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V SEPRONe – Maceió, AL, Brasil - 2010

A análise estratégica de informações aplicada a avaliação de setores de Manutenção –


Um estudo de caso em empresa de limpeza urbana1

Resumo
Estamos no limiar de mais uma revolução industrial, mas diferente das antecessoras, esta se
baseia exclusivamente na informação, é a chamada revolução do conhecimento. Nesse
contexto a valoração da informação é proporcional aos seus resultados potenciais. Assim,
não basta apenas ter o insumo informativo, é necessário tratá-lo e analisá-lo para que este
seja útil aos seus destinatários, de forma oportuna e confiável. A partir desse contexto optou-
se por aplicar técnicas de análise de informação para extrair conhecimento sobre parte da
operação do sistema de manutenção de uma empresa de limpeza urbana, buscando quais os
seus principais indicadores e como esse podem ser aplicado para o planejamento estratégico
da organização. Para isso desenvolveu-se um banco de dados que foi tratado e analisado a
partir de técnicas de manejo de informações. O resultado foi uma rede bayesiana que
auxiliou na interpretação dos dados e possibilitou a escolha de quatro variáveis para
acompanhamento e medição da eficiência do setor de manutenção.

Palavras-chave: Manutenção de veículos , Análise de informações, Planejamento


estratégico.

1
Desenvolvido por Alberto Brandão, Glauber Nóbrega, Polyana dos Santos e Luana Tássia
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1. Introdução
Existem diversas empresas que possuem ou terceirizam a manutenção de seus
equipamentos. A manutenção é uma atividade assessória e objetiva garantir as condições para
funcionamento dos veículos e equipamentos necessários ao processo de produção. Apesar de
existirem vários indicadores, observa-se que esses não são aplicados em todas as situações.
Além disso, existem as particularidades de cada sistema de manutenção, tanto por
características internas como qualificação de mão de obras e forma de gerenciamento como
por fatores externos como os culturais e ambientais. A partir dessas afirmações fora elaborada
a Pergunta Norteadora - PN deste estudo, sendo esta:
“Quais os indicadores estratégicos para o sistema de manutenção de uma empresa de
limpeza urbana que atua em parte da cidade de Maceió?”
É com base na PN que todo o trabalho será estruturado, sendo necessário descrever
inicialmente alguns conceitos chaves.

2. Sociedade da informação
A sociedade de informação é a conseqüência da explosão informacional provocada
pela disseminação da informação após a revolução da informática. Essa sociedade caracteriza-
se pelo elevado número de atividades produtivas que dependem dos fluxos e tecnologias da
informação e comunicação como a internet e sistemas de armazenamento e recuperação de
dados. Graças a esse fluxo é possível encontrar grande quantidade de informação para
diversos ramos de atividade. Contudo, possuir muita informação não significa que essa poderá
ser empregada de forma produtiva, apenas que há um potencial de fazê-lo. Para tanto, é
necessário aplicar o método de inteligência. Para compreender esse processo é necessário
resgatar os seus axiomas: Dado, Informação e Conhecimento.

2.1. Dado, informação e conhecimento


O dado é algo que se observa, possui valor e atributos, nada mais, ou seja, não possui
função, e por isso não tem valor. A informação é gerada a partir da interpretação de um ou do
conjunto de dados, transmite algo ao seu interlocutor. E o conhecimento advém de
informações contextualizadas e estruturadas (Firestone e McElroy, 2001), ou seja, possui
função. Assim, informação e conhecimento são, na verdade, subprodutos da interpretação dos
dados e seu valor e proporcional a capacidade de apoiar o planejamento estratégico.

Figura 1 - Relação entre dado, informação e conhecimento


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A diferença entre dado e informação também pode ser avaliada de uma posição
subjetiva de acordo com o contexto. Um dado para determinado profissional pode ser uma
informação para outro.

