Você está na página 1de 10
Retirada de amostras - Amostragem 4. Introdugao Quando um volume de solo precisa ser caracterizado, normaimente nao existe a possibilidade de que todo ele seja examinado, sendo necessério que amosiras do mesmo sejam coietadas. Essas amostras devem ser 0 mais representativas possivel do material original ou area a ser caracterizada A caracterizagao de um solo, através de parémetros obtidos em ensaios de laboratério, depende, simultaneamente, da qualidade da amostra e do procedimento dos ensaios. Tanto para a amostragem quanto para os ensaios existem normas, brasileiras © estrangeiras, que regem o assunto e que, portanto, devem ser obedecidas. Nos laboratérios de gectecnia, dois tipos de amostras so usadas na realizagso desses ensaios. A amostra deformada (porgao de solo desagregado) deve ser representativa do solo que esta sendo investigado, apenas, quanto a textura e constituigo mineral. Ela é usada na identificago visual e t&ctil, nos ensaios de classificac&o (granulometria, limites de consisténcia e massa especifica dos sélidos), no ensaio de compactago e na preparaco de corpos de prova para ensaios de permeabilidade, compressibilidade e resisténcia ao cisalhamento. Essas amostras, até a profundidade de 1 m, poderéo ser obtidas através de ferramentas simples. (pas, enxadas, picaretas e outras mais apropriadas a cada caso), enquanto que para profundidade maior se tem a necessidade de ferramentas especiais (trados ou um amostrador de parede grossa). A amostra indeformada, geralmente de forma clibica ou cilindrica, deve ser representativa da estrutura e umidade do solo, na data de sua retirada, além da textura @ composigao mineral. Ela é usada para se determinar as caracteristicas do solo “in situ’, como os indices fisicos, 0 coeficiente de permeabilidade, os parémetros de compressibilidade & de resisténcia ao cisalhamento. Uma amostra indeformada pode ser obtida de diversas mansiras dependendo da cota da amostragem, da densidade do solo e da posi¢ao do lengol freatico; assim, para solos moles abaixo do nivel d'agua sera usado um amostrador de parede fina, enquanto que, para solos acima do nivel d’gua mais densos, deve-se abrir um poco até a cota de interesse e retirar um bloco de solo usando uma caixa metalica ou de madeira como forma e com dimensées apropriadas ao tipo e niimero de ensaios a realizar. A NBR 9604/1986 rege a abertura de pogo ¢ trincheira de inspegao em solo, com retirada de amostras deformadas e indeformadas Na retirada, no transporte e no manuseio, de qualquer um dos dois tipos de amostras, devem ser tomados cuidados extras para que a amostra ndo sofra nenhuma avaria Os equipamentos e acessérios, 0 procedimento da amostragem, os cuidados e dimensionamento de cada uma das amostras sero descritos nos itens sequintes. 2, Equipamentos - trados de diversos tipos ¢ diametros: ~ amostrador de parede grossa; ~ caixa metélica, © - amostrador de parede fina. 3. Acessorios Sacos de Iona ou de plastico de diferentes tamanhos, pas, enxadas, picaretas, facas, espétulas, conchas, fogareiro a g&s, parafina, tecido (tipo estopa ou similar), etiquetas, caixas de madeira e serragem 4, Procedimentos para a Amostragem Para cada um dos tipos de amostras representativas 0 procedimento na amostragem seré diferente. A seguir sera descrita @ forma de se obter uma amostra deformada e uma amostra indeformada em bioco, em uma camada acima do nivel d’agua 4.1, Amostra Deformada Para este tipo de amostragem deve-se inicialments, fazer uma limpeza no local de trabalho, retirando a vegetagdo superficial, raizes e qualquer outra maléria estranha a0 solo, para 86 depois iniciar 0 processo de coleta de amostra. Se a cota de retirada da amostra estiver, no maximo, 1 m da superficie do terreno pode-se fazer uma escavacdo, até a cota de interesse, com uma das ferramenias indicadas e, entao fazer a coleta, Entre 1 © 6 m de profundidade pode-se usar o trado cavadeira, desde que, 0 furo n&o precise de revestimento. Para profundidade maior do que 6 m, ou quando 0 furo exigir tubo de revestimento deve-se usar 0 trado helicoidal, Figura 1. Quando 0 trabalho com 0 trado helicoidal se tomar dificil ou para amostragem abaixo do nivel d’égua, quando poderd se tornar