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9 q 0 ul a 0 2 DIMENSIONAL GLE HOSHTAL/OYNALONUH OUSOULSHI-OHISHH Oo WIBOLSHIO & OIA. Este MANUAL foi organizado pela INSTRUCAO DE MANUTENCAO/TELECOM na pretensao de servir como material de ensino somenté e nao sera revisado. Tratando-se de assunto de formagao o grupo de professores da Instrugao de Manutengao/ Telecom procurou resumir o yasto material apresentado pelos Fabricantes na intengao de adapta-lo aos nossos procedimentos de instrugdo e aprendizado. Nas divergéncias naturais deste MANUAL coma rea lidade, contamos com a sua habitual compreensao prevalecendo as normas especificas da Empresa para cada caso. Atgnciosamente, Vo A, J, SCHITTINI PINTO ‘omte. Diretor do Ensino VARIG DIRETORIA 00 ENSINO + tysti MANUAL DE INSTRUGAO . unurengionnececow? Sed VARIG INSPECAO DIMENSIONAL f{ndice ' 1. Histérico das Medidas de Comprimento ... ........20006 08 2. Origem e Desenvolvimento ........06.00008 + + 3. Criag&o dos Instrumentos de Medida . 3.1 Sistema Intermacional "SI" . 3.2 Metro... 3.3 Medidas de Comprimento .. 3.4 Miultiplos e Submiiltiplos . 3.5 Sistema Inglés. ...... 4, Abreviaturas e S{mbolos mais usuais .............+-4++ a 3 5. Fundamentos Tedricos da Medigao .. 6. Erros de Medicdo ,...--2--ss0eteeeseereeeee eens OG 2 Eee sO 6.1 Principio de Abbe ..... * 6.2 Paralaxe .... 7 Princfpios que regem a medigao .. 7.1 Princfpios Mecdnicos ......... 7.1.1 Pressdo ..... * 7.1.2 Flexo ...... 7.1.3 Desgaste ... 7.2 Princfpios Geométricos ... 1.3 Princfpios Fisicos ...... 8, Temperatura de Referéncia .........eeeseeee 8.1 Tipos de Termometros ........- 9. Manuseio e Conservagao de Instrumentos .. 9.1 Protegdo ........esee eee eee ee eeeeeeneees 9.2 Limpeza .. 9.3 Lubrificagdo .......... ms Pag, SAeannne ene 10 . 14 15 16 16 16 7 10, 10.1 10.1, 10.1, 10.1. 10.1. 10.1, 10.1 10.2 10.2 10.2. 10.3 10.3 10.3. 10.4 10.4. 10.4. 10.4. 10.4 11, 12, 13. 14. 15. 16. 17; 18. 19. Instrumentos de Medicdo ........0eseseeeeeeeceeeteneeeeee 1 Escalas Dobraveis ........ececeeeeeeeseeeeeceeeeseees 2 Fitas Metalicas de Ago ..... 3 Escalas de Trabalho Qualidade Ie II... 4 Escalas de Comprovacgdo ..........cceeececeeseecceeees 5 Escalas de Comparagao ........... 6 Uso das Escalas ou Reguas Graduadas . Réguas de Precisao ............ 1 Comparagdo de Planos com Régua de Precisao .. 2 Verificagéo de Paralelismo entre duas faces ........... Paquimetros .. 1 Pagufmetros de Profundidade ........ 2 Paquimetros de Altura ., Micrémetros ..... 1 -Micrémetros Adaptaveis ....2....ceceseeeeeceeseen cues 2 Micrometros Externos .. 3 Micrémetros Internos .. 4 Micrdmetros de Profundidade ..........s0seceseeeeeeee Angulos. .......0c0e0ee eee Nivel da Bolha ...... Transferidores de Graus .......0.cceeeeeeceesertersereee Cones ....... eee eee Y Calibres e Gabaritos ... Relogios de Medigao . Apalpadores ... Desempenos ........+ Blocos Padrao . Pag. 18 18 20 20 20 20 20 21 21 22 22 22 23 24 30 31 31 31 32 41 41 42 45 46 47 48 49 50 eS DIRETORIA 00 ENSINO ai mn fat MANUAL DE INSTRUGAO ae wrengutetcom ep VARIG INSPECAO DIMENSIONAL 19,1 19.2 20, Graus de Precis8o 2.0.1... se cece eee eee ence ee eee ee eens 51 20,1 Classificagdo Sweden 51 20.1,1 Grau AA 51 20.1.2 Grau A 52 20.1.3 Grau B 52 20.1.4 Grau C 52 20.1.5 Grau W 52 20,2 Classificagdo "DIN" oo .. ee eee eeeeeeeee eee ce eee ners ete 52 20,2.1 Grau O 20.2.2 Graul 20.2.3 Grau ll . 20.2.4 Grau III 21, Pinos e Esferas calibrados ......0.cceeeseeeseeeeenseneeee 53 22, Medidores Pneumaticos .........seceeeeseeeeeeeenenenens 53 22,1 Medigdo Direta 2.2.0.0... see eee eee eee e eee ee eee eee eee 34 22,2 Medico Indireta ......... cee cess scence te een e nee eee eens 54 22,3 Vantagens 55 22.4 Desvantagens 55 23, Medidores Oticos 55 23,1 Lupa 55 24, MicroscOpio .......ceceeeecee ee ee eet eee tees eee eeteen eee 56 24 1 Microscopio Simples ........seeeeeeeeeeeeec ence re eeerete 56 24.2 Microscdpio Fotoelétrico 56 25. Projetores de Perfis 57 25.1 Projegio Episcépica .. 25.2 Projegdo Diascopica ... 26. Cristal Plano ..... 27, Rugosidade . 27.1 Desvios .. 27.1.1 Desvio de 12? Ordem . 27.1.2 Desvio ‘de 22 Ordem . 27.1.3 Desvio de 32 Ordem: . 27.1.4 Desvio de 42 Ordem ........ 27,2 Representag&o e Critérios de Rugosidade ........... 27.2.1 Representagdo Grafica de Indicago de Rugosidade ..... 27.2.2 Critérios de Rugosidade mais usados ............ 28, Medigées de Furos Cilfndricos ..... 29. Distancia entre furos ......... 30. Paralelismo 31, Concentricidade 1.2.0... 0... cece cee eee cee eeee i eee 33, Engrenagens .......... 20. eee e ee BH. DTG ER oo cae vewinie ¢ osiniei'e sieieels aahles VISOR HRY Tem EE awe 34.1 Método Brinely.......0....006 34.2 Método Vickers 2.0.0... .eeeeeeeeteceeeeen ee 34,3 Método Rockwell .... 61 61 62 62 65 65 65 66 67 67 68 68 69 69 69 69 69 DIRETORIA 00 ENSINO MANUAL DE INSTRUCAO MANUTERGAO/TELECOM VARIG INSPECAO DIMENSIONAL INSPEGAO DIMENSIONAL 1, HISTORICO DAS MEDIDAS DE COMPRIMENTO Medida de comprimento @ a medigo da dist@ncia, em linha reta, en- tre dois pontos quaisquer de uma pega. Esse conceito @ valid para a dis taricia entre duas faces planas, diametro de um cilindro, de uma esfera, passo de uma rosca, etc. Estudaremos os fundamentos da medigdo de comprimento aplicada a confecgdo mecanica em geral e executada com instrumentos de uso geral. © conceito de medigdo esta estreitamente ligado aos instrumentos usados para este fim, de modo que a descricao da medigao é, em Ultima analise, uma descricdo dos proprios instrumentos. Antes de nos ocupar-mos com os instrumentos para medidas de com- primentos, convém que se faga um retrospecto historico dos mesmos ¢€ suas unidades de medidas, que variavam de cidadé para cidade. As preo- cupagdes de tornar as unidades de medidas independentes de tempo e lugar sd se efetivaram ha pouco tempo. Medir um comprimento @ comparar este comprimento com outro de va lor conhecido e que serve como padrdo ou unidade. A grandeza deste pa drao é determinada pelas pessoas interessadas na sua fixagdo. Com o pas sar dos tempos as exigencias quanto a preciso foram crescendo como de senvolvimento das profissoes e da industria. 2) ORIGEM E _DESENVOLVIMENTO Braga, pé, palmo, polegada, medidas usadas antigamente, eram deri- vadas de partes do corpo humano, como os préprios nomes indicam, Os gregos e os egipcios tinham um padrao de medida de comprimento, chama do ''eibito'', baseado na extensdo do antebrago a partir do cotovelo até a ponta do dedo médio, (Fig.1) POLEGADA coBiTo PE PALMO DIRETORIA DO ENSINO ah 68 MANUAL DE INSTRUCAO aileniatl MANUTENGO/ TELECOM VARIG INSPECAO DIMENSIONAL . Com o desenvolvimento do comércio tornou-se necessirio o estabeleci mento de padroes de medida de comprimento dentro das comunidades ou €: tados. Estes padroes, geralmente, se encontravam afixados em edificios publicos para aferigdes dos interessados em conferir seus instrumentos de medigao. © reconhecimento da necessidade de adotar uma unidade de medida pa drao cedo se tornou evidente e surgiram propostas para derivar uma unida de de comprimento de elementos da natureza, Em {}9/ uma comissao constituida na Franga decidiu tomar a décima milhonésima parte do meridiano terrestre, medida do polo até o equador, e propés usar esta distancia como unidade de comprimento dando-lhe o no- me de "METRO" Estas medigoes foram obtidas com grandes dificulda- des. _ Em 1799 foi depositado no Pavilhao Internacional de Pesos e Med das de Paris uma régua de platina e irfdio em forma de X com a dimensao oficial (na temperatura de 0°C), Em 1837 foi oficializada pelo governo francés. Em 1875 realizou-se a primeira "Convencdo Métrica Internacio nal", na Franca; 18 nagGes adotaram o novo sistema. . A régua padrao tem dois tracos principais, tendo cada um dois tragos auxiliares, entre os quais esta gravado o trago principal e dois tragos lon gitudinais que limitam a_regiao central empregada para medicao, Durante a medigao o metro padrao apdia-se sobre dois roletes de pelo menos 1cm de diametro distanciados 571mm e apoiados sobre um plano horizontal. (Fig. 2) CRIACAO DOS INSTRUMENTOS DE MEDIDA MEDIGAO é@ a comparagdo de uma medida de uma pega com uma medi da da mesma natureza, realizada num corpo considerado como 'tpadrao''. © resultado da medigao € expresso por um numero seguido de uma unida- de de medida como: comprimento (mm) - Angulo (o'") ~ peso (kg) - dure za (Rockwell, Brinell, Vickers, etc) - rugosidade (RMS, CLA, AA) - pla- nicidade (franjas, bandas de luz, etc). Na medig&o determina-se a medida real da pega. CALIBRAGAQ: Procura-se saber_se uma’ medida real da pega est si tuada entre as medidas limites (tolerancia), isto €, se os limites ou des- vios admissiveis entre a_ medida real e a medida ideal foram observadas,. Verifica se os desvios vao influir no seu ajuste a outras pegas, CONTROLE: Procura verificar se determinadas prescrigdes foram cumpridas, geralmente acerca de propriedades que nao sao expressas por niimeros. Controle de alinhamento de superficies, de falhas, fissuras ou trincas, tratamento térmico, montagem, aperto, torque, frenos e o perfei to funcionamento do componente, sistema ou maquina, Para as diferentes finalidades ou tipos de medigdes sao criados ins- trumentos ¢ aparelhos de medigdo totalmente distintos, Os instrumentos estdo em constante evolugdo de precisdo e qualidade, O avango da tecnolo gia, exigiu o desenvolvimento de precisos e complexos mecanismos, Para © controle de qualidade de tais mecanismos sao criados instrumentos cada vez mais sensiveis e precisos. 3,1 SISTEMA INTERNACIONAL "'SI'' © metro de Paris, que deveria medir 10°” partes do quadrante terrestre, resultou 1/5 de mm mais curto, como demonstraram as medi - gdes atuais. Como todo corpo metalicoyesta sujeito a alteragoes com o passar do tempo, causadas pelo envelhecimento dos metais, Procurou-se um valor de referencia na natureza que fosse constante, Atualmente para medidas de comprimentos, com precisao, em padroes de calibres, usa-se comg unidade fundamental 0 comprimento de onda de luz, por satisfazeras exigéncias requeridas, ~ he DIRETORIA 00 ENSINO + eB MANUAL DE INSTRUGAO “ MANUTENGAO/TELECOM Rey VARIG INSPECAO DIMENSIONAL 3.2 METRO _Comprimento igual a 1650763,73 comprimento de onda no vacuo, da radiag3o correspondente 4 transigao entre os niveis 2p10 e 5d5 do ato mo de criptonio 86, resultando o comprimento de onda, da raia cor-de-la ranja. Com isto resulta o comprimento de onda desta linha como sendo = 0, 6057802106 p © Sistema Internacional de unidades, ratificgdo pela "'Undécima Confe réncia Geral de Pesos e Medidas'" em 1960 (117 CGPM em 3080) € basea. do nas seis unidades fundamentais de: comprimento metro m massa quilograma kg tempo segundo s intensidade de corrente elétrica ampere A temperatura termodinamica kelvin K intensidade luminosa candela cd, 3.3 MEDIDAS DE COMPRIMENTO Metro: 1m = 1650763,73 comprimento de onda no vacuo da radia go do isdtopo 86 Kr, resultando a raia cor-de-laranja. Im = 10 decfmetros (dm) 1m 100 cent{metros (cm) Im 1.000 milfmetros (mm) 1m 1.000.000 micron (p) 3.4 MOLTIPLOS E SUBMOLTIPLOS tera T 10! = 1,000,000. 