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» templo das may Pee S Redelfe Anthere de Nerenha Peres Waldemar Marques Guimaraes Nete a © dicicndric de dregas oem OR Tort Prins eta @ medidas prefilaticas CR te thd ~ \ {: Ps VERSAO PDF By www.mundoanabolico.com Sumaric ADVERTENCIA AO LEITOR. XI INTRODUCAO. 1 EFEITOS COLATERAIS... 1. Calvicie 2. Hipertrofia prostatica : 7 3. Acne. z . 10 4. Agressiv rm 5. Hipertensao arterial c : 12 6. Limitagao do crescimento. f : 15 7. Hipercolesteroler ae 15 8. Virilizago em mulheres . 18 9. Ginecomastia.... : 19 10. Dores de cabega LA 20 11, Impoténcia, esterilidade atrofia dos testiculos i ete yee 12. InsOnia.... : é RIND ADS 13. Hepatotoxidade..... 23 14. Problemas de tend6es e ligamentos 15. Problemas nais... 16. Mudangas no sistema im sinoléeicg 2 EXAMES LABORATORIAIS.. 1. Prolactina (PRL) 31 2. Horménio foliculo estimulante d SH). 31 3. Horm6nio luteinizante (LH) 32 4. Testosterona 33 comics Cortisol ........ bebo pee Colesterol total Trigliceridios Homocisteina.... cone Aminotransferases ...... Ue | Gama-glutamiltransferase.......... OR on oe Fosfatase alcalina.... . Uréia 3. Creatinina PSA livre 5. Horménios ieenidiate 16. Glicose sangitinea.. 7. Horménio do crescimento (' 18. Hemograma 0 3 INJETANDO CORRETAMENTE.. Regras gerais ..... Preparo do medicamento em ampola... Injegao subcutanea (SC) Inje¢ao intramuscular (IM) Alerta....... 4 PEQUENO DICIONARIO DO MAL... 1. Acido Gama hidroxibutirato....... 2. Aminoglutademida 3. Anastrozol. 4. Captopril 5. Cetotifeno 6. Cipionato de testosterona 7. Citrato de clomifeno.... 8. Citrato de tamoxifeno 9. Clonidina ..........1... 10, Cloridrato de elembuterol.. 11. Decanoato de nandrolona 12. Dipropionato de Metilandrostenediol.. 13. Durateston.... 14. Efedrina-cafeina-aspirina 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21 22. 23. 24. a: 26. 27. 28. 29. 30. 31 a2. 33 5 RETIDO E O SENHOR SEU AVO.... 1. 2) 6 AINSULINA. 7 HORMONIO DO CRESCIMENTO... 666 IDIOTAS BOMBADOS A OLEO. 8 ENTENDENDO A MEIA VIDA DAS DROGAS.. Enantato de testosterona Eritropoietina Fenilpropionato de nandrolona e dipropionato de metilandrostenediol Fluoximesterona Gonadotrofina coriénica humana L-triidotironina sédica Mentelona............+0s000 Mesterolona Metandrostenolona Oxandrolona Oximetolona Propionato de testosterona Salbutamol Stanozolol . Testosteron: BEI COD s .o2. cst caays doe Trembolone........... ae Undecilenato de boldenone Undecilenato de boldenone e dipropionato de metilandrostenediol ............. Furosemida Espironolactone.... POLO OCLs Uriel 95 104 105 10 OS CICLOS.... 1. Ciclo curto 2. Ciclo médio Btoe eee 152 3. Ciclo Longo , 156 4 jo da produgaio natural de testosterona .....:... : 160 5. Ciclo para mulheres....... sone 165 PERIODOS DE INTERVALO.... CONCLUSAO. LITERATURA CONSULTADA ... MANIFESTOS ANABOLICOS... ADVERTENCIA AO LEITOR De inicio, é bom deixar claro que as informagées referentes as drogas anabdlicas contidas nesta obra sao de cunho meramente ilustrativo, nao servindo de parametro para aqueles que a elas tive- rem acesso. Vale lembrar que o simples uso de drogas anabdlicas j4 pode trazer riscos para a saiide, considerando que cada individuo ¢ unico, e como tal, pode responder de forma diferente de outro individuo, tazao pela qual a prescri¢do de tais substancias, para aqueles que quiserem delas fazer uso, deve ser sempre feita por profissionais da area, devidamente habilitados, de modo que sua utilizagao de ma- neira clandestina é veementemente desaconselhada. Sobre o tema, veja-se que a legislagdo patria é rigorosa, ad- vertido que 0 acesso aos medicamentos do grupo dos esterdides ou peptideos anabolizantes devera ser feito através do mais absoluto ri- gor, e sua entrega somente feita mediante retengao da receita, desde que emitida por profissional com habilitagao. Eis 0 texto da Lei 9.965/2.000, que trata do assunto: Art. 1° A dispensagao ou a venda de medicamentos do gru- po terapéutico dos esterdides ou peptideos anabolizantes para uso humano estarao restritas 4 apresentaco e retencdo, pela farmacia ou drogaria, da copia carbonada de receita emitida por médico ou dentista devidamente registrados nos respectivos conselhos profis- sionais. Pardgrafo nico. A receita de que trata este artigo devera con- ter a identificagdio do profissional, o numero de registro no respec- POLS ri ) ni Bye easel profissional (CRM ou CRO), o numero do Cadastro da Pessoa Fisica (CPF), 0 enderego ¢ telefone profissionais, além do nome, do enderego do paciente e do ntimero do Cédigo Internacio- nal de Doengas (CID), devendo a mesma ficar retida no estabeleci- mento farmacéutico por cinco anos. E caso 0 contetido do artigo acima seja desrespeitado, cabivel éa seguinte imputa¢ao: Art. 2° A inobservancia do disposto nesta Lei configurara in- io sanitaria, estando o infrator sujeito ao processo e penalidades previstos na Lei n° 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuizo das demais sang6es civis ou penais. Por derradeiro, salienta-se que a AQUISICAO e LEITURA da obra importa em CIENCIA e ACEITACAO da ADVERTENCIA acima efetuada. BOA LEITURA. Intreducac uando escrevi 0 livro Musculacao Anabolismo Total, quase uma década atras, ainda morava na Inglaterra. Meu princi- pal objetivo foi diminuir a grande defasagem de informag6es existente na época, em nosso pais, dentre os sempre aplicados atletas e praticantes de musculagao, que se fiavam quase exclusivamente de informag6es conflitantes e/ou passadas ao pé do ouvido. No entanto, Anabolismo Total teve boa parte de seu conteudo, relacionado ao uso de drogas, subtraida. Os editores temiam que houvesse algum