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Dados Internacionais de Catalogagio na Pul (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ——--- | Brove guia parm oreago decane e coaching Tost lorge de Moras Zaharias 7, ed Sto Palo: Veto, 2010 | 3. Lideranga I. To. oo7seo cpp 6ssaori2s Indices para catalog slstemateo: 1. Exesttvoy Teenamento: Empresas ‘Adminsaaguoexceuivn 658.0724 ISBN: 978-85-7585.356-6 Projetogriico e Copa: Pio Rodrigues Revisio: Ménica de Deus Martins (© 2010-VterEdora Po Pedant ta, pride oreprodio ola prc dea blood, or queausrmsbersene sp cuaguer flog, sem ela par ser doe CSIs, APRESENTAGAO ‘inte breve Guia de Carreira foi idealizado para auxiliar 08 {yu ededicam a orientar e acompanhar o desenvolvimento, a ‘ileytuagio ea transformagio da earreira de profissionais nas ‘nit diversas éreas de atuagio. Com o formato de um guia, hipreventa t6picos a serem seguidos durante a orientagio de ‘urrsra, coaching e mentoring para que obtonha uma ampla ‘nit do universo profissional e pessoal do orientando, bern ‘um uma visio mais profunda possivel dessas relagies, ‘Sem se tornar superficial como um simples acompanhs- wonto profissional, este guia propde eatratggias de amplingSo ‘ho visto do earnpo profissional presente, as experiéneias passa ‘nos possibilidades futuras da carreira do orientando. As- insti possvel compreender a trajetéria eas ireunsténcias 1« cotdazisam o orientando a atual condigdo profissional. Trumhim se poderd eriar uma prospeccéo para estratérias Iturnsno desenvelvimento de earreira. Ijqulmente, sem adentrar 0 Ambito da psicoterapia, este wi prope avaliar as erengas eos valores que geram atitudes hstiiseprofisionais e interferer na earreira do orientando. Chmpreendendo a dindmica pessoal © comportamental do do, este guia oferece subsidios para que'se compreen- ‘li. orientando como um todo dindmico, polarizado entre citos internos e externas. ondemos que este roteiro auxiliaré o consultor que jé mata algum conbecimento e bagagem no campo da orienta ‘pio carrera, Esta é uma ferramenta que geraré questions nlos & aprofundamentos, procurando cruzar variaveis de ‘oxperiéneia profissional, conheeimento, aspiragdes,atitudes, ‘comportamentos, estilo cognitive e prospeegso profissional. Deve ser utilizado como um mapa de referéncia para & dificil e fascinante tarefa de orientar e aconselhar o desen: volvimento profssional do outro. Inrropucio Feo nosso tempo a questo da carzeira e principalmente ‘vassertividade na carreira tem se tornado um tema crucial tu vida de profssonais. Muitas variévels esto om jogo na Ihusca da realizag profisional. Aspeetos eociise familiares que influenciam a escolha da forimago no ial da adolescrein, as experinciasprofiesionais, nv edoeacinaisvivias, a estrutura familiar, as spiragbes 0s tisujos de realizagi pessoal, aptiddeseinteresses, erengas © uilors,earacteristieas do mercado de trahalho eo sentido de ‘lia so algamas des complexas variaveis que podem induzir 6 profissional a um estado peculiar perante a sua earrira ‘Ouvstionamento individual sobre a propria carrera pode sung quando se estd sem emprogo eda necessidade de en- ontrar uma saida eritiva para ess stuagé, ineuindo-e a inentigagdo de outraahablidades até entio ndo consideradas. Hews inguietagéo pode igualmente surgir quando 0 prof tional resolve buscar a realizagio de um interesse preterido/ tempos ates em detrimento de uma earreira mais rentévol. Pode ser a oportunidade de realizar um sono, Pode surair sum profundo senfimento de inadequagéoprofissional, que ‘eamposta de vérios elementos como oclima organizacional, fultademotivagsoereconbecimentono trabalho, insegurans pesoat bixa autoestima, entre outros.E por éltimo, aperda th sentido de vida na carreira em que tanto se investiu eda {qual tanto go esperava ‘Obviamente as coisas nfo se mostrar tao claras assim para «6 profesional, pis ele esta imerso em ums mar de conitos, ‘alpns eobrangas pessoais e mutas vezes um sentimento de ‘azio e inutilidade. Os esforgos para suir desse emaranhado {de ieias e emogies tendem a paralisé-lo mais ainda, Sintomas como desinteresse, ansiedade ou tristeza ‘eostumam acompanhar esse estado de animo, tornando 0 profissional cada dia mais inadequado com o trabalho, com ‘a familia © com 0 entorno social, prjudicando até mesmo a ‘atid fisia, Cada navo dia de trabalho pode alimontar esses ssintomas mais ainda, Para os profissionais que se encontram nessa situagio ‘4 Orientagio de Carreira pode fornover reais eondigies de ‘ajuda, O consultor de Orientacio de Carreira deve utilizar- ‘sede instramentos adequados para analisar as varidveis que ‘compéem o cantexto profissional e pesseal, sob um enfogue ppsicossocial, pode auxiliaro cliente a eomprvender quais 08 ‘elementos limitadores presentos em sua earreira que impe- dom a realizagio pessoal. Aceitando o profissional de forma isenta de julgamentos e utilizando-se da eseuta profunda, 0 ‘consultor poder perceber a dimensio humana de seu clien- ‘te, procurando equacionar a carreira com o todo da vida. 0 consultor construiré junto com o orientando a ponte entre seus anseios, sua historia, sous talentos eas possbilidades de reslizacio de seus poteneiis pessoais profissionais. ‘A Orientagao de Carreira parte da avaliagao do que se & se tem, para aconstrugio do possivel mais adequadoe criativo para eada cliente, em vista de sun autorrealizagio, Este 6 0 caminho proposto neste breve guia para que os consultores ppossam ajudar, com profundidade, seus clientes a percebe- rem sua real posicéo atual ¢ insatisfatéria, obtendo assim condigées para construir seu préprio camino de realizagio profissional Neste breve guia vamos explanar quais os aspectos mais {importantes para