a forga aproximada em cada elemento devido ao peso da trelica. Indique se esses elemen- 10s estao sob tragio ou compressao. Solucione o problema ‘admitindo que peso de cada elemento pode ser represen- tado como uma forga vertical, metade da qual € aplicada nas ‘extremidades de cada um dos elementos, Problemas 6.19/20 621. Determine a forga em cada elemento da treliga em termos do carregamento externo ¢ indique se esses elemen- {os estio tracionados ou comprimidos. 6.22, A maxima forga de tragdo permissivel em um elemen- to de trelica & (Fae = 2KN e a méxima forga de compressio petmissivel € (Fyne = 1,2 KN. Determine as intensidades, ‘maximas P das duas cargas que podem ser aplicadas & treli- ‘ga. Suponha que L = 2me @= 30° 623. Determine a forga em cada elemento da treliga¢ indi que se esses elementos esto sob traglo ou compressio. 624 Determine a forga cm cada clemento da tesoura dupla em termos da carga Pe indique se esses elementos esto sob tragio ou compressfo. an peat sees ei | Zh an | \| | La sm = F | =. it shy Problema 623 Problema 6.24 625. Determine a forga em cada elemento da treliga¢ indi- {que se esses elementos estio sob trapio ou compressio. Dica: © componente vertical da forga em C deve ser igual a zero. Por qué? 626. Cada elemento da treliga € uniforme e tem massa por tunidade de comprimento de 8 kg/m. Remova as cargas exter- nas de 6 KN e 8 kN e determine a forca aproximada em cada elemento devido ao peso da treliga. Indique se esses elemen- tos estio sob tragio ou compressio. Solucione 0 problema ‘admitindo que 0 peso de cada elemento pode ser represen- tado como uma forga vertical, metade da qual € aplicada & cextremidade de cada elemento, Cap6 ANALISE ESTRUTURAL 233 | 627. Determine a fora em cada elemento da ueliga em termos da carga P e indique se esses elementos esto sob tra- glo ou compressa, 628 Se a forga maxima que qualquer elemento pode sus- tentar 6 4 KN de tragdo e 3 kN de compressio, determine a forca maxima P que pode ser sustentada no ponto B. Con- sidere que d= 1m. 186.29. A treliga de dois elementos esté sujeita a uma forga de 300 Ib, Determine a faixa de @ para a aplicacdo da carga, de forma que a forsa em cada elemento nao exceda 400 Ib (1) ou. 200 tb (C). 4 6.4 O Méropo pas SECOES T © método das segdes & uiilizado para determinar as forgas atuantes den- yn tro de um corpo. Ele baseia-se no principio segundo o qual, se um corpo esté Reel ae "em equilfbrio, entéo qualquer parte dele também esté em equilibrio. Por exem- _ { | plo, considere os dois elementos da treliga mostrados na Figura 6.14. Para de tapto determinarmos as foreas internas aos elementos, qualquer segdo imagindtia, _ como a indicada pela linha preta horizontal que est dividindo a garra em duas t Partes, pode ser utilizada para cortar cada elemento em duas partes e, como conseqiiéncia, ‘expor’ cada forga interna, tornando-a externa no diagrama de corpo livre mostrado no lado direito da figura. Podemos ver claramente que a a condigao de equilfbrio requer que os elementos sob tragdo (T) estejam sujei- tos a um ‘puxdo’ e os elementos sob compressiio (C) estejam sujeitos a um ‘empurrao’. i) O método das segdes também pode ser utilizado para ‘cortar’ ou secionar | 0s elementos de uma treliga completa. Se secionamos a trelica em duas e dese- nhamos o diagrama de corpo livre de uma de suas partes, podemos entao aplicar ‘as equagdes de equilibrio para determinar as forcas nos elementos na ‘secio Forgas de corte’ da parte isolada. Como somente trés equagdes de equilibrio indepen inermas d& dentes (SF, = 0, ¥F, = 0,¥Mo = 0) podem ser aplicadas & parte isolada da ae ‘welica, devemos tentar selecionar uma seco que, em geral, passe por ndo mais do que irés elementos nos quais as forgas sio desconhecidas. Por