pouco eficaz, pode-se utilizar um amostrador de parede grossa (Figura 2), que é cravado dinamicamente no solo através de energia fornecida pela queda livre de um martelo. A sondagem a trado & regulada pela NBR 9803/1986. beetiecenas, CAV ALE Figura 1. Tipos de trado. spate Figura 2. Amostrador de parede grossa © tipo e 0 emprego do equipamento de sondagem representado na Figura 3, introduzidos entre nés ha mais de 40 anos, é 0 mais adotado por iodos os institutos técnicos ¢ oficiais, e firmas particuleres especializadas. O Ensaio SPT obedece aos critérios estabelecidos na NBR 6484/2001 Figura 3. Ensaio SPT. O Standard Penetration Test (SPT), possui a dupla fungo: de medir a resisténcia @ penetragao e de coletar amostras que nesse caso sdo alteradas pelo choque & vibracéo no momento da cravacdo do amostrador. Este método além de econémico é rapido e pode ser aplicado & maioria dos solos, exceto pedregulhos. O ensaio basicamente consiste em introduzir o “barrilete amostrador, que € fixado na extremidade das hastes de cravagao e cravado 45 cm no solo, por deniro de um tubo de sondagem. A cravagao é feita por um peso (martelo) de 65 kg, com uma altura de 75 om de queda, Inicialmente se fazem penetrar 15 cm e, @ seguir, se registra o numero N de goipes aplicados para cravar outros 30 cm, anotando-se separadamente cada 15 cm ‘A amostra daveré ser colocada em saco de fona ou plastica resistente, identificada através de uma etiqueta amarrada 2 boca do saco e contendo informagées sobre o local, nimero, profundidade e data da amostragem. Além dessas informagées deve-se fazer uma planta do local indicando os dados necessérios a recuperac&o do ponto amostrado. Uma identificagdo visual e tactil da amostra retirada deve ser realizada indicando- se 0 resultado na folha de locagdio do furo, Figura 4. OF! LOCAL: CAMBUS USP . Sho CARLOS BATA=214078 Salasdemiiss | nocoxP) = 128em PI —. 0 POGO #2940 2a TOPO DOBLOCO- 514.20 women AMOSTRA DEFORMAD: Figure 4. Locago do pogo. 4.2. Amostra Indeformada A viabilidade técnica e econémica da obtencdo de amostras indeformadas 6 fung&o da natureza do solo a ser amostrado, da profundidade em que se encontra e da presenca do nivel d’égua. Esses fatores determinam o tipo de amostrador e os recursos a utilizar. Algumas formacGes apresentam maiores dificuldades que outras no processo de extrac&o de amostras incieformadas. Assim, a retirada de amostras indeformadas pode ser subdividida em duas classes: Amostra indeformada de superficie e amostra indeformada em profundidade. a) Amostra Indeformada de Superficie A coleta de amostras 6 realizada proxima 8 superficie do terreno natural, ou préxima superficie de uma exploracao acessivel, utilizando-se amostradores em que 0 processo de avango 6 por aparamento (cilindros @ anéis biselados — Figura 5) ou escavagées (blocos — Figura 6). a Figura 5. Cilindros e anéis biselados. Figura 6, Caixa para amostra em bloco. Uma amostra indeformada em bloco pode ser retirada em diversas posigSes como mostrado na Figura 7. Posigtio: Le2: Talude de um corte 3: Superficie do terreno 4: Fundo do pogo S: Parede do pogo Figura 7. Retirada de amostra indeformada. O procedimento de retirada de uma amosira indeformada, em bloco, no fundo de um pogo 6 semelhante 4 retirada em qualquer oulra posicao, exceto elgumas peculiaridades do préprio pogo. pogo deveré ser aberto até, aproximadamente, 10 cm acima da cota do topo do bloco (cota zero), pelo poceiro, com um diametro que permite ao técnico, encarregado de continuar 0 servigo, fazé-lo de forma conveniente, Figura 8a. Caso ndo seja possivel por apresentar 0 pogo um diametro pequeno o bloco padera ser retirado na parede (posigao 5) lembrando que © fundo do poco deverd atingir uma cota mais baixa Utilizando a caixa metélica 0 técnico devera marcar no fundo do pogo a érea onde a amostra sera retirada e com cuidado ir removendo 0 solo extemo a essa drea, Figura 8b, até que se tenha um degrau de, mais ou menos, 7 om. ‘A caixa deverd ser ajustada a0 solo, com a ponta biselada voltada para baixo e iniciar uma escavagao em sua volta, ao mesmo tempo, ir pressionando, ievemente, a caixa provocando sua descida, Figura 8c. Quando o topo da caixa atingir a cota zero deverd haver um