2.2. Informação, conhecimento e inteligência


O dado, a informação e o conhecimento são anômalos da economia de mercado e não
seguem a teoria da escassez. Conforme Benedetti (2008, p. 58): “Muitos recursos são finitos,
podendo ser esgotados com o uso. O conhecimento não se comporta como esses recursos,
afinal utilizá-lo não implica em esgotá-lo devido a operações de síntese, análise e
combinação”.
Historicamente, a necessidade de informação sempre esteve ligada aos Estados a
utilizavam como suporte para o planejamento de políticas de segurança externas. Vários
relatos podem ser resgatados em antigos manuscritos chineses (Tzu, 2007) com fundamentos
perfeitamente aplicáveis na atualidade. Constata-se que a coleta, análise e disseminação de
informações surgiram em todos os povos e é cada vez mais necessário. Ao processo foi
cunhado o termo de inteligência de modo a diferenciá-lo de outras atividades. Para Platt
(1974, p. 30): “ Informações (intelligence) é um termo específico e significativo, derivado da
informação, informe, fato ou dado que foi selecionado, avaliado, interpretado e, finalmente,
expresso de forma tal que evidencie sua importância para determinado problema de política
nacional corrente.”
A inteligência utiliza processos racionais para transformar dados e informações em
conhecimento. Tais processos foram descritos na Grécia clássica por Aristóteles. Daquele
pensador derivou a Lógica Aristotélica que até hoje é a base para qualquer pesquisa. A
Lógica permaneceu imutável por vários séculos e contribuições significativas só surgiram
após a publicação do Discurso do Método de Descartes (2005). Sobre a inteligência e seus
métodos descreve Santos (2008, p. 34): “A Metodologia de Produção do Conhecimento de
Inteligência é uma metodologia de análise que, obviamente, serve não só para gerar um
produto informacional, mas também para decompor uma situação e, assim, obter um
entendimento a respeito.”
Os princípios aplicados metodologia de produção de conhecimento permanece
praticamente inalterada nas últimas décadas, mas a evolução dos meios coleta e
armazenamento de informação, os Sistemas de Informações - SI, aceleram o processo criativo
e permitiram aos analistas.

2.3. Sistema de informações


Um Sistema de Informações - SI é uma forma de armazenar, tratar e resgatar dados.
Existem vários modelos de SI no mercado, mas atualmente as empresas e governos
emprenham-se em desenvolver produtos customizados para atender seus objetivos de forma
mais adequada. Isso se deve a subjetividade dos métodos construtivos, aos dados e
informação disponíveis e aos objetivos a serem alcançados. Por esse motivo, no
desenvolvimento de um SI há um intenso processo preliminar de planejamento e prospecção
para, só então, ser iniciada a confecção.
Um SI possui vários elementos inter-relacionados que coletam (entrada), manipulam e
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armazenam (processo), disseminam (saída) os dados e informações e fornecem um


mecanismo de feedback. Os componentes do SI podem ser agrupados em Hardware -
formado por computadores, impressoras, scanners e outros componentes “físicos”. É o local
físico onde o banco de dados e as informações serão armazenadas; Software – que é o tipo
de programa a ser utilizado para desenvolvimento do sistema. Existem diversos softwares no
mercado mas deve ser escolhido apenas o que for mais adequado aos objetivos do projeto;
Infoware – que corresponde as informações a ser inseridas no sistema. Devem ser
selecionadas e tratadas de acordo com a definição dos objetivos a serem alcançados; e
Peopleware – que são os operadores e um dos itens mais importantes do sistema. São esses
profissionais os responsáveis pela manipulação das informações provenientes do banco de
dados.
Independente do objetivo, o sistema a ser deve proporcionar um rápido resgate e
manuseio de informações além de permitir aos seus operadores avaliar a necessidade ou não
de obter dados adicionais. Camolesi Jr (2003, p.2) defende que “Há uma grande necessidade
em se realizar o armazenamento de informações que não se encontram isolada umas das
outras. Além de uma forma adequada para definir o armazenamento destas informações, os
usuários desejam realizar operações sobre esta coleção de dados, tais como, adicionar (inserir)
novos dados, recuperar (consultar) um determinado subconjunto de dados, atualizar ou
modificar a estrutura dos dados e eliminar informações não mais necessárias.”
Essa maleabilidade é fundamental, pois a atualização das informações permite que as
avaliações acompanhem a dinâmica dos objetos por ela representados e evita que informações
antigas (e, portanto degradadas) gerem resultados equivocados e alheios a realidade.