revés, principalmente por parte da comunidade mé- dica, como se as informagdes nao pudessem ser acessiveis a todos - apesar do nosso esforgo para que o contetido nao fosse uma pres- crig¢do, mas sim com um claro objetivo informativo. Passados alguns anos, com 0 actimulo de mais conhecimento e técnicas anabdlicas - os quais costumo absorver por meio da leitura de artigos cientificos relevantes, da minha experiéncia pessoal com alguns de meus atletas, e ainda, com a narrativa de técnicos, treina- dores e outros atletas de minha confianga — complementei 0 primeiro livro com um outro lancamento, denominado Musculacdo — Além do Anabolismo. Este traz informagdes mais detalhadas sobre 0 uso de drogas nos esportes, mas, de novo, tive que retirar grande parte do contetido. No entanto, a relevancia dos livros anteriormente men- cionados nao foi anulada, principalmente no que se refere aos outros aspectos interdependentes, também relacionados ao sucesso no trei- Namento com pesos. Porém, uma lacuna informativa permaneceu. Apesar da informagao estar entre a distancia de um dedo e 0 botao de um computador, ligado ao world wide web, existem pesso- LLL ea a as neste pais que ainda acreditam que vivemos uma repressdo e que a censura 4 imprensa ainda existe. E uma pena que essas pessoas queiram tratar 0 povo brasileiro como eternos adolescentes oligo- frénicos, que necessitam ser pajeados 0 tempo inteiro. E ainda, sao cretinos ao ponto de chamar isso de democracia. E por isso que somos obrigados a votar, é por isso que empresarios sao obrigados a entregar na m4o de seus funcionarios vale transporte e exigir deles exames médicos. Que pais ¢ este! Ha alguns meses, através de meu site www.waldemarguima- raes.com.br, lancei um material denominado Bestiario Anabdlico, para aqueles que desejavam saber o que havia sido subtraido do livro Musculagao — Além do Anabolismo. Infelizmente, a Internet ainda nao é acessivel para um grande nimero de brasileiros, por isso, resolvi fazer uma versao impressa revisada, incluindo outros temas relevantes para os que desejam obter mais informages a respeito de um assunto, ainda considerado por muitos, como bastante polémico. Para tanto, contei com a valiosa colaboragao do nutricionista Rodol- fo Peres, o qual responsavelmente implementou este trabalho com importantes informacdes sobre os aspectos relacionados a satide. Temos a certeza de que as informag6es contidas neste material, vio servir como um alerta responsavel quanto aos possiveis problemas que a auto-medica¢ao pode ocasionar para a satide das pessoas. Em qualquer pais desenvolvido, com instituigdes responsa- veis, assuntos como uso e abuso de drogas, os problemas relaciona- dos com gravidez prematura, AIDS e outras doengas sexualmente transmissiveis, so discutidos abertamente, inclusive nas escolas entre criancas e pré-adolescentes. E é assim que preferimos fazer. Achamos muito mais valido discutir 0 assunto abertamente e mos- trar como as drogas sao utilizadas por alguns atletas profissionais, do que omitir a informagao e observar abusos muito maiores. Partimos do principio de que a droga mais perniciosa e mortal é a ignorancia. 1 EFEITOS COLATERAIS a parte da imprensa e alguns profissionais sentimentalistas - porque nao dizer cornudos — muito ja falaram sobre o: miveis e mortais” eft colaterais promovidos pelo uso de drogas, principalmente dos anabélicos. Em primeira ins- tancia, gostariamos de saber onde estado enterrados todos os corpos; e em segunda instancia, por que esses elementos nunca mencionam como minimizar os efeitos colaterais. Sera que sao inseguros e sa- dicos ao ponto de desejarem a morte verdadeira de qualquer pessoa com alguns centimetros de brago a mais do que eles? Pode ser que temam que suas mulheres venham a trepar ou que ja o tenha feito, com um macho mais forte do que eles. E interessante analisar a psique humana! citos esterdide: Dentre os muitos efeitos colaterais que sao relacionados ao uso de esterdides anabdlicos, maleficios como calvicie e acne, nao sao ameagas a vida, mas podem ser psicologicamente preocupantes. Jaa hipertrofia da préstata, hipercolesterolemia ou hipertensao arte- tial sdo conseqiiéncias que realmente nao devem ser ignoradas. Além de citar detalhadamente as possiveis adversidades que podem ocorrer devido ao uso dessas drogas, nos preocupamos tam- bém em citar medidas nutricionais e até mesmo farmacoldgicas, que podem minimizar os riscos que os eventuais usuarios estario expostos. Porém, reforgamos que mesmo realizando todas as medi- das profilaticas que aqui serao explanadas, os riscos nao podem, em hipotese alguma, ser totalmente desprezados. 1. CALVICIE Os esterdides variam quanto a tendéncia em se converter em Diidrotestosterona (DHT). Drogas com alto teor androgénico, tais LL ea como metandrostenolona (Dianabol) e oximetolona (Hemogenim), tendem a se converter rapidamente em DHT. Enquanto outras dro- gas, como oxandrolona (Anavar) e decanoato de nandrolona (Deca- Durabolin), nao se convertem facilmente em DHT. A DHT faz com que 0 foliculo capilar pare de crescer cabelo. Homens com tendéncia a calvicie tem maior concentragao de DHT e afinidade a androgénicos no foliculo capilar. Como medida paliativa, algumas pessoas utilizam em conjunto finasterida ou androgénicos tépicos, como minoxidil e polysorbate 80, mas com pouco ou nenhum resultado para a maioria. Embora pa- re¢a que a persisténcia no uso dessas substancias seja o melhor, pois o resultado parece ser obtido apés meses de administrac4o continua. Além dos medicamentos citados, alguns nutrientes devem es- tar presentes na dieta em quantidades adequadas, a fim de se