excesso de solo, da ordem de 3 om, Figura 8d, que no devera ser retirado neste momento. blaco deverd ser cortado préximo 4 base da caixa para que possa ser separado do terreno, mantendo-se também um excesso de solo, como mostrado na Figura 8e. Entre 0 bloco e a caixa tera sempre uma folga cuja espessura dependera do tipo de solo amostrado. Um solo argiloso permite uma folga menor do que um solo arsnoso, Dependendo da existéncia de condigies favordveis dentro do pogo 0 excesso de solo na base e no topo do bloco poderé se ai retirado e colocadas, em seguida, a tampa 0 fundo da caixa, Figura 8f. E sempre preferivel realizar essa operacdo, apés a subida do bloco para superficie do terreno. @® _ & Wy Figura 8. Seqéncia de amostragem de um bloco. bloco deveré ser elevado & superficie do terreno com todo 0 cuidado a fim de se evitar qualquer alteracao estrutural no solo, © excesso de solo, do topo e da base ou a tampa e o fundo da caixa, deverd ser retirado e uma primeira camada de parafina, com espessura minima de dez milimetros, aplicada. Logo em seguida, colocar uma etiqueta no topo do bloco indicando os dados necessérios & sua identificagao. As laterais da caixa s6, ento, devem ser retiradas & aplicada uma camada de parafina sobre as faces do bloco, reforcando os cantos e arestas, para garantir uma boa liga¢do com a camada aplicada no topo e na base. Com essa primeira camada de parafina estar garantida a manutencdio do teor de umidade da amostra, mas néo a preservagdo da sua estrutura, representativa da estrutura do solo “in situ” Para a preservagao da estrutura, 0 bloco deveraé ser envolvido com um tecido poroso 6, em seguida, aplicada uma segunda camada de parafina Uma segunda etiqueta deveré ser colocada, preferencialmente sobre 0 topo do bloco com as informagdes necessérias a sua localizaco. Finalmente, desenhar a planta de localizago do pogo tendo como referéncia algum ponto imutavel com 0 tempo @ indicando todos os demais dados necessérios, bem como, o nome do solo a partir dos testes de identificago visual ¢ tactil, Figura 4 b) Amostra indeformada em Profundidade Os métodos de perfuracao para atingirem-se as profundidades desejadas so os mesmos das sondagens de reconhecimento. A diferenga essencial entre as sondagens mais simples e as sondagens em questo esta nos amostradores, sendo os mais usuais, 0s amostradores de parede fina, o amostrador de pistdo, o amostrador de pistéo estacionério, o amostrador de pistéo "Osterberg” e o amostrador “Denison” ou barrilete tripto. © amostrador de parede fina mais empregado, 0 tipo Shelby, 6 composto basicamente de um tubo de lato ou de aco inoxidavel de espessura reduzida, ligado a um cabegote provido de uma vélvula de esfera que permite a0 ar e a agua escaparem & medida que hé @ penetragao da amostra (Figura 9). 4 L=DEPENDE DO SOLO : i _ JANELA HASTE Figura 9. Amostrador de parede fina, Foram definidas a partir das variéveis mostradas na Figura 9, duas relagdes entre diémetros folga interna (F) ¢ relagao de areas (R,) para qualificar um tubo como um amostrader de parede fina © a amostra obtida como uma amostra indeformada Dp? 0 a 10 (%) uma relag4o de comprimentos, percentagem de recuperacao, R, R, (i) 100 © (%) em que: H: comprimento cravado do amostrador, e L: comprimento da amostra, Para minimizar a perturbagdo estrutural do solo, a parede do tubo ndo deve ser grossa, néo devendo também ser multo fina, para que, néo ocorra flambagem ou amassamento do tubo durante a sua cravacdo. Para satisfazer a estas exigéncias tém- se usado uma relacao de areas com valor inferior a 10. ‘Quando 0 tubo é cravado no solo, a amostra cortada sofre um alivio de tensées e ha uma tendéncia a expansao, e com isto, se desenvolveré um atrito entre parede intema ¢ amostra. Para que este atrito seja diminuido deve-se ter um diametro de ponta menor do que o diémetro intemo, definido pela variagao da folga interna entre | 3%; ‘outra vantagem do diémetro de ponta ser menor do que o interno aparece na retirada do tubo, quando parte da amostra fica apoiada sobre o anel desenvolvido pela ponta, Outra restrig&o importante é quanto ao valor do angulo a, que devera ser pequeno a fim de se evitar 0 amolgamento do solo situado abaixo da ponta do tubo A