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‘TERAPIAS COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS DA DEPRESSAO Auge de cos Resume Neste artigo, apis breve referdnea as dimensbes sintomiteasda perturbaciodepresiva siobordados alguns dos modelos surgdos dentro das perspectivas ‘omportamentaiscogitivas para interven psico- terapfaticaneste quadro lines Paracadamodelo sso presentados quer os seusfundamentosteéricos, quer ‘seus objectvos eas principals estratéyas de inter- vengio. Palaras-chave: depress; terapia cogniiva & ‘comportement. Summary After brief reference tothe symptoms of the depression disorder, this article presents some of the models developed by behavioural and cogaitive approaches forthe psychotherapy of depression, The ‘heoreticalbasesofeach modelare presented, aswellas ‘heir objectives and main intervention strategies. Introdoga0 A depress 6 una ds pertubagbespicolpicas que mas pesos tinge, plo ipo de sintomas qu a care teriza,Gtambémumnadaqueasque rovocamaismalestar soffmente, snd ind uma das que tm cuts soca ‘econémios mis elevado (ef. Maa, 1998, LParte) ‘O DSMLIV (APA, 1994) sstmatia os isis desta etutugioemnove dominios: hamor primi itresae “veri go Mit ou peazer marcadamente diminafts; pects sigiicatva de peso; asia ou hipersnis tao a Ienicagso scomotra; fadga ou peda de energia; entimenton de esa onde culpa excessiva diinuico dabablidade de pensar ou concentarse;peasimentos de more; € ‘Weagio ou plano sic. ‘Adepesso correspon asin 2a constelago de cexperdociss nonmalmente sents como ama desom- tinuidade em reap vivdaca normal, ode sence sintomas afetivos,cogitivos, comportameatise sco (Gf Hammen, 1998). Orsintomatafectivesiotiorlevantesqueadepesio igepradaeatreasdesondens de lnmor Ente os intomas sfexivospodemesincuiohumeedepmido,osertinento Aedestnio, de vaio, apataoviitagt. Estas sesseoe9 sto normalmenteassociadsaunaperdadeinteresec przer em quase todas asactvidates, oquelnterer quer ‘om 0s dominios profissionas, cur com quase todas 8 turefas mesmo aquelas que ans poderitm coniait expergncias gratifcants par o: jets ‘Os sintomas copnitvos tl cma os afectivos so de ‘almodo procminetes que depestfo considera por alguns autores como uma perarbagio do pensameata Pensimentos de aut-desalorizao,deauto-clpabiliza- loon dereeitoeabandono sv alguns dos qu surger, muito frequentemente. O conosio de bina auo-stins procaradesereverestvistonegaivaacere desi répi, ‘estundo normalmeateassociada percep de inepa ‘dade para efteatar siuagées ov resolver problemas ‘Aon T. Beck fi pariculamente preciso a0 fer © reracto cognitive do deprimidos,detrevendo-s com percebendo nlo 6 as prépiog como a0 mando © 40 fio com bast em lentes sematcamentenegativs, Psu ¢ Pras Poyeharica, Vo IN? 6, 1999 aguilo que consul a sun ele rade copitiva da eps. "Para ai desta percep negativa, os deprimidos ormalnent exer diiculdades de concentraggo que ‘ontbuiptaasensgSodeineficéiacomqueliamcom ‘lgumas tres ‘0s slntomas comportamentais sio especaimeate sive mn apti igolamento socal, ou nas ales picomotra, as das vezes no seatid da retards, Seno que este etargo se pode maniestar numa tts paralsa ‘Finalmente o sntomas filos so observves nas slecages a nivel do soo, petite, dejo sexual ou ener- ‘a Exe dio sintoms 6 parculamentesaliente a ‘epressio,afingindo a alt de enerpa cerca de 98% dos ‘eprimidos (Hamme, 198). Face esas manifests sintomiticas, desde sa ida sc enconiramrelsts de sugestes de tratamentos part. depreseo, Ese adversidad de sugestbes aque se {eset ap longos dos tempos (equ vio desde asangriad txpusio dodemnioovsorestbelecinentodoequio ‘magnétic)revelam tems diferentes ltrs aque eta perurojto foie ma sculidade adiversdade cont- a vse mas ferentes escolas de pscoterpia, onde se eacontram propostas quedivergemqvernos fundamen ‘om queconceptulizama dpresiso,quernas dimensbes ‘Shtomcarsobra uss exercem a susintrvenges, ‘unset eraptaticas que preconiza Poreremplo, os modloscomportameniascolocram mene spect soreasalterasescomportamentis ‘omoeptualizrama diminuigo dorm comportaneatal lee ceractrnaadepressiocomodecorentedo dcr dos reflorgoe ecebidos pelo individ deprimid. Face ‘etaconcepopreconiza atervensbesqueproceravam ‘riarcontigfes part reposiio deumnfvel dequao de ‘efor (eg Sinner, 1953 Ferse,1966,1973,Costello, 1972, Lewinsobn, 1974). ara al desta concep es centradas na diminuigdo asrespoeascomportamentais, outros modeloscompora- ‘mentalias elentarim o dict de competéncias dos indivdoos deprimido, dando rigem a programas de intervengoquevisam ensinar competdacas