manter uma boa satide capilar. Dentre eles podemos citar: O Beta-caroteno, a vitamina A e as vitaminas do complexo B, ajudam na sintese de todos os tecidos do corpo, sendo também 0s para 0 crescimento dos cabelos. O zinco estimula a mul- tiplicagao das células, favorecendo o crescimento e fortalecimento capilar, além de ser um inibidor natural da enzima alpha-redutase, devendo ser incluido em maiores quantidades quando se realiza um ciclo com esterdides anabdlicos mais androgénicos. J4 os aminod- cidos lisina, cisteina e prolina (encontrados em carnes), sAo a ma- téria-prima para a construgao dos fios. Uma deficiéncia de biotina (vitamina do complexo B) proveniente do consumo excessivo de claras de ovos crus, pode tornar os cabelos mais fracos. neces: Mas a verdade é uma s6: se vocé tem um pai, avé ou tio ca- reca, provavelmente também entrara para esse time cedo ou tarde. Com 0 uso de esterdides anabélicos vocé somente poderd acelerar esse processo! 2. HIPERTROFIA PROSTATICA Apréstata é uma glandula localizada no aparelho genital mas- culino e é responsavel, em parte, pela produgao do sémen. O cancer de préstata ¢ considerado um dos principais problemas de satide publica no Brasil, j4 que é o quarto tipo de cancer mais mortal e o segundo tipo de cancer mais comum entre os homens, apresentando altas taxas de incidéncia e mortalidade. Em principio, é possivel que esse tumor nao provoque ne- nhum sintoma. Com o agravamento, 0 homem sentira necessidade de urinar com maior freqiiéncia, podendo ocorrer dor. Outros sinais sao a presenga de sangue ou pus na urina e/ou no sémen. O exame mais comum é 0 de toque retal, ou seja, o médico enfia delicadamente o dedo indicador no seu rabo para avaliar o ta- manho, o formato e a consisténcia da prostata. Ja o exame de ultra- sonografia ou ecografia transretal é um exame em que um transdutor (aparelho que emite uma onda sonora e 0 seu eco é captado pelo mesmo aparelho para gerar uma imagem na tela de um monitor) é introduzido novamente no seu rabo (de modo semelhante ao exame do toque retal), sendo que a préstata e as outras estruturas do assoa- Tho pélvico sao visualizadas para se detectar alteragdes de tamanho ou forma. Outro procedimento comum é um teste sanguineo denomi- nado PSA (antigeno prostatico-especifico), que é capaz de medir a quantidade de uma substancia relacionada a alteragdes presentes na préstata, sendo que, um alto nivel de PSA no sangue pode indicar a presenga do cancer. Por um lado, alguns pacientes com cancer de Prostata ndo apresentam alteragdes nesse exame e bem por outro lado (literalmente) existem aqueles que nao trocam o toque retal por nada, tendo casos inclusive de médicos que receberam rosas verme- thas com cartées perfumados de seus pacientes apds 0 exame. Observa-se que a DHT tem importante papel no mecanismo LL mt cn ree BCT Tey oad de aumento prostatico. Este problema acontece com maior freqiién- cia em homens de mais idade, nos quais naturalmente a quantidade de DHT é maior. S6 nos Estados Unidos ocorrem aproximadamente 400.000 prostatectomias anuais: Na tentativa de solucionar esse problema, existe a possibili- dade de se utilizar medicamentos denominados inibidores de alpha- redutase. Como o nome diz, esses medicamentos inibem a enzima que converte a testosterona em DHT. Uma dessas drogas, comer- cialmente disponivel, é a finasterida. Infelizmente, essa droga na dosagem necessaria para esse tipo de intervengao (5 meg/dia), pode ocasionar alguns efeitos colaterais, como impoténcia, perda de inte- resse sexual e dores de cabega em um numero pequeno de pessoas. Vocé arrisca? Em todo o mundo, cientistas esto estudando os efeitos de alguns alimentos no combate do cancer de préstata. Estudos tém apontado alguns deles como benéficos para a prevengao e€ tratamen- to dessa doenga. Dentre os quais podemos citar: + Selénio: Um estudo de cinco anos conduzido em duas uni- versidades norte-americanas demonstrou que 200 mcg desse mi- neral ingeridos diariamente resultaram em 63% menos tumores da prostata. Essa quantidade pode ser obtida por meio do consumo aproximado de duas castanhas do Para ao dia. + Betacaroteno: devido as propriedades antioxidantes desse carotendide, algumas pesquisas o tém relacionado como um aliado no combate ao cancer prostatico. Alimentos fonte desse nutriente, tais como cenouras e aboboras deverao ser consumidos sempre co- zidos, pois desta forma o betacaroteno se torna mais biodisponivel. itamina E: Esta vitamina pode prevenir o cancer de pros- tata, segundo uma pesquisa do Instituto Nacional do Cancer dos Estados Unidos, apresentada no encontro anual da Associagéo Ame- ricana para Pesquisas sobre Cancer, em Orlando. Os cientistas pes- quisaram 100 homens com cancer de préstata e 200 que nao tinham a doenga. Logo em seguida, foi tragado um comparativo entre as quantidades de vitamina E encontradas no sangue de cada um deles, antes e depois de tomar suplementos. O resultado comprovou que os homens que apresentaram altos niveis de alfa tocoferol (forma natural da vitamina E) tinham 53% menos chances de desenvolver cancer de prostata. ¢ Licopeno: este é um carotendide presente nos tomates e seus derivados, tais como melancia e goiaba. Diversos estudos tem demonstrado que uma alta ingestdo de licopeno esta inversamen- te relacionada ao risco de cancer na préstata. Cabe ressaltar que a maior absorcao do licopeno é no pds-cozimento, sobretudo quando yeiculados em meio oleoso, como o molho de tomate. * Cha verde: nenhum trabalho cientifico apontou a quantida- de de cha verde necessaria para prevenir 0 cancer de préstata, mas acredita-se que dois copos de 220ml por dia