3. Setor de Manutenção
Os setores de manutenção vêm enfrentando tarefas difíceis e necessitam de equipes
cada vez mais qualificadas. Isso ocorre por imposição dos avanços técnilogógicos, das leis
ambientais e das diretivas segurança pessoal e coletiva. A manutenção é um ramo da
engenharia que visa conservar e manter em funcionamento equipamentos, máquinas,
instalações gerais e edificações, tentando-se prolongar ao máximo seu tempo de vida útil e
evitar paradas inesperadas que possam comprometer o setor de produção e causar prejuízos
financeiros e sociais.
A manutenção da empresa estudada lida atualmente com cerca de 250 (duzentos e
cinquenta) veículos, equipamentos e máquinas, como caminhões compactadores,
poliguindaste, pipas, e outros, que nesse trabalho serão denominados apenas de veículos. O
sistema é do tipo centralizado onde todas as operações são planejadas e dirigidas pelo próprio
setor. Possui ações preventivas, corretivas e de socorro. O objetivo de suas ações são:
• Realizar controles e prevenir possíveis falhas que possam inutilizar componentes;
• Realizar lubrificação, reformas, consertos.
• Calcular o consumo de insumos, bem como realizar previsões futuras de seu uso.
Hoje possui um setor de manutenção é um diferencial de competitividade e controle de
seus custos, pois há a possibilidade de opção por técnicas mais eficazes de controle e de se
investir em acompanhamento e manutenção preventiva de forma mais adequada. Os reparos
ocorrem de duas formas distintas: Por Socorro (externo) e por Manutenção Interna - MI.
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O socorro é caracterizado pela correção de falhas fora das instalações da empresa, ou seja,
que ocorreram em campo. Para que ele seja eficiente é necessário a aplicação de logística.
Nessa o motorista do veículo solicita apoio e informa a falha que ocorreu no veículo. A
manutenção gera-se a Ordem de Serviço - OS é informa ao mecânico o tipo de defeito e o
local em que se encontra o veículo. Uma equipe vai a campo com todas as ferramentas
necessárias para o conserto enquanto a gerência monitora as ações. Quando o problema não
pode ser reparado em campo ou quando é detectado na própria empresa é realisada a MI.
Nesse caso é informado ao SI o tipo de manutenção e descrito a quantidade e tipo de falha.

3.1. Sistemas de Informações do setor de Manutenção


O SI empregado pela empresa é do tipo ERP2. Esse sistema caracteriza-se por
interligar todos os departamentos da empresa em um único software, atendendo as suas
necessidades. A principal vantagem desse tipo de sistema é a velocidade de resgate e
integração das informações. O SI possui os dados e informações relativos as movimentações
do departamento de manutenção (abertura de atendimento, abertura de ordem serviço),
controles (mão de obra, preventiva, agendamentos), relatórios gerenciais (combustível,
insumos, compras), índices ou indicadores de manutenção.
Os Atendimentos se caracterizam por serem as movimentações abertas das falhas
informadas do equipamento através do motorista ou na inspeção checklist realizada pelo
inspetor técnico, a depender da gravidade do problema gerando uma ordem de serviço
imediatamente ou servindo como banco de dados para resoluções posteriores. As ordens de
serviço são sempre geradas através de um atendimento e caracteriza-se por ser a resolução de
uma falha informada no atendimento.

4. Redes e Teoria dos Grafos


De acordo com a teoria das redes é possivel verificar a conexão de dois ou mais
elementos a partir de uma representação gráfica. As redes são caracterizadas pela
interconexão de dois ou mais elementos que se entrelaçam tal qual uma rede de pesca.
Atualmente o termo se refere a qualquer tipo de relação, incluindo as de transferência de
informações como nas redes sociais, de comunicação, de dados etc. A WWF (2003, p. 41)
conceitua uma rede como: “...uma arquitetura plástica, não linear, aberta, descentralizada,
plural, dinâmica, horizontal e capaz de auto-regulação”.

Figura 2 - Exemplo genérico de Grafo

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Enterprise Resource Planning. Sistemas de informação que integram todos os dados e
processos de uma organização em um único sistema
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Mas apenas apresentar o diagrama de uma rede não é suficiente para auxiliar na sua
interpretação, também é necessário indicar qual o sentido de fluxo em suas conexões (quem
influencia quem). A melhor forma de representar essas características é pelo uso de grafos.
No exemplo, os elementos onde sugem as setas são chamados vértices e influenciam
os que as aportam, nesse caso chamados de arestas. Relações lógicas associadas aos grafos
podem indicar, por exemplo, qual o probabilidade de uma situação específica ocorrem em
função dos vértices e como estes influenciam suas arestas. Os grafos úteis para representar
problemas ou processos e são empregados em praticamente todos os campos profissionais.