que se realize uma adequada Orientacio de Carreira. Devemos compreender bem que uma adequada EEE EE EES, TD Orientagao de Carreira deve trabalhar aspecte unos de dois universos diferentes, mas interdependent O primeiro desses universes consiste i mundo interno do orientando, Hsse mundo interno apreseniawifveis que devem ser observadas atentamente para que otnbalho de brientagio cheguea resultados satisfatérios, Eaeias vari- ‘iveis podemos fazer algumas classifieagées que2ceaudaréo ‘ha compreensiio dos proceseos internos do ariestitdo. Aspectos de desenvolvimento psieossocial: Nese campo Podemos compreender a dindmiea pescoal do crtando~as- pectos da dindmica de personalidade, estrutura liar, grau de instrugio e profissto de pais eirmios, prinipisinteresses nna inffincia e juventude, relacionamento interpessel an cale- ‘gas ¢ amigos, que aspecto motivou a escolha da cart, sonhos | ce prajetos de carrera, o primeizo emprego orliramento interpessoal profissional Aspeetos ca educao format: Nesse campo pademes orga hz 08 processos de aprendizaygem pelos quasocvientando ppussou: formagio academia, cursos de especilsto © apr Ioramento e conhecimento de idioma estrangeit. ‘Aspectos situacionais, Nesse eampo podemas alta atual ‘ondligéo psicossocial do orientando:~ condi fair atual, ‘oxperiéncia no ultimo emprogo ou atl, relacionattonto s0- il vat emocional eobre sua presente siuserengas 6 valores atuais, (0 segundo desses universos consiste no mund® externa «lo orientando, Esso mundo externo apresena ‘wiveis que também devem ser ebservadas atentimente Mra que trabalho de orientagio chegue a resultadas satifatérios. ire estas varidveis podemos fazer algumas classficagées {0 nos ajudardo na compreenséo dos processisexeenos do juntando. xperiéncia profissional. Nesse campo poienss ivaliar 0 Nstorieo profissional pelo qual passou o orientand. Quais ® sous empregos, tips e empress, cargos ¢ fungies exercidas, nivel de responsabilidades e de tomada de decisoes,niveis salariis, aspects de lideranca ea comparagio entre a ideal @ ‘ eandigio real na prfisso. Possblidadeseplanejamento, Ness campo podomos cns- truir junto com o orientando, uma pereepgio mais clara do ‘campo profissional. Quais oportanidades o campo de trabalho presenta, quis habilidades,conhecimentoseexperinciassf0 exigidos, qual oesforgo necessrio para aleancar determinada objetivo profasonal,quasos initayeszapostas peo mereado «pelo préprio orientando, Dessas Liitagies, quais podem ser suplantadas e uals devem ser adaptadas ot abandonadas. Bm resumo, uma boa Orientagéo de Carreira nio pode deixar de lado nent desses aspects, pois énevessério que se conheca 0 orientando em seu maior niimero possivel de aspectos para se proceder a uma boa orientac. Cada um ds tpicn apresentados pede ser amplifieado em Aiseussbes nos grupos de cnsultores, para aprimorar os prooe- dimentos aqui idertificados. ugere-re ampliagioe sprofunds- mento dos tépicos aqui expostos, ilo uma simplifcago, pois embora alguns programas de Orientagio de Carreira procure focar 08 aspectas mais cbetivos do profisional, os axpectos -ubjtivos isto & chamados aqui de interne, so fundamentais para ausiliar ou desviar eprejudiearo process. PPartimos eum ponto de vst picodinémico de compreensio do ser humano, portantolevamos em conseracto a dindmica Inconsciente ea interago desses eontetdos na vida cotdiana "Nossa postura nao écliniea, na media em que temos um foeo ¢-esteo desenvolvimento profissional do orentando eno sua vida psicoaftiva;noentanto, sabemos que oarientando @ um todo biopscosscial, portanta nfo podem evitaranocesida- de de aprofundamento na dinémica picoégica do orientando compreender suas relaées psicnsociais. Optamos ter essa compreensio pelo arin da psicodinimica. Nes sentido, a Orientagio de Carreira se aproxima muito {do neonselhamento psiol6gico, que acarreta um olharcliico, osino que sob parimetros muito objetivos e focas. Nao nos parece muito efleaz um processo © Orientagio e Carreira que )ivilegie somente a experineia profissional e a formagéo do ntando, aso porque a via no se desonrola somente no ‘ambiente profissional , esto 6 fortemente influenciado pela Vida pessoal. Aids, o estilo profissional, as competéncias e 08 ‘onheeimentas adqniridos ao longo da vida estao intimamente ligulos ao desenvolvimento psicossocial das pessoas. Programas e Orientagio de Carroira que no observam “ospoctos intrapsiquicos com atengéo tendem a eonstruir uma, ‘olvalégia superficial que muitas vezes no tem sustentacéo lin(orna nas estruturas profundas a personalidade. Além dis- to, wna Orientagio de Carreira que ndo observa as eondighes profissionais camo a experiéncia ¢ formagéo, bem como as ‘was oportunidades do mercado detrubalho, tondea se tornar (opsicolégicae entrada em demasia na dindmica interna ‘loorientando,falhando a correta orientagio para se construir lequada ponte com a realidade. Levando-se em conta ests dois polos, interno externa ard sive constrairjantocom oorientando uma nova perspectva profisional e pestoal, em que o orientando se realize maisam- plamente e encontre para si, um maior sentido profissional Uma Orientagio de Carreira feita nesses moldes poder ‘poiar mais amplamente o orientando em sua vide eomo um {odo e, se necessério for, abriré caminho para que ele procure processo psicoterapéutico pessoal para maior aprofunda- nono em simesmo, ‘A paxtir desse ponto vamos nos reforir a Orientagio de Car- rwira polas letras OC, toda vez que 0 termo aparecer no texto. Dividimos os aspeetos a serem discutidos em 17 t6picos, no nto eles no sto passos aserem seguidos, embora algumas ‘vores assim o paregam, Cada orientador deveré compor sua uquéneia prépria e seu esquema de trabalho