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SUMARIO CONHECIMENTOS GERAIS Nocdes cle Geogralia e Histéria do Distrito Federal...... [ HISTORIA ECEOGRAFIA DO DISTRITO FEDERAL, Jefferson Lani e Reginaldo Veras Reginald Veras & bacharel € licenciado pelo De- partamento de Geografia da Universidade de Brasilia, tem fespecializacdo em Gestéin Ambiental. Tem mais de quince lunos de experiéncia ent sala de aula, lecionando: Atuali- ddedes, Geografia e Historia e Geografia do Disiriw Pede~ ral nos principais cursos prepariiérios de Brasilia, Jefferson Urani & bacharele licenciado pelo Departa- mento de Geografia da Universidade de Brasilia, tem Mesirexdofespectalicasdo em Gest Amtbiental pela UnB. Tem ‘mais ce doze anos de experiencia em sala de al, lecionan- do: Atualidades, Geografia e Histéria e Geografia do Distri- to Federal nos prineipais cursos preparatérios de Brasitia, E-mail: uraniatualidades @brturbo.com.br HISTORICO-FATOSRELEVANTES QUEANTECEDERAM ACONSTRUCAODA CAPITAL Localizada no planatio central do Brasil a uma latitude de 1.100m acima do nivel do mar esté Brasfia, acapital federal |A posicioda capital, hoje incontestivel,jé foi motivo de muito debate entre 0s que defendiam sua manuteacio no lito ral eos quc queriam sua transferGncia para o interior. Tal deba te arrasiou-se por mais de dots séculos. A idéia de transierir a capital do litoral para o interior ‘surge pela primeira vez com a lnconfidéncia Mineirs (1789). Os inconfidestes nfo achavam cormtos a separagao do centro politico (e Rio de Janciro) ¢ o centro econdmico (as Minas Gerais). Aparecia também entre os inconfidentes a preoeupa ‘lode “afasiar a capital das agitagoes de wm porta maritima, das populacées embulantes ¢ das mineracdes de ouro, onde parvce que a terra evaporove tumulios". (Luis Viekra da Silva) ‘Sufocadia Inconfidéncia Mincira, a idéia da transferén. ia da capital ressurgeem 1813 com Hipdlito José da Costa, 0 Fandador do jomal Correio Braziliense, Segundo ele, a localiza- ‘oda capital no litoral era perigosa,ficava muito vulnerivel a ‘aque estrangeicos, slémde dificultar 2 comunicacao com as demais regides do vasto territério brasileiro. Com base nessa questao estratégica é que, em 1823, José Bonificie propoe « Tudanga da capital para Gotas como nome oo Brasilia CONHECIMENTOS GERAIS Foi pela questio estratézica que os republicanos re taram e oficializaram na Constinuigio de 1891 a transferéncia dda capital para o interior ‘Pica pertencendo & Unido, no Planalto Central da Re piiblica, wna zona de 14.400Kn", que seré oportunamente demarcada para neta estabelecer-se a firura capital federal” ‘Art, 3.da Constituigio de 1891 Para cumprir oque determina a Constituigio.o presiden te Floriano Peixoto cria a Comissio Exploradora do Planalto (Central, chefiada pelo cientista Luiz Cruls com 22 membros. A, Missao Cruls, como ficou coniecida, estudou e demarcou a ‘rea de ins.alagao da capital. Vale ressaltar que 0 quadilatero de Cruls com {4.400Knr tinha uma drea bem superior a atial ‘rea do Distrito Federal que 6de 5.814K mr. 1 Areado DE, 2- Sreado quadtilitero Cruts Apesar de Iangada a Pedma Fundamental om Phanaltina ‘em 1922, podle-se dizer que desde 4 Miss0 Cruls a idéia de transferie @ capital caiu no esquecimento, s6 sendo resgatada em 1946 com a chamada Missio Poli Coelho. Novamente vi- nha a toaa a questo estratégica da seguranca nacional. devi- do 40s acontecimentos da 2 Guerra Mundial. A missao Poli Coelho pauce acrescemou aos estudos de Luis Cruls, mas amplioua rea para 77-250Kn Em 1954 a empress americana "Donald Belcher and Associates" 6 eontratads para farer fitos aéreas e levantar 0 melhor lugar para instalagiods capital. (0 ReiatGrio Belcher selecionou cinco areas -Sitios di- vvididos em cores: vermelho, amarelo, azul, verde ¢ casta- tho. Sendo esse iitimo o escoihido devido as condicoes, naturais © a0 fato de ji tor ligagdo redovisia com Formosa da Cristalina, acrescenta-se