produzam tal efeito. + Omega 3: apesar de algumas controvérsias, varios cientistas afirmam que os acidos graxos 6mega-3 possam atuar contra a pro- pagacao das células (metastases) de tumores sdlidos relacionados 4 produgao hormonal. + Fibras: as dietas tradicionais da Asia, Africa e Mediterraneo contém um alto indice de legumes, feijao, soja, lentilha, ervilha, Cereais e aspargos. Estudos japoneses demonstraram que os indi- Viduos que comem diariamente ou ocasionalmente esses alimentos tém muito menos cancer da préstata. * Soja: as isoflavonas contidas na soja reduzem o risco de cancer pela inibigdo da atividade de uma enzima denominada tiro- sina quinase, que promove o crescimento das células cancerigenas. Além disso, também possuem 0 efeito de bloquear a neurovascula- tizacdo, ou seja, impedem o crescimento dos vasos sangiiineos que as células cancerigenas precisam para se expandir. + Vegetais cruciferos: nao existem estudos evidenciando quais quantidades desses alimentos ajudariam a prevenir o cancer, LLL ea a mas sabe-se que grupos populacionais que consomem mais esses alimentos estdo menos predispostos ao cancer de préstata. Esses vegetais contém grandes quantidades de glicosinolatos, substancias que previnem essa doenga. Exemplos de vegetais cruciferos: bréco- lis, repolho, couve-de-bruxelas, rabanete e couve-flor. Por outro lado, podem estar associados ao aumento do risco de cancer de préstata, dietas muito caléricas e com uma alta inges- tao de carnes vermelhas, gorduras ¢ leite integral. 3. ACNE Aacne é uma doenga, dentre outros fatores, de predisposi¢ao genética cujas manifestagdes dependem da presenga dos horménios sexuais. Devido a isso, as lesSes comecam a surgir normalmente na puberdade, época em que esses horménios comegam a ser produz dos pelo organismo em maior escala, atingindo a maioria dos jovens de ambos os sexos. Qual de nds, que no apice dos 16 — 18 anos, nunca ficou puto por estar com uma espinha na ponta do nariz bem no dia de ir para uma festa? Porém, a doenca nao atinge apenas adolescentes, podendo persistir na idade adulta e, até mesmo, surgir nesta fase, quadro este mais freqiiente em mulheres. A DHT também se relaciona com a formagiio de acne por fa- zer com que a glandula sebacea produza mais é6leo. Combinando isso com bactérias do ar, pele seca e outros, forma-se a acne. Como medida paliativa, pode-se utilizar remédios topicos como o dcido re- tindico, mas com a desvantagem de ocasionar vermelhidao na pele. O tratamento pode ser feito com medicagdes de uso local, visando 4 desobstrucdo dos foliculos e o controle da proliferagao bacteriana e da oleosidade. Podem ser usados também medicamen- tos via oral, geralmente antibidticos, dependendo da intensidade do quadro, para controlar a infecgao. Em casos de acne muito grave ou resistente aos tratamentos convencionais, pode ser utilizada a isotretinoina (roacutan), medi- cacao que pode curar definitivamente a acne em cerca de seis a oito meses, na grande maioria dos casos. Porém, a combinagao de isotre- tiroina e esterdides anabdlicos pode acarretar uma grande sobrecar- ga hepatica, nao sendo a melhor escolha durante um ciclo. Apesar de nao ter participagao na causa da doenga, em algu- mas pessoas, a dieta pode ter influéncia no curso da acne. Alimen- tos como chocolate, gorduras animais, leite e derivados, crustaceos, condimentos fortes e amendoins deveriam ser evitados quando se realiza um ciclo com esterdides anabdlicos. A suplementagao com alguns micronutrientes, tais como o betacaroteno, vitaminas do complexo B e 0 acido pantoténico, pode auxiliar. O tratamento medicamentoso da acne deve sempre ser orien- tado por um dermatologista, que é 0 profissional capacitado para indicar as medidas ideais para cada caso. 4. AGRESSIVIDADE Comportamento agressivo pode ser um dos piores efeitos co- laterais dos esterdides anabélicos. Existem relatos, inclusive, que €sse seria o principal motivo do uso dessas drogas pelas tropas ale- mas na 2* Guerra Mundial. Muito embora, segundo nosso amigo Zé Gatao, nunca se ouve no noticiario algo como: “tomou uma deca, ficou muito louco e matou o pai e a mae para ficar com o dinheiro deles”; ou “tomou uma durateston, saiu dirigindo igual um malu- €o ¢ atropelou cinco no ponto de Gnibus”; ou entao, “engoliu dois comprimidos de hemogenin e tacou fogo num indio”. Talvez e colocagao seja um esforgo para comparar os possiveis transtornos Mentais ocasionados pelos esterdides anabdlicos, com os promovi- dos pelo Alcool e outras drogas que alteram o estado mental, como @ cocaina e 0 crack. LLL ea Os homens sao, normalmente, mais agressivos do que as mu- Theres - desde que estas nao estejam em fase pré-mestrual - devido A presenga em maior quantidade da testosterona. Apesar da agres- sividade ter um lado positivo na academia, durante o treinamento, pode ocasionar sérios problemas soc’ como perda de controle no trato com problemas diarios, alienagao e distanciamento daqueles que nos deveriam ser caros, irritag4o, raiva e ins6nia. Na literatura existém relatos de casos de suicidio e outras al- teracdes psiquidtricas associadas ao uso de esterdides anabdlicos em atletas. Dentre elas podemos citar casos de esquizofrenia aguda, mania, confusdo mental, além de parandia e depressao. Quando se realiza um ciclo com esterdides anabdlicos, por outro lado, pode-se verificar em alguns individuos, mudangas de comportamento, tais como: melhora da auto-confianga, aumento da energia e auto-estima e melhora da motivagao. Pode ainda ocorrer di- minuigdo da fadiga e aumento da tolerancia a dor nos treinamentos. Novamente os esterdides mais androgénicos que podem causar efeitos mais acentuados. O atleta mais maduro emocional- mente tera meio caminho andado para controlar esses efeitos ou para decidir por uma droga menos androgénica. 