para acompa- har o orientando da melhor maneira possivel,adaptando-se A realidade deste, ‘Seguem-se os tépicos a serem considerados, PRIMEIRO Os prociientos que compiom a Orientagio de Careina (OC): a + Desenvlsimentoprafisonl ede careia:oprimito arande campo do proceso sonite cm ua rll aval Goda trastriaprofisionl do crntand, portent ss ctharparno paseo dstnte recent realbunde dagen sean experioncle construnds relapses ene eee sper Base proceno enol andi sistmstin ds optee {stax eexpertnis vidas bom com osigicado dates parac orentando.O ola retrapetvfomece andi, {oss das caractrsins palcoinamiease pessoas que Ceara forgaotivaconae no oientande,Sondusindoa sis presente + Plangamentoprofisionale de cars: osegundo grande campo do proceso 6 constragto de extrategas a srem Implementadas preset om sas a eutad fe ros Ness moment sinters e motivo doormat Sto importantes para ques determine ual camino lo eae sop Igulnets important tenting das ta aot os itr preteen supervloiae as posable de reaizagao ssoal ou desvalorizar essas possibilidades, a {Quand se pene nh como seguro carriadomomen- {> presen par ofa, mls evs a eleag et muito lam das postldadereisqus eo arvetsm pare Gorientando eee go dove or og, Se mania que poner eis poner on construe Pconasotivissemosdeatravessar um rioouabismo, Quan- Jo nts distante otra marge mais difcl ser a traves- 9, « punto donsandard maior engenharia eo investimento cessiris serd maior. As vezes, nfo se tem Fit nositiciontes para esse projeto e € melhor mudar de Joeal,Icansdo urna distancia menor, + Gyiontgia de desempenbo para o mereado de trabalho: ytoveeira grande eampo consist em encontrar no meio fox, nes reas eduewcionais e profssionais os subst tics para se construir as estratégins adequadas. As vezes, his necessidade de aprimoramento educacionsl como a uisigio de formagéo mais direcionada, o que pode ser ‘inetide em eursos de especializagéo, MBA ou mes- { uulos profissionalizantes. As vezes, a necessidade é de ‘nheiusentos mais espectficns eomo idioma estrangeiro, 11, jestdo das mais diversas entre outros. ‘Outro aspecto desse campo 6 0 eonhecimento mais deta- ‘hilo possivel das earaetersticas do mereado de trabalho, Icundo-se a rea especifea para a qual as estratégias serio tleservalvdas, Conheoer o queo mercado esté necessitando, ‘quai especialidades, quais formagies © experiéncias sio rqueridas e quais o§ molos de atingir os profissionais que idem é fundamental para desenvolvimento deestratégias ‘ficiontes ‘Sraunpo 0s campos primérios de trabalho em OC: + Mazeado de trabalho e oportunidades: quando ocrientando chega para o prooesso de OC geralmente tem em mente um, feaninho que gostaria de seguir. Tom uma ideia sobre seu futuro profissonal e desgja a ajuda do orientado. 1B importante que se estabeleca, ao longo do processo, quais as caracteristieas do mereado de trabalho, que profissionais ‘mercado est.d procura eo queéexigida ele. De outro modo ‘quais reais oportunidaes o mercado apresenta paraque se ‘consiga integrar um determinado segmento profissional. + Caracteristieas profissionais do orientando: geralmente © orientando néo teve tempo para avaliarsistematicamente (quais eaas caracterfsticas profissionais, Avaliar 0 eonjunto dle experiéncias profissionais e educacionais ligadas a ela, ‘riando uma visio de todo 6 fundamental paraaautoavaliagio do orientando, Nessa tarefa € muito importante o olhar do brientador que, ndo 86 investigar a trajetéria profissional, feomo também as earacteristieus pessois epsieossociais ++ Capacitagio profssional que o cliente necessita desenvol- ‘ver, Cam 0 eonjunto de informagées anteriores ex miios, b orientador poderd elencar quais os conhecimentos que o brientando necessta desenvolver para se coloear no mereado ‘como um profissional procurado, Nesse ponto sio avalisdas tquais as defiiéncias profissionais e educacionais que tem o brientandoe que o impedem de atingir seu objetivo decarrei- ra, Estratégins deverso cer desenvolvidas para a superacio ddessas defieiéncas, seam por moio de cursos, treinamentos ‘04 outras atividades. + Adequacio do eiente wo mercado de trabalho: instrumen- talizar 0 orientando com bom nivel de autoconhecimento profissiona, foeo elaro de objetivos a atingir, eliminagio de Aeficiéncias profissionais ou instrumentals ¢ eonhecimento ‘das earacteristicas do mercado de trabalho tornaréo 0 orien- tando seguro ¢ asvertivo para se langar no mereado com perspectivas de sucesso mais fortemente estabelecidas ‘TERCERO AOC dave oferever ao orientando: + Informagio ~ dados telativos as préprias earacteristicas do orientando e sabre 0 mereado de trabalho: entende-se sepia rnc soar caring porinformagéo um conjunto de dados isolados entre si que to originam de diversas fontes. Duas fontes e informacio io importantes para a OC. A primeira é o orientando, fonte de informagies sobre caracteristicas de sua persons lide, historia de vida académica, pessoal e profissional, Jom eomo suas motivagbes, interesses, ideals ¢ fantasies aespeito do futuro, ‘Asogunda fonte e informagio 6 0 mereado de trabalho com ‘te oportunidades reais e atuais, hem como as exigéncias profissionais, académicas e pessoais que esse mercado exige lo profissional que deseja ingressar em uma nova érea ou simplesmente voltar ao mereado de trabalho. Conhecimento -organizagio das dados referentes a: que o ‘liente desejafazes? Onde o cliente deseja fazer isso? Como tencontrar as pessoas que atentem para suas habilidades ‘c interesses? Entende-se par conhecimento a elaboracio Tégica e multivariével das informag6es anteriormente ‘udguiridas, cruzando informagées diferentes e mesmo ontraditézias em um contexto dilético dinamico. E titi pensar as informagées como sistemas