relaoao de éreas e a folga interna definem as caracteristicas que um tubo deve ter para que este possa ser considerado um amostrador de parede fina e utilizado na extragdo de amostra indeformada © comprimento da amostra obtida, nem sempre seré igual a0 comprimento cravado do amostrador, sendo a situagéo mais comum a da amostra sofrer um encurtamento em face da folga interna ndo ter sido suficiente para anular a expansdo iateral do solo. Um aumento na foiga interna diminuiré 0 atrito possibilitando a obtengao de amostras com um comprimento mais préximo do cravado, porém aumentando o risco de perda da emostra durante a retirada do tubo por falta de sustentagao. As vezes pode ocorrer também uma expansdo na diregao vertical resultando uma amostra com um comprimento maior do que 0 cravado. Desde que, a percentagem de recuperacao esteja entre 95 © 100%, a amostra obtida considerada indeformada. Na Tabela 2 esto indicados os diémetros e espessuras das paredes do tubo para dois valores da relacao de areas e folga interna e irés diémetros de amostras. Tabela 2. Dimensdes do amostrador de parede fina. Di Ra | low | pp e (mm) | (%) | (am) | amy | (mm) | 0° e — 4 a | mtg 3 03 [smo = pe pas O amostrador € introduzido no solo por press4o estatica e constants, ¢ 6 retirado quando estiver cheio. A camisa entéo liberada do cabecote, selada e enviada a0 laboratério. Este tivo de amosirador 6 usado para extracdo de amostras em solos moles. 5, Cuidados a serem Tomados 5.1. Amostra Deformada Toda ¢ quaiquer matéria, organica ou nao, estrenha ao solo deverd ser excluida da amostra. Se esta operagdo for dificil de ser realizada no campo deve-se informar sobre a existéncia dessa matéria, para que no laboratorio sejam tomadas as providéncias necessérias. 5.2. Amostra Indeformada Os cuidados 2 serem tomados com essas amostras devem ser maiores do que aqueles com uma amostra deformada indo desde @ abertura do poco até sua ulilizacdo 6m laboratério. Estes cuidados com a amosira permitem a manutengo da umidade e da estrutura do solo “in situ’ A sequir sero descritos os cuidados necessarios durante as fases da retirada, tratamento com parafina e tecido, transporte para o laboratério, armazenamento © utilizago da amostra Durante a abertura do poco e a retira do bloco deve-se tomar os seguintes cuidados: a) em amostra retirada a superficie do terreno, 0 sol nao deve incidir diretamente sobre 0 bloco, pois pode provocar um secamento superficial do solo; b) 0 poceiro nao deve levar a escavagao alé a cota do topo do bloco; ©) @ caixa ndo deve ser cravada no solo, pois pode provocar uma alteracéo na estrutura do solo, principalmente se for um solo arenoso fofo. A caixa deve descer juste sem cortar a solo e sem um grande esforgo do operador; d) @ caixa deve envolver, completamente, a amostra n&o permitindo folgas; se isto, nao for possivel preencher 2 folga com o solo solto de mesma umidade; ©) @ amosira ndo deve sofrer nenhuma vibracdo, principalmente, para solos arenosos finos; #) a amostra ndo deve tombar bruscamente quando da sua separagao do terreno natural; 9) 0 transporte da amostra até a superficie do terreno deve ser répido. Durante o tratamento do bloco com parafina e tecido deve-se cuidar para que: h) este tratamento n&o seja feito no fundo do poco ou em lugar fechado, pois a parafina ao derreter emana gases que podem provocar mal estar; i) a parafina, da primeira camada, nao esteja muito quente, principalmente, em solos com grandes vazios evitando-se a sua penetragao no interior do bloco; J) @ primeira etiqueta seja colocada no topo do bloco indicando a posiggo correta ‘em campo; k) 0 tecido poroso colocado, sobre a primeira camada de parafina, envolva o bloc sem folga, porém, sem pressioné-lo; |) a parafina colocada sobre o tecido esteja a uma temperatura mais alta permitindo uma aderéncia maior entre essas camadas e criando uma casca, parafina-tecido-parafina, rigida e impermedvel; m) a segunda etiqueta esteja também sobre o topo do bloco onde foi colocada a primeira etiqueta e de facil visualizag&o no laboratério. Durante 0 transporte da amostra para o laboratério, principalmente, se forem usados diferentes meios de transporte deve-se cuidar para que: n) © bloco seja colocado dentro