5, HIPERTENSAO ARTERIAL Este definitivamente é um dos efeitos colaterais provenientes do uso de esteréides anabélicos que nao deve ser ignorado. Ocorre que alguns esterdides tendem a reter 4gua em varias partes do or- ganismo, inclusive no sangue, fazendo com que este aumente de volume e, em conseqiiéncia, de pressao. Imaginem uma mangueira dessas usadas para lavar 0 jardim. Quanto mais vocé abre a torneira, logicamente mais agua saira e, ao menos que as paredes da mangueira cedam e diminuam a resistén- cia, a pressdo que a 4gua ird exercer sobre as paredes da mangueira sera cada vez maior. E exatamente isso 0 que ocorre no organismo. Habitos como o fumo e 0 alcool, além de uma alimentagao rica em gorduras, sddio, cafeina e 0 proprio estresse, sao fatores que podem agravar 0 quadro. Os sintomas mais comuns da hipertensao sao dores de cabega, ins6nia e dificuldade respiratoria. Porém, na maioria das vezes, essa pode ser uma doenga silenciosa, sem mani- festagdes evidentes, o que a torna ainda mais perigos O coragao, sem sombra de diivida, é 0 érgéo mais afetado na hipertensao arterial, por sofrer uma hipertrofia de adaptagéo, numa tentativa de continuar bombeando um volume normal de sangue. Outros érgdos também sofrem com a hipertensao, tais como o cére- bro e os rins, cujas alteragGes sao decorrentes de comprometimentos yasculares. Os pacientes hipertensos nado submetidos a tratamento evoluem para insuficiéncia cardiaca (em 50% dos casos), acidente vascular cerebral (30%), insuficiéncia renal (15%) e outras compli- cages (5%). Dessa forma, o atleta sob o uso de esterdides deve aferir a sua pressao arterial regularmente. Via de regra, a pressdo limite ¢ de 130/90 sistélica e diastélica respectivamente, mas sao necessdrias algumas corregdes, dependendo da idade, sexo, horario, diametro do brago, etc; por isso s6 deve ser interpretada por um médico. Durante um ciclo, para se manter os niveis de pressao arterial dentro da normalidade, é conveniente e sensato que se tome algumas medidas. Citaremos exemplos de praticas alimentares e farmacolé- gicas que quando utilizadas em conjunto com um ciclo, tenderiam a minimizar esse efeito tio perigoso. Todas as estratégias baseiam-se ou na reducio do volume sangiiineo ou na diminuigao da resisténcia das paredes dos vasos sangitineos. A dieta devera conter quantidades adequadas de potdssio, magnésio, calcio e teores reduzidos de sddio. Suplementagao com arginina pode ser uma boa medida, ja que esse estimula a liberagao de 6xido nitrico, um potente vasodilatador. O uso de antioxidantes LLL ea a e acidos graxos 6mega 3 tem auxiliado no controle da pressao arte- rial em alguns estudos, porém nao em todos. Ja cafeina, alcool e o fumo, devido suas agdes vasoconstritoras, devem ser evitados nesse periodo. Quanto as drogas, existem basicamente seis classes de medi- camentos utilizados no tratamento anti-hipertensivo: +» Diuréticos: nesta-classe encontramos os de alga, os tiazidi- cos e os poupadores de potassio. Alguns exemplos seriam 0 lasix e aldactone. Estas drogas reduzem o volume sangiiineo. + Bloqueadores simpaticos: estas drogas impedem a adrena- lina e a noradrenalina de se ligarem ao seu receptor cardiaco, redu- zindo a forga e o ritmo de contragao cardiaca, o que resulta em um menor volume sangiiineo. Podemos citar como exemplo a metildo- pa ea clonidina. + Vasodilatadores: como o proprio nome diz, estas drogas re- duzem a resisténcia vascular periférica, aumentando o calibre dos vasos sangiiineos. O minoxidil é um bom exemplo, sendo 0 mesmo medicamento utilizado por carecas inconformados. ¢ Antagonistas dos canais de calcio: também atuam reduzin- do a resisténcia vascular periférica por bloquear os ions de calcio nos vasos sangiiineos, j4 que esses sao fundamentais no processo de contratilidade. Como exemplo temos a nifedipina e o verapamil. + Inibidores da enzima conversora da angiotensina: nesta classe encontramos o captopril e o enalapril. Estes farmacos atuam por meio de dois mecanismos: reduzem a resisténcia vascular peri- férica, por estimular a liberacao de bradicinina e inibem a formacgao de angiotensina II, o que aumenta a liberacao de aldosterona (hor- m6nio anti-diurético), promovendo reducao do volume sangiiineo. + Antagonistas do receptor da angiotensina IT: também atu- am bloqueando a formagao de angiotensina II, promovendo a redu- ¢ao do volume sangiiineo. Como exemplo podemos citar o losartan LLL eo valsartan. Vale ressaltar novamente que é fundamental o acompanha- mento médico na prescrigao de qualquer um dos medicamentos aci ma mencionados, a fim de se adequar a melhor classe de medica- mentos a ser administrada, bem como a dosagem individual. 6. LIMITACAO DO CRESCIMENTO Alguns esterdides, se utilizados por longo periodo ou em grande quantidade, podem ter como efeito colateral o fechamento prematuro dos discos de crescimento localizados nas epifises ésse- as. Certamente este nao é um problema para usuarios maduros, mas uma preocupacao para os mais jovens, ainda em crescimento. Para esse problema, a Unica solugao, além de conscientizar os adolescentes a ficarem distantes dessas drogas, é acompanhar a ad- ministragao de esterdides com estudos radiograficos periddicos para verificar se esta havendo interferéncia no crescimento linear. 