4.1. Redes Bayesianas


As redes bayesianas são modelos que unem a teoria da probabilidade aos grafos. Seus
resultados são apresentados sob a forma de redes que representam as relações entre as
variáveis de um sistema. Nesses, cada nó representa os elementos do sistema e cada aresta
suas interconexões sob um número finito de estados, geralmente limitados a verdadeiro ou
falso. Para Silva et al (2008, p. 10): “Em relação a outros modelos probabilísticos disponíveis,
as Redes Bayesianas apresentam vantagens por serem facilmente compreendidas, dado que as
relações entre as variáveis são, em grande parte, intuitivas. Outra vantagem é que este modelo
provê informações sobre o efeito de possíveis intervenções nas variáveis da rede, bem como
demanda menor tempo computacional de solução, uma vez que normalmente os algoritmos de
Redes Bayesianas são menos complexos que outros modelos probabilísticos.”
As variáveis devem possuir conjuntos limitados de estados exclusivos e sua
dependência é dada pelo sentido da seta. A origem (ou vértice) é dado o nome de pai e ao de
destino (arestas) de filho. O filho sempre possui dependência em relação ao pai com
representações realizadas sobre diagramas de diagnóstico-causa ou intercausal de causa ou
efeito. Sobre essas dependências é que podem ser realizadas as inferências.

4. Metodologia
A metodologia é caracterizada pela coleta, tratamento e análise de informações (esta
última inserida no item 5 - Resultados).

4.1. Coleta e tratamento preliminar de dados


A coleta dos dados foi realizada a partir da exportação de banco de dados do SI sob a
forma de panilha eletrônica (formato MS Excel). Os dados exportados referem-se ao periodo
de um ano e incluem informações sobre os veículos do tipo compactador, notadamente
relativas a horas trabalhadas, velocidade de coleta, peso coletado dentre outros. A esses dados
foram adicionados a quantidade de socorros e de MI e informações sobre pecipitações
pluviométicas referentes a estação localizada no aeroporto Zumbi dos Palmares.
A tabela com mais de 180 amostras, referente a movimentação de cada veículo durante
o periodo selecionado foi tratada de modo a padronizar seus dados e possibilitar o uso de
procedimentos estatísticos para desenvolvimento e validação dos modelos pois os modelos
apóiam-se na idéia de que os fenômenos funcionam como sistemas, ou seja, com relações
entre componentes articulados por fluxos de informação.

4.2. Modelagem
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O procedimento bayesiano foi aplicado sobre a amostra com softwares livres


disponíveis na rede mundial. Cada coluna corresponde a uma classe de informação e cada
linha a uma amostra. O resultado surgiu sob a forma do grafo apresentado na figura 3. O
resultado e os tipos de relacionamento descobertos corroboraram as previsões sobre
relacionamento de Platt (1974, p.77): “ Assim, é surpreendente como, as mais das vezes, se
obtém verdade partindo de um grande número de fatos relacionados com determinada
situação, um vivo interesse pela situação, compreensão dos fatos anteriores e tempo para
estudar os dados, abordando-os, por tentativa, sob vários ângulos”.

Figura 3 – Relacionamento dos componentes do sistema de limpeza, manutenção e meio


ambiente

O grafo e as tabelas a esse associadas serviram de base para a interpretação da


informação e formulação dos resultados.

5. Resultados
As 11 (onze) variáveis apresentaram interligações significativas e distintas. As
informações classificadas exclusivamente como vértices são formadas pelo horímetro, que
indica o tempo de funcionamento do veículo, pela média diária de viagens, peso coletado e
pela quilometragem percorrida pelos veículos. Esses quatro itens são influenciados pela
metodologia de coleta de resíduos aplicada pela empresa e por fatores ambientais ligados a
produção de resíduos pelos munícipes e descrevem a interação entre a operação e o meio
ambiente e não serão diretamente analisados por não serem objetos do estudo.
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5.1. Quantidade de socorros externos


A velocidade de coleta e a precipitação possuem grande influência na quantidade de
socorros realizados. Mas antes de descrever essa relação opta-se por descrever as variáveis. A
velocidade de coleta indica o comportamento dos veículos no processo produtivo. Quanto
mais veloz, melhor a condição de acessibilidade dos setores de coleta de resíduos. A
precipitação dispensa comentários. Os resultados das interações destas variáveis com a
quantidade de socorros é apresentada na figura 4.
Verifica-se que quanto menor a velocidade de coleta, ou seja, quanto pior a infra-
estrutura de acesso, maior será a influencia da chuva sobre a ocorrência de socorro. Ou seja,
em períodos sem chuva ou de chuva até 55 mm deve ser dada atenção especial a veículos que
atendem áreas mais periféricas. Acima desse quantitativo a todos os veículos.