000.000 giga G 10° = 1,000,000. 000 mega M 10° = 1.000.000 3.5 em geral, quilo hecto h deca da deci a centi © mili m micro @ nano n pico P femto f atto a SISTEMA INGLES 10 = 1,000 107 = 100 10 = 10 101 = 0,1 10? = 0,01 x 10% = 0,001 10 © = 0,000,601 10° = 0,000,000, 001 10" Re 0, 000.000. 000.001 19728 = 0,000,000, 000.000, 001 10°'® = 9,000,000, 000.000. 000.001. A Gra-Bretanha e os Estados Unidos da América empregam co- mo unidade de comprimento a polegada: 1 polegada inglesa = 25, 399956 mm 1 polegada americana = 25, 400051 mm Estes valores sido usados somente para medigGes de alta precisao. 1 polegada inglesa 1 jarda 1 pe lmm 1 um (0,001mm) = 1 polegada americana = 25,4 mm = 3 pés = 914,4mm = 12 polegadas = 304, 8mm = 0, 03937 polegadas (0, 040") = 39,37 microinch (40 pn") Estes valores sdo usados nas medigdes técnicas, na mecanica DIRETORIA DO ENSINO = = MANUAL DE INSTRUGAO ri MANUTENGAO/ TELECOM eg INSPECAO DIMENSIONAL 4, ABREVIATURAS FE S{MBOLOS MAIS USUAIS RPM 6 (FI) = hora minuto. (tempo) segundo (tempo) didmetro comprimento altura quantidade de rotagées quantidade de rotagdes por minuto metro decimetro centfmetro milfmetro micrometro quilometro Alfa (€ngulos) Beta (Gngulos) Gama (Angulos) FI (2ngulos) graus cent{grados grau Fahrenheit grau Kelvin graus (Angulos) minutos (angulos) segundos (angulos) grados cent{grados co = miligrados rad = radiano (@ngulo) v= desbaste (usinagem) Ws fino (usinagem) . Wwe liso (usinagem) 10X, 100X = 10 vezes, 100 vezes (amplificagao) \- lambda (comprimento de onda) Ra = rugosidade (Franga, Alemanha, Suiga) CLA = rugosidade (Inglaterra) AA = rugosidade (EUA) RMS = rugosidade . dp = diametro primitivo (rosca) de = diametro externo (rosca) di = diametro interno (rosca) poo passo (rosca) oc es &ngilo dos flancos (rosca) ry indica grau de rugosidade pol = polegada woos 1 polegada awe microinches 5. EFUNDAMENTOS TEORICOS DA MEDICAO 5 Determinar através da medigZo a medida real de uma peca o maispro ximo possivel da medida ideal (zero zero), Controlar se as medidas re- ais da pega estao dentro dos limites pré-estabelecidos (tolerancia). Obter informagées acerca das fontes de erros, das ordens de grandeza dos erros e das leis que os regem. Criar, atraves de medigoes ou ensai os, as condigdes para que as pegas possam ser produzidas dentro das tole DIRETORIA 00 ENSINO nag 8S MANUAL DE INSTRUCAO hie ansrencho/veUtcow exp VARIG INSPECAO DIMENSIONAL rancias e com a qualidade desejada, Para estas diferentes finalidades das medigdes, frequentemente devem ser empregados proceasos e aparelhos de medigao totalmente distintos, Mediante uma_medigdo racional durante o Processamento @ possivel controlar a produgao de tal maneira que a quali dade mfnima exigida seja mantida em quaisquer condigdes, podendo-se li mitar a inspegao, em muitos casos, & medigao de algumas poucas amos- tras. Dispositivos especiais autométicos de medigdo podem contribuir decisi vamente para a melhoria das condigdes econdmicas e para o aprimoramen to da qualidade dos produtos. Para finalidades especiais podem ser obti- das tolerancias mais reduzidas (tolerancia de selegdo) através da classifi cacao (automatica) das pegas prontas em grupos de tolerancias, Ler no significa_medir: Nos instrumentos indicadores, a precisdo da leitura ndo esta relaciona da com a incerteza de medicdo, nao informando nada acerca do valor ver dadeiro e da reprodutibilidade de um resultado de medicdo, Através de uma escala e uma ampliagdo otica, ou através do aumento da amplificagdo do mecanismo de medicao, a preciso da leitura pode ser aumentada de ma- neira quase que ilimitada, poreém nem por isso os resultados se tornam. mais precisos. Por exemplo: . pode-se num relogio comparador, com um + valor de escala de 0,01mm, aumentar a precisdo da leitura por amplia- goes adicionais até 1/1.000mm ou mais; no entanto os erros de medigao e a incerteza de medi¢do continuam, podendo eventualmente ser ainda maio- res, devido & adigao de novos erros do mecanismo do reldgio. 6. ERROS DE MEDICAO Uma medida perfeitamente correta (zero zero) nao existe. Qualquerme digo @ afetada pelos erros dos processes de medigdo e do padrao de refe réncia, pelas imperfeigdes do dispositivo de medigao, pelas condigdes do operador (condigoes pessoais), pelas condigdes das pecas a serem medidas @ pelas condigdes do ambiente, tais como a temperatura, a iluminagdo, tre pidagdes, variagdes de tensao, montagem incorreta do dispositivo de, medi a0, que conduz a uma rapida fadiga do operador, violagao do principio de Abbe, dispersdo e erro do instrumento de medigao, deformagoes causadas pelo proprio peso, forca de contato, limpeza, estado superficial e forma das superficies de contato e de referencia, visao do operador, capacidade -9- de dicernimento para assimetrias, sensibilidade, tato, calma, etc, ou se- ja, aptidao para a medigao. Os erros assim provocados podem ser classificados em: Erros Acidentais; que nado dependem da vontade do operador, nao po dendo ser determinado, Erros Sistematicos: causados por tendéncias unilaterais existentes nas fontes de erros citados anteriormente, Erros sistematicos sao controla - veis e determinaveis, 6.1 PRINCIPIO DE ABBE Ernest Abbe estabeleceu em 1890 0 seguinte princfpio: 0 compri. mento a ser medido da pega "P" deve estar sityado sokre o prolongamen- to retilineo do padrdo "N" (escala, bloco-padrao, micrometro}, uma vez que nesta disposigaio ndo_aparecem erros de medigao de 1% ordem. _ Toda, vez que esse principio nao é satisfeito, tém-se, um erro de gmedigao de 1° dem, Na figura n? 3, a folga F representa o erro de 1° ordem para o caso do paquimetro. Erros de 12 ordem: ocasionados quando nao fica satisfeito o princfpio de ‘Abbe, devido ao angulo @ (FI) de desalinhamento, (Fig. n? 3) Erros de 2° ordem: ocasionados quando fica satisfeito o principio de Abbe, porem 9 mesmo nem sempre pode ser respeitado devido a razoes de or dem pratica, (Fig. n? 4), ERRO DE PRIMEIRA ORDEM FIG. 3 = 10 = MANUTENGAO/TELECOM: VARIG INSPECAO DIMENSIONAL DIRETORIA 00 ENSINO MANUAL DE INSTRUCAO ERRO DE SEGUNDA ORDEM 6.2 PARALAXE .Aparece nos instrumentos indicadores quando 0 ponteiro estiver a uma distancia "a" da escala e 2 sua posigfo nao for lida num plano perpen dicular ao plano da escala ou quando o plano da escala do padrao estiver a uma distancia "a" do plano da pega, fazendo com que, no caso de uma di regdo de observagao inclinada, uma divisao errada da escala coincida, com © trago de referencia da pega. O erro causado pela paralaxe é de 1° om dem. (Fig. n® 5) 7, PRINCfPIOS QUE REGEM A MEDICAO 7,1 PRINC{PIOS MECANICOS As forgas que atuam durante a medigao podem provocar variagdes de comprimento devido ao fator de achatamento causado pela forga de con- tato. O efeito do achatamento desaparece quando a pega e o padrao tive- rem a mesma forma e 0 mesmo acabamento superficial, forem do mesmo * material e medidos com « mesma forga de contato. Este contato mecani co deve ficar dentro de certos limites, para nao prejudicar o resultado da medigZo com a inclusdo de erros causados por pressdo, flexdo ou desgaste, 7.1.1 PRESSAO: ocorre um encurtamento da pega ou um achata mento em superficies curvas. © encurtamento é diretamente proporcional ao comprimento da pega, sendo portanto mais critico quanto mais longo for © comprimento da pega. Em pecas muito longas (compridas), o proprio pe so causa encurtamento, quando colocada no sentido vertical. No achatamen to devemos considerar: plano contra esfera, plano contra cilindro, esfera contra esfera e cilindro contra cilindro, 7.1.2 FLEXAQ: ocorre em pegas longas, quando nao so apoia “das corretamente. A escolha apropriada de apoios de blocos padrao, com pridos, se consegue mesmo flexionando, mantendo as faces paralelas; para tal @ necessario apoiar o bloco padrao sobre dois pontos distantes 0,2113 © comprimento total, afastados dos extremos. 7.1.3 DESGASTE: modifica a forma geométrica e a dimensio, So causados pelo contato mecanico gerando atrito entre o instrumento de medig&o e a pega, Controla-se o desgaste do instrumento, evitando a mo vimentagao desnecessaria do mesmo sobre a pega. Nao se pode eliminar. © desgaste totalmente, mas se pode reduz{-lo consideravelmente, Os instru mentos de medigdo sao construidos com materiais que possuem grande re sistencia ao desgaste como agos ligas, metal duro, diamante (pedras pre ciosas), O desgaste ocorre nas partes méveis de contato com a pega a ser medida. Exemplo: cursor, régya, encosto fixe, encosto mével, garras € haste de profundidade de um paquimetro, pontos de contato, rosca deum micrometro. VARIG Sy DIRETORIA 00 ENSINO - ad i MANUAL DE INSTRUCAO Fee ianurengiorrelecou exg NSPECAO DIMENSIONAL 7.2 PRINC{PIOS GEOMETRICOS 2 A -medicdo industrial lida com formas geométricas definidas, prin cipalmente retas, circunferéncias e arcos de cfrculos. Para perfis cur- vos € contornos especiais, usa-se leis mateméticas (coordenadas), As rela goes geométricas entre a pega € o instrumento a medi-la devem ser deter minaveis para provar que nao ha desvio nas formas da pega. Quando isto ocorre, o sistema de medig&o deve ser capaz de re conhecer e determinar estes desvios,- A forma dos pontos de contatos do instrumento de medida deve ser apropriado ao feitio (perfil) da pega, Quan do a peca é esférica ou cilindrica as pontas de contato do instrumento sdo planas. Se a pega plana os contatos sao abaulados. Se o contato entre pega e instrumento nao for-uma relagZo geométrica perfeita, teremos um erro (geométrico) de contato, Em medigoes de rosca os erros de contato, aparecem frequentemente. Os desenhos representam pegas de formas geo métricas definidas, porém as pecas prontas apresentam desvios de formas e dimensdes, Pegas planas devem ser controladas em dois sentidos per- pendiculares entre si, Eixos, pinos e hastes podem variar muito da for- ma redonda, Em uma pega oval encontramos o diametro maximo e mfni- mo, , No caso de pecas (de mesma espessura) semelhantes a um polfgono de nimero de lados desconhecidos, devemos recorrer ao auxilio de = um prisma e um reldgio comparador. Verificamos a forma cilindrica e a con centricidade entre seus diametros. Os desvios das formas geométricas de pendem da grandeza das tolerancias das medidas da pega. '" O princfpio de Abbe é um princfpio geométrico'’. 