7. HIPERCOLESTEROLEMIA O colesterol é um tipo de gordura encontrado somente em te- cidos animais. E um componente essencial das membranas estru- turais de todas as células e também do cérebro e células nervosas E encontrado em altas concentragées nos tecidos glandulares e no figado, onde é sintetizado e armazenado. Além disso, o colesterol é precursor dos horménios esterdides, dos acidos biliares e da vitami- na D. Pode ser obtido por meio da dieta (colesterol exdgeno), como Sintetizado dentro das células (colesterol endégeno), sendo que o figado € 0 principal érgdo para a producao desse composto. Acontece que a sintese dos horménios androgénicos partir do colesterol. Este ira formar, apés sucessivas oxidagGes, LL ea co erie pregnenolona, que é 0 principal precursor dos hormé6nios esterdides. Durante a conversao da pregnenolona a testosterona, ocorre a for- magao de dehidroepiandrosterona (DHEA) e de androstenediona. O colesterol total ¢ formado por trés componentes principais, as LDL colesterol (lipoproteinas de baixa densidade), as VLDL colesterol (lipoproteinas de muito baixa densidade) e as HDL Co- lesterol (Lipoproteinas de alta densidade). Os dois primeiros com- ponentes, a LDL e a VLDL, seriam as responsaveis pelos efeitos deletérios do colesterol, agrupados como sendo o mau colesterol. Ja a HDL seria 0 bom colesterol, por remover tanto dos vasos como do figado o mau colesterol. Apesar do colesterol ser uma substancia fundamental para nosso organismo, exercendo importantes fungdes, quando em gran- des quantidades favorece a ocorréncia de aterosclerose. Nesta do- enga, os canais sangiiineos tornam-se mais estreitos, facilitando a formagao de coagulos que levam ao bloqueio completo do fluxo sangiiineo aos tecidos vitais, como cérebro e coragao. Devido ao fato de altos niveis de testosterona promoverem maior sintese de colesterol sangiiineo, ¢ praticamente inevitavel a elevacao do colesterol plasmatico durante um ciclo de esterdides anabdlicos. Portanto, deve-se tomar as medidas necessarias para que esses niveis retornem aos valores normais tao logo o ciclo tenha cessado. Individuos que ja possuem valores elevados de colesterol sangiiineo ou que apresentam hist6rico familiar evidente de hiper- colesterolemia, nao deveriam fazer uso de esterdides anabdlicos. Um fato importante, é que os esterdides orais, especialmen- te os 17-alfa-alquelados, por serem mais toxicos ao figado, podem causar um impacto negativo maior nos niveis de colesterol sangiif- neo, quando comparados com os esterdides injetaveis. Além de intensificar a atividade aerdbica, algumas praticas alimentares devem ser aderidas, tais como: * Reduzir o consumo de gorduras saturadas (carnes gordas, leite integral, etc) e gorduras hidrogenadas (margarina e uma série de produtos feitos com a utilizagéo da mesma, tais como muitos biscoitos, bolos, etc); + Aumentar o consumo de alimentos fonte de gorduras mo- noinsaturadas, tais como o azeite de oliva extra virgem e dleo de canola; * Suplementar a alimentagéo com nutrientes antioxidantes, tais como vitamina C, vitamina E, licopeno, selénio e betacaroteno, pois estes nutrientes reduzem a oxidagao da LDL, prevenindo a for- macio de placas de ateroma; + Garantir uma ingestdo adequada de acidos graxos 6mega 3, presentes principalmente na semente de linhaga e em peixes de Aguas frias e profundas; + Aumentar o consumo de fibras soliiveis, por meio de farelo de aveia, leguminosas, magas, laranjas com bagaco e legumes por exemplo, pois estas aumentam a excrecao de colesterol pelo intestino; + Incluir na dieta alimentos com propriedades hipocolestero- lémicas: alho cru, chicéria, yacon, soja, vinho tinto, cha verde e alcachofta, dentre outros; * Alguns estudos demonstraram que a suplementagao com CLA (Acido linoléico conjugado) pode auxiliar na melhora do perfil lipémico, sendo, portanto, mais uma boa medida para se combater a hipercolesterolemia; + A niacina diminui 0 colesterol total, aumenta a HDL, relaxa as paredes das artérias, diminui os niveis de gordura sangiiinea e ajuda a remover o colesterol das artérias; *O cromo é um elemento essencial para o metabolismo de gorduras e a ingestao insuficiente desse mineral esta relacionada ao tisco aumentado de doengas cardiovasculares. Um aumento na in- gestao de cromo relaciona-se com redugao do colesterol total, do LDL, da formacaio de plaquetas nas artérias e num aumento do co- LLL ea a lesterol HDL; + A deficiéncia de cobre e zinco esta associada a um aumento do colesterol LDL e diminuig&o do colesterol HDL, aumentando assim 0 risco de doenga cardiovascular. Uma dieta pobre em cobre também danifica a estrutura e func4o do coragdo aumentando 0 ris- co de ataque cardiaco. Porém, deve-se atentar ao excesso de cobre e zinco na dieta, uma vez que tal excesso pode ser um fator predispo- nente para o surgimento de doenga cardiovascular; + A deficiéncia de magnésio esta associada 4 irregularidade de batimentos cardiacos, angina ou dores no peito relacionadas a doenga coronaria. Aumentar a ingestao de magnésio normaliza os batimentos cardiacos, relaxa as artérias coronarianas e reduz 0 risco de ataque cardiaco em pessoas predisponentes; * Um estudo realizado na Stanford University’s School of Medicine mostrou que o consumo de café, mesmo descafeinado, aumenta os niveis de LDL, sugerindo que algum outro componente - além da cafeina existente no café - afeta o risco de desenvolver doengas cardiovasculares. Com relag&o aos medicamentos hipocolesterolémicos, atual- mente temos a disposi¢4o no mercado produtos como a sinvastatina, no comércio como Zocor; a atorvastatina, que leva 0 nome comer- cial Lipitor e a provastatina, comercializada sob o nome Mevalutin. Houve a cervistatina, que foi retirada do mercado apés dois anos de uso por ser hepatot6xica e ter provocado mortes por doengas renais. A rosuvastatina, é a mais recente no mercado e sobre ela nao temos informagées maiores até o presente momento. 