que interagem de forma simulténea e constante no momento presente do ‘orientando. (© conhecimento envolve pereepeaes subjetivas das di- himieas intrapsiquicas e histérieas do orientando, como ‘ompreenséo dos eaminhos mais pragmaticos de ago € ‘lecisies a serem tomadas, Sahedoria ~ anélise do contexto, oferecendo a cada ele- tnonto levantado a importincia correta, nem mais, nem tenos: entende-se por sabedoria, « compreenstiosintética «ln dindmniea das miéltiplas varidweis que estao em jogo no tendeio vivencial e fenomenol6gico do orientando,criando- fe wim todo conceitual. Base eonceito levantade sobre o orientando, como modelo ‘ou diagnéstico do momento existencial do orientando, tlove ser lexiveledinimico para se manter uma constante dialética entre o conceito, as percepgies do orientando, sua, personalidade o mundo que o rode, Cada evento deve ter sua magnitude respeitada, evitan- ddo-so dosprezar informagées, por menor que sejam, assim ‘como supervalorizar ocorréncias para além do que é per- ‘cebido objetivamente, Quarro ‘éo 6 flangio do consultor oferecer uma resposta definitiva, ‘mas auxiliar o orientando a aprofundar-seem si mesmo. Mui- tos processos de OC se iniciam haseados na premissa de que fo consultor oferecera todas as respostas e indicara o melhor caminho a seguir. A visio eo sentimento do orientando sio de entrogn passiva de suas decisdes nas mios 0 consultor. No entanto,oorientando espera que suas fantasias profissionais previamente desenvolvidas se realizem,fieando o consultor zna condigio de fada-madrinha que, por um passe e mégica, realizaré os desejos profissionais do orientando. Nao ¢ inco- ‘mum que cheguem profissionais para OC com sonhos de altos ‘cargos e salérios, partindo de uma realidade de formagéo e cexperiéncias inadequadas ou insulleientes. ‘Sabemos de muitas ocorréneias em que uma grande em- presa familiar resolve colocar como executive um membro ‘mais novo do eld que nfo tom experiéncia, eonhecimento ou ‘motivaeio para o cargo, Com resultados desastrosos a fam lin encaminka seu jovern executivo para OC, afim de que 0 consultor transforme oinexperiente em um expert no menor ‘tempo poss{vel. As vezes, sonho profissional nao éda familia cesim do préprio orientando, que muitas vezes deseonsidera sua real posiglo ante as exigéneias do mercado. Em muitas oeasides a busea de OC canverte-se em buses 4o sentido de vida. Isso 6 bem vordade quando o orientando atribui totalmente seu estado emocional as questdes pro. eve plapeactarsc dean ecg Figsionais, Nem sempre estados de Animo depressivos ou ontimentos de inadequagio tém suas origens na questdo )rofissional. Entendemos o orientando como um sistema ‘nailtiplo no qual muitas questées internas e pessoais podem linterferir na dindmics eomo um todo. Muitos so 08 casos em que a insatisfagdo pessoal com 0 Irabalho tem origem em obrigagées internas pactuadas a0 longo da vida e que no presente néo fazem mals sentido. ‘Outros casos hé em que conflitos possouis interferem na mo- livagio para o trabalho, levando a queda no desempenho ena satslugdo pessoal. Bxistom ainda os casos em que so desvia a longi para. trabalao como mecanismo do defesa para que mntando deixe de Indo reais conflitos que enfrenta. Esse provedimento logo atingtra niveis de estresse insuportavels Sob esta perspestiva a OC pode convertor-se em um pro- ‘ows de aprofundamento pessoal ¢ busca de um sentido e icado da vida pessoal maia amplo e adequado para 0 riontando, Quixro Proferimos pensar a carreita como um camino a ser por- corrido, Nesse modo de pensar, ideias como sero primeiro, ou ‘rigar-se a ser um sucesso a qualquer prego, néo sio visdes ulequadas de carreira ‘Antigamente havia 0 que era conhecido por trem © car~ reir, Kram composigbes que percorriam um longo trecho de forrovin tronco fazendo paradas nasestagdes intermedisrias. ow objetivo nao era echegar ao fim da linha, mas passar por {oclos os lugares fazendo paradase servindo aos passageiros a0 Jonge do tronco, até mesmo conectando-se a ramais menores. (0 formo earreira profissional vem de earreira como caminho a or porcorridoe, nesse sentido, embora haja uma direcdo 0 foco ‘utd no peroorrer esse caminko e no om chegar ao final Podomos entender a vida como carreirs, focamos as experi- {ncias didrias e procuramos signifieados para essas experién- cias, Ninguém vive aguardando a morte, « ponto e chegada. ‘Outros dois aspectos so mais importantes: a possibilidade de satisfagio no trabalho escolhido e a chance de que esse ‘trabalho agregue valores de carter ao orientando. ‘Obter um cargo, uma posigio ou um étimo saldrio 6 poueo| xno sentido mais existencial da via. Sentir-se satisfeitoereali- z2ado profissionalmente significa valorizar o proprio trabalho, sentir que suas habilidades e seus talentos esto a servico de ‘algo maior, sea a empresa ou a sociedade. Signifiea sentir-se produtivo e importante para si préprio e para um eontexto ‘mais amplo, omeeito este que corresponde ao nivel quatroda pinimide de necessidades de Abraham Maslov. Em eontrapartida, a boa earreira deve aprimorar os at pectos téenicos, profissionais, morais © éticos do profissio- nal, contribuindo para a lapidagéo e sua personalidade, 0 aprimoramento e seus conhecimentos o aprofundamento 05 Jagos soci. 