também o fator nilo téenic beleza natural da regiao que se via do marco do cruzeito © ue tanto impressionou 1K. FATORESQUELEVARAMATRANSFERENCIADACAPITAL ‘Seguranga Nacional- acreditava-se que com acepital no Titoral, ela estaria mais vulnerdvel a alaques estrangeiros. Ess ‘acgumento militar-esiratégico teve como percussor Hip6lito José da Costa ¢ influenciou os peimeiros republicancss como ‘TUrani /Rewinaldo Veras ‘SSTEADEERSHO a tambemos mititares apts & 2 Guerra Mundial ‘CONHECIMENTOS GERAIS 3 ‘Acreditava-se que com a capital no imtesior a ameaga da invasao sena pouco significativa Interiorizacio do povoamento edo desenvolvimento e integragio nacional -devide a fatores econdmicos ¢hist6ri- cos & populagao brasileira concentrou-se na faixa Titoranea, ficando « interior do pais povco povozdlo ¢ economicamente cesquscido, Assim, a transferéncia da capital para o interior forcaria 0 deslocamento de um contingente populacional e a abertura de rodovias ligando a capital as diversas regioes do aria uma maior integragio econémica lo do Brasil Nove - no govemo Lk. (1956-60), 0 Brasil passa por ripidas transformagées. O plano de Mets ahee 2 economia 20 capital estrangeiro e a entrada em larga escala de empresas multinaeionais faz com que © pais pasie pela "modemnizaca0", ou sea ceixava de ser rural foise tor- nando predominantemente urbasio-industrial ‘A construgio da nova capital (com base na concepgio arquitetOnica e urbanisiica moderna) deveria funcionar ome ‘exemplo a serseguido pelas demais cidades brasileira, Brasilia foi "planejada" para rio ter engartafamentos, pobres, nem mendigos. Seria acapital da equidade social, com oa qualidade de vil Parte do planejamento nfo vingou €, hoje, 0 Distrito Federal nao foe i regra das demais cidades brasileiras, ou seja, este espago geogratico apresenta os mesmos proble- mas dos grandes centros urbanos como periferizacdo, falta de infra-esirulura, desemprego, violGneia © degradagio do meio ambiente Afastar osgovernantes (a capital) da concentracio de atividades e das presses populares -o Rio de Janeiro, como centro iradictonal do pafs.abrigavst uma extremaconcentragio de-atividades (portos, indistrias, comércio, atividade inteloc- tual, etc.) e forte pressio demogri fo ficavit sujeto as presses populares, que se manifestavam sob a forma de passcaias © "quebra-quebras ‘Atransferéneia da capital para o"meiodo nada" {dodo plasalto ental, tinha a fungle de isolar os govemantes ‘que atenciam acs interesses de elite dominante em detrimento dos anseios populares. sa; Sendo assim, 0 gover~ OPERIODODA CONSTRUGAO ‘Tendo capital nome c local definido, em 1956 é cris: NOVACAP (compantia Urbunizadora da Nova Capital) que Ficava encarregada da construcgio ¢ administragio da obra. Restav sinda definir comoseria anova capital. Paratanto foi realizadoum concurso pablico ende participaram arquitetos © urbanistas de varios paises, cujo vencedor foi Licio Costa. Posteriormente. foi escolhido » projeto arquitetdnico de Oscar Niemeyer Penjete Urhanistice - Lio Ces Preto Ar tetonlee ~ Oscar Niemeyer Liicio Costa definiu 0 tragado de Brastlia como o Sinal- Us-Cruz, ou seja, “dois eines" que se cruzavam formande um {Angulo reto, Na pritica, em virtude do relevo e do represamento para, se criar 0 lago Paranoé, um dos cixos foi arqucede, deixando de ter forma de cruz para seter a forma de um grande aviao. pinjeto do urbanista Liieio Costa foi 0 vencedor. Sew wagado era simples, inspiradono Sinal-la-Cruz. Um dos cinos foi arqueado, por causa do tipo relevo da regito. Endo, o formato de Cruz passou ater scmelhanga com lum gigantesco avis, ficando assim. |-Eixo Monumental: tronco do aviaio 2-Eixe rodovidtio: asas do aviio Oliveira, Maria Teresinha, Distrito Federal: Estudos Socits: Live) do Aluno, SP, PTD. 1993 Pncon Peover CANDANGOS Estando tudo pronto - local, nome ¢ projeto -fatava sa- ber queinconstruitiaa capital, uma vez que no