8. VIRILIZACAO EM MULHERES Em mulheres usuarias de esterdides anabdlicos, podem ocor- rer efeitos como crescimento de pélos na face, engrossamento da voz, hipertrofia do clitéris e amenorréia (auséncia de menstruagao). Aniao ser que vocé deseje trabalhar no circo como mulher barbada, ou causar inveja por ter seu clitéris maior do que o pinto de muitos marmanjos, a escolha por esterdides com baixo componente andro- génico é a melhor medida. 9. GINECOMASTIA Decididas a administrar esterdides anabdlicos, algumas pes- soas, principalmente adolescentes impacientes, aplicam a primei- ta injegao de esterdide anabdlico e acabam por perfazer um ciclo com 4 aplicagdes de Durateston, por exemplo, ao longo de um més. Com seus receptores cabagos que sao, desculpe o “francés”, acabam ganhando algumas medidas a mais em fungao da droga. Como a matematica normalmente é geométrica na cabega dessa: pessoas, elas passam a achar que se 4 injegdes produziram um ga- nho Y, dosagem 3 vezes maior produzira um ganho igual a 3 ve- zes Y. Como 4 aplicagdes vezes 3 ¢ igual a 12: da-lhe 12 Duras. Apés duas ou trés semanas o desavisado comega a sentir uma coceirinha na regido do mamilo, em seguida come¢a um peque- No processo doloroso ao toque e depois o intumescimento abai- xo do mamilo que, normalmente, vai se tornando cada vez maior. Esse processo, tecnicamente conhecido como ginecom: i tende a ocorrer em um percentual grande de bebés recém nascidos, devido a absor¢ao dos estrégenos presentes na placenta da mae; du- tante a adolescéncia, em fungao de uma maior liberagao de testostero- Naeem homens da terceira idade. Isso se da em fungao da conversao do excesso de testosterona em progesterona, droga sexual predomi- Nante nas mulheres, sob a agao de enzimas chamadas de aromatases. Para combater a conversao da testosterona em andrégenos, sao normalmente utilizados no arsenal de alguns atletas mais cuida- dosos 0 citrato de tamoxifeno (Nolvadex) ¢ 0 anastrozol (Arimidex) apesar de que a aminoglutademida (Cytraden) e 0 citrato de clo- LL ea mifeno (Clomid) também possuam um certo efeito anti-estrogénio. A melhor forma de evitar a ginecomastia, novamente 6 nao usar esterdides muito androgénicos. E conveniente ressaltar que a tendéncia do nédulo é retornar gradativamente aos niveis normais aps 0 término de um ciclo, mas, muitas vezes, dependendo da fisio- logia de cada um, a redugao definitiva de um nédulo sé ocorre com intervengao cirurgica, normalmente realizada por cirurgiao plastico. 10. DORES DE CABECA A enxaqueca é um mal que afeta de 8 a 20% da populagao e ocorre principalmente em mulheres, sendo trés vezes mais alta do que em homens. As criangas também sofrem de enxaqueca, tendo uma prevaléncia de 4 a 8%. Podendo também ser ocasionada pelos esterdides mais andro- génicos, é um dos efeitos da elevagio da pressao arterial. Limitar 0 uso de esterdides altamente androgénicos e controlar a pressao arterial constituem as principais medidas. O uso de H.C.G. (gonado- trofina coriénica humana - ver em diciondrio do mal), também pode ocasionar ligeira enxaqueca. Muitos estudos empenham-se em confirmar a relagao entre en- xaqueca e dieta, mas ainda nao foram encontradas evidéncias cienti- ficas conclusivas. No entanto, alguns alimentos foram considerados agravantes das enxaquecas, dentre eles os alimentos gordurosos, os queijos envelhecidos, as bebidas alcodlicas (especialmente o vinho tinto), os alimentos em conserva e os marinados, os embutidos em geral, os alimentos que contém aspartame ou glutamato monossddi- co e algumas frutas como abacate, frambroesa, banana e todas as ci- tricas. O chocolate também é apontado nas pesquisas como um dos alimentos capazes de desencadear dores de cabega em algumas pes- soas. As aminas, presentes em alguns alimentos - que também tém sido relacionadas a enxaqueca - sao a tiramina (presente nos queijos ¢ vinhos), a feniletilamina (presente nos chocolates) e a histamina. Dai o motivo da presenga de anti-histaminicos em medicamentos para dores de cabega. Estudos sugerem que pessoas que softem de enxaqueca talvez nao sejam capazes de metabolizar essas aminas de forma rapida o suficiente. Elas permanecem no organismo por mais tempo, causando as dores de cabega devido a sua ac&o nos vasos sangilineos. Os radicais fendlicos flavondides, originarios da casca da uva, que sao encorpadas ao vinho tinto, sao outras substancias apontadas como vilas da enxaqueca. Suspeita-se que as enxaquecas tenham também um compo- nente hereditdrio. Algumas pessoas podem ter uma deficiéncia ge- nética da enzima monoamina oxidase (MAO), que metaboliza essas aminas. Essa falha no organismo pode explicar o porqué de algumas pessoas serem mais afetadas do que outras. I. IMPOTENCIA, ESTERILIDADE E ATROFIA DOS TESTICULOS Este talvez seja o efeito colateral dos esterdides anabdlicos mais polémico. Qual elemento com mais de 50 cm de brago que nunca foi taxado de bombado broxa? Ocorre que, no inicio de um ciclo de esterdides, normalmente © homem passa por um periodo de excitag&o sexual com aumento na freqiiéncia de cregdes. Porém, este efeito tem duragdo de algu- mas semanas, revertendo-se gradualmente para a perda de interesse sexual. Essa redugao de libido sexual ¢ resultado do cessamento ou Teducdo na produgao natural de testosterona, devido a elevago ex- cessiva deste horménio no corpo, proveniente da administragao de esterdides anabdlicos. Qualquer sintoma de impoténcia ¢ temporé- Tio e cessa 4 medida que 0 esterdide deixa de ser administrado. Outra grande