7.3 PRINCIPIOS FisICos © volume dos metais e dos materiais em geral cresce com 0 au mento de temperatura e diminui com a diminuig3o de temperatura, 0 coe ficiente de dilatagdo varia conforme o tipo de material, Devido a esses, @ muito importante o fator temperatura, Para evitar erros de medigao (de vido a fatores fisicos), se padronizou, em todos os paises, a temperatura em 20°C (temperatura padrao). Exemplo: coeficientes de dilatagao de pe- gas de 100mm de comprimento, de diferentes matérias e para a variacao de 19C de temperatura, magneésio 0,0028 mm alumfnio 0,0024 mm bronze 0,0018 mm ago 0,0011 mm. TEMPERATURA DE REFERENCIA Todos os paises adotam, independentemente do seu sistema oficial, 2 temperatura padrao de 20°C, para referencia nas medigoes industriais. Para medigdes de precisao a igualdade de temperatura das pegas edos instrumentos de medigao se reveste de especial importancia, As pegas a serem medidas devem ser levadas @ sala de metrologia varias horas antes da medigio, devendo ser colocadas sempre que possivel sobre um desem- peno de grande massa. Para reduzir uma diferenga de temperatura de 5°C para 0,1°C, empe gas de 1kg, sa0 necessarias de 8:00 a 10:00 horas, As pegas e os instru mentos de medigao devem ser protegidos contra a transmissao do calor pe ja mao do operador, com uso de material isolante térmico, Os instru: mentos de boa qualidade j4 vem com esta protegao, Instrumentos de medi nao e pecas a serem medidas devem ficar afastadas ou protegidas das fon ses geradoras de calor (iluminagao, aquecimento). Os instrumentos de medigao mais usados na técnica da determinagao das temperaturas sao classificados em dois grupos: 19 Grupo: termémetros de contato, entra diretamente em contato com @ Substancia cuja temperatura deve ser medida; o calor é transmitido por condugao. Para temperatura de - 200°C a 1,500°C. 29 Grupo: pirémetros de irradiag&o 30 aqueles que nao necessitam deste Contato direto com a substancia cuja temperatura deve ser medida, Apro- veita ag irradiagoes emitidas pelo objeto em medigdo, concentrando-os por meios oticos sobre um receptor. © aquecimento deste, assim produzido , Constitui uma medida da temperatura do objeto de medigao, Para temperatura de 600°C a 2,000°C, (Fig. n? 6) -14- 2) DIRETORIA 00 ENSINO MANUAL DE INSTRUGAO MANUTENGAO/TELECOM VARIG INSPECAO DIMENSIONAL ‘ - ~ TERMOMETROS PIROMET ROS - FIG 8.1 TIPOS DE TERMOMETROS Tipos de termometros de contato: termémetros de bulbo de vi- dro, termometros de molas, bimetdlicos, elétricos de resisténcia, pares * termoeletricos, Tipos de pirSmetros de irradiagao: de irradiagdo parcial, irra- diagdo total. Processos especiais: corpos fusiveis, tintas indicadoras de tem- peratura ¢ controle da temperatura por meio simples (madeira de pinho, sa bao e agucar), CORES DE INCANDECENCIA Amarelo claro 228°C Infeio de vermelho escuro 650°C Cc Amarelo escuro 240°C vermelho escuro 700°C Amarelo pardo 255°C vermelho cereja 800°C Vermelho pardo 265°C vermelho claro 900°C <8 = Vermelho purpireo 278°C vermelho salmao 1.000°C Violeta 285°C laranja 1, 100°C Azul escuro 295°C amarelo limao 1, 200°C Azul claro 310°C | branco 1,300°C Cinzento 325°C 9. MANUSEIO E CONSERVACAO DE INSTRUMENTOS Os instrumentos de medigdo devem ser manuseados adequadamente pa- 2 afastar influencias danosas que diminuem a precisao e durabilidade dos mesmos. Durante o manuseio a sensibilidade com que se usa o instrumen to deve ser adaptado a natureza da medigao e do instrumento; tratar inade_ quadamente ou com rudeza um instrumento demonstra falta de habito em atividade que requer sensibilidade manual ou desconhecimento da técnica de medigao. Estas condigdes sao adquiridas com ensinamentos e adaptagao, Os re- quisitos mais importantes para o operador de medigao sao: tranquilidade , limpeza, paciéncia, cuidado com os instrumentos, conciéncia da responsabi lidade, autocritica, sensibilidade, habilidade manual (tato), experiéncia, for mago profissional e pulso firme. Durante uma medigSo, nunca forgar o instrumentg ou forgar a entrada do instrumento na pega a ser medida, nem movimenta-lo desnecessariamen te na pega. 9.1 PROTECAO: Muitos instrumentos rapidamente se tornam impre: taveis por danos ou quebra, Devem ser. resguardados de choques, quedas, transporte e armazenamento, O instrumento que leva um choque forte pro vavelmente se deforma e perde a precisao, Muito sensfveis s&o os instrumentos indicadores de medidas, so mui- to sensfveis, pois possuem muitas pegas méveis e delicadas, 2 9.2 LIMPEZA: poeira, sujeira, rebarbas na pega a_medir, cavacos, pegas mal limpas, alteram o resultado da medigao; medigdes erradas e da - 16 - : DIRETORIA 00 ENSINO i eh MANUAL DE INSTRUGAO tanreneio tte tay YWARIG INSPECGAO DIMENSIONAL nificagdes no instrumento, diminuem a vida itil do,instrumento, Todos os instrumentos, devem ser limpos, removendo-se o po e lubrificantes antes do uso. Apds 0 uso, se o instrumento vai ser guardado por um perfodo muito longo, ele deve ser protegido com uma fina camada de lubrificante nao acido, Devem ser guardados em locais secos, sem vapores acidos ¢ ‘@ temperatura apropriada (de preferéncia no padrao 20°C), SO se obtém medigdes precisas em locais sem poeira, vibragdes, boa iluminagdo, temperatura padrao, umidade padrao, etc. As salas de medigao devem ter controle de temperatura e de umidade. Na temperatura padrao (20°C), os instrumentos e as pegas apresentam di- mensoes prescritas. No verao esta temperatura provoca resfriados, ele- vando-se para 22°C, sfo evitados sem afetar significativamente as medi - g6es, Todos estes requisitos ndo podem ser cumpridos rigorosamente na oficina, porém algumas regras fundamentais devem ser observadas para evi tar os erros grosseiros. Pecas e instrumentos devem ser protegidos de mudangas bruscas de temperatura local, provocadas por aquecedores, irradiagao solar, —_fontes de iluminagdo proximas e intensas, . Instrumentos de grande precisdo e sensibilidade, que sao operados di- retamente na mao devem possuir protegdo termica e somente ali devem ser segurados para evitar transmissao do calor do corpo humano, Instrumen- tos e pecas devem permanecer por tempo apropriado na mesma temperatu ra; um ventilador contribui para diminuir este tempo, antecipando o equill- brio de temperatura. 9.3 LUBRIFICACAO: os movimentos das partes méveis dos instrumen tos de medigao sao geralmente pequenos assim como os esforgos que exer= cem, sendo secundaria a importancia da lubrificagao. Sao lubrificados levemente e em intervalos longos, de acordo com o uso do instrumento. O excesso de lubrificante facilita o aparecimento de forgas de adesio, tornando os movimentos lentos e a indicagao duvidosa, Nos mecanismos mais sens{veis o endurecimento do lubrificante pode proyocar bloqueio total dos movimentos, Os mecanismos articulados de relogios comparadores e apalpadores nao sao lubrificados, Guardar os instrumentos adequadamente, e em local apropriado; nao colocar 0 instrumento, 2m contato com outros ou pegas soltas dentro de gavetas; de preferéncia cada um no seu estojo. No local de uso colocar 0 instrumento sobre uma superficie maior, limpa e longe de pegas ou ferra mentas, . INSTRUMENTOS DE_MEDICAQ 10,1 ESCALAS FEscalas ou réguas graduadas so instrumentos de medigdo_ provi dos de uma escala graduada, usadas para medigoes de pouca precisio, A medida @ lida a partir do ponto de referencia, (Qyif-..) até o ponto de coincidéncia da pega com a escala, na divisdo da escala que melhor coin cidir com o extremo da pega que se esta medindo. Sao fabricadas em diversos materiais.e diversos graus de pre sao, dependendo do uso a que se destinam, (Fig. n? 7) (Fig. A) DIRETORIA 00 ENSINO MANUAL DE INSTRUGAO ‘MANUTENGAO/TELECOM INSPECAO DIMENSIONAL VACE BORDA ESCALA FIG, A GRADUAGAO ENCOSTO 7 19. 10,1,1 ESCALAS DOBRAVEL minio ou outros materiais. tipo comum de madeira, ago, alu Desvio admissivel: até Imm por 1m, 10.1.2 FITAS METALICAS DE ACO: geralmente enrolada em um estojo para uso geral, Desvio admiss{vel: 0,75 a 1mm por 1m, 10.1.3 ESCALAS DE TRABALHO QUALIDADE 1 E Il: material de confecgdo é ago nao temperado, coeficiente de dilatagzo a 20°C = ... 0, 0000115. Comprimento até 5m a segdo retangular @ de (5 x 25)mm até (14 x 70mm, Divisio da escala graduada gravada na face larga, iniciando em um dos extremos. 10.1.4 ESCALAS DE COMPROVACAO; geralmente de ago nao terperado, com coeficiente de dilatagao a 20°C mais ou menos 0,0000115. Sedo transversal quadrada, de 15mm até 25mm, de acordo com © scu comprimento (comprimento maximo 2m), A gravagao da escala gra- duada inicia a mais ou menos 10mm das bordas dos extremos. Ocasional- mente sao de materiais como: latao, bronze, vidro e quartzo, 10.1.5 ESCALAS DE COMPARACAO:’ confeccionadas nos mesmos materiais da anterior (escala de comprovagao). O perfil da seco transver sal pode ser em "H, Ue X"; a escala graduada encontra-se na face neutra do perfil, Em comprimentos até 200mm € permitido o uso do perfil qua- drado na segao transversal. A escala graduada nao vai até os extremos e © comprimento da régua é de até Im. Na escala de trabalho, a graduagdo da egcala vai da esquerda pa ra_a direita, quando olhada a borda graduada, Nas escalas de comprovagao, a graduagao da escala é da direita para a esquerda (ao contrario), facilitando a comprovagao pela justaposigao das duas escalas, - 20- . DIRETORIA 00 ENSINO + cht Ee MANUAL DE INSTRUCAO Bere. anchor eutcom tag VARIG INSPECAO DIMENSIONAL Encontramos escalas verticais com tragadores, para medigoes de alturas, que podem ser providas de nonio. Existem tipos especiais de es- calas e reguas graduadas para uso em fundigdo (modelagem), matrizes de forjaria, etc. Estas escalas compensam as variagoes dos materiais. 