contrari-la, como um garoto... escondia as partes sexuais
apertando as pernas; incesto, apego me, isso pe-me doido de raiva; o meu pai era um fraco... e tudo isto o que eu tenho c dentro armazenado; um belo complexo de dipo 1, provvelmente; que que acha? Levanta-se bruscamente e olha. Silncio do analista. Volta a estender-se e continua: - Sinto que o seu silncio reprovador e, no entanto, sei que gosta de mim, que far tudo para me livrar disto. Alis, sinto que toda a gente me hostil. Tento passar por um garoto para que sejam benevolentes comigo... Complexos... Quando penso que estava nu, no banho, e que (levanta o punho crispado), raios me partam, era perfeitamente capaz de me lavar sozinho! E sempre assim. No era capaz de fazer nada sem ela, sem que ela estivesse presente! E agora sou impotente, com trinta anos, e a minha noiva sabe-o; tenho a certeza de que por causa de tudo isto que, enfim... Casamento... se me casar! Levanta-se: - Tinha de me conciliar com a vida, no? Silncio do analista. - Oua... espero que no fique chocado e que no leve a mal o que lhe digo. Que sou eu, a seus olhos? Um pobre diabo? Sou um pobre diabo. Toda a gente um pobre diabo. Tive sorte de o ter encontrado, pois quero tornar-me um homem. Tenho o crebro bloqueado... penso na minha noiva... Pnis, h-de ser bonito... Tenho medo de estar a aborrec-lo, como se o senhor me fosse pr na rua... Confisso: o que eu me confessei, e com que angstia, dia e noite! E depois apetecia-me 1 Ver As Prodigiosas Vitrias da Psicologia Moderna, pp. 262 e 274 do vol. I e 310-311 do vol. II.