polémica é sobre a redugao do tamanho do pé- nis. Vale ressaltar que o que reduz sao os testiculos, devido a me- LLL ea a nor producao natural de testosterona, sendo que aqueles que fazem ciclos longos, com drogas pesadas e néo tomam nenhuma medida profilatica, tendem a literalmente sentir um vazio em sua bolsa es- crotal. Quanto ao tamanho do pénis, este nao se altera. Quando se realizam ciclos curtos e com intervalos devidos, dificilmente verifica-se esse problema. Ja atletas que preferem fa- zer ciclos de esterdides muito longos, periodicamente administram HCG (gonadotrofina coriénica humana) em intervalos regulares. O HCG ¢ utilizado no final do ciclo de esterdides normalmente em conjunto com um anti-estrégeno para acelerar a volta da producdo natural de testosterona e, muitas vezes, para reduzir o intervalo en- tre ciclos de esterdides. 12. INSONIA Os esterdides anabdlicos tém efeito estimulante no sistema nervoso central, o que pode provocar insGnia. Para evitar o proble- ma, os esterdides orais sé devem ser administrados seis horas antes de ir dormir e os injetaveis logo ao acordar. O efeito também desa- parece com a interrupgao da administracao. O triptofano, um aminoacido essencial, é 0 indutor natural do sono. Ele aumenta a quantidade de serotonina, um sedativo tam- bém natural, no cérebro. E por isso que um dos remédios caseiros para a ins6nia é uma xicara de leite morno, que contém triptofano, com uma colher de cha de mel, um acucar simples (os carboidratos facilitam a entrada de triptofano no cérebro). Um sanduiche com peito de peru é um indutor do sono porque combina triptofano com carboidratos. Chas a base de ervas descafeinados também sao boas opgdes. Logicamente, as receitas anteriores recomendadas pelas nossas avés, ndo provocarao sequer um pestanejar em individuos acostumados com farmacoldgicos. Existem varios medicamentos com a propriedade de induzir 0 sono, tais como o Lexotan, Apraz e Diazepan sé para citar alguns. Porém, nao é incomum ocorrer dependéncia devido a utilizagéo de algumas dessas drogas, sendo que seu uso deve ser sempre contro- Jado por médicos especializados. 13. HEPATOTOXIDADE Quase todos os esterdides podem causar lesao no figado, sen- do que os 17 alpha-alquelados sao os mais toxicos pela dificuldade de processamento. A maior parte das les6es promovidas no figado sao reversiveis tao logo o uso do medicamento seja interrompido, devido a grande capacidade de regeneragdo desse érgao. Porém, efeitos mais sérios como ictericia somatizada pelo amarelamento da pele, das unhas e branco dos olhos é um sinal para imediata inter- rupgao do medicamento e procura de orientagdo médica para moni- toramento das fungées hepaticas. Em relagdo aos protetores hepaticos, 0 mais conhecido e uti- lizado é 0 silybum marianum ou silimarina. Diversos estudos cien- tificos realizados na Alemanha confirmam os efeitos benéficos da silimarina. Extraida das sementes do cardo marianum e formada por flavonolignanos, a silimarina apresenta grande capacidade re- generadora dos hepatécitos, provavelmente por estimular a sintese de proteinas. Estudos comprovaram seu poder na diminui¢do dos niveis de bilirrubinas, redugdo da esteatose hepatica e dos niveis de transaminases (ver exames laboratoriais). Entre outros protetores hepaticos esto: a cynara scolymus - a conhecida alcachofra, que também apresenta uma a¢4o regenerado- Ta; Os acidos graxos 6mega 3 e o dleo de primula da noite que pos- Suem aco anti-inflamatéria e ajudam na diminui¢do das transami- Nases; os aminodcidos metionina, cisteina e glutamina que auxiliam na eliminacao das toxinas hepaticas; a vitamina E, o mineral selénio © 0 Acido alpha-lipdico, que atuam na sintese do complexo antioxi- LLL dante glutationa peroxidase, auxiliando na desintoxicagao hepatica. Quanto a dieta, deve-se evitar uma ingestio excessiva de fer- ro (carne vermelha), vitamina A (acima de 10.000 Ul/dia), frituras, alimentos gordurosos e condimentados, minimizar o alcool, incen- tivar a ingestao de proteinas vegetais (soja), peixes, frutas, cereais, verduras e legumes. Ainda quanto a alimentagao, o uso do alecrim é uma boa escolha por sua a¢ao antioxidante, protetora e regeneradora hepatica; ja a alfafa auxilia no processo digestivo; 0 abacate é um grande protetor hepatico, pois estudos realizados no Japao demons- traram uma diminuigao do dano ao figado em pessoas que comiam abacate todos os dias; o abacaxi, através da bromelina, auxilia a digestao; o boldo, na forma de cha, ajuda a diminuir as transamina- ses e auxilia no processo digestivo; e o cha verde, devido sua acio antioxidante e digestiva. Deve-se ainda evitar ervas hepatotoxicas, tais como a equind- cea e a valeriana, e ter cautela com alguns medicamentos, como os antiinflamatérios hormonais, a maioria dos antibidticos, fenitoina, bupropiona, anti-depressivos triciclicos, acetaminofem, paraceta- mol, acido acetil salicilico, dentre outros. Uma boa medida é sem- pre verificar a bula dos medicamentos, a fim de constatar se existe algum risco de toxicidade hepatica. Vale mencionar que todas as medidas hepatoprotetoras acima mencionadas, tendem a auxiliar no controle dos niveis de colesterol sangitineo. E no figado que ocorre a sintese desse horménio. 14. PROBLEMAS DE TENDOES E LIGAMENTOS Sob 0 efeito de esterdides anabdlicos, os musculos podem se tornar mais fortes pelo aumento no tamanho das fibras musculares e pela maior retengao de fluidos. Ocorre que muitas vezes esse au- mento de forga é desproporcional a capacidade de adaptacao dos tenddes e ligamentos (terminagdes que conectam o miusculo ao

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