'E bom lembrar que cargos esalirios podem variar e mes. ‘mo serem expropriados das méos de um profissional, mas 0 conhecimento e as habilidades agregados, bem como o apri- ‘moramento pessoal e 0s lagos éticos eriados com 0 mereado e a sociedade, ninguém poderé tirar importante pensar com o orientando o que significa ser ‘um profissional de sucesso. Base sucesso est om rofaréncia ‘4 qué? Aos ganhos econdmieos? Ao meio social? Ao status perante qual grupo socal? A aquisicio de bons matoriais? A. realizagio de sonhos? Cada orientande trard sua definigio de sucesso. Isso dopen- de do conjunto edas erengas e dos valores que ele ou cla enka ddesenvelvide ao longo de sua vivéneia pessoal e profissional Geralmente pessoas que tiveram muita privagdo econdmica na infincia tendem a focar o auceso em ganhos econdmicos (Outros, em fueéo de questbes com aflrmacio pessoal podem eure cane caching {ocar na aquisigio de status. Hi ainda os que desejam o conhe- ‘imento ou uma via sossegeda em alguma praia paradisfaca, sm se preocupar com a manutengéo didria da vida. Alguns orientandos tém clara sua definigdo de sucesso, utr08 ndo e eabe ao consultor ajudar o orientando a se conseientizar desse assunto, identificando seus valorese suas ‘erengas, bem como seus motivadores. 0 sucesso sempre é varidvel. A representagio social de ‘wicesso varia grandemente de crientando para orientando, hilo pode ser definida a prior, Seexro © consultor situa amo caminho entre as mtivagtes ‘onfste do orientando ema vasta gama de opgies no er Cyl dotrabao, Nessa posiso é natal que conor cja 0 oso de todas as projegies por parte oorientendo. Tanto ‘et deposté das esperangase pootidadee dating seu ‘ono ¢ relia su fantasia prfieconal, quanto ualente ‘er dan propria ratragoeseinsatistagdo Quand 0 erientando tentaimaginar 0 ques outros ‘porn dl, campo fea winda mais eoneso, Para quo ‘onsultor nie se ina desencorando, dois aspecto nm, portants ter xn mente, * Todo orientando tem motivagao. Procure observar as pis- {as sutis que ele doixa no discurso, indicando interesses & ‘norgias para realizagdo Povlomos pensar em motivagio como libido, termo desen- Volvido por Freud e ampliado por Jung, e que para nés ser ‘onergia com as mesmas earacteristicas do eonceito de iia em fica, por exemplo, pensemos energia psiquica wo onergia elétriea. Essa energia pode ser deslocada para leos psiquicos que a absorver. Coma postula- io de Junga quantidade de energia 6 xa, nfo aumentando i far falta no si ‘Exemplifieando: vulto na psique de um individuo, esse ntclo retirard tanta energia do sistema que praticamente nao sobraré muita fenergia para as outras atividades da vida, por exemplo, 0 trabalho, Entendo-se que esc individuo esta desmotivado, [Nessa situagio impde-se saber para onde foi a energia que deveria estar dispontvel para o trabalho. ‘Da mesma maneira, atividades que nao slo eapazes de reter o interesse de umn individuo, sgn pelos mais variados motivo, tendem a perder energia, 0 que se manifesta como desmoti- vagto. Durante diseursodo orientando,oconsultor deveficaraten {to para pequenos sinais emitidos pelo orientando. Quando ‘este discorre sobre suas atividades profissionais ou didtias, ‘pequenas mudancas no tom de voz, na expresso facial, no brilho dos olhos podem ser observadas. Geralmente um discurso deemotivado sobre o trabalho atividades pessoais tende a passar sobre tépicos em que se encontra a energia ‘nesses momentos ocorrem loves flutuagies @ expresso no corientando. 0 consultor deve ficar atento ao orientando enquanto este fala, evitando deeloear a atengéo ou o olhar. Assim poders pereeber quando esses cuts sinais surgem e deverdinvestigar ‘maisa indo estes campos de atividade ou ideiaselembrangas ditas, Provavelmente af estarda energia psiquien ejunto com ‘la a mativacéo. ‘Todaideia de earreira pode sor pesquisada, Investigue quanto ‘o cliente investe de energia era uma ideia e qual o grau de interessedele nesse sentido, Oferoca espago para que oclien= te divague livremente sabre ums ideia, o consultor poder observar a intensidade com que o cliente segue por um. caminho ~ em outras palavras, dé corda! » O_O 0 consultor deve eximir-se de preconceitos quanto a carreras eprofissdes, Qualquer iin deve ser aceitain- ordiionalmente e perseguida como uma possibilidade de carrira para orientando, Esmportanteabsorvar qual orate interesse que tando apresenta para cada ein apresentada, por mais absurda que possa parecer aos olhos do orientador. Umalto exeeutivo pode lovantaraideia de que seria muito mais feliz se viosse ase tornar um palhago em um cireo ‘qualquer, Geralmente as pessoas ficariam espantadas € primeiro ririam da bobagem dita, para depois tentar dissuadi-lo e sua loueura, ‘Um bom consultor de OC jamais feria isto. Apoiando-nos em Carl Rogers, a aceitagdo incondicional do que foi dito ¢ fundamental para que o orientando encontre, por ele ‘mesmo, seu caminho, PPodemos seriamente tentar compreender o que se esconde ni fantasia de ser pallago. Pode ser una assertiva satirica, denunciando como 0 orientando se sente ante seus pares, um palhago! Pode Sera necessidadee maior conta com as pessoas direta- mente, Poe sera fala que sente 0 maior eonvivio com tous filhos. Pode ger a necessade do sontir que faz algo realmente de bom para as pestoas e a sociedade. Pode fer a vontade de recber mals erin do grupo. Pode ser atontade de ser mais salto e menos formal no convivio. tidrio. Poe ser o genuino interesso em atuar eomo palha- ‘ev em um cireol Muito vilda esoeialmente adequado. A tebuigio de valor em jogo ndo 6@ do consutor, masa do ‘vientando Stirmo Para auxiliar a identifiengo do sentido e significado da car- roira, o consultor deve ficar atento aos seguintes t6picos: Js ogeaettewe oar + Incentivar 0 orientando a assumir responsabilidade pelas ‘proprias decistes e ser eorajoso para seguir em frente Em geral o orientando esté completamente inseguro ‘quanto & tomada de decisfo e as suas eseolhas. Hasn in- sequranica se origina no caos interno e/ou externo que 0 brientando pereebe, além de se preocupar com as conse (quéncias de suas escolhas. O orientador deve se colocar como um elemento de seguranca