10.1.6 USO DAS ESCALAS OU _REGUAS GRADUADAS Encosta-se a escala na pega corretamente, com a vista desarmada ou com umd lupa e lé-se.a medida. Escalas fixas em maqui- nas sao lidas em relacdo a uma marca de referéncia ou nonio, Quando fi zermos a leitura na escala, devemos cuidar para nao cometer o erro de paralaxe. Grande cuidado € necessario quando tiramos uma medida com o compasso de pontas secas, para nao danificar a escala e para obter a me dida desejada, 10,2 REGUAS DE PRECISAO So usadas na verificagao de superffcies planas. Geralmente de ago temperado, com perfil triangular, quadrado ou retangular, Para uso nas oficinas, tem um perfil em I ou faca. O gume da regua € 0 padrao de referencia, (Fig. n? 8) 10.2.1 COMPARACAO DE PLANOS COM REGUA DE PRECISAQ f uma verificagdo grosseira de planicidade em superff - cie, Colocando a régua sobre a superficie e deslocando-a em um dos ex- tremos, a régua gira sobre o ponto mais alto da superficie, se houver, Pa ra obter um resultado numérico, devemog medir as discrepancias com au- xilio de uma régua e blocos padréo, Apdia-se a régua sobre os blocos pa drao de mesma espessura, distantes 2/9 (do comprimento) dos extremos. Verificamos as distancias entre a régua e a superficie com blocos padrao em diversos pontos ao longo da _régua (entre os dois apoios). Pequenas su perficies sao verificadas com régua de gume, 10.2.2 VERIFICACAO DE PARALELISMO ENTRE DUAS FACES | Usa-se o paquimetro, micrémetro, apalpador com supor- te ou relégio comparador, A escolha do instrurhento depende da precisao da medida, das dimensoes das faces e se sao faces externas ou internas. Deve-se levar em conta a pressao do instrumento, que pode oca sionar erros na obtengao da medida, dependendo da rigidez da pega ou fa ces. Distancias entre ressaltos paralelos ou escalonados sdo medidos com paquimetros, micrometros de profundidade, relogios ou apalpadores montados em suporte ou com blocos padrao e régua de gume, podendo ser medido também o paralelismo dos ressaltos. ia produgdo de precisao e de grande escala, usa-se desde cali- bradores até maquinas de medir, 10,3 PAQUIMETROS £ a combinagdo de uma régua graduada com dois encostos, sendo um mével sobre a régua e outro fixo, na extremidade da mesma, Perten- cem aos instrumentos de medigdo de comprimentos, empregados com mai- or frequéncia nas salas de metrologia e oficinas, A divigao principal da régua é de milfmetros inteiros; a leitura @ feita com auxilio do nénio; a divisao do nénio € gravada sobre a superficie inclinada do cursor, a fim de evitar os erros de paralaxe, A precisdo da leitura pode ser de: 1/10mm, 1/20mm e 1/50mm.. = 22 - DIRETORIA DO ENSINO et ER De . MANUAL DE INSTRUCAO : a ae MANUTENGAOY TELECOM VARIG INSPEGAO DIMENSIONAL Controlando com os devidos cuidados através do correto uso, das areas de contato, e com as pegas a serem medidas, evitam-se desgastes prematu - ros,. conservando sua precisao, No paquimetro, as diregoes de medigao e a escala nao estao alinhadas, mas sim paralelas; assim sendo, o prinef pio de Abbe nao @ observado e no caso de uma inclinagado do bico movel, @parecem erros de medigdo de 1% ordem. (Figs. n? 9, B,B1) (Fis. Bt 52, a) PAQU{METROS 10.3.1 PAQU{METROS DE PROFUNDIDADE: destinados a medi- go da profundidade de furos, de resaaltos e rebaixos em pegas; asseme- Iham-se aos paqu{metros comuns, A sua construgao e os erros admiss{veis nao s40 normalizados, podendo apresentar as mesmas caracterfsticas dos paquimetros comuns, = 93 - 10.3.2 PAQU{[METROS DE ALTURA: destinados a medigdo de: alturas, Os graminhos sao empregados para medigdo e tragado de alturas, a partir de um plano de referencia (desempeno). © erro de medigdo de 1° ordem, causado por uma inclinagao, pode ser evitado fazendo 0 ajuste dos bicos com o auxilio de blocos padrao, A verificagao da precisdo dos paqufmetros é feita com blocos pa drao, PAQU{METRO -ARAFUSO DE FIXAGKO GARRAS ” NQNIO EM POLEGADA (VERNTER) nécua craovapa [\ fi “A ] é CURSOR NONIO EM MILIMETRO (VERNIER) WASTE DE PROFUNDIDADE ENCosTO MOvEL, FIG. B - me DIRETORIA 00 ENSINO MANUAL DE INSTRUCAO MAMUTENGO/ TELECOM INSPECAO DIMENSIONAL = OR + cf TIPOS DE PAQU[METROS FIG, B1 PLICACAO DO PRINC{PIO DO VERNIER DE 0, 1mm Nesta folha sera estudado apenas o caso,do VERNIER de 0,1mm. fiste tem o comprimento total de 9 milfmetros e @ divi _. Gido em 10 partes iguais (fig. 1), Entao, cada di- [aw visdo do vernier vale: 9mm = 10 = 9/10mm, Portanto, cada divisio do vernier @ 1/10 me- ~ | Meret or do que cada divisao da escala, Fig. 1 - Vernier 1/10mm (Graduagdes ampliadas) Resulta que, a partir de tragos em coin- cidéncia (como mostra a fig. 1), os primeiros tragos do vernier e da escala se distanciam de 1/10mm; os segundos tracos se distanciam de 2/10mm; os terceiros tra- cos se distanciam de 3/10mm; e assim por diante. Este principio @ o mes mo, quer contando ao sentido do "zero" para o "10" do vernier, quer no senido contrario, Conclusfo: A PARTIR DA COINCIDENCIA DE TRAGOS do vernier da escala, uma divisdo do vernier da 1/10mm_ de aproximagao, duas divi sdes dao 2/i0mm_ de aproximagao, trés divisoes dao 3/10mm de aproxima g30, ¢ assim por diante. EXEMPLOS: Na fig. 2, a leitura € 59,4mm, porque o 59 da escala es sates do "zero" do vernier e a coincidencia se di no 42 trago do ver Lizee Fig. 2 Fig. 3 (Graduagdes ampliadas) (Graduggoes ampliadas) Na fig. 3, a leitura € 1,3mm, porque o 1 (milimetro) da escala esta antes do "zero" do vernier ¢ a coincidencia se da no 3° trago do mesmo, Fl, Bl = 26 - DIRETORIA 00 ENSING + Seti Le MANUAL DE INSTRUCAO = manurenchor TELECOM ee) VARIG INSPECAO DIMENSIONAL QUESTIONARIO 1) Qual 0 nome da graduagao especial do paquimetro, que da a apro ximagao ? 2) Que aproximacgao pode dar um vernier de medida de 9mm, dividido em10par © tes iguais ? ' tele 2 ts 3) Quais os tipos usuais de paquimetro ? 4) Faca as leituras indicadas nas figs, 4, Fig. 4 Se 6. . (Graduagées ampliadas) 11 Tipe Th Fig. 5 Fig. 6 (Graduagoes ampliadas) (Graduag6es ampliadas) Por vézes, aparecem simplificagdes na leitura, como se exemplifica~ a seguir, surgindo resultados com aproximagdes em 64 ou 32 avos. 19 exemplo - ESCALA: 1_L_ - VERNIER: 6? trago, ou See . 16 Ora, - SOMA: 1_1_.4 3. - 1 4_ 16 64 = 27 - 29 exemplo - ESCALA: 2 a - VERNIER: 4? trago, ou A * [28 32 + 1" 2 24", 1", SOMA: tl - 2 28 32 32 32 32 39 exemplo - ESCALA: 27" - VERNIER: 29 traco, ou . 8 ora, 2". 1" 128 64 soMA: 2_7" 4_1" _ 2 56", 1" _ 9 _57" 8 - 64 64 64 64 EXPLICACAO DO VERNIER DE 1/128 DA POLEGADA - O vernier que aproxima até 1/128 da polegada tem o comprimento total de 7/16 da polegada e é dividido em 8 partes iguais (fig. 1). Cada divisdo mede, por tanto, 7/16" - g = 7/16"x 1/8 = 7/128". See [TY 04 Fig. 1 - Vernier de 1/128" Fig, 2- Leitura 1 29/128" (Desenho ampliado) (Desenho ampliado) Ora, cada divisdo da escala mede 8/128" (-1/16"), Resulta que cada divisdo do vernier é 1/128" menor do que cada divisao da escala. A par tir, pois, de tracos em coincidencia (de "0" para "8" ou, no sentido con- trario, de "8" para "0") os 1%s. tragos do vernier e da escala se distan- ciam de 1/128"; os 29s. tragos de 2/128" (ou 1/64"); os 39s, tragos de 3/128"; os 42s. tragos de 4/128" (ou 1/32"); os 5%s. tragos de 5/128"; os 6s, tragos de 6/128" (ou 3/64"); os 79s. tragos de’7/128 Fl. B3 - 28 - DIRETORIA 00 ENSINO MANUAL DE INSTRUGAO MANUTENGAO/TELECOM VARIG INSPECAO DIMENSIONAL Exemplo - Na fig. 2, a leitura é 1 29/128", porque o zero do vernier esta entre 1 3/16" e 14/16" e a coincidéncia se da no 5° trago, Entao: +8" 2, 4" 4 5" | 29 16 128 128 128 128 QUESTIONARIO Escreva, abaixo de cada figura, a leitura correspondente: |e TT I v 2) be eS {FRR 3) = 29 - 10.4 MICROMETROS Criado na Europa e EUA simultaneamente em meados do século passado, permite leitura até 1/100 de mm ou 1/1000 de polegadas. Por muito tempo estes valores eram o limite usual de precisdo. Consiste de um parafuso micrométrico que se desloca dentro de uma luva roscada, cu ja extremidade dianteira constitui a superficie de medigao (ponto de conta- to, formando um plano perpendicular ao eixo do parafuso) e na extremida , de oposta apresenta a rosca "padrao" retificada, com passo de 0,5mm, atualmente também 1mm ou 40 fios por polegadas, alguns com 4 entradas de rosca, tipo rapido. . Sendo 9 eixo do parafuso micrométrico também o eixo do padrao de re feréncia, nao ocorre erro de 1° ordem, © curso de medigao € de 25mm ou 1", ‘No tubo graduado tem os milfmetros inteiros e os meios milfme- tros (no de polegadas cada divisao equivale a .025"). A leitura da parte inteiza é feita junto a aresta do tambor de medigao. © tambor graduado em milimetro com 50 ou 100 divisdes. Com 50 divi- soes, cada divisdo equivale a 0,01mm. © tambor graduado em polegadas apresenta 25 ou 50 divisdes, Com 25 divisdes, cada divisdo equivale a .001", Com 50 divisdes, cada divisao equivale a .0005", ‘As divisdes do tambor sao gravadas na parte cOnica até a borda — do tambor para evitar erro de paralaxe. -Cada divisdo esta afastada 0, 8mm da divisao anterior e da posterior. Para melhorar a precisao @ gravado no tubo junto aos inteiros, um no nio, com 5 divisoes, equivalendo cada uma 0,0002mm. No de polegadas, com 5 divisdes no nonio, cada divisdo equivale = a 0001" (possui no tambor 30 divisdes, cada divisab equivalendo a 0005"). Com nénio de 10 divisdes, cada divisio equivale a .0001" (possui: no tambor 25 divisoes, cada divisdo equivale a .001"). e (Fig. 10, Fig. C) (Fis. C1, C2, C3, C4 e C5). DIRETORIA D0 ENSINO + meth me MANUAL DE INSTRUGAO = -MANUTENGAO/ TELECOM VARIG INSPECAO DIMENSIONAL 10.4.1 MICROMETROS ADAPTAVEIS; usados em guias dos bar ramentos, ‘nas mesas ajustaveis, (de maquinas operatrizes), Em dispositi, vos de medigao, microscopios, projetores e casos especiais. 10.4.2 MICROMETROS EXTERNOS: basicamente se compée de um arco, um por Tongamento retilineo (tubo graduado, colar, parafuso mi crométrico, catraca ou fricgdo), trava, contato fixo (em micrometros de dimensdes maiores este contato pode ser movel, jogo de 4 ponteiras), Possuem plaquetas de protegao térmica. A catraca ou fric¢do re guld a pressdo de contato do instrumento com a peca de 0,5 a 1kegf, Em micr6metros para medidas superiores a 500mm, o arco apre senta forma especial, para aliviar peso. Os pontos de contato sao prote- gidos, temperados ou metal duro, envelhecidos, lapidados, planos e para- lelos. A forma dos Pontos de contato variam de acordo com o fima que se destinam, Os micrometros externos s€o de diversos tipos: leitura sim ples, leitura digital, com nonio, sem nénio, com relogio comparedor, etc. 10.4.3 MICROMETROCS INTERNOS: possuem contatos laterais de + medig&o (3 contatos), moyendo-se simultaneamente em sentido radial. Me dem furos desde 6mm até 300mm. Existem micrometros especiais com contatos méveis (cambiaveis), na faixa de 15 a 60mm, Os contatos sao trocados por outros com perfil apropriado para medir roscas, pistas de rolamentos, ranhuras, furos com perfis dentados, ete, (Fig. 11). Um tipo éspecial de micrdmetro interno € 0 micrdmetro tubular para didmetros de 30mm até 4600mm ou mais, Nos micrometros internos © tubo graduado e o tambor graduado tem 0 mesmo sentido de divisdes que os micrémetros externos, porém a medida @ gravada da maior para a menor. 