planalto central hhavia uma quantidade inexpressiva de pessoas. or uma série de fatores, uma massaenorme de irabalha- dores de origem rurale semi-rural e quase que totalmente anal- fabeta migrou para comesar a construgao, Esses operarios da construczo civil nos primeiros anos de Brasilia receberam 0 rome de Candangos. (s candangos vieram de todas as regides do pais, mas predominantemente eram nordestinos, mineires € goiaos. que se deslocaram para trabalhar na construgio por virios fatores: + Foram expulsos do meio rural pela estrutura funda concentradora; + Estavam desempregados em virtude da mecanizagéo do campo; 2 comeomenres cenas {uSTeAADEENSINO 1 Urani Reginalda Veras Eo pn ol pail ese ere + Falta de estabitidade no emprego ~ muitos ja eram bias-fnas ¢ procuravam trabalho permanente, algo fio faltava na nova capital as condigdes de vida no meio nara: Araidos pela propaganda oficial de que a construcio {de Brasiisrepresentava um novo Eldorado = isto era feito porridios, vistas, jommaisepeles “empreiteiros (pessoas eoniratadas pelas construtoras para esplhar Drincipalmente no nordeste, que a vida em Brasilia era facil, com trabalho fartw © muito dinkeir. "A cidade ‘ods jaa ite mel. Como no sono de Dom Bosco ime Paraiba icra de Braslio wm venlalviro edt de tude era fel @ vonitde”, Lai Rodrigues. te Cosria Bracitense, 2104/02. Contrariamente ao que pregava a propaganda oficial, a vida nos primeiros anos da construsio era extremamente dr. dua, como diziam os operdrios "comia-se, cm Brasilia, 0 pio ‘que 0 diaho amassou, iste €, claro quando o pio sobrava" Muitas eram as queixas dos operdrios. mass mais freqiientes a) Longas Jornadas de trabatho - no inicio da constr G40, a caréneia de mio-de-obra era total, de modo que todos fos migrantes que chegavam eam imediatamente postos em Un trabalho qualquer naconstrugéo civil, ainda quendo tives sem qualificagao para al atuagio. (0 ritmo veloz da construciio ¢ os eurtos prazos para se rem obras faziam com que as corstrutoras explora ei ais € mais os operirios. ‘En me lembrodjuesario eva peguenty. gente srabaliae va direto 1H, 19, 16 horas por dia. O negocio ficava roxo na virade: pevases mo servica a 6 da manhé, irebalhava 0 dia todo, eriravu pela noite evinka parar no outro d,s 6 horas" (Operdtios da Construsio de Brasilia, in Atlas Hist6rico Geogrifica do DF). Trabaihave-se die-e-noit. Em mos de segunda do- mingo (nem feriados e dias santos eram respeitados), tem 0 que o urganograna govemamental nao teria sido cunpride Gnem-o presidente Juscelino Kubitschek weria conseguide ‘atingir seus objetivos politicos” (Teixeira, 1995) 'b) Falta de seguranca noslocais de trabalho cm vttude do isolamento da capital. da impossibilidade des exigie 0 ‘cumnprimento da legislago trabalhista, do imo aceleradio da tbrae do cansago dos operarios que exam submetidosa joma- excravas de trabalho e sem qualquer tipo de protecio: apacotes, bolas loves, ete. enim freqientes os acidentes de wabatho. "Apesar de nao haver dados ofielaise de muitas vezes a verlade ser escondida, se compararmos a tal reali da.cons- ‘rugao civil, ems ues maior pate das normas de segurana so respeitadas e, mesmoassim, ainda persiste um clevado nume- ro de acidentes, pode-se estima, entio, que durante a cons ‘gio de Brasilia os nimeros eram bem superiors, «) péssima qualidade da alimentacao - no bastassem 9 ceansago e a inseguranga no trabalho, ra hora da comida os ccardingos tinham que deparar corn nova forma de destespei gs esperas ent filas guilometticas para receber powca comida, que rotineiramente vinba esirazada ou com beratas, pedras, paus ¢ outros complementos Poslemos citarainda relamagses referontesafaltade lazer, de mulher (hoje a relagao invertene o Distrito Federal posgui ‘uma relagio de 100 mulheres para cada 91 homens), as péss- tras condigges nos alojementos, a haixa remuaneracioe até 80 fato de serem enganades na hora do pagamento, "AGAODAGUARDA