Figura 4 – Tabela de relacionamento de variáveis sobre a quantidade de Socorros

Nesse caso e desejável que se aumente a quantidade de efetivos para o socorro nos
períodos de junho a novembro e evitem-se demissões, ou quando essas ocorrerem, com
substituição imediata do empregado demitido.
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5.2. Quantidade de Manutenções - MI


As MI’s ocorrem em função do tempo de funcionamento do veículo, ou seja, do
desgaste e stress causados pelo seu uso e pelo aumento do consumo de combustível. Nesse
último caso o consumo é um indicador que o motor está desregulando ou que a equipe do
veículo o está operando de forma irregular (como trabalhar constantemente em alta rotação).
Os resultados das interações destas variáveis com a quantidade MI’s são apresentados na
figura 5.
Nesse caso há dois grupos. O primeiro formado por MI’s que ocorrem sobre veículos
que apresentam baixo consumo de combustível mais índice de horas trabalhadas acima das
230 (duzentas e trinta) horas, o que equivale a aproximadamente 10 (dez) dias. O segundo por
veículos com grande consumo e freqüência de quebras inferiores a 210 horas de trabalho, ou
seja, o equivalente a 8 (oito dias) de trabalho. Isso significa que veículos com maiores taxas
de consumo tendem a ter uma incidência de defeitos 20% maiores que os de baixo consumo.

Figura 5 – Tabela de relacionamento de variáveis sobre a quantidade de MI’s

6. Conclusão
A partir dos resultados é possível desenvolver estratégias diferenciadas de acordo com
a época do ano e das regiões atendidas pelos serviços de coleta de resíduos sólidos urbanos.
Outro quesito é que as equipes de cada veículo possuem contribuição na quantidade de
defeitos encontrados o que exige intervenção do setor de treinamento da empresa pesquisada
uma vez que nesse caso a manutenção não possui qualquer influência.
Uma das informações mais importantes é que a quantidade de socorros e as MI’s não
apresentam qualquer relação, ou seja, são independentes e, por esse motivo, devem ser
planejadas de formas distintas com equipes e logísticas distintas. Dessa forma é possível
desenvolver planejamento estratégico que reduza o tempo em que o veículo permanece
inoperante com aumento de produtividade por equipe e redução da necessidade de veículos
destinados a reserva técnica, ou seja, na lucratividade do sistema.

7. Referências
• BENEDETTI, Fabiana. Gestão do conhecimento: Um importante recurso para a
inteligência estratégica. Caxias do Sul, 2008. Monografia de especialização –
V SEPRONe – Maceió, AL, Brasil - 2010

Universidade de Caxias do Sul.


• CAMOLESI JR., Luiz. Sistemas de Banco de Dados. Piracicaba, 2003. Apostila de
pós-graduação – Universidade Metodista de Piracicaba.
• DESCARTES, René. Discurso do Método. 2005, São Paulo. Editora L&PM.
• FIRESTONE, Joseph; McELROY, Mark. Key issues in The New Knowledge
Management. 2001, Amsterdam. Editora KMCI/Butterworth-Heinemann.
• PLATT, Washington. A produção de informações estratégicas. Rio de Janeiro,
1974. Editora Agir.
• SANTOS, Marco Antônio. Análise de Inteligência. 2008, Brasília. Apostila de pós-
graduação – Faculdade Gama Filho.
• SILVA, Ana Luisa Borges; LADEIRA, Marcelo Bronzo; OLIVEIRA, Marcos Paulo
Valadares de. A aplicação do modelo de redes bayesianas para o gerenciamento de
risco de ruptura em cadeias de suprimento. 2008, São Paulo. Artigo apresentado no
XI Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais
(SIMPOI)l
• TZU, Sun; A Arte da Guerra – Os treze capítulos. 2007. São Paulo/SP: Editora
DPL.
• WWF. Redes: Uma introdução às dinâmicas da conectividade e da auto-organização.
Brasília, 2003.

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