para que 0 orientando projetenele a coragem ¢ elareza de decisdio que ¢inerente 0 proprio orientando, Bstabelocese, nesse momento, um nivel de transferéneia positiva, que tende a restabelecer & fautoconfianga ¢0 nimo do orientando, + Observar as habilidades adaptativas do cliente. Oorientador deve manter-seatento todo o tempo is abil: dades de adaptagio que o orientando presente. E possivel ‘que durante muito tempo o orientando tenia eo dedicado fa tarefas conhecidas e que dominava perfeitamente bem, dleixando de lado, quase esquecendo, as habilidades que posstil. Estas deverdo ser enfocades. + Accitar, discutir e minimizar emogdes negativas quo im- ‘peor 0 progresso do cliente, como pessimismo,culpas oa meds. ‘Todo contetdo emocional trazido pelo orientando deve ter acolhimento por parte do consultor. Muitas vezes, senti- ‘mentos como medo, culpa, pessimism, raiva e tristeza 340 texperimentados pelo orientando, Esses sentimentos nao labertos e esclarecidos servirdo como entraves no processo de orientagio, pois impedirdo o livre fluir da cognigto e a clareza de pensamentos. O consultor deve incentivar a exposigao desses sentimentos ce discuti-los claramente, buscando acolhé-los e minimizé- Tos com a compreensio do suas eau De forma alguima o consultor deve atribuir seus préprios valores, desprezando ou rdicularizando um temor ou culpa 2 peeps cae et cog ‘apresentades, Para oorientando esse sentimento tem um. sande peso e deve ser tratado com 0 méximo de respeito scolhimenta + Determinar quais os pussos a serem soguidos, oferecer ‘suporte racional para o orientando, © eonsultor deve ter um pensamento claro e objetivo ‘quanto a avaliagio dos contetdos trazidos pelo orientando « sistematizar os passos da orientagio conforme ela vai se desenvolvencio. Toda sugustdo e arientactio dovem sor objetivas e racionas. ‘Canalizar a busea para um trabalho que tenha sentido e propésito pars o orientando. (0 principal foco da orientacio é a busca de uma atividade {que ofereca sentido e significado para a vida doorientando, Outros objetivos como, aumentar os gankos ou status em atividades muito discordantes com os valores ou 0 sentido de vida do orientando, devem ser analisados, Iso porque hhaverd um prego psicaldgico a ser pago quando se distoree ‘oanseio interior em funcéo de reconhecimento social, Esse onto devers ser bem analisado. vo As 12 habilidades mais importantes para um consultor do 0c, + Bytabelecendo contetido ~ tranquilize o cliente demons- Lando que voeé confia e acredita nele © consaltor deverd eriar um bom nivel de rapport com 0 brientando, estabelevendo lagos de conflanga e estabilida- lo afetiva, E bem posstvel que nem todos os clientes que ‘heyuem para serem orientados permanegam, porque a ‘ompatia miitaa éa condicso basiea para que se estabeleca tonfanga @0 processo tena infcio, ee Yale lembrar a importancia do sigilo que envolve este provesso. Nenhuma informacio fornecida pelo orientando eve extrapolar os settings da orientagio, Muitos diretores fque encaminham seus subordinados para coaching soli titam do eonsultor/orientador um relat6rio do processo. Esse relatsrio deve fornecer somente as informagoes pro fissionais necessérias e adequadas aos questionamentos doquem pediu, mantendo-se sigilo sobre aspectos pestoais ‘ot paicol6gicos do orientando. A linguagem do relatério everd ser adequada para a compreensdo do leigo, pois tnuitas vezes quem pede orelat6rio ndo éda érea de gest de pessoas. Refletindo sentimentos ~ reconhega os sentimentos do orientando e procure pontuar os sentimentos expressos ‘com o contetida racional que ele esté trazendo. Conecte fentimentosa fatos ideias ou improssies narradas, ‘Muitosorientandos trazem sentimentos dispersos, abran- _zentes, generalizados ou contraditérios. Esses sentimentos ‘dever ser pereebidos ¢ explicitados polo eonsultor: {Uma ver aceitos e expliitados 6 necessério que se estabe- Teea a eonexdo cognitiva como fato gerador do sentimento, Porexemplo: um sentimento de ineapacidade generalizado atrapalha muito 0 provesso, deve-se explorar a mem6 para se identificar quando surgiu esse sentimento, Muitas ‘veres temos tm ou dois fatosisolados de experiénecias que igeraram 0 sentimento, Deve-se, entdo, integrar 0 senti- ‘mento ao fato e isold-lo das demais experiéneins. Esse procedimento retira a generalizagéo do sentimento « permite que a energia ps{quicaflua com mais vigor para ‘Abrindo questionamentos - incentive a elaboragiéo mais completa possivel de respostas, conduza 0 raciocinio do lente a aprofundar suns ioias, principalmente quando {orem respostas superficiais. x encarta cing No procesco alguns orientandos podem falar pouco ou se ‘rem muito superficias em suas narrativas e elaboragies. Isso se deve ao medo de rejeicdo por parte do consultor que, supnstamente, julgnré e condenaré as ideias e agies do orientando. Outro fator si meeanismas de defesa da conseiéneia que impedem a expressio de ideias e fatos dolorosos ou inadequados & autoimagem do orientando. Outra possiblidade é que muitas ideias eonfitantes podem levar a uma sensagio de vazio, ento nao hé o que dizer. consultor deve incontivar a expressio ¢ anise de sen- timentos ¢ fatos, assogurando que no haveré juizo de valores, e sim o interesse genuino de compreensio das experiéneias do orientando. Em casos mais dificeis, em que os sontimentos so vagos, ‘mas exercem poderosa forea para a imobilidade cognitive, « conativa do orientando, téenieas nfo verbais, como ar toterapia, podem auxiliar 0 process. Identifieando habilidades ~ com base nas experiéncias passadas do orientando, identifique e aponte reas de intereases ¢ habilidades desenvolvidas, (© consultor deve ficar atento a outras dreas de habilidades ‘que oorientando tena desenvolvide no passada, que sio Aliferentes das habilidades que utilizava em seu iltime ‘emprego ou no atual Aspessoas desenvolvem multas habilidades, mas tendem a Focar em algumas direcionadas para a atividad profissio- nal mais requente, Por exemplo: um gerente comercial da uaneeira que tende a trahalhar eam poteas pessoas lombra que lecionou para grandes-salas de alunos. A ha- Dilidade de se expressar em pubblico nao foi mais utilizada ‘1 fungéo da nova tarefa— gerente financeiro mas ainda ‘sim ¢ uma habilidade existent. Nyclarweendo valores ~identifique as fontes de prazer que ovientando demonstra em sua experiéncia passada, ‘Oconsultor deve ficar atonto a narrativa das experiéncias passadas do orientando, identificando eapontando aspoctos dda dessa experineia como: atividades, relacionamentos, interesses que demonstram a sensugio de prazer e satis: fagao do orientando quando as oxercia. Nesse conjunto de atividades prazerosas 6 possivelidentificar elementos que ‘io compor uma novaatividade, Vale lembrar que as fontes| de satisfacho pessoal so fortes vetores motivadores para a atividade profissional Incentive a imaginagéo eriativa — utilize a imaginagao e fantasia do orientando. Faca um drainstorming de possi- bilidades profissionais. Procure incentivar aimaginagio do orientando, de maneira livre de censura ou légica linear. a popular “viagem’” Deixe e apoie a fantasia eriativa, delxando que todas as possiveis opgdes de carreira sejam trazidas & tona, Por ‘exemplo: alto exeeutivo de multinacional, vendedor de pi- poca em porta de escola, cirurgido, taxista, gerento de spa, sorvetoito, Na imaginacio toda passibilidade profissional 6 possivel e deve ser acolaida com bom humor, sem critica ‘Role playing ~ ee possivel, desenvolva um exercicio dra- ‘ation para que 0 orientando sinta como atuaria em de- terminada carreira, ‘Sempre que possiveleo orientando indicar alguma carrot ra como mais atraente, tente eriar uma dramatizacéo da ‘uagao do orientando na carreira. Observe como ele atua ¢ investigue quais os sentimentos que foram mobilizados ‘com a dramatizagéo, Procure eompreender 0 sentido que subjaz aos sentimentos e idetas Dando informagéo ~forneca informagies espeeificas para que oorientando compreencda melhor as earacterfsticas de cada earreira que ole mostrou interesse E importante que o consultor forneca dados concretos sobre as earzeiras que orientando demonstrou interesse, = LLL —————— ‘rem pn pomcrsato cesar emcing ‘a0 mesmo tempo em que incentiva o orientando a buscar ‘estas informagies, ‘Checando pontos — procure certifiearse seo processo est satisfazendo as expectativas do oriontando. Se nao, procure redirecionaro processo ou esclarecer melhor a sua posigio de facilitador e no determinista. Continuamente o consultor deve fazer uma avaliagio do proceso com o orientando, cortfieando-se de que esto eaminhando na diregéo certa, Caso 0 orientando reclame da falta deorientagio mais dretiva, esclarega que esteé um ‘eaminho eonstruido por ambos. Caso 0 orientandosinta-so ‘muito s6 ou nio compreendido, reavalie as estratégias €08, -vinculos desenvolvidos. Resumindo ~ procure fechar pontos levantadlos até ento fatingidos e avaliar os préximos passos. 0 consultor nio deve deixar 0 processo solto. A cada en- contro deverd ser feito uum resumo das principals idaias © Adescobertas encontradas, fechando o que foi discutido em ‘ada encontro ¢ preparando os passos para o préximo, ‘Questionando o valor ~descubra quais as experiéneias que orientando aponta como mais rolevantes ao seu objetivo de carreira 1B importante levantar os valoros eas crenas do orientan- «do, Quais as atividades e aspectos profissionais ele valoriza fe quais suns erengas a rexpeito da carreira, Estes devem sot analisados em eonjunto, pois muitos podem facilitar 0 {lesenvolyimento profissional e outros podem atrapalhar. Grengas e valores que se mostrem inadequados, parciais fu defasados devom ser discutidos e ampliados. Bstabelecendo o “sim, mas...” ~ identifique as preocups- es, os obstéculos eas dificuldades que cliente apresenta bjotiva ou subjetivamente para a realizagdo de sua ear- i jogo apresenta uma postura de nfo desagradar 0 ‘constiltor e ao mesmo tempo arrumar uma justificativa para no promover mudangas profssionnis ou pessosis, Faz parte do sistoma de defesa psicolgiea do orientando e deve ser compreendido dessa forma. Toda e qualquer sugestdo & confrontada com ume argumentagéa contriria que inviabilza e trava o proceseo de orientagéo. O consultor deve investigar ‘Tunis 0s reesios © as ideins preconcebidas que originam a8 resisténcias e explandlas ao orientando, 0 ico jeito de des- travar o processo 6 conduzir orientando aperveber esse om do autossakotagem, Outras habilidades ites: - Incentivar 0 orientando a falar livremente, Quanto mais ‘© crientando trouser conteido, mais elementos estario & dlisposigio da orientagéo, + Fosar a conversa em pontes importantes, néo perder de vista ofoeo. Apesar do noentivoa falar muito, néo permitir ‘que o assunto vague para campos que ni acrescenter dacs importantes a careira, Essa ostratégia também pode ‘ser utilizada pelo oriontando como defesa evitando entrar 1 toma centrar do trabalo, + Liderar a sequéncia do processo, Embora o nivel de dire- tividade do proceaso pelo consultor sejabaixo, ete no deve perder a eapacidadede ideraneanainteracio, pois dominar « direcionar 6 processo também pode ser uima estratégia ‘de resisténcia por parte do orientando para nfo entrar em ppontos confitantes, - Eneorajao orientando com suporteemosional apoio pes- soa O consultor deve sempre estar aberto para compreender eatender as necessidades de apoio emocional do orientando ‘quando