Você está na página 1de 15
SOCIOLOGIA DA VIDA COTIDIANA O artesanato intelectual na Sociologia Inicialmente, pensei em fazer aqui uma exposigio comparativa sobre “O arte- sanato intelectual na Sociologia de Florestan Femandes ¢ na de Gilberto Freysc”, Depois, pensando melhor, entendi que seria mais adequado ampliar a reflexio para além do que o tema poderia dizer com base na obra desses dois autores, de ‘modo que puclesse expor também, de maneitasistemitica, minhas reflexes € ex perigncias de muitos anos sobre o tema de que tratou C, Wright Mills. Inspirido num belo ¢ sugestivo ensaio de Henri Lefebvre, fui mesmo tentado a dar a0 trabalho o subtitulo de “Ferramentas da oficina de Licifer’, diabdlica ideia {que prudentemente abandonci.! E que os artesios, em idos tempos, mesmo aqui no Brasil, de virios modos cram tidos como parceiros de Satanis, como os alquimistas. Arcesios cram soctalmente estigmatizados e no entravam no rol dos homens bons, os do- tados da qualidade de nascimento para as fungdes piiblicas e do mando, Ha- viam sido degradados socialmente pelo exercicio do trabalho manual quase sempre hereditirio, o trabalho que transforma a natureza em coisas wteis, O artesio cra e € quem dé forma ao informe fungio a0 que forma adquiti Estavam, por iso, estamentalmente impedidos de ocupar fungoes nas cimaras ‘municipais, que era 0 poder local, por suspeigio de que a competéncia de seu artesanato podia set oculto beneficio de pacto com o tinhoso. Ainda hoje, em ‘muitos lugares do Brasil criangas muito ativas ¢ desobedientes sio definidas ‘ordem, 0 que viola regras. Arti era quem fia art, que ral, quem invadia oSmbito do divino, que era od: da metamorfse de u coisa em outta, Nao & casa que 05 antigos tendo, mandando em ver de abedecer. Monte de Reinages de Narizinbo. considerados artistas, porque artesios, porque ainda nh ivolvido no eabalho ena produgio and no an rado pelo capital. 0 via no trabalho no sé produtvo, mas também cia, Os artesos pasaram de objeto de medo-a objeto de respeit, Como tis recenseados, na categoria de arias oper na desqualificasio do artista oryinado das resultarim ns apropriagio do saber da pro mento, ransferido da pessoa que [No 6 o capital se apropriand d eles, do saber da produ. Aquis no caso de nossa profissio, © tema ainda € o de uma variante da tradigio mats geral do aresanat, a da pesquisa socoldgia, da aeividade inte- lecrtl que investiga edeswenda que era o dado, que fz da inform uum dado sociolégico e que teansforma o dado em interpretrio do dado. A Saviologt como um ps é 1m fer pensando.A ios de prodisio, mas amiéen, tives fa ene won labows, referido 3 ransformagio social eno apenas & ra linguagem da provincia, distingio entre © quiltativo co rempo quamitaiv da avid tho alienado, Ou, como entende Lefebvre, o transformador e 0 reproduivo, 2 ptisis inovadors ea pris xproducivas do autor que acabou. consagrado por seu escrito e por suas sugstoes sobre o tema, C. Wright Mills Quiros autores, braseios, ressado por essa peculiar © no con: candidatos a rabalho do princpianes como meio de exerciein de observacies sociales pid eo tana, fora do contexo de projetos de peaquisa mais densos edemorados. Per Casualoente, ainda do tempo dos cialogicamente mesmo as areca pedi comprecnso dese se ulapasar 0 entendimento de senso comum que me act "Na visita, notei que em algum momento da histria de cemitso fora de radu fora dealacado para o extemo opesto de onde i pot wai psn ois no serio da Baia, no Mato Groso ~revearam-me que coreno scznpre rca deposi de informagtes sobre costumes eres Fnerosram 24 Wasocouoca na nna omnis ‘Com os recursos atesinsis de ue di depois, com uma etnogafia impress cago socal de uma comunidade do Vile do Pariba ae longo de um ulo. Mudangassocas ocrtidas ene o esplendor do ea’, no tempo do ro de Jcaei eda Baroness de Sanna no que se tomara a pesifeia do io longe da beira Lodo de onde no passa feavam os ectaves € oF infimos, Aqule cs ‘era um documento de histras de sseensn deca comego de outa amenco de Lanai eam Uina dela, podeross, 2 Sociologia de um pais coma o Brasil ampliava as possi no pesquisudor da busca de recursos Finances, tn Gpoca escasns, para eliza deinvestigages sobre grande nero de te owen depos, uopia do pesquisdor de “pes tenho sido e muitos de voots também, bm da im das que etéo no posts da vida socal qu Roger Bastide escreveu 2 do nego as. 8 port bartocae sua Fungo s nos lgou precosos resultados do aresama em Madan socias we Bra!” e em Fodor « muda social na cidade de Sie Paulo! O prépio Octavio anni reuniu viiose referencias pequenos dos por procedimentos aesanis, em Jndwtralizgoe de- ‘envavimenta seal no Brasil Fernando Henrique Cardoso, fiado 4 mesma ‘verses NIEECTIN NASORELAGA 25 ‘anos empregatam esse recurso para fuer pexguitas sobre 0 sonho,o decor, fo desemprego 2 mentia, um tema em cada ano, com base em p pesquiia que excreri com ese investigagio, Em rlago aos d assnaram testor que fr do enrsizamento de sia sxologi-ancopologi, Freyre vo iia pesquisa nessa perspectiva ial de sa obra consagrada quando publicou Asombrare de Rec Velo, ‘qe, de outro modo nu beara foema impress e somo ia. Ainda que, como nese cso, p to de socalo- amadureido woricamentedimensionado. Um procedimen- ‘o que pode se situado como momento de selegioe laboragio dee do que Floresta Fernandes dfiniu como o das instncasempiricas relevant para explicagiosoiokigica. “Tanto em Gaargrande sensale quanto em Sobnador mocanbes€ claro © Ae recilagem socoligiea dos dados da meméria que, de oucro modo, se penderam ou que, até mesmo, nunca seria aleanados pela pews conven- onal e quaniativa. 0 socilog, retrospectvamente, até como restemunha de suas pias aes precise deposi da informagio his, Jnrelecual que prope. Adel ese recs, com prone, em A apa do nia na fri, com base em fos Qu a fabrics em que tabilhava nos anos qs, no entanto, documenta 0 quan de azaico hi no dmago mesmo das rages coca de wma india tecologicamenteulramoderns, o quanta as fos menas relevant da rocna ces de trabalho e as mudancas viele corridas er Fungo de substanciais ‘tanformagées tics decorentes dos novos equipanentos de uma fibrin nova que passat a fancionarpaallamente &ibica antiga de io. Com eses dados, fai 3 procura de ‘engenkiros, meses c até do padre chamados bemeras now sees pare ‘que ineresiva minha curiosidade ingdaua de sh subibio, Bx conhecia emt deals todas as sees © equipamentos da nova fibica, era 0 esponsivel por trcar todos os dis, nos religiosautomstcas, 0s discos de papel milimeua para registro das alisimas tempera dlferentes bocas de fogo do exten © moder tsanal 6 também, Ondo ¢ Pages, do mesmo Gilberto Fey, que de algum modo, em oposta perspectiva de dase, mbna o recurso uliaado por Ka Marx na sua Enguete Oni, de vrios mods tam proposta abrangente do que ado wniveso re laeamentecreunserito de sus doi vos anteriores, Fo um cura em ge ‘© autor se apofou para dar conta de um universe ter ete mas amplo com of meio que Ihe era fires, odo aresnato inde, "No grupo de Hloretan Fernandes, na sr er ascamente asim quese aia pesqus ogee apren ide, de quem for shun ease public com o tale de“As toc primeira dor de aber com soclogo, Comentaa ma sala de aula profssor la de Azevedo, memo do fimoso grupo da dead ha ser um qualificativo, Florestan valew-se dicetamente de informaghes desenvolvendo téenicas de ape de coleca de datos pecliares e apropriadas, 0 qu wencionais, pesquisa ede abordagem ‘aria, na marcenaria ou na ferramentatia, das fibricas em que trabahel. Esse um requi do conhecimento, na ge nidade tecnolégiea ea tradicio do mundo do artes ida no fora privada de nodemnoss, auch a que a critica de Mills lade desqualifica ¢ usurp 0 saber intuitive, espontineo I que educou muitos dos nossos socidlogos ainda atvos. Al desde Durkheim, em As regis do métade silico, «So comum ¢ com ele colide, descartando uma fonte de saber docu! eas, que mio apenas da magi que, a cair dianee em que revia apontamencos © a hipétesecienifica, adotoa com seu verdor de monumenta vegetal a frente do c, em Carbridge 12 mente artesanal de Isaac Newton, 0s caminhos de sua descobe lo com interesseobjctos ¢ s© por cle € por suas habilidades de carpintero, que se revelariam titeis as ia, Acabou levando-o consiga a0 assumie uma citedra na igisa John Hopkins University. Quando se apresentou o problema de contra um meio de cura da etalogi de Flor, chamada daenca do bebe ‘zu, foi Thomas quem 1 cinirgicos que viabilizaram a primeira cirurpia as subsequentes, No laboraeério, nos expecimencos com 4 com a anatomia do trax e do coragio, Foi le vis de Blhiock nessa primeira opera feta diante de uma orizados pofessores, médicos e estudantes, pois ee ea negro e «muitos o consideravam apenas um faxineivo. Anes de marr, concedesse a Vivien rio vé, nio sabe © ndo compreende; ou vida para que o observemes e, por meio dele, clecual na Sociologia, I pelas pessoas com as as da sabedoia propria tempo, mais demora na inceraggo {uais conversamos para obter os dados neces das Favores, causas, contradigées, anomalias na etratura ¢ no Funcionamento da 1s grupos cis, So as pes ssxdada conseguem ver objtiva er. Sto 08 autores do conhecimento primario que pr material da Sociologia de conbecimento de sen- so comum que toda Sociologia deve também se.” Todos a sociedade local .€ openia de sua fibrica** Na época em que Engels scava sobre A sizuae da clase openiria na Inglaterra, cla, com, 30 UWA SOCOLOGI A VBA cOFDINA «quem morava, cdtica em relagio a suas interprecagbes sobre a classe erabalha- dora, levou-o 408 corticos de Manchester para mostrarthe a classe operitia de ‘came e oss. Freyer lembra, ais, rls, que “materalismo sigoifica 2 Fogel uma visio da a que de outro modo nunca aleancaria. Gri-fna, ele nanca teria sozinho, sem safer vie miseravelmente muitos de a burguesia procurava i Prarcava a caga&rapos, de Mary, foram as informancesprivilegiadas de Engel, informages aque ele repassava a Mars. Mesmo assim, Marx ceve uma atitude de desaprego por Mary, quando ela faleceu. Reagiu com indiferensa quando secebeu carts em que Engels Ihe comunieavao fale dds compankeira, Jevou a0 rompimento dos dois. dle Mary e Lizzy livrou Marx da em 1992, reconheceu que a classe ia de Marx & uma classe operi » Divers da do io covidiano, aquele que, alérn <2 Sociologia do que para a Filosofia Froquentemente, mais do que informantes, as pessoas 3s quaisrecorremos para conhecersociologicamente a saciedade que extudamos so nossa colabo- radoras,enriquecendo nosa Sociologia com sua visio vivenc taro so pessoas simples e até analfabetas, Tve essa exper uta pela terra. Eas v Um aniroplogo por antropologia a premissa de que uma pessoa a éncias Socias" A tadigio oral dos analfabetos ‘nos crouxe lo fundo dos cempos obras da literatura que, de outro modo, se perderiam e muito do gue serornariatelevante nas chamads etnocitncias. Avs scidlogos e antropélogos,¢ mesmo aos cientistas politicos, num pais que se poe é de conhecer antropologi- ‘camence os grupos e as eategorias sociais que sio a rferéncia da soiologia que fazemos. Se, como socidlogos, chegamas 20 dels , sobretudo, por meio da interpretagio que desc real faze, no hi como conbiecer sci logicamence sem com cles dialogar ¢ aprender para compreender. So mais do que fornecedores de dados, pois os dados que deles recebemos sio dados. interpretados ¢ ndo dados ‘puros’ Avé a lingua cotidiana que falam é diverse, no campo e ‘caregada de vocabulivio e de ‘mesmo do estamento senor Nioé trutivamente, meio de uma conseigncia c ‘urbana de migrants e filhos de migrantes, presents na vida Mesmo na poy inguagens podem estar ana das pesoas. Quande as entevstamos, com quer escamos falando, 1m ambas? Qual delas nos ? Qual delas compreendemos sociologicamentee sociologizamos? (O dialetocaipira esertanejo tem uma légica prépria, que nio se redus 0 alcance da conversagio que, com geande frequéncla, a principal ferramenta do artesanato intelectual do 1g elo antropsogo f nce estava dizen- do uma coisa € 0 pesquisador estava interpretando outs, ca Ada Natal Rodeigues sobteo dialero capi 12 na regio de Piracicaba (9) contém vitios indicos desse desenconcro. Em revista objetos que nio fazer parte da culeura caipira, ou que nelt sio concebides de outro mado, ¢ qu © entrevistade raduziu com o nome de outro objew da sua cultura, suger do pelo que Ihe estava sendo mostrado.” Alguns exemplos: 4 pesquisadora ‘mostrou aos entrevistados a imagem do que ela entendia ser um disseram que es Fam que ‘que era nbeito, ea bre). A figura que es entenda ser dew n uma ou com @ out? Ou situagées em que o in Ocicelente estudo di co coma labareda, por dois como cae labareda ou fogucira palavras de seu proprio vor 3), por um como, vo coma lahaceda ow caieta. F evidente que as as que a pesquisadoraaplicava is imagens csibidis, correspondiam & categoria genética de classifcagio da Figura na sta 2, de professors de L 1 para cla uma meson coisa podia ser para cles nente outra coisa. O que para ela era conceito, para eles era indica maior diversificagio de coisas ¢ fir rodutos de tabalho concreto (e ndo abstrao) ou mest « abjetos na concepeie da heranca tribal. Um abismeo histérico de quase te dda pesquisadora e 0 vocab artesanat intelectual e recurso de uma compreensio enraizada e cia, A sociedade representada por aqueles que se dea ser ber divers da sociedade concebida pelos eam com eral, remos de fo €a sciedade bra ceapressim desse modo os. Con is, Sendo todas as iadas pelo conhecimento de senso comurs, i compreensiveis, a variagio linguistica ex- sociais porque mi se ni tiver condigées de se ressociliza paca os valores, concepgbes e oF «ages socais dos grupos que estuda e para a diversidade do pais em que vive. Quase arise dizer que, no Brasil [ide que investiga xpica, m utes pases, por ovtras rads curs, ests problemas tab existe. enso maa, que conhego um pouco, lim de falar taliano ede ler ete um pais de di de pov bling. no conseguiria dizer apropriadamente em italiano, Fs ‘eis entse si apenas em certa medida, ensa comunieagia verbal, em paises asim, eGo caso da nosso, jente, até mesmo tendencioss, regs de observaca fal peopelamente dita, A imaginagio coisa.” Fm outeaperspectvae por irmplicao, o tema reaparece em Mi do ‘problema da inteligentia socialmente desvineulada”." Em cotientagso mais microssociolégica, pode-se ver al uma sugestio de Fungio ecorrente da expe uagio de classe geracio, a experiéncia de una mesma pessoa. portanteo recurso artesanal do dirio do pesquisidor e amentc consigo mesmo. E uma nesse sentido sentido 20, as questes da alienaci silenciamento de ocultam do outro E uma conversa con a het hhumanidade do pri lar do veal sicumbe, como sucumbe sua Sociologia na ind incenpretasties, das fants mera técnica de obtengio de dar Golda em todas cde tcora, de que fala Mills, depende de planejamento e de tempo antes que 0 pesquisudor poss ira campo, Ni io axpectos da realade social que Sociologia mais frm sociedadesreferen carmen signi baroeon, que uma So secur propria da mentaldade explanases sobre quansidades , provavelmente porai que se pode sur, em favor de Frere 2 queso swactada por Mara Lica G, Pallas Bue sobre a apropriago que em Cate Rudiger Biden. jografa fica como ssa questo € 0 iva, mesmo quando nao se tata de grande erenzala cle rr da ese dese colega na Embors nad: no & ientemente compreendida “de fora’. A casagrande e a complexa relagio que atava &senzalae esravidao era uma inst valores da incimidade, um mundo fechado, marcado po ue ficaram na petsonalidade bisica de brancos portanto, 3 observagio que ni Fosse dem gurase a empatia necesséria & compre rocesos soci mo cempo uma Sociologia dos fatos © conbecimenta de senso comunm que dos fico e processoevividos cém roundo, mais do que um recinto. Ao se apropri rnd format do processo de conhecimento scioligico, unindo o conhecimento do socislogo, defo conhecimento do membro, ‘asa-grande esenzal fer fel pequens equipe mule xo Nacional de Pascoe), a psicdloga Carolina Martuscelie Riheiro, da Faculdade de Filosofia da Universidade de desea investigagio de emergén jsta Anhembi, de Paulo D dda Edivora Amber." Nio fo {dos jomais¢ no era sido objeo de stud e int como se diz iuagSes scialmente inesperadas, as ocorréncas rey regudas de informagées socioldgicas que no se manifestam nas wes recorrentes, de plicida repetigio de mods de ser © de pensar. De ike}, nos seus experimentos emomerodoldgicos, ‘um campo de obiencéo de conhecimento socioligico, a0 cri ‘de anomia que desaflam as pesoas comuns a se sorpreen=| ‘mss tcas do que as ignifingées outras priamente experimentais. O apa ‘ho da resturacio da ordem, mas também a da inovacto, ada teinvengéo da sociedade, 0 que é pe6pri, mas mio exclusivo, de movimentos messiinicos & milenaristas, densamente atravessados pelo imaginacrio da esperanga. o socioldgico fivorece néo s6 a compreen- na de A imagi- + poreanto, 6 ensaio sobre © de wana fase aracanala wna fase indserdal fem Harvard com grande defer gue la esta, ‘Apacen ter causado part nativa & Sociologia convencional e apacatosa, como eventualmente considerada a Sociologia dependente de grandes recursos financeiros © de parocinios ‘numa pe ica, néo agbes € condigbes 20 da cidncia em nome de ineeresses que ndo era 0s s cecommicas ou grupos de poder. eavolve o pesquisador ectiva politica e ideolé. tho do pesquisador deixava em fo campo de reflexso ‘no mbita da Sociologia do conhecimen feas.€ metor llgicas, muico além da mera eésaica de pesquisa. Como também assiala de vida, corria abiografia ea Je, 0 artesanata ito meio de uma ia que taballha com o pressuposto da to lade da situaso social e do processo social logia da ordem, vencida pels do filme, mera nota de rodapé. As vezes, a Sociologia, nna época, cada vex mais rigidas, O artesanato intelectual de socioldgico com suas iginagio socioldgica. Isso no lhe inho para 2 comp: ARTESIA NTELECLALRASOUOLDGN 38 imoroso ensao sobre A Sociologia come for ros autores, que se stuam numa linha de ppensimento que foi margializad pe plas age -mentagbes geraas pela divsio dora ‘ca. Portanto, a Sociologia como modo de rado pel eutura da ‘entos da Sociologia sio prop referidas a concepebes at «da tazio, Esas ideas se expressam em conceitos pal 1 cosificagao da pesson ¢ das relages soca, ‘objeto como win code cambiante © io do pos- no busca permanence sivel quanto o do oculto, A Sociologia concebida do que se esconde para compreender o que se vé ese revela, Nessa busca € que 1 Sociologia se prope nio s8 como objetiva, mas também como criagio dos meios da observacio em funigio da esse sentido que frequente- pode fazer a ponte er ia € compreendide imaginariamente, A Sociologia refraria iva que hi no modderno, Esse era ‘equeos scidlogos néo viam. violenta des- sociogiea pobre, mutila 0 rel sédiae, sobretudo, do possvel eda esperanga que ogos propunkam a ‘como enguadramenco dos rear imal & mesma coisa, Se estiver errado volearei pra tris rei pra frente, Eu comparo eu mesma coisa que uma sav, si do negro na socedade de elases, de Floretan Fernandes, no ests prop mente nos dados coletados, mas na artesania da ‘cexposigho dos daulos. Astrmbnacer do Recife Velbo, de Gi

Você também pode gostar