exemplo, con- € sidere a treliga na Figura 6.15a. Para determinarmos a forga no elemento GC, Compressto a secao aa deve ser apropriada. Os diagramas de corpo livre das duas partes 7 Figura 6.14 pg ij 234 EsrArica ‘Duastrelias Prau 300 wilizadas pora fe construgto desta passarela. sto mostrados nas figuras 6.15b e 6.15c. Veja que a linha de agdo da forga em ‘eada elemento é especificada a partir da geomeiria da treliga, uma vez que a forca em um elemento passa ao longo de seu eixo. Note também que as for gas que atuam nos elementos em uma parte da treliga séo iguais e opostas Aquelas que atuam na outra parte — terceira lei de Newton. Como ja obser- vado anteriormente, os elementos considerados sob iragiio (BC € GC) esttio sujeitos a um ‘puxao’, enquanto 0 elemento sob compressao (GF) esté sujeito um ‘empurrio’. © Figura 6.15 ‘As trés forgas incdgnitas dos elementos Fyc, Fac ¢ For podem ser obti- das pela aplicagao das trés equagdes de equilibrio ao diagrama de corpo livre da Figura 6.156. Considerando, porém, o diagrama de corpo livre da Figura 6.15¢, as trés reagdes de apoio D,, D, e B, devem ser determinadas em primei- ro lugar. Por qué? (Isso, € claro, é feito da forma usual considerando-se um diagrama de corpo livre para toda a trelica.) ‘Ao se aplicarem as equagées de equilibrio, deve-se encontrar um modo de formulé-las para se produzir uma solucdo direta para cada uma das inc6g- nitas, em vez de se resolvé-las simultaneamente, Por exemplo, o somatdrio dos momentos em relagao a C na Figura 6.15b produziria uma solugSo direta para Fp, uma vez que Fac ¢ Fac criam um momento nulo em relagio a C. De maneira semelhante, Fac pode ser obtido diretamente pelo somatério dos ‘momentos em relacéo a G. Por tiltimo, Fac pode ser encontrado diretamente cde um somatorio de forgas na diregdo vertical, uma vez que For Fc nao tem componentes verticais, Essa capacidade de determinar diretamente a forga em uum elemento particular da treliga é uma das principais vantagens de utilizar © método das segoes ‘Como no método dos nés, ha duas formas pelas quais se pode determina: © sentido correto da forga incognita de um elemento: Por comparagio. se 0 método dos nés fosseutilzado para determina, por exemplo, x forga ne clemento GC, seria necessério analisar os nés A, B e G nessa ordem. Cap 6 ANALISE EsrruruRaL 235 ‘+ Admita sempre que as forgas incégnitas de um elemento na segio de corte cestejam sob sracio, isto é,‘puxando o elemento’. Ao se fazer isso, a solucao numérica das equacdes de equilibrio resultara em valores escalares posii- vos para os elementos sob tracdo e em valores excalares negativos para os elementos sob compressio. sentido correto da forga incégnita de um elemento pode, em muitos casos, ser determinado ‘por meio de inspecao’. Por exemplo, Fac é uma forca de tragio, como representada na Figura 6.15b, uma vez que 0 equilfbrio de momentos em relagao a G requer que Fac gere um momento oposto aque- le provocado pela forga de 1.000 N. Além disso, Fc é uma forga de tragao, uma vez. que seu componente vertical deve balancear a forga de 1.000 N que atua para baixo. Em casos mais complexos, o sentido de um elemento ine6gnito deve ser adotado. Nesse caso, se a solugao produz um valor esca- lar negativo, isso significa que o sentido da forca € oposto ao indicado no diagrama de corpo livre. Esse é 0 método que usaremos nos problemas dos exemplos a seguir. PROCEDIMENTO PARA ANALISE [As forgas nos elementos de uma trelica devem ser determinadas por métodos de segbes, utilizando o procedimen- toa seguir. Diagrama de Corpo Livre + Decida como ‘cortar’ ou secionar uma treliga através dos elementos em que as forgas devem ser determi- nadas. + Antes de isolar a segio adequada, é necessério determinar as reacbes externas da treliga. Feito