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ksnalasjgnjvksnalasjgnjHoje de manh sa muito cedo,

Por ter acordado ainda mais cedo


E no ter nada que quisesse fazer...
No sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.
Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre
Vou onde o vento me leva e no me
Sinto pensar.
Alberto Caeiro
Depois de ter lido vrios poemas, este foi aquele que mais me cativou. No sei bem p
orqu mas talvez por neste momento, de certa forma, estar tambm a viver conforme o
vento me leva.
Viver assim mais fcil, porque no temos que tomar decises que, por vezes so precipita
das e, por isso no temos que pensar. E, se algo no acontecer como desejamos, no cul
pamos a ns prprios, mas sim ao vento, pois foi esse que nos encaminhou para esse d
estino. O que bom, porque no temos aquele sentimento de culpa que tanto nos atorm
enta. Pode ser mais simples viver assim mas, no sei at que ponto melhor, pois no pu
demos criar objectivos, apenas desfrutar o que a vida nos reserva e no explorar o
utros modos de o fazer. Mas tambm no quer dizer que, por vezes, no seja necessrio fug
irmos a este pensamento, porque de facto . Pois s assim nos pudemos abstrair daquil
o que nos incomoda, dos nossos medos, das decises difceis que surgem ao longo da v
ida e, assim no temos que acordar cedo para pensar no que, muitas vezes, nos faz so
frer.
E, como Caeiro recusa-se a pensar (pois, para ele pensar estar doente dos olhos ) e
sta uma boa forma de levar a vida, pois deixa de ter tantas responsabilidades e
deixa que o vento pense por ele. E assim feliz. No o condeno. At porque j deixei que
o vento me levasse vrias vezes, e talvez possa estar a deixar faz-lo, mas ao contrr
io de Caeiro, no quero que acontea sempre porque, nada em excesso, nada em defeito,
a virtude est no meio .

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