10.4.4 MICROMETROS DE PROFUNDIDADF: apresentam uma superficie de medigao comprida, estreita e plana junto @ luva, apoiada 50 bre as superficies frontais do furo, a partir do qual o parafuso micromé- trico se prolonga para dentro do furo, So colocados com os seus pontos de apoios, sobre um desempeno ou similar; que determinam a superficie de referéncia, a superficie de medigao junto ao parafuso mével indica a al , ‘ra, O curso do parafuso micrometrico €@ 0 mesmo do micrometro ex = verno, As hastes de contato sao substituiveis; um jogo de 4 ou 6 pontei- ras acompanham o micrémetro de profundidade.* (Fig. 12) Existem tipos especiais para.medir alturas; 0 parafuso micromé trico porta um determinado nimerc de superifcies de medicdo distanciadas entre si em 25mm, de modo que o sparelho apresenta, sem auxilio de ou tros dispositivos de medigao, uma faixa de 0 até 150mm ou de 0 até 300mm, para um deslocamento de 25mm do parafuso micrométrico, Os micrometros, em geral, requerem um conhecimento aprimo- rado do operador para obter a medida real e evitar danificagdes no instru mento, O controle de afericao dos micrometros é feita com blocos pa- drao, furos calibrados (padrao), em varios pontos do parafuso micrométri co. FIG. 10 = 326 DIRETORIA 00 ENSINO MANUAL DE INSTRUGAO ‘ManuTENGlO/ TELECOM INSPEGAO DIMENSIONAL MICROMETROS INTERNOS FIG. 14 MICROMETROS DE PROFUNDIDADE FIG. 12 = a3 - 3D “Dla OULAWQuoIW oydvios aq syzanbvie cavnavus ogns, ‘"1ZAQW OLVLNOD ootwagwououe Osnzvuva Oa SisvH - 346 DIRETORIA 00 ENSINO MANUAL DE INSTRUCAO. MANUTENGLO/TELECOM VARIG INSPECAO DIMENSIONAL LEITURA NO MICROMETRO DE 0,01mm - Na fig. 1 encontra-se: 9 tragos na graduagao da bainha (9mm); 1 trago além dos 9mm na graduago dos meios milfmetros da bainha (0,50mm); na graduagdo circular do tam- bor, a coincidéncia com a reta longitudinal da bainha se da no trago 29 (0,29mm). Leitura completa: : 9mm + 0,50mm + 0,29mm = 9,79mm Q MECANISMO DE FRICCAO OU CATRACA - A perfeigao do contato das superficies da pega a medir com"as faces da haste e do encosto do micrometro € garantida’ por meio de um mecanismo de fricgfo ou de uma catraca. © seu botdo de acionamento fica no extremo do tambor, Qualquer dos dois sistemas (fricgao ou catraca) permite que se produza um contato preciso, sem que haja pressao capaz de forgar o mecanismo delicado do micrometro, A medigao €, assim, exata, EXEMPLOS DE _LEITURAS DE MICROMETRO DE 1/100 DE MIL{[METRO Leitura: 17,82mm Leitura: 6, 62mm QUESTIONARIO. 1) As réscas do parafuso micrométrico e da sua porca tém importan- cia no funcionamento do micrometro? Por que? 2) Em que casos 0 mecanico deve usar 0 micrémetro: para medir com milfmetros, centésimos de milfmetros ou décimos de milfmetro de aproximagao? 3) Num micrometro que tenha graduagdes de milfmetros e meios milf- —~ metros na bainha e que aproxime 1/100mm, qual o passo do parafu so micrométrico? 4) Dé a nomenclatura das partes do micrometro, 5) Para que serve o mecanismo de fricgo ou a catraca? 6) Quais sdo as pegas que fazem com que o tambor gire em térno da bainha e a haste se aproxime ou se afaste do encosto? 7) Faga as leituras seguintes: e(" cog Teer fh / A) mm B) mm C) mm -—D) mn Dois instrumentos estdo apenas nos seguintes ponto 1) © parafuso micrométrico do micrdmetro de 1/1000'' @ de 40 fios por polegada. O do micrometro de 1/100mm @ de 0,5mm de passo, 2) Na graduagao da bainha, o micrometro de 1/1000" apresenta cada polegada dividida em 40 partes de 0,025" cada uma, O micrometro de 1/100mm apresenta divis6es em milimetros e meios milfmetros. 3) Na graduagdo do tambor, o micrémetro de 1/1000" tem 25 divisdes sorrespondente cada uma a 0,001". © micrometro de 1/100mm tem no tambor 50 divisoes, correspondendo cada uma a 0,01mm, OUTROS EXEMPLOS DE LEITURAS NO MICROMETRO DE 1/1, 000" ae A El @ EL @ be - EXP Leitura: 0,736" Leitura: 0,138" (7x0,1" + 10,025" + 11x0,001") (1x0,1" + 1x0,025" + 13 x0, 001") FL, C2 - 36 - OIRETORIA 00 ENSINO + abt && MANUAL DE INSTRUCGAO eich Le MANUTENGAO/TELECOM VARIG INSPEGAO DIMENSIONAL eed O1zsaser 5 Leitura: 0,769" (5x0,1" + 3x0, 025" + 7x0, 001") (7x0,1" + 2x 0,025" + 190,001") QUESTIONARIO : . 1) Quais so as diferengas entre o micrdmetro de 1/100 de milime- tro eo micrémetro de 1/1000 de polegada? 2) Em quantas partes é dividida cada polegada da graduagdo da bai- nha do micrometro de 1/1000 da polegada? Quantos fios por pole gada tem o parafuso? 3) A que fragdo decimal da polegada corresponde uma divisdo da gra duagao da bainha? 4) A que fragao da polegada corresponde o deslocamento de uma divi sao da graduagdo circular do tambor? 5) Faga as leituras seguintes: io at B | adel. Q Uieanel @ Stes E Eo E Rh . A) pol. B) pol. ec) pol. O micrometro com vernier permite uma aproximagio mais rigorosa que o micrometro normal, MICROMETRO DE 1/1000mm_ (COM VERNIER, fig. 1) - Apresenta um Vernier gravado na bainha, Este vernier tem 10 divisoes, cujo compri mento total corresponde a 9 divisoes da graduagdo do tambor. Entao, ca da divisdo do vernier €.1/10 menor do que cada divisdo do tambor, Ora, Fi C3 - 37 - cada divisdo do tambor dando 1/100mm, a divisao do vernier, a par- tir de tragos em coincidéncia, dara 1/10 de 1/100, ou seja 1/10 x 1/100= 1/1000mm, A 23 divisio do vernier daré 2/1000mm, a 3+ daré 3/1000mm, etc, VERNIER Fig. 1 - Micrometro de 1/1000mm (com Vernier), Aproxima até 1/1000 do milimetro. LEITURA - Na fig. 1 encontra-se: na bainha 6, 50mm; 0 trago da gra duagao do tambor, antes da rota da graduagao da bainha, @ 0 27 (portanto 0, 27mm); a coincidéncia no vernier € no 5? trago (0,005mm), Leitura com pleta: 6, 775mm, Nas figuras 2 a 4 est&o apresentadas as trés graduagoes (da bainha, do tambor e do vernier) em sua posigao -relativa, mas num so plano. Ao jado de cada uma, estdo indicadas as leituras. A comparacao entre a fi- gura e a leitura escrita permitem esclarecimento completo de cada caso (desenhos ampliados). FL C4 - 38 = DIRETORIA DO ENSINO MANUAL DE INSTRUGAO MANUTENGLO/TELECOM INSPECAO DIMENSIONAL 8,596mm Leitura: 20, 618mm Leitura: 13,409mm 2 2 us 3 8 é i wo 2 He? 8 0% cerns od v = Groduasae da boinh 3 he i g Groduagéo do bainka F. 5 verse ga bein 58 Grodsecdo do boioho FE , S 45 “s 40 4 Fig. 2 Fig. 3 Fig. 4 MICROMETRO DE 0,0001" (COM VERNIER, fig. 5) - O vernier, grava do na bainha, com 10 divisoes iguais, cujo comprimento total corresponde ‘a 9 divisdes do tambor. Como cada divisao do tambor da a leitura de ... 1/1000 da polegada, a partir dos tragos em coincidéncia, a 12 divisdo, do vernier dara 1/10 de 1/1000" ou 1/10,000", a 27 divisao dara 2/10 de ... 1/1000" ou 2/10,000", ete. mr Fig. 5 - Micrémetro de 1/10, 000" (com vernier), Aproxima ate 1/10.000 da polegada SS (tamanho ampliado). LEITURA - Na fig. 6 estao, num sé plano, as trés graduagoes da fig. 5, na sua posigao relativa, para tornar bem clara a leitura: Na graduagao da bainha (trago 5) 0,5" Na graduagao da bainha (+ 3 x 0,025") 0,075) . Na graduacdo do tambor (entre tragos 19 20) 0,019 8 No vernier (coincidéncia no trago 5) 0, 0005" 3 5 ‘A leitura completa é portanto: 0, 5945 e 3 cote § QUESTIONARIO Fig.6 Faga as leituras seguinte ses85e7000 = 40 = DIRETORIA DO ENSINO + SMELL 8 MANUAL DE INSTRUGAO. FEL, f MAMUTENGAO/ TELECOM VARIG INSPECAO DIMENSIONAL td 11, ANGULOS ‘ Unidade de medida de @ngulo é 0 angulo retg, igual a quarta parte do cfreulo trigonométrico, Para usos técnicos, o angulo reto é subdividido em graus, minutos e segundos, Exempio: 1° = 60' = 3,600" A subdivisio decimal é preferida, atualmente, uma vez que os cdlcu- los efetuados com maquinas se simplificam. O angulo reto @ dividido em 100. grados., 18 = 100° “= 1,000°¢, Em @ngulos muito pequenos e de grande precisdo, frequentemente usa mos o radiano, Radiano (rad): Angulo central que subtende um arco de efrculo cujo com primento @ igual ao do respectivo raio. © arco pode ser igualado ao seno e & tangente. Um segundo (1") se~ xagesimal corresponde 2 aproximadamente a 1pm de comprimento do arco ou de diferenga de nfvel num comprimento de 200mm ou 5 » por metro (4,85 » por metro). 12, N{VEL DA BOLHA. Servem para indicar inclinagdes ou diferencas de alturas, Constitui-se essencialmente de um tubo de vidro cheio de éter ou alcool e contem uma botha de ar, _No tubo de vidro existem marcages de uma,escala e a bo- Tha, na posigao horizontal do tubo, ocupa uma posigao simétrica em rela- Go a escala, A escala do nivel indica a inclinagao do instrumento em re Jago a horizontal numa distancia de um metro. n{vel de alta precisdo (0,03 a 0,05mm/m), i, é (6" a 10" - segundos de desvios), (Fig. 13), LUNETA Quando s@ executa um nivelamento preciso, nivela-se sempre nos dois sentidos opostos, isto é, virar 0 nfvel 180° para eliminar pequenas discre pancias do proprio nivel (ou provenientes de aquecimento irregular), Cui-~ da-se para que a superficie de apoio do n{vel esteja limpa: um corpo es- tranho de 0,02mm ocasiona erro de uma divisao na escala, se estiver em uso um nivel de 200mm de comprimento e sensibilidade de 0,1mm/m. Po de-se depreender daf que qualquer massa ou batida na face do corpo do vel anula qualquer werificagao feita, Para a medigao de angulos maiores se empregam os niveis angulares nos quajs 0 corpo do nfvel pode girar no interior de um quadro, © nivel angular € apoiado com o seu quadro so- bre a superficie cuja posi¢ao angular deve ser medida e o nivel é girado para a posigao zero; 0, giro @ lido sobre um transferidor de vidro, com 0 Euxilio de um microscopio com aumento de 40 vezes. O valor da escala ve nivel @ de 30" ou 20" (segundo), e o valor da escala na ocular de lei- tura,é de 1 ou de 30", | Sao usados em guias de barramentos, em disposi tivos de controle em mquinas operatrizes e nos" equipamentos de mediga0. 13, TRANSFERIDORES DE GRAUS Divisdo da circunferéncia para medigdo de Angulo (1° = 60" = 3600") em 360°, A divisao em grados (4008) nao @ muito usada na industria de ma quinas. ‘A medigdo de Sngulos tem as seguintes finalidades: a) medio de Angulo reto (90°) ou seus desvios b) medigdo de um &ngulo qualquer em ¢) medigZo de uma inclinagdo, isto &, a tangente ou seno de um &ngulo. Para verificagao de um angulo reto (90°), se usa um esquadro de va- Jor conhecido e precisdo superior em um desempeno, blocos padrao, ci- lindro -retificado, transferidor de graus de precisao, etc. © transferidor de graus universal é usado na medigao de angulos de 0 a 180° e possui nonio com leitura de 5', Um dog bragos esta fixo na es- cala, 0 outro @ movel e possui a marca de referencia e a escala do no - nio. A observagao @ feita no alinhamento das réguas sobre a pega a ser tnedida, Manter o correto alinhamento do instrumento e da pega para uma correta medigao. (Fig. 14) 42 DIRETORIA DO ENSINO + bt ee MANUAL DE INSTRUGAO "MANUTENGAO/ TELECOM INSPECAO DIMENSIONAL TRANSFERIDOR UNIVERSAL FIG, 14 Transferidores dticos possuem uma lupa ou pequeno microscépio que permite leituras precisas + 5', Mesas giratorias Sticas providas de sis- temas de lupas permitem divisao de angulos em ate tio". Outros meios para determinagao de angulos sdo, discos divisores_com furos ou entalhes, mesas divisoras com placa giratoria, blocos padrdo an gulares e regua de seno. A régua de seno é confeccionada em ago temperado, finament~ refica: da, possuindo dois roletes de ‘diametros iguais, .colocados e fixados a dis- tancia exata em fungdo do tamanho da régua, No corpo possui furos cen” trais para sua fixagao em outros dispositivos. = 43 - A régua de seno obtém o Sngulo por meio de um triangulo retangulo do qual dois lados sdo conhecidos e que se pode determinar exatamente, © Angulo que se busca é entdo calculado pela formula: sen = | E (Fig. 15) L E = cateto oposto = altura L = hipotenusa = comprimento da régua de seno, . O comprimento L das réguas de seno é padronizado, sendo os mais usados: em milfmetros - 100mm, 200mm, 250mm e 300mm em polegadas - 5" e 10" A régua de seno @ usada até 45° com relativa precisao. REGUA DE SENO FIG. 15 ? adq = \ DIRETORIA 00 ENSINO eS MANUAL DE INSTRUCAO Fan ‘MANUTENCAO/ TELECOM VARIG INSPECAO DIMENSIONAL 14, CONES Determinantes de um cone: es Brod = 2, © = conicidade D = diametro maior d = diametro menor L = comprimento e<= Gngulo (entre as duas superficies opostas e a geratriz) K = comprimento em mm no qual o cone diminui Imm de diametro O cone morse originalmente deveria ter uma conicidade d« 1 5/8 K pe Os desvios que os diversos tamanhos apresentam sdo condicionados tec nicamente e historicamente. O cone métrico para ferramentas tem o va-— lor: 1 = 2 K 20 Medigao de cone: processo da régua de seno, medigao de dois diame tros distintos, afastados de uma distancia conhecida, calculo de angulo de abertura do cone a partir da diferenga dos diametros: < = _MI- M2 t ar) 2E do transferidor de graus universal, do projetor técnico, etc. Erros na medigao de Angulos: realizar a medigdo sempre na perpenci- cular ao plano de intersecao das superficies a medir, a nao observagao des te detalhe pode causar erros bastantes significativos. = 45- 15. CALIBRES E GABARITOS Qs gabaritos e calibradores sao os verificadores mais simples e mais economicos usados na verificagao de pegas, desde que a produgao justifi - que a aquisigao. Sao usados para verificar diametros redondos, conicos, rescas, Angulos, planos, perfis, ete. Os calibres de tolerancia se compée, fundamentalmente, de calibre passa ¢ calibre nao passa, podendo ser simples, duplos ou de pontas subs tituiveis. (Fig. 18) GABARITOS E CALIBRADORES FIG, 16 Os calibradores fixos nao permitem saber a dimensGo real da pega, so mente se a pega esta dentro dos limites de tolerancia, Os calibradores para diametros externos, 0 lado passa, deve passar sobre 0 eixo com seu proprio peso, - 46 - DIRETORIA 00 ENSINO + ee MANUAL DE INSTRUGAO oct MANUTENGAO/TELECOM Cap INSPECAO DIMENSIONAL © principio de "Taylor" determina as dimensGes e o correto uso dos calibradores. Embora sendo valido para todos os ajustes onde uma pega envolve a outra: eixo e furo, porca e parafuso, ajustes planos, etc. _O principio de Taylor nao'é muito observado em _calibradores de dimensdes maiores, Sao fabricados em ago de cementacdo e aco indeformavel tempe rado, sendo preferivel a tempera tenaz e dura como vidro, As partes ca libradas podem ser banhadas com cromo duro ou de metal duro. Sendo ° cromo duro quatro vezes mais duro‘que o ago e o metal duro quarenta ve zes. Gabaritos de forma: verificam perfis e contornos mais variados. Sao de facil fabricagdo e manuseio, a coincidéncia perfeita do gabarito e a pe ga ¢ a inexisténcia de frestas de luz entre os dois. _A inspegao depende — da intensidade da luz, espessura do gabarito,dimensdes do gabarito e da pega, perfeito alinhamento dos dois pericia do operador. A melhor avaliagdo de uma fresta de luz, por um operador altamente qualificado @.da ordem de 0,001mm. Gabaritos mais usados: de Gngulos, de roscas, perfis em geral como: raios , diametros de brocas, folgas calibradas, etc. 16, RELOGIOS DE MEDICAO Em contraste com os instrumentos elementares de medida que repre- sentam uma dimensdo, os relogios comparadores indicam diferengas de me didas entre o gabarito de ajuste e a pega a medir, Uma caracter{stica marcante dos relogios comparadores @ a necessidade de ajuste. Sua finali- dade é a indicagdo ampliada da diferenga entre o padrao e a pega; esta in- dicagao ampliada € outra caracteristica marcante; sao usados amplamente em dispositivos de maquinas. Construidos com faixas variadas de cursos, com graduagao de 0,01mm.ou 0,001mm e em polegadas 0,001" ou 0, 0001". Os mostradores destes relégios sao giratorios para possibilitar 0 posicio- namento do "zero" em qualquer lugar que esteja o ponteiro. A pressio do apalpador esti entre 70 e 150 gramas. Os relogios com paradores tem miltiplas aplicagdes: verificagdo de ovalizagao, conicidade, indicagdo de dimensoes com alta precisdo e suas variagoes, concentricida de, ete. (Fig. 17) -47- RELOGIOS DE MEDIGAO 17, APALPADORES Sao relagios comparadores de grande sensibilidade e alta precisao, O pino do apalpador @ ligado eldsticamente ao mecanismo de indicagfo, evi- tando que poss{veis choques se transmitam ao sensivel mecanismo indica- dor, © deslocamento do apalpador e osciiagdes sao transmitidos ao meca nismo de medigZo por um mecanismo de fita de ago, reduzindo os erros ao mfnimo, Indicadores mecanicos de precisio podem ser providos de contatos elé tricos ajustaveis que comandam lampadas de sinalizagao em paintis, indi- cando "bom", "mau" e "refugo", Outros sistemas agem diretamente na maquina operatriz, acionando os comandos automaticos da maquina, Alguns apalpadores indicam o resulta do em registro grafico ou digital, Estes mecanismos sao largamente empregados na industria de alta pro dugao e precisao, (Fig. 18). - 48° DIRETORIA DO ENSINO Sere MANUAL DE INSTRUCAO “ear EFA MANUTENCAQ/ TELECOM VARIG INSPECAO DIMENSIONAL APALPADORES FIG. 18 18, DESEMPENOS - Sao confeccionados em ferro fundido, granito e diabase. Os de ferro + fundido sdo usinados e rasqueteados, nao sendo nem lapidados nem retifi- cados (estes dois processos de usinagem depositam particulas abrasivas nos poros do material), Desempenos sao fabricados em varios graus de precisdo, As normas que regem a precisio de um desempeno especificam de uma maneira geral o erro de planicidade como sendo a distancia entre © ponto mais alto e 0 ponto mais baixo da superficie. © "Repeat; o-meter" consta de uma base com trés pontos rfgidos e um quarto ponto movel, li- gado a um reldgio de alta sensibilidade. Deslocando-se 0 aparelho sobre a superficie de um desempeno o desyio no relégio nao pode ser maior que © especificado para a classe do desempeno testado. Este sistema permi- te uma inspegao em toda area do desempeno, quando a norma especifica a precisdo apenas para 70% da drea total, desprezando as partes proximas das bordas. (Fig. 19). = 48 - DESEMPENO REPEAT-Q-METER FIG, 19 19. BLOCOS PADRAO A condigio essencial para a moderna produgo em série é a intercam biabilidade das pegas, mas pare isto é necessario que todas as pegas sejam fabricadas com a mesma toleréncia dimensional, Podemos chamar os blo cos padrao de “avtoridade em medidag de comprimento", tanto nos Jabora térios como nas oficinas, Suas tolerancias sao reduzidissimas_e sao ca- ( dia mais importantes. Mesmo nos graus menos precisos sdo usados como padrao e dispositives de medigao, Por sua precisao ¢ durabilidade, as oficinas executam medigdes com precisao Pproximas as obtidas nos labo ratorios. Sua importancie € fundamental a qualquer sistema de medigao ou controle de qualidade, f£ um instrumento que requer cuidados especi- ais na eelesao, no uso, na manutengdo e na aferigao, (Fig. 20) - 50. DIRETORIA DO ENSINO MANUAL DE INSTRUCAO MANUTENGAO/TELECOM VARIG INSPEGAO DIMENSIONAL BLOCOS PADRAO FIG. 20 19.1 GRAU A: usados para inspegZo em laboratério; na oficina, para tolerancias de 1u (0,001mm) ou mais, Sao tambem padroes de primeira qualidade; no sac instrumentos de medigées diretas nas pecas. 19.2 GRAU B; usado na oficina em medigoes diretas, mas somente quando outros instrumentos de medig&o sao inadequados. ‘A forma geométrica dos blocos padrao é a caracterfstica mais impor tante: planicidade e paralelismo de suas faces lapidadas. Planicidade e acabamento é fundamental para uma perfeita aderencia. 20. GRAUS DE PRECISAO © grau dos blocos padrao classifica a precisao dos mesmos e os servi gos que poderao prestar, 20,1 CLASSIFICACAO SWEDEN 20.1.1 GRAU AA: padrées de laboratério usados na verificagao de outros blocos padrao, Devem ser usados o m{nimo possivel, sempre como comparador, nunca diretamente na pega, - ste 20.1.2 GRAU A; usados nos laboratérios ou sob condigdes de jaboratorio para servigos onde ha precisao igual ou menor que 1p (0,001mm). 20.1.3 GRAU_B: para inspeg3o e ajustamento nas 4reas de ins pegao. 20.1.4 GRAU C: para uso nas oficinas. 20.1.5 GRAU W: para uso em locais onde nao é necessario o uso da classe "C", 20.2 CLASSIFICAGAO "DIN" 20.2.1 GRAU_O: para exigéncias miximas de precisao; labora térios, salas de metrologia, padrao de calibragdo e dispositivos de medi- go de alta precisdo para comparagoes. 20.2.2 GRAU I: padrdo em salag de metrologia, aferigfo de instrumentos de medigao e padrées de referencia na inspegao dimensional. 20.2.3 GRAU IH: padrao de precisao média para metrologia, con trole dimensional; calibrador em maquinas operatrizes e dispositivos . de medigao. 20.2.4° GRAU III: padrao de calibrago e comparagéo em ma- quinas operatrizes e dispositivos de medigao. Os blocos padrdo séo de ago temperado, homogéneo, invariavel (envelhecido) e lapidados. Ha tipos com as faces revestidas de cromo du ro ou metal duro, de longa durabilidade, sendo o corpo do bloco de ago. inoxidavel. Atualmente sao fabricados blocos de quartzo, que apresentam propriedades particulares (variam mais que os de ago, quando fora dos 20°C), Normalmente sdo apresentados em jogos. As superficies de medig&o sao finamente lapidadas e perfeita - mente planas, Sao conservadas com fina camada de lubrificante nao acido. - x = NOTA: Seja parcimonioso (pao duro) no uso dos blocos padrao. Fles sd serio instrumentos de precisao, enquanto realizarem trabalhos de precisao e forem usados corretamente. ° - 52- 7 DIRETORIA 00 ENSINO + ett Soe MANUAL DE INSTRUGAO baer et ansTenchoyTeLecou eexg INSPEGAO DIMENSIONAL PINOS E_ESFERAS CALIBRADOS So auxiliares importantes dos blocos padrao. Sao usados nas mais variadas combinagdes. Pinos calibrados sao fabricados em trés classes de precisao: - grau 0:7 0,5 - graul: 1p - grau lt: + 2p. Iniciam com didmetro de 0,07mm aumentando em intervalos de 0,01mm; ‘os comprimentos variam conforme o diametro vai aumentando. Esferas calibradas sao fabricadas com precisdo garantida de 0,6. Ha jogos de 75 esferas, trés de cada diametro, iniciando em Imm ate 25mm, com intervalos de Imm. Jogos em polegadas iniciam com digmetro de 1/16"até 1" com_interva los de 1/32"ate o diametro de 1/2"; daf em diante os intervalos sio de 1/16". 22, MEDIDORES PNEUMATICOS Qualquer obstAculo que interfir em um fluxo de ar ocasiona neste um recalque © consequentemente uma elevagdo de pressdo. Baseados neste fe nomeno sao construidos os medidores pneumaticos (esquema). Com pres- 20 constante em hl (pressao de admissao), a pressao em h2, entre oson ffeios "g es", sofre variagdes, variando a vazao em "g ous", Aproxi- mando do oriffcio "S" uma superficie, a pressao em "h2" aumenta sem va riar os diametros dos orificios "g e s". No medidor pneumatico @ manti, da a caracterfstica da vazao constante, Os elementos basicos do medidor pneumatico sao: fonte de ar comprimido regulador de pressao aparelho indicador medidor. (Fig. 21). MEDIDORES PNEUMATICOS FIG, 21 Este instrumento se presta muito bem para -comando automatico de li- nhas de produgao ou para selegao de pegas {separar as boas do refugo) por meio de comando elétrico conectado ao mandmetro. » 22.1 MEDICAO DIRETA: ,0 calibredor, com furos calibrados, move-se préximo a *pega"; @ medigao @ feita pela fuga de ar entre a pega ¢ 0 cali, brador. 22.2 MEDICAO INDIRETA: @ feita atrayés de um apalpador que age na valvula de vazao de ar, Pode-se medir diametros internos de 1,5mm em diante e diametros externos, Quando o medidor possui dois furos cali brados, para vazdo de ar, pode-se determinar ovalizag6e dos furos medi dos, O medidor podera ter mais que dois furos calibrados, de vazdo de ar, dependendo diretamente do diametro do medidor, - 64- OIRETORIA DO ENSINO MANUAL DE INSTRUCAO MANUTENGAO/TELECOM VARIG INSPECAO DIMENSIONAL 22.3 VANTAGENS: a pouca pressio de ar ndo causa deformagio nas pegas medidas; possibilidade de medica precisa em pegas de dificil aces- so para outros instrumentos de miediga0; erros de alinhamento e de conta- to nao influem_na medigao (elimina influencia do operador); permite gran- des amplificagdes, ou seja, indicagao ampliada das variagdes de medida, 22,4 DESVANTAGENS: nao sao versateis; para medida é necessario um medidor e um padrao; pequena amplitude; alcance reduzido; depende da amplificagdo; investimento elevado em relagao a outros instrumentos, A safda do ar provoca uma queda de pressdo ou vazio na ciima- ra de medicao onde @ feita a leitura, Com _pequena variagao de saida de ar em"S", ocorre grande variagdo na pressdo, Conforme o sistema, tem- -se grandes amplificagdes, que @ a grande vantagem do instrumento. A amplitude é pequena e depende, como todo instrumento, de medigao de al- ta sensibilidade, Ampliagao Valor da Escada Amplitude 1.000 : 1 2p Pies p 5.000 : 1 050 + 25030n , 50.000 : 1 O1p t 40 6p 100,000 : 1 0,05 p = 3p 23, MEDIDORES OTICOS : Sio.dispositivos dticos de amplificagZo para observagdo. Com a com- binagao de escalas graduadas sio instrumentos de medigao ou mira, Com- binadas com gabaritos de perfis tornam-se comparadores éticos. 23.1 LUPA: Elemento dtico simples, usado em amplificagdo da esca- la graduada (de medida) na comparagao do gabarito e a pega. Ex: ferra- menta de cortar rosca, controle de superficies usinadas, trincas de tempe rae retificagao, etc. As lupas podem ser simples, de uma ou mais len- tes, de relojoeiro, binocular, manual, fixa, etc. O aumento vai até 30 ve zes. -55 24, MICROSCOPIO Combinagao de dois sistemas dticos, a objetiva e a ocular, A objeti- va gera uma imagem real ampliada do objeto, que € observada com auxilio de uma lupa (ocular), Torna-se assim uma imagem virtual ampliada do objeto, A ampliagao total do microscopio ¢ o produto da ampiiagao da objetiva e da ocular, (Fig. 22). 24.1 MICROSCOPIO SIMPLES; destina-se a observacdo de pegas com uma determinada ampliagao; forma binccular, grande distancia de observa- go (lupas telescépicas). Adicionando-se 20 microseépio uma escala_ ou marcas de referéncias (tragos, cruzes, circulos, etc) e um apalpador ou observador, usados em furadeiras cooréenadas e outras maquinas operatri zes. 24.2 MICROSCOPIG FOTOELETRICO: a posigdo do trago de divisao da escala afeta a corrente da céluia fotcelétrica, permitindo uma medigao elétrica. A margem de incerteza de czptagao @ de 1/10 da incerteza de captagao dos microscépios oticos, MICROSCOPIOS DIRETORIA 00 ENSINO . MANUAL DE INSTRUGAO MANUTENGAO/TELECOM { VARIG to INSPECAO DIMENSIONAL NOTA: Os valores individuais da ampliag’o dos dois elementos dticos nao dever, no entanto, ser escolhidos sem critério; deve haver uma relag3o apropriata, Exemplo: obtem-se mA imagem e erros, usando uma ampliagao de 60 X obtida com uma objetiva de 3X e uma ocular de 20x. A correta combinagao: 12X, ocular'SX. A regra diz que a ocular deve ter de 1/2 a 1/1 vez 0 valor da ampliagao ocular. 25. PROJETORES DE PERFIS SGo projetores técnicos embora por construgdo sejam semelhantes a outros projetores. Distinguem-se nos seguintes pontos: sao instrumentos de medida e portanto exigem uma Gtica tao precisa que mesmo com uma ampliagdo de 50 : 1 0 erro da projegdo nao ultrapassa a 0,05%; a amplia- go varia em valores exatos e estabelecidos: 10 : 1, 20: 1, 50 : i, 100 : 1; devem possuir dispositivos para projegao episcopica e diascépica. (Fig. 23). : 25.1 PROJECAO EPISCOPICA: projeta no anteparo a superficie da pe ga, permitindo detetar detalhes da ‘superficie, tais como cantos quebrados, crateras de corrosdo, aspectos superficiais; serve para examinar gravagoes cunhos para cunhagem, etc. 25,2 PROJECAO DIASCOPICA: projeta a sombra do objeto ressaltan- do o seu contorno. Propria para medigoes de contornos especiais, roscas, ferramentas perfiladas, pecas diminutas de relojoaria; distancia entre fu- ros, ete, A medica é efetuada na propria figura projetada ampliada so- bre o anteparo, ou por meio da mesa de coordenadas que permite desloca mentos mesuraveis da pega. -87 = PROJETORES DE PERFIS FIG. 23 - 58 - ‘MANUTENGAO/TELECOM DIRETORIA DO ENSINO + ere & MANUAL DE INSTRUGAO L eran VARIG INSPECAO DIMENSIONAL 26, CRISTAL PLANO O vidro plano paralelo determina a planicidade de superffcies lapidadas por meio da ‘interferencia de luz, f£ um disco de vidro ou quartzo perfei- (Fig. 24) tamente plano e paralelo com diametro de até 150mm. CRISTAL PLANO A preciso de planicidade @ de 0,1 (0,0001mm), © processo baseia- -se no aparecimento de bandas de interferéncia de luz provenientes de uma distribuigdo desigual da espessura da camada de ar que permanece entre a superficie a medir e a face do vidro apoiado @ esta face. As bandas de interferencia so aparecem se a superficie possuir um certo grau de perfei go, Para a correta medigdo de planicidade € necessario bastante tecnica, conhecimento do sistema e experiencia, A superficie a ser inspecionada e © vidro plano devem estar perfeitamente limpos (desengordurados com ben zina ou tricloretilénio) ¢ secados com algodao que nao solte felpas, Colo-_ ca-se o vidro plano paraielo sobre a superficie da pega com leve pressao (pressao demasiada causara falsa indicagao, falta de planicidade e escon ~ dem defeitos), Deve ser evitado o manuseio demasiado, e nao realizar a = 89 - inspegdo em local que possa causar aquecimento considerdvel, pois sendo © processo muito sensivel aumentaria consideravelmente o indice de erro, A inspegao deve ser realizada de preferéncia na sala de metrologia, por luz monocromatica (possui um comprimento de onda conhecido e definido) que possibilita saber 0 valor dos desvios de planicidade pelo nimero de franjas multiplicado pelo valor da onda refletida. A luz é refletida pela superficie da pega e a superficie do vidro plano. Com a superposigao das ondas luminosas refletidas aparecem franjas cla- ras e escuras alternadamente, que se chamam bandas de interferencia, C vidro plano paralelo deve ser colocado sobre a pega de maneira que per- manega uma pequena cunha de ar entre ambos; esta cunha é necessaria para a formagao das bandas de interferéncia, Recomenda-se usar um pa- pel calibrado (especial para esta finalidade) em uma das extremidades en- tre a pega e o vidro, formando uma cunha uniforme. A forma das linhas de interferéncia permite fazer a avaliagdo da planicidade da superficie. Li nhas retas mostrar que a superficie da pega tem a mesma planicidade qu a face do vidro plano, estando dentro dos limites de t 0,1p. Linhas tortas indicam que a superficie esta céncava ou conexa, Com luz do dia, uma flexdo da largura de uma franja acusa um desvio da piani cidade de 0,3p. 27. RUGOSIDADE Diz respeito a acabamento de superficies, Uma superficie técnica pode apresentar forma "geométrica" ou "macrogeométrica", que @ observada com a vista desarmada e que nos permite verificar a forma em seu todo. A v: rificagao @ feita por micrometros, comparadores, etc, Exemplo: um eixo. A forma de aspecto microgeométrico, da a constituigdo da superffcie e indica os desvios em relacgao a superficie ideal, Sao vestfgios provenien- tes da usinagem ou outro processo de obtengao; laminag4o, jato de areia, forjamento, etc, podendo ser muito pronunciados ou nao. (Fig. 25). ~ 60- DIRETORIA DO ENSINO MANUAL DE INSTRUCAO wanurENGhor TELECOM VARIG INSPEGAO DIMENSIONAL RUGOS{METROS Uma superficie técnica apresenta diversos tipos de desvios em relagao & sua constituigdo ideal, 27,1 DESVIOS - A linha representa a superficie ideal. 27.1.1. DESVIO. DE 1° ORDEM: irregularidade de forma, con’ cidade, ovalizagao,s etc. 27.1.2 DESVIO DE 2° ORDEM: ondulagdes, elevagdes € vales repetitivos, sendo a distancia um miultiplo de sua profundidade, - 61 - 27.1.3 DESVIO DE 3¢ ORDEM; ranhuras provenientes do gume da ferramenta; dependem da forma da mesma do avango e da profundidade de corte dado durante a usinagem (confecgao da pega). 27.1.4 DESVIO DF 4° ORDEM: escamas e asperezas provenien tes da ferramenta de corte, dependendo do estado do fio do gume. Uma supertfcie técnica gxaminada minuciosamente, apresenta perposigdo de desvios de 1° ate 4° ordem e tera um aspecto conforme re- presenta na fig, 25A e 25B. Existem outros desvios ou irregularidades nas superficies técnicas, co mo rachaduras, rugas, trincas, depressoes de impacto ou batidas, Estes desvios sao julgados separadamente dos desvios de rugosidade, Nos dese nhos, as indicagées de rugosidade sao representadas graficamente: rugosi- dade maxima ou maxima e minima rugosidade permitida. A indicagZo de- termina o tipo de superficie adequada. © acabamento, quanto mais fino, mais caro tornara o produto e em alguns casos é prejudicial o acabamen- to muito fino, Exemplo:, munhdo de eixo manivela; pequenas rugosidades permitem a retengdo de dleo lubrificante, Pegas montadas por processo antagonico nao devem ser muito lisas. © polimento refinado em alguns ea sos @ necessrio, pois melhora a protegao a corrosdo, desgaste e fadiga. Exemplo: ferramentas de corte. RELAGAO DA QUALIDADE DE RUGOSIDADE: Menos Frequente Tipico Menos Frequente Superfinish 32 B- 2 0,5 Japidagao 32 16-2 0,5 polimento 32 16-4 0,5 honing 63 32-4 1 retificagao 250 63-4 1 torneamento 1,000 250 - 16 2 alargamento 1,250 125 - 32 16 DIRETORIA D0 ENSINO MANUAL DE INSTRUGAO MANUTENCAO/TELECOM VARIG INSPECRO DIMENSIONAL ‘ Menos Frequente Tipico fresagem 1,000 250 - 32 aplainamento 1,000 500 - 63 furagao (c/broca) 500 250 - 63 serragem 2.000 1,000 - 63 FIG. 254 = 63 - " Menos_Frequente 8 16 32 32 Directo da medicée do Orientacie das sutcor | tugosidede ou do plone exquemétiea iw desenbo as perl’ Perspective Indivagio ‘Seals Os sulvoe devem ser rientadosparslelamen- te ao traco du supertic | Perpendicular & disegio dow je sélre » qual o sim: |suleon holo re ay sho. Os suleot devem ser orientador em diregto faxo da su: | Perpendicular perficie «Bure © qual o | sulcon, imbelo fe apoia np de- senha. Secunde a biseettia doe im Os suleor deve ser pe ae oe crientados segundo duat diteyBes erunadas, es dos suleor. Os eulcor devem ser corientados segundo vi rae diregées. (Suleot multi Os culeos deve er Sno | Radial Os suleor deem ser orientador tegundo dire: Bes aproximadariente | Normal ao raio radisis em relagio 20 ceutio da superficie & | “ ‘qual o simbolo se refer By} Os Us [Lis | Os FIG. 25B - 64 - CIRETORIA DO ENSINO MANUAL DE INSTRUCAO € J MAMUTENGAO/ TELECOM VARIG ISPECAO DIMENSIONAL 27,2 REPRESENTACAO E CRITERIOS DE RUGOSIDADE O gray de rugosidade é muito importante na ajustagem das pecas, aparéncia, aderéncia de lubrificantes, etc. 27.2.2 BEPRESENTACAO GRAFICA DE INDICACAO DE RUGO- ‘SIDADE 16 ima rugosidade permitida. 32 16 maxima e minima rugosidade permitida. 27.2.2 CRITERIOS DE RUGOSIDADE MAIS USADOS: Ra - CLA - AA Critério Ra - Franga, Alemanha, Suiga e outros Critério CLA - Inglaterra (Center Line Average) Critério AA - EUA (Arithmetical Average) © valor de Ra, CLA e AA é@ obtido pela média aritméti- ca da totalidade de todos os desvios em relagao a linha média MG, Critério RMS (Root Mean Square) USA - também designa do em outros paises como Rq ou RS, £ obtido pela extragdo da raiz quadrada da média dos quadrados dos desvios em relagio a linha media MG (em desuso), 2.2, 2, 2 2 tygtygtyqt.- RMS = y+ Y2 * ¥3 ‘4 Yn n - 65 - Para a maioria das superficies @ permitida conversao dos valo- res dos critérios na seguinte forma: RMS = CLA x 1,11 . Rq = 1,11 x AA 1RMS = 1,11 AA Rugosfmetros medem o graw de rugosidade das superficieg. Cons titui-se de um microapalpador com um raio de 3 a 5p na ponta de conta to e percorre a superficie a ser medida com uma forga de 0,1 grama, As yscilagoes do apalpador sao integrados por um computador eletronico e o resultado é indicado num quadrante ou registrado em fita de papel especial’ (grafico). © deslocamento do apalpador sobre a pega é feito no sentido per pendicular @ usinagem para obteng@o de maxima indicagao de rugosidade. 28, MEDICOES DE _FUROS_CILINDRICOS Didmetro, ovalizagdo, defeitos na superffcie € conicidade sio medidos por instrumentos de dois e de trés pontos de contato como: paquimetro, mi erdmetro interno, relogio comparador, blocos padrao e dispositivos espe- ciais. Eixos cilfndricos: medigdes, externas, os pontos importantes a consi- derar-se sio os mesmos dos diametros internos, Deve-se efetuar diver- sas medigdes em diferentes locais. Os instrumentos de trés pontos de contato sao usados para diametros de igual espessura, Outra maneira @ usar um apalpador num suporte e @ pega num -prisma ou entre pontos (tornos, retificas, etc. ). . Esferas de rolamentos sao controladas quanto rugosidade, defeitos da superficie, exatidao da medida e da forma. Em uma certa quantidade de esferas prontas, separa-se algumas (= 10 unidades), sao limpas, inspecio nadas em microscopio (aumento de 40 vezes), verifica;se forma e dimen= io. Para diametros até 5,5mm a variagao da forma é de 0, 25p. - 66 - DIRETORIA DO ENSINO © =k MANUAL DE INSTRUGAO Ste MANUTENGAO/ TELECOM ty VARIG INSPEGAO DIMENSIONAL |A selegio de tamanhos é feita sobre duas réguas que formam uma fres ta conica, as esferas passam e caem em diversas caixas ao longo da ré- gua, 29, DISTANCIA ENTRE FUROS Diversas furagdes em urna pega sdo dimensionadas em relagdo a uma furagdo de referencia, ponto de partida, ou uma superficie da pega. Para determinar corretamente um conjunto de furos é preferfvel tomar como referéncia uma superficie da pega, (ponto de partida). Os furos po- dem estar simétricos entre si e deslocados em relagao as faces da pega. Tomando uma face como referéncia a precisdo da furagao é melhora- da consideravelmente, O centro do furo @ idealizado para efeito de medi- gdo @ materializado, f conseguido com um mandril cilindrico ajustado per feitamente no furo, Tanto o furo como o mandril apresentam pequenos des vios de forma, que devem ser compensados, o que é feito da seguinte ma neira: Quando a parede do furo é de pouca extensdo em relagao ao dia- metro, deve-se recorrer ao auxilio de um esquadro preciso a fim de evi- + tar que o mandril seja instalado inclinado, Deve-se evitar o uso de man- dril conico, em furos paralelos, pois rebarbas ou chanfros mal feitos ti- ram 0 mandril do alinhamento, Um mandril conico e um furo, por mais precisas que forem suas formas, o erro é maior que o paralelo. Determinar distancias entre furos sem usar mandril, m as b Neste caso podemos usar paquimetro, micrémetro, blocos padrao com acessorios, a escolha do instrumento depende da precisao da furagao. 30, PARALELISMO Na verificago do paralelismo de eixos ou furos nos interessa as dife rengas entre distancias ao longo das linhas de centro, Quando_as linhas de centro nao sao paralelas entre si os furos ou eixos ndo serao paralelos. Verifica-se 0 paralelismo num mesmo plano com o paquimetro, micréme- tro ou blocos padrao, Estas yerificagdes podem ser realizadas com auxi- lio de desempeno, prismas, n{vel e outros dispositivos apropriados. - 67 - $1. CONCENTRICIDADE . f a dist@ncia igual a "zero" dos eixos de diversos diametros sobre pos tos. Sendo valido para eixos, furos, rasgos ou eixos independentes onde um @ a continuagao do outro. 32. ROSCAS Em roscas controlamos, com certa dificuldade, os seguintes diametros: DP diametro primitive p= passo da rosca e< = Angulo dos flancos De = diametro externo Di = diametro interno (Fig. 26). _ Pentes de rosca servem para verificagdo rapida do passo da rosca ow niimero de fios por polegadas. Calibrados para Angulo de roscas controlam o &ngulo da ferramenta pa rao corte da rosca, Micrémetros com ponteiras especiais, arames calibrados, projetores © microscopios em comparagao com padroes. MEDIGAO DE ROSCA FIG. 26 - 68. DIRETORIA 00 ENSINO MANUAL DE INSTRUGAO MANUTENGAO/ TELECOM VARIG INSPEGAO DIMENSIONAL 33, ENGRENAGENS Controlamos engrenagens com paquimetros e micrometros especiais, relégios de medigdo especial, maquinas de medir perfil, Angulo de inclina Ao, concentricidade, etc. . 34, DUREZA , A medigZo da dureza dos metais é feita por ensaio de penetragdo. Os métodos mais utilizados sao Brinell, Rockwell e Vickers, (Fig. 27). 34,1 METODO BRINELL - consiste em comprimir uma esfera de de- terminado diametro sob agao de determinada carga por um determinado tempo (segundos fixos), Mede-se o diametro da penetracdo e por meio de uma formula calcula-se a dureza, Na pratica usamos tabelas. Os diametros das esferas sao: 2,5; 5 e 10mm - as cargas aplicadas sao: 500, 1.500 e 3,000 Kgf - o tempo varia de acordo com os materiais, de 10 a 120 segundos. 34,2 METODO VICKERS - resulta na relagao entre a carga de ensaio e a area da superficie da penetragao, O penetrador é uma piramide de ba ge quadrada de diamante, com um Angulo de vértice 136°, © valor da du- reza @ determinado pelo valor da diagonal da penetragao com auxilio das cargas varia entre 0,001Kgf e 120Kgt. _, 34.3 METODO ROCKWELL - 0 penetrador @ constituido de um cone de diametro 120° (escala C) ou esfera de aco 1/16" 3 1/8” (escala B), A gran deza a ser determinada na penetragao @ a diferenga de profundidade: apli- ca-se inicialmente uma carga de 10Kgf (12 tomada de profundidade), a se- guir uma carga de 140Kgf (escala C) ou 90Kgf (escala B) ou 50 Kgf (esca~ la A), Apos. mais ou menos 6 segundos de aplicagao retirar a 2% carga (140, 90 ou 50Kgf). © resultado é obtido pela leitura direta no mostrador para a escala*C"(preta) e *B" (vermelha) para a escala "A" ler diretamen te em "A" ou olhar na tabela o correspondente na escala Cc, = 69 - Os aparelhos usados para medir dureza chamam-se durometros, podem ser fixos ou portateis, Periodicamente verifica-se 0 aparelho com padres de dureza ca librados. DUROMETROS FIG, 27 -70 =

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