isso, rés equa- (Ges de equilibrio esto disponiveis para resolver as forgas dos elementos na seco de corte. ‘* Desenhe o diagrama de corpo livre da parte da seco da treliga que tenha a menor quantidade de forcas atuan- tes sobre ela, * Utilize um dos dois métodos descritos para estabelecer o sentido de uma forga inedgnita de um elemento. Equagoes de Equilibrio * Os momentos devem ser somados em rela¢do a pontos que se localizam nas intersecgdes das linhas de ago de duas forgas desconhecidas, de forma que a terceira incOgnita seja determinada dirctamente da equagdo de momentos, © Se duas das foreas incbgnitas sao paralelas, as forgas perpendliculares & direcao das inc6gnitas podem ser soma- das para a determinagio direta da terceira forea inc6gnita. EXEMPLO 6.5 Determine a forga nos elementos GE, GC e BC da treliga mostrada na Figura 6.16a, Indique se os elementos esto sob tragio ou compressio. Figura 6.16 236 EsrATIcA SOLUCAO [A seco aa na Figura 6.16a foi escolhida porque corta os trés elementos ‘cujas forgas devem ser determinadas. Para que possamos utilizar 0 método das segdes, no entanto, devemos primeiramenie determinar as reagoes externas em A ou D. Por qué? Um diagrama de corpo livre da trelica como um todo € mos trado na Figura 6.16b. Aplicando as equagdes de equilibrio, temos: BIR =0; 400N-A,=0 A,=400N |#EM,4 = 0; -1200N(8m) - 400N(3m) + D,(12m) = 0 D, = 00. +f2F, = ; Ay — 1.200'N + 900N 0 A,=300N Diagrama de Corpo Livre. O diagrama de corpo livre da porgio esquerda da treliga secionada é mostrado na Figura 6.16c. Esse diagrama seré utilizado para a andlise das forgas porque envolve a menor quantidade de forcas. Equacdes de Equilibrio, © somatério dos momentos em relagio a0 ponto G elimina Fog e Fac permite uma solugao direta para Fac: (4+3Mg = 0, —300N(4m) ~ 400N(3m) + Fpc(3m) = 0 Fac = 800N (T) Resposta Da mesma forma, 0 somatério dos momentos em relagaio ao ponto C for- nece uma solugao direta para Foz! (42M —300 N(8 m) + Foe(3 m) 800N (C) Resposta Como Fac: Foe no apresentam componentes verticais, o somatério das forgas na diregao y fornece diretamente Foc, isto é: +TEF,=0 300N-3F oc =0 Foc = SOON (T) Resposta Como exercicio, obtenha esses resultados aplicando as equagbes de equi- Iibrio ao diagrama de corpo livre para a porgdo dircita da trelica secionada. EXEMPLO 6.60 ee Determine a forca no elemento CF da ponte da treliga mostrada na Figura 6.17a, Indique se o elemento estd sob tragZo ou compressio. Suponha que cada elemento esteja conectado por pinos SOLUCAO Diagrama de Corpo Livre. Seré utilizada a segZo aa na Figura 6.174, uma vez que ‘expde' a forga interna no elemento CF, tornando-a uma forga ‘externa’ no diagrama de corpo livre tanto na parte direita como na esquerda da treli- ga. E necessério, em primeiro lugar, determinar as reagbes exteraas em cada Cap6 ANALISE ESTRUTURAL 237 ‘uma das partes. Verifique os resultados mostrados no diagrama de corpo livre a Figura 6.176. hi fo fet pee Figura 6.17 © diagrama de corpo livre na parte direita da trelga, que é mais simples de analisar, é apresentado na Figura 6.17¢. Ha trés forgas desconhecidas, Frc, Fer Feo: Equacoes de Equilibrio. O método mais direto para solucionar esse pro- blema requer a aplicagdo da equago dos momentos em relagio ao ponto que climina duas das forcas inc6gnitas. Conseqtientemente, para obter Fer, deve- ‘mos eliminar Frc € Fcp efetuando 0 somatério dos momentos em relagao a0 ponto O (Figura 6.17c). Note que a localizacao do ponto O, a partir de F, € determinada pela proporcéo de triangulos, isto €, 4/(4 + x) = 6/(8 + x),x = 4m. Ou, colocando de outra maneira, podemos observar na Figura 6.17¢ que a inclinaggo da direcéo do elemento GF sofre uma queda de altura de 2m em cada deslocamento horizontal de 4 m. Como FD é 4 m (Figura 6.17c), para que o prolongamento do elemento GF intercepte a reta horizontal tra- Cejada, isto €, 0 ponto O, a distancia horizontal a ser percorrida seré de 8 m, que é a distincia de D até O. Uma maneira simples de determinar’o momento de Fer em relagdo a0 onto 0 € usar o principio da transmissibilidade, mover essa forga até o ponto Ce enti decomp0-la em dois componentes retangulares. Assim procedendo, temos: I+3Mo = —Fep sen 45°(12 m) + (3KN)(8m) ~ (4,75kN)(4m) \SB9KN (C) Resposta Fer = 238 Esranica XEMPLO 6.7 Determine a forga no elemento EB para a trelica do telhado mostrado na Figura 6.180. Indique se o elemento esta sob tragdo ou compressa. 1.000 Fepcos 30" Fey 30° @ » SOLUcAO Diagrama de Corpo Livre. Pelo método de segdes, qualquer secionamen- to vertical imagindrio em EB (Figura 6.18a) deve atingir também trés outros elementos para os quais as foreas so desconhecidas. Por exemplo, a linha de segao aa corta os elementos ED, EB, FB e AB. Se 03 componentes de reagio em A so calculados em primeiro lugar (A, = 0, Ay = 4.000 N) ¢ se conside- ramos um diagrama de corpo livre para o lado esquerdo desse secionamento (Figura 6.186), € possivel obter Fp pelo somatorio dos momentos em rela- so a B para eliminar as outras trés incégnitas; no entanto, Fs n&o pode ser determinada pelas duas equagdes de equilibrio restantes. Uma maneira de obter Rep é primeiro determinar Fp com base no secionamento aa € entéo usar esse resultado no corte bb (Figura 6.182), que € mostrado na Figura 6.18c. Nesse caso, o sistema de forcas é concorrente e o diagrama de corpo livre se- cionado é 0 mesmo para o pino em E (método dos nés). Equagées de Equilibrio, Para a determinagio do momento de Fep em rela- go ao ponto B, na Figura 6.18, decompomos a forca em componentes retangulares e, pelo principio da transmissibilidade, desloca-se essa forga até o ponto C, como mostrado. Os momentos de 1.000 N, Fan, Fre, Fee € Fep cos 30° sio todos nulos em relagdo @ B. Consequentemente: (4=Mp 1,000 N(4m) + 3,000 N(2.m) ~ 4.000 N(4m) > + Fep sen 30°(4) = 0 Fep = 3000N (C) Considerando agora 0 diagrama de corpo livre do corte bb, na Figura 6.18, temos: AER, F gp 008 30° — 3.000 cos 30° N Fer = 3.000N (C) +P EF, = 0;2(3.000sen 30° N) ~ L000 ~ Fen = Fea =2000N (T) Resposta Cop. ANALISE ESTRUTURAL 239 L PROBLEMAS 630, Determine as forcas nos elementos BC, HCe HG para ‘a weliga da ponte e indique se eles esto sob tragio ou com- pressfo. ea 12eN take Problema 6.30 {631._Determine as forgas nos elementos GF, CFe CD para 1 trelia da ponte e indique se eles estao sob trac3o ou com- pressio. 14k Problema 6.31 *632, Determine a forga nos elementos DE, DF e GF da ‘telica em balango e indique se eles esto sob tragio ou com- aga tee Problema 6.32 633. A treliga de telhado sustenta o carregamento vertical ‘mostrado na figura. Determine a forca nos elementos BC, CK e KJ e indique se eles estio sob tracio ou compressio, 12m.6x2m Problema 6.33 634, Determine a forga nos elementos CD, CJ, KJ DI da trelica, que ¢ utilizada como apoio do piso de uma ponte. Indique se esses elementos esto sob tragdo ou compressao. 635. Determine a forca nos elementos Ef JI da trelica, ‘que é utilizada como apoio do piso de uma ponte. Indique se ‘esses elementos esto sob trario ou compress 000% aon soo atch rn rm 4 G ope tone top spe Pp Problemas 6.34/35 *6.36. Determine as forcas nos elementos BG, CG e GF da treliga Warren. Indique se eles esto sob trago ou compressa. 637. Determine as foreas nos elementos CD, CF e FG da tre- liga Warren. Indique se eles esto sob trago ou compressio. on a Problemas 6.36137 6.38. Determine as forgas desenvolvidas nos elementos GB © GF da treliga da ponte e indique se eles esto sob tracdo ‘ou compressio. 240 Estarica ee ee =

Você também pode gostar