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LIBER PRIMUS Caput I: De Origine artium Omnium expetendorum pri ‘ rum prima est sapi boni forma consistit. _— in qua perfecti Sapientailuminat hominem ut it seipsum agoscat, qui Riana on peices ete nes Immortals quippe animus 59 penta ilustratus rs geomet mete quam qe i quod pe et tig ee potent Spin ear Hn eli eninge ja nimicum homo si non origins sue mmema sca n 1 Sad sherk ot ga EY gee stb ap pisos sentetn atiman excnc rae pars baer se Compara EX Tmaeus Paton ex nar aus Platonis dite isa eae pibtani eae eae 0 versa, et ex utroque commixta natur: i tur, entelechiam formavit. See 2. Xenuert, Memorable 4224 46 ‘LIVROL: on 1: Da origem das artes De todas as coisas a serem buscadas, a primeira &a Sapien: tpa qual reside a forma do bem perfeito [A Sapitneia ilumina 0 homem para que conheca a si mes ele que, quando ndo sabe que foi feito acima das outr3s ol Se achandose semelhante a qualquer outa ess ‘A mente imortal do homer, iluminada pela Sapiénciay 5° ta para o seu principio, e percebe quanto € inconventents 10 ar coisas fora de si, uma vez que poderia sershe raul que ele proprio é. Lése, escrito na tripode de io gnotiseauton, ou sea, “conhecete a timesmo”, De fate semen que nio esqueced a sua origem sabe que & nada tudo ilo que é sujet 2 mutabilidade’, ‘Uma conniceio acelta entre os fildeofos afrma que a alma é Formada de todas as partes da naturera. 6 0 Timex de Patio que a enteléquia& formada de uma substania vise, indivisivel Grima mistura das dus, ¢ de uma nature idénticae diverse © tuna mistura das duos. E atudo sso ele deuo nome de! universo’ — Frees Sosy tu qual tog in Ea Mere Dir raga omutdo coon is Sn un sore ms lc ra ante A SHEN 2 a ee a Peon a eo ones Feats ae, Ente eon pen rari sera wn cemand eon aged et apa aed uncer Snack Made. errs ele de Dee 0Vebn, Teneo Do. A eat Vali signficat ce Sep 8) nas’ pox ped Sapte, ym czneiotundamenat a fecha a a ronbecneto e 0 astcerhesinet hme eds aan dr aman era di as ee ee ee en rauraade Eine nites oS ae ownvero enlqe lmao pt sia donunde dene ear Se oder, cfs Dens go Dax ate a Ipsa namque “et initia et quae initia consequuntur™ capi, ‘quia et invsbiles per intligentiam rerum causas comprehen it, et visibiles actualium formas per sensuum passionescolligt, “sectaque in orbes geminos motum glomerat™, quia sive per sensus ad sensibilia exeat sive per intelligentiam ad invsibiia ascendat, ad seipsam rerum similitudines trahens regyrat, et hoc est quod cadem mens, quae universorum capax est, x omni substantia atque natura, quo similitudinis repraesentetfiguram, coaptatur. Pythagoricum namque dogma erat similia similibus compre: hendi, ut cilicet anima rationalis nisi ex omnibus composita fo- nullatenus omnia comprehendere posset, secundum quod cit quidam: “Terram terreno comprehendimus, aethera flammis, Humorem tiguido, nostro spirabile fatu*, ‘Nec tamen existimare debemus vires in omni rerum natura peritissimos hoc de simplici essentia sensisse, quod ulla se partium quantitate distenderet, sed, ut apertius mirabilem eius demons- trarent potentiam, dicebant ex omnibus naturis constare, “non secundum compositionem sed secundum compositionis ratio- ‘Neque enim haec rerum omnium similitudo aliunde aut ex- trinsecus animae advenire credenda est, sed ipsa potius eam in se et ex se nativa quadam potentia ct propria virtute capit. Nam sicut Varro in Periphysion dicit: “Non omnis varietas extrinse: ‘cus rebus accidit, Calin, Mnacus «Cali trensoas commentaries instrucus $2. 4. Bowthins, Ani Mond Beth! Philosphic Console 3, w ‘5. cali. on ci 3 6 Caled, op it, 28. 48 ‘Alma, com efeito, onhece 0s elementos ¢ as coisas que deri vvarn dos elementos, pois pela inteligéncia compreende as causa in- Visieis das cofsas, e pelas impressdes dos sentidos recolhe as for- mas visiveis das coisas corpéreas. “Dividida, ela retne o seu movi- ‘mento em deis circulos, pols, sea que pelos sents ela se volte para as coisas sensfves, seja que pela inteligencia ascenda is coisas invisives, ela circula trazendo para si as semelhaneas das coisas. Isto quer dizer que esta mente, que capaz. de captar todas asco: sas, éformada de cada substancia € natureza, para que possa re- presentar em sia imagem das coisas semelhantes a ela’ Era uma afirmagio pitagérica a de que os semelhantes si0 compreendidos pelos semelhantes, de maneira que, sea alma racio- nal nio fosse composta de todas as coisas, de modo algum ela po- deria compreender todasas coisas. Neste