ESPECIAL DE BRASILIA -GEB Com 0 quadro de peniiria dos candangos nos primeiros ‘anos da construgio descritos anteriormente, conclui-se que a insatisfagio era total o que devia se refletir em drascas recla- mages, quebras-quebras e alé mesmo greves. No entunto, qualquer tentetiva esponidnea de reivin dicar diretos era barrada em sew nascedouro petes grapos de seguranca dos acampamentos ou da GEB, por meio da repressiio intimidatbria ou violenta’ (Teixeira, 1996) ‘A GEB foi um organismo de seguranga crizdo no periodo {da construed, inicial mente comanidado por um general refor: ‘ado e alguns oficiais militares. Tinha em seu quaro "toda ‘especie de gente". A fungao da GEB era, de fato, impedir pro- testos, greves e reivindicagdes. pois era importante manter order para garantir 0 ritmo acelerado da obra e 0 lucro das Construtoras. Para tanto, a disciplina era mantida a Ferro e 2 fogo, com atos caracterizades pela violencia contra os traba~ Ihadores, abuso de autoridade, extorsdes, subomos, espanca- Imentos, Seqiestros, assissinatos © massacres. ORGANIZACAOPOLITICO-ADMINISTRATIVADODF “O Distrito Federal, vedacda sua divisao em manteipios regerse-d por leiorgdnica”. Art, 32-da Consituicao de 1988, ‘Coma divisdo em municipios proibida pela Constituic Federal, 0 Distrito Federal organizs-se em Regides Adminis ttativas, que nao tem autonomia politieac econdmica, ou sea, (05 administradores nao sao eleites pelo pova esim indicados pelo govemador e ndo possuem arrecadagao propria. Vale ressaltar quea LODF (Lei Orednica do Distrito Fe- eral) no art 10 1°§ nio chega a proibir aparticipagao popular Art 10. 0 Disirito Federal orgenica-se em regives ad- ‘minisirativas com vistas & descentralizagao admninistraniva @ ilizacao racional de recursos para o desenvolvimento sociveconsmico ¢ ix melhoria da qualidade de vide. {[°A lei dispord sobre «tparticipagio populer no pro cesso de escolhe do autministredor Regional. A renuneragito do Administrador regional nao podesd ser superior ¢ fixada para os Secretirios de Governo do DF. ‘Art IL. As Administracies Regionals inteyram a estru tura administrative do DF. Cada Regio Adminisirativa do DF teré um conselho de representantes, comunitarios, com {funcoes consuitivas ¢ fiscaltzadoras na forma da tei. "Art. 13. A criecdo ou extincao de Regides Administrati- sas ocorrerd mediante lei aprovada pela maioria absolata dos deputados Distritais. Opservacdio: Brastlia & a Copal Federal (Constitui- do Federal de 1988). Nao ¢ 0 Disirito Federal a Capital Federal, ¢ sim. Brasilia. Q Distrito Federal é um quadntate- ro (chamado de Onadvilétero Cruls) de seguranca que en volvea capital, (Dezen Junior, 2001). Portanto, Brasilia (RA-1) a capital do Brasil, mis n90 a do Distrito Federal, pois este é uma unidade. Sendo assim, Brasilia €a sede do Govemo do DE, mas no suacapital. ACONQUISTA DAAUTONOMIA POLITICA DODISTRITO FEDERAL, De sua inauguragdo até 1967, 0 DF era administrado por um prefeito. O Engenheiro Israel Pinheiro - presidente da NOVACAP- foi o primeiro prefeito do DF. Em 1969, por meio da Emenda Constitucional n° 1, 0 cargo de prefeito foi transformado parao de governador, sen do Helio Prates da Silveira o primeiro governador do Dt Trani Reginald Veras pie erode toa parca ema SSTHMADEEXSNO, cowecwaroscenas 5 Do periodo de 1969 a 1989, 0 governador era indicado pelo Presidente da Repiiblica, a que deixou de acontecer em 1990, com ako do govemador edos 4 deputados dstitas A autonomia politica foi concedida pela Constituigio de 1988. A conguista da astonomia se dea paulatinamente. Em 1985 uma emends constticional dererminou que o DF teria repreventagio no Congresso Nacional. Considerava inadmis- sivelque urna popalagao superior aI milo de habitentes ado civesse representagao para defender seus interesses. Em 1986 frameleitos pelo voto popular direto& deputa- dos federais ¢ 3 senadores que trabalharam na constitute que daria a defiitiva autonomia ao DF Art32(.