de uma caixa de madeira e protegida por ‘serragem ou outro material qualquer; 0) @ caixa de madeira seja identificada como contendo material fragil e indicando 8 posi&o na qual deveré permanecer durante o transporte. Durante 0 periodo de armazenamento no laboratério, em que devera ficar aguardando a realizac&o dos ensaios, tomar cuidado para que: p) @ amostra permaneca em camara timida saturada, em local seguro e que néo seja movimentada sem nevessidade; q) 2 etiqueta esteja visivel e legivel Durante a retirada de corpos de prova, para a realizagéo dos ensaios, tomar cuidado para que 1) a retirada da parafina e do tecido nao pravoquem uma alteragao na estrutura do solo. Use uma tesoura para cortar 0 tecido se necessario; 5) a amostra no fique exposta ao ar, por um periodo longo, apés a retirada de uma parte dela. Coloque um pano umido sobre essa regio da amostra se for continuar a usé-la, em seguid 1) antes de retomar 0 bloco @ cémara Umida coloque parafina, nas partes onde ela foi retirada, fazendo uma boa ligagao entre a parafina existente e a recolocada; u) um plano de utilizagao do bloco deve ser feito, antes de se iniciar 0 corte, indicando os locais de onde serao retirados os compos de prova para a realizago de cada ensaio. Lembre-se que este poder ser 0 Unico bloco disponivel para a caracterizacao do solo amostrado. 6. Dimensionamento da Amostra O dimensionamento da amostra a ser retirada é fungao do tipo @ do nimero de ensaios que sero realizados, bem como, da condig&o atual e fulure do local da amostragem, Para o dimensionamento de uma amostra deformada deve-se partir da massa de solidos estimada pera cada ensaio e calcular o total necessério. Para se chegar na massa de solo que deverd ser retirada, sera preciso conhecer 0 teor de umidade da jazida, 0 que podera ser feito por uma estimativa visual e tdctil ou através de um processo rapido. Para uma amostra indeformada deve-se partir das dimensées dos corpos de prova e assim chegar-se ao numero e as dimensdes necessérias de cada bioco. Seré preciso levar em consideragao que durante a realizagao dos ensaios poderd ocorrer uma perda de material e que alguns ensaios deverdo ser repetidos. Além disso, a condigéo do local apés a amosiragem podera no permitir a retirada de novas amostras, bem como, a sua distancia alé o laboratério e a movimentagao do pessoal e equipamento para a amostragem trardo custos adicionais a obra, Assim uma sobra de material no laboratério, desde que, ndo excessiva é sempre preferivel a uma falta 6.1, Amostra Deformada A NBR 6457/1986 — “Preparagdo de amostras para ensaios de compactagao e ensaios de caracterizacdo’, indica as quantidades apresentadas na Tabela 1, para preparagao de amostras para os ensalos de compactacdo e de caracterizacSo, para Solos que tenham particulas menores que 4,8mm (#4). ‘Tabela 1. Quantidade de solo para os ensaios de compactagao e caracterizacao. Limites de consist 02 kg Ensaios de Classificagao (2kg) | Granulometria a | 10kg [Massa especifica dos sélidos 00g | O8kg lindro pequeno | 20009 | 3.0kg cllindro grande | 70009 | 7,0k9 clindro pequeno | 15000g | 15,.0k9 leilindro grande | 350009 | 35,0kg | concede prnya | OP @=500m eh=12,50m) | 1000g/CP)1,0kg/CP Compactacao de Corpos de Prova : "| CP @=65om 6 h=12,0cm) | 700g/CP|0,7kg/CP ‘com reuso do solo Ensaios de Compactacéo i sem reuso do solo | 6.2. Amostra Indeformada Para amostras indeformadas 0 dimensionamento esta diretamente relacionado a tipo e a dimens&o do amosirador a ser usado no momento da coleta de amostra. Na amostragem de bloco, este deve ter forma cubica com tados variando entre 20 € 30 cm, 0 que permitird a retirada de 9 a 18 CPs (corpos de prova), com 5,0 cm de diémetro e 12,5 om de altura, desde que 0 solo esteja em boas condigées. bloco no deverd ter lado menor do que 20 cm, pois isso diminuira e muito o ntimero de corpos de prova com as dimensées jé citadas, nem deverd ter dimensaéo maior do que 30 om, pois isso aumentara o seu peso, dificultando o manuseio em campo e no laboratério, com um risco maior de alteragdo estrutural, O solo que é retirado do bloco durante a moldagem dos corpos de prova 6 suficiente para se realizar os ensaios de classificacao do solo.

Você também pode gostar