dereslugs0 deproblemss (Nez, 1987; Nez, Nezu & Perry, 1989}.00, competénias de comanicspio Interpessoal Becker & Heimberg, 1985; Bockr, Heimberg & Belloc, 1987; Bellac, Hersea& Himmlhoc, 1981). Se os movcls comporamenis cooceptualizam € Jmervém na depress a nivel dos deficits comport ‘ments, os modeloscogntvosenfizarao papel queos process cogniivs tem sobre as iferenies dimensdes Fintomdtices das desordens de humor como adepressio. [Nestes models 6 atrbuo as vatéves ogntivas um spelendindraaformacomoosujeloconeteareliade, Sendo as perturbegies comportamenas ou emocionas perecbidas como oeslado da utlzaio de erates ‘ogntvas inadequadss para peesher realidad Neste ‘Scatdoapsicterapiacogivdeua adesenvovimento estas teraptcas qe procuram a alieragio das cogngdes, sopond gue alconoemourspsiopasiogias, ‘peasamento team pape crcal causal natilogine rnanutengo da depresato Dest nod podemos amar fq a mdanga trap nas rents dmensies da ‘epreo(emocionl comport fs peconizada peosterapea cops serdnesesariamente mend pelos procesoecogntvos. E nese sentido qu s pode ‘ier, como Mahoaey (1977), que todas as intervengGes copntvas tentam produit mudangas inencisndo 0 pensamento. ‘Os modelos cogntvoselisiese picterpeticos, gut amplamente desigoados poe modelos cognitvor tricone, comegaram a er desenvolvidos dante & ‘tcada de een, acommpanand aevoo trea da pscologia cognitiva e pofundaneate iterigndes aos fvangoe da psicologia expeimeat les tveram um ‘cuomeeteit soba ora pia pscolégic, alguns Aes, como o modelo de Beck, vem a tomar em ‘modelos amplament aplicados»investigados. Mas a ‘elerincindo modelo deBeck especilmentenaabordagem ‘An depres, nfo os deve fae enquecer isin de alguns ont, como omodela de autocousoo, qu ainda uu de vis carscteristicas ds models comport rmentsis, nomeadamente pela relagio diecta que ‘subelecementrecomporamento humor, temjavistes tu inflaéocas de modelos mus claramente cognitvos como tora das stbuides.Comezaremos por fazer ‘efetacia este modelo tanto masque as suas ences "Deus fon oie plete Hema ie 0 aos stein at ier ape ri epee, ce copies pe pas spear ce eprops ‘Ca sonpertaneta so lacoste tin. Cas (es lr nes aarp gw pce Io mela ‘tage uous ess peso Pogue Pras Preharica, Vo LN? 6 1989 so englobadas nos programas terapéutios mais cog: ‘tvs, pasando depois «sbordr o$ modelos dere. cetruturasfo cogitiva rabilos de Albert lise Aaron Teck). Atwovinde suto-conrolona depress pane domodelo de suo-adinisrago comportamental de Kanter (1970; ‘Kanfer& Karoly, 1972). De acordo com ete modelo, 4 ‘spacial d gulag do comportement iniciasecom ‘proceso de sitomontrizasSo,seguindo-se a aul avalis30 0 aato-refrg. ‘Quando o modelo fi aplicado& depresso por Rehm (419771982), foranhe seresentadasalgumasvariveis ‘mais laments cognitvas como a tora da stribuigo, seado a depress ssociada exitncia de dsvios & ‘iio nivel do process de autacoatlo: |-automonitrizag existe de tengo selectiva pros aoatecimentosnegatvos 2 auto-valiago vies caraceizdo pelo cstabeeck- mento de cries demasiado elevados para jlgar © ‘omporamento, bem como a existncia de um estilo tsibaconlnadequado(ano-etubuigdesextera, inst ‘ese especifias prs of sesrot eintemas, estes soba para. fracas). 3a reforg-atosrbuiode excess de puniglo (como auoverblizagesepatva) epoucasrecompensas (por exemplo, baixa propogio de autoveralzagies positvas). separ de autocontroloseizoreponséelsendo modelo, peo sitmo apoemalmente bao de comport ‘mento qe caracezao8ujeltosdeprimids. ‘Fae aeste modelo, Rehm (1977, 1982, 1986 desen- ‘olveusmprogramateraptico orienta paraa stro as defciocas dos depimides emcadaumadas reas de ‘tocol: suomontoriagio,auo-avallseo, axto- ‘aubuioe aut efor Fate progamatemumearter ‘struuradoe didetico,cavolvendoadescrijao sistema os conceitos de sutocontolo e di carcteiticas do funcionamento depresivo em cada uma das eas, € 4 realzago deexerecioe com va atin osyjltosem eta leaves, ‘Asin, ésaletadr 1. Aelagio ente humor comportinento (quer i forma de actividade abet, quer nade auto-afiemag6es). 2. Adeiade quo suet quese deprimem se focam demo peivikegadonoscomportnentosnegativs fzem stibuiges inernasdos facassostextemas dossucesso, ‘io demasiado exigenes consign aprios eestabelecem ‘bjectvosiealisticamente clevadosauiboem-se dems Sada punigioefazem auto-fimspoes negatives acerca oseucomportamento, 3A idea de que o humor depimido pode mudar se dare as aetvidades es autoafirmagées, "Aterapa enti ointsparsrealzsgiodeexeccos na seaito que sio depois teforados sob a forma de tmbalhos de casa. Estes execs s80realizados com sta 1.Aