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A SEXUALIDADE
FEMININA
4 BPSN
ANA LCIA PEREIRA
CNTIA RENATA MION
MARIA DE FTIMA P. RAMOS
PROF MIGUEL BAIRRO
1999
que lhe falta tambm falta me, ela desiste de ser flica, tornando-se mulher,
identificando-se com a me. A castrao, portanto, no a perda do pnis, mas
a perda da me, porque no tendo o falo como o pai, no possvel para a
menina atingir o desejo da me.
Levando-se em considerao essa transio de objeto que a menina
passa no decorrer de seu desenvolvimento, fica evidente que a fase referente ao
Complexo de dipo no poderia ocorrer da mesma forma em meninos e
meninas, e de fato no ocorre. Enquanto o menino nutre o desejo de tomar o
lugar paterno; a menina, superado o Complexo de Castrao, torna-se rival da
me e deseja ter um filho do genitor.
E justamente, nesse momento de intensa rivalidade com a me e de
inveja do pnis do pai que a garota precisa escolher a feminilidade em
detrimento da masculinidade ou da inibio sexual (que poder, posteriormente,
transformar-se em neurose).
Tanto no menino quanto na menina, necessria a superao do
Complexo de dipo, para que o desenvolvimento sexual siga seu curso normal.
Nos meninos essa interrupo ocorre em funo do medo da castrao, fantasia
que estes passam a ter quando percebem que suas parceiras do sexo oposto
no possuem falo e tambm em funo das perdas afetivas que enfrentam (por
exemplo a perda do seio materno). Na meninas, que aceitam a castrao como
fato consumado, estando portanto isentas desse medo, porm nem sempre da
frustrao por no possuir falo, o Complexo de dipo interrompido quando
percebem que nunca ganharo um beb de presente do pai. Em ambos os
casos, a interveno do pai, contribui para a quebra da relao me-genitora,
inibindo o desejo incestuosos dos filhos pela me.
A troca do objeto de desejo no a nica transio pela qual passa a
menina no decorrer do desenvolvimento de sua vida sexual. Outra importante
mudana a transferncia da funo ergena principal do clitris para a vagina.
Enquanto os meninos comeam desde muito jovens a obter prazer atravs da
pnis atrofiado ou em
REFERNCIAS
Psicologia, Cincia e Profisso 1997, 17, (3), 20-27 Olivia Bittencourt Valdivia Revista
do CRP