sentido, alguém disse: “Compreendemos a lrra através das coisas errenas, 6 ogo através daquito que queime, © molhado através do liquide, Lequilo que sopra atrasts do nosso respira”. De modo algum, todavia, devemos pensar que os homens versados na natureza de cada coisa achassem que uma esséncia simples possa consistir de uma quantidade de partes, Para me- Ihor evidenciar a potencia da alma, eles esclareciam que ela era formada de todas as coisas “néo segundo uma composigo real, ‘mas segundo uma composicao virtual" Nem devemos crer que esta semelhanga com todas as coisas venha a alma de outro lugar ou de fora, pois ela mesma possui esta semelhanca por sie de dentro de si em forea de uma certa «qual poténcianativae de sua propria capacidade. De fato, como diz Varro no Perfiseos:‘nem todas as mudangas ocorrem as coi 15. Agel ag ctbelece wm pall ene 2 ska do muro platinic ea slr do ho- ‘mem floscfa rats Extaainaconhecs sans do erecta vere dase Age do combecnentintlgie! eo mente, em cs movneres tneades como ce {tls cicero, cao pnt drt echeghda 2 ara. staal mmr to, possuinds diodes Ydss sco Deft aia e alma He, amba4 Imeltangas com Sepienca See sosemaaniesa.A Se Cstosemeanes ve ‘st periuoa alma ¢caazcereconbecerewnzer fara dentro dest. medante aeons tenn as semeangas ou agen de oda a8 cos la ode conbecet ta 6. Aaims,sendoepntal, ésinples no composts, Sp visheleomoa mari. Ab ‘ade ds coe est desire da ima vtsineni, ne resimene, 49 ‘utnecesse sit quidquid variatur, aut amittere aliquid quod habu- it, aut aliquid aliud et diversum extrinsecus quod non habuit as ssumere”, Videmus cum paries extrinsecus adveniente forma imaginis culuslibet similitudinem accipit. Cum vero impressor tmetallo figuram imprimit, psum quidem non extrinseeus, sed e« propria virtute et natural habiltate aliud iam aliquid repraesen- tare incipit. Sic nimiram mens, rerum omnium similitudine insig- nita, omnia esse dieitur, aque ex omnibus compositionem susci- pere, non integvaliter, sed virtualiter atque potentiaiter contine- eet hace estilla naturae nostrae dignitas quam omnes aeque ni turaliter habent, sed non omnes aeque noverunt. Animus enim, ‘corporeis passionibus consopitus et per sensbiles formas extra Semetipsum abductus, obitus est quid fuerit, et, quia ni altud fuisse se meminit, nl praeter quod videtur esse credit. Reparamur autem per doctrinam, ut nostram agnoscamus naturam, et ut discamus extra non quaerere quod in nobis pos- ‘umus invenire “Summum igitur in vita solamen”” est stadium ‘apientiae, quam qui invent flix est, et qui possidet beatus. Caput IT: Quod studium sapientiae philosophia sit “Primus omnium Pythagoras studium sapientiae philo- sophiam nuncupavit", maluitque philosophes dici, nam antea sophos, id est, sapientes dicebantu, “tocthias op. cit 312. ‘8. Doethis, De intone musica 22. sas. partir do exterior, como se fosse necessério que uma coisa 's6 mude quando perdeu algo que passutfa ou receba de fora al- ‘guma outra coisa que nao tinha’, como acontece, por exemplo, quando uma parede recebe a cépia de alguma imagem mediante ‘uma forma que vem de fora. Mas, quando um impressor imprime ‘uma figura no metal quente, este comega a representar uma ou- tra coisa, no em virtude de algo que vem de fora, mas por sta prdpria forga e capacidade natural. E assim se diz que a mente, ‘cunhada com a semelhanca de todas as coisas, é num certo sen- tido todas as coisas e é composta de todas as coisas, mio em sen tido efetivo, mas virtuale potencial’.F esta éa dignidade da nos- ‘s@ natureza, que todos tém igualmente, mas nem todos conhe- em na mesma medida. O espirito, de fato, quando é adormecido sob 0 efeto das paixdes corporais e arrastado para fora de si por obra das formas sensiveis, esquece o que ele fo, ¢, nfo lembran do de ter sido outra coisa, se acha como sendo apenas aquilo que ele parece ser’. ‘Somos reerguidos pelo estudo, para que conhegamos a nos- sa natureza € aprendamos a nfo procurar fora de nés aquilo que pposlemos encontrar dentro de nés. A procura da Sapiencia é, ‘com efeito, “um grande conforto na vida". Quem a encontra ¢ fe- liz, € quem a possui € beato, CAPITULO 2: A filosofia é a procura da Sapiéncia “Primeiro, entre todos, Pitégoras dew & procura da sabedo- ria o nome de filosofia", e ele preferiu ser chamado “fildsofo", enquanto antes sefalava simplesmente de séphoi, ou seja, sibios. "7. te seb de ier qu aaa humana eau faculdde neti o mete pats irda eu seeds defor,

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