-) 1° Ao distrito Federal sito atribuidas as competincias legislativas reservadas ans Estedos e Munieipios. § 28 A eleigido do governador ¢ do Vice-Governadon observard us regras do art.77 ¢ dos Deputados Distritals coincidiré com a dos Governudores e Deputedos Estaduais, para mandate de igual duraga. Art.27. Onimero de Depuiades da Assombléia Legislativa corresponderé ao triplo da representogéo do estado na Caona- ra dos Deputados... (Consiituigio Federal de 1988) Em sums, no DF so usadas as mesmas regras aplicades as demas unidades da federagio, Portante, Governadr, Vice Governador, 24 Deputados Distrtais e 8 Deputados Federass io eleitos para mandatos de quatro anos, jd os trés senadores para mandatos de oito anos. (OS PODERES DODISTRITO FEDERAL Peder Bxccative -Gexereide pelo Govemador como aux liodo Viee-Govemador. dos Sceretirios de estado, da Procere- doria Geral do DE, des Administradores Regionals ¢ das esta- tais do DE, como.a CAESB (Companhia de Agua e Esgoto de Brasilia), a CEB (Companhia energética de Brasilia), a CODEPLAN (Companhia de Desenvelvimorto do Planalto Central) e outros Poder Legislatvo -é exerci pelos 24 depatados dist ‘que compiem Camara Legislativa ODF, como rea de responsabilidad de Unido, no tem ‘Poder Judicrio autOnomo. Aqui ele ¢exercido pelo TIDFT (Titbunal de Justica do DF e TerrtSrios), que & organizado ¢ mmantde pala Unio, (CRESCIMENTO URBANO Quando Brasilia foi idealizada (planejeds), esperavs «que ela aleuncasse a cifta de $00 mil habitantes somente no ano 2000, pois, tendo uma furngao estritamente polftico-admi- nisiativa, seria uma cidade quase que exclusiva de funcions- Fios paiblicos. cc lle cadndfavein fen maniige cengarrafamentos, comegou a enfrentar os primeitos proble mas antes mesmo de sua inauguracao, pois 0s idealizadores da cidade acreditavam que os candangos retomariam 20s seus estados de origem i medida que acopital fosse constitufda, no tentanio isto no acontece, ‘A maior parte dos candangos morava na Cidade Livre (tual Nicleo Bandeirante) érea localizada dentro dovespaco do Plano Piloto, mas que nao fora prevista por Liicio Costa, Esse acampamento provisGrio dos trabalhadores (oi sendo cconstituido 20s poucos ¢ acabou por fixar milhares de mora dias ¢ atividades econdmicas para atender aos moradores locas G —_contecmentos Gerais SISTEMADEENSTIO ‘A verdade é que idealizaram Brasilia como uma ilha de prosperidade dentro de um pais com profundas desigualda des sociaise regionals. Acreditar que depois de inimeras difi- culdades, nos primeiros anos da construgio, os candangos deivariam acidade-era no minimo ingenuidae. ‘A fixagio de parte dos operitios no espago do Plano Pilota deixava claro que 0 Plano de Leia Costa (04 vago no ue sc referia A expansio imobilidria ¢ a criacio de hairros operirios. O proprio Liicio Costa disse a medids que as inva- ses se multiplicavam: “deve-se impedir a enquistacao de favelas tanto no periferia urbana quanto na rural” Cabe 2 ‘companhia Urbanizadora prover dentro do esquema propos toacomodagtes decentes ¢ econdmicas para a voralidade da populagao, CIDADES-SATELITES ‘As cidades-satelites nao surgiram como fruto de um pla- no detalhado, conforme o que regia a construc de Brasilia, mas pela urgéncia imposta elas invasdes. As cidades-satlites, que nfo foram plangjadas rom pre- vistas n0 projeto de Liicio Costa surgiram concomitamenie com a construyao da capital A fixacio da Cidade Livre (Nicleo Bandsirante} ro Foi suficiente para absorver a grande massa de operirios, haven ddo a necessidade de novos ndcleos habitacionas. Os nicieos urbanos de Planatinae Brazlaadla ja exstiam « foram incorporados ao DF. Em 1958 surgo Teguatinge, construids ae preseas pam abrigar maisde 30 mil pessoas opetiriose sus familias, que viviam espalhadios em pequenas favetas. Enfim, quando Brasilia fi inaugurada,em 1960.0 DF it

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