estas se mostrarem verdadeiras e everentes.O con sultor deve so precaver de estratéyias de sentimentalismo ‘e manipulagio afetiva por parte do orientando, pois ‘estratégins igualmente fazem parte do eonjunto de meca- nismos de defesa do orientando para nio enfrentar pontos conflitantes de sua eareira ou vida pessoal, ™ Novo 6 muito importante que o consultor identifique qual a {deia que o orientando tem de carreira e quais s8o sas pers pectivas profissionais. Levante esses dados com perguntas diretas, construindo imagens mentais sobreoqueeleentende por sua prépria carreirae focando habllidades e experiéncias passadas, © consultor deve acompanhar e procurar fazer uma cate- gorizagio das eolocagées do cliente, tomando euidado para no descartar uma ideia s6 porque ele pareceu, aos olhos do ‘consultoy, iligica ou banal. Nao faca julgamentos pessoais Daseados em seus proprios valores e crengas, Todos os dados ‘que o cliente traz so importantes, por mais absurdos que possam parecer. Decrwo (Os trés passos bisivos para uma adequada OC: 1, Identificar © que o orientando gostaria de fazer. 2. Idontifiear 0 que esté impedindo o orientando de fazer 0 que escotheu, entifiear que orientando pode fazer para resolver esse impedimento? Décimo PRiwerRO ‘Testes e questionarios so supartes para o processo, mas ‘io instrumentos do apoio. Seus resultados nfo dever ser utilizados como palayra final a respoito das potencialidades dle seu orientando. Os dados obtidos dessa mancira sao in- dlicadores que auxiliardo a discussio eo sprofundamento da (OC junto com ocliente, Utilize os resultados eas informagées EE EEEIIISSSS=Z ee advindos de inventarios, questionéros e testes de maneira coorente. Esses datos fornocem pistasiteis para a investiga ‘so pessoal durante o processo; o eansultor deve eampreender ‘ono esses dados so inserem na vida profissiona do arientalo, om sua histéria, seus interessese suas perspectivas. Inventariasde estilo de parsonalidad como o Questionétio de -Avalaio Tipoldgiea QUATT (Vetor Eaitora) que avalia estilo cognitivo do orientando com base na tipologia de Cerl Gustav’ ‘Tang, sio de grande valia © podem facilitar a compreenaio das Dotencialdades profssionais pessoais do orientando, Déctmo secunpo Utitizando informagées durante 0 processo. * Direcione as questées sobe informagio para questoes de ssutodeseoberta pessoal do orientando. ‘Toda pergunta do orientando pode se transformar em ‘outra: “por que o orientando quer saber isso”? Essa abor- dagem ajuda. orientando a saber quais suas inguietagées + Nao pule topicos de referéneia profissional nem vaseulhe exaustivamente um t6pieo, todos sio importantes. Dé 1 cada informagéo a atengio necesséria, nem mais nem *+ Nao sobrecarregue seu orientando com informaches. For- nnoga detalhes de carreira paulatinamente, certificando-se de que ele estaja assimilando a informagio e mantendo constantomente o foe + Incentive seu orientando a busca, por si, mais informae 00s. Formalize um eontrato verbal de empenho pessoal do orientando no préprio processo, + Fique atento e corrija informagies erréneas que o orien- tando possa trazer sobre as earreiras ou atividades profi. + Oconsultor deve accitar as imitagSes de sous eonhecimentos sobre as carreiras e procurar superé-los, Busque informs 6es no mercado, + Eoclareca ao orientando que voeé forneoeré as informagies «quando farem iteis ao processo,« ndo de forma aleatéria, * Procure certificarse de que seu orientando esti aberto a rudangas, Déciwo TERCERO © que fazer em relagio a motivagio? 0 trabatho do consultor nao é motivar as pessoas pars que plangjem suas earreiras, mas ecilitar a compreensio do orien: tando acerea de seu préprio estado motivacional. ‘A motivagéo nao é um problema, mas wim grande eonjunto ‘de problemas, todos unidos entre si. Para suxiliar seu orientando aeompreender melhor onovelo de varidveis que criam uma motivacio inadequada tent, junto ‘com ele, encontrar 0 “fio da meada”. + Duvide quando um clionte afirma que “todo emprego é dligno”. Todo tem uma escala de valores diferenciada, Essa eseala de valores determinard aautoimagem do orien- tando e quais stividades ele realmente se dispoe a exercer Na vordade, nioseré todo emprega que ele aceitara do bam srado. Se oorientando lhe disser isso, teste-o oferecendo eo- locagies consideradas de mals baixo nivel na escala social *+ Um dos fios pode ser a falta de experiéneia profissional de seu cliente. Ninguém se sente bem em ser eolocado & prova em algo que nao domine. © medo da avaliagio do grupo ou de superiores tende a travar o interesse das pessous por alguma atividade. Isso Aecorre principalmente da falta de conheeimento e expe- rineia em uma érea, ov sop ts + A baixa autoestima, provocada por experiéneias profissio nais ou pessoais podem derrotar 0 Animo do sew cliente. [Experiénciasde opresséo ou desqualificagao profissional ou ‘pessoal tem o poder de subtrair a motivagio, isto, fazer ‘energia psiquica regredir ao ineonsciente, Esse fendmeno traz um abatimente de énimo para qualquer atividade. + Aautopiedade (sentir-se vitima) tende a paralisaroorien- tando e deixé+lo A espera de que os outros fagam por ele 0 que deve ser feito, [Essa postura revela.a fragilidade afetiva do orientando, na «qual ele se mostra como uma crianga desamparada hespera dde um pai ou mie que © acolha carinhosamente. O apoio deve ser dado na medida adequada para néo se alinhar 80 sentimento regressivo do orientando e auxilf-lo a deixar essa postura de lado, + Acrenga de que “ainda néo chegou a hora’, igualmente tende a paralisar o orientando. Isto pode ter como base 0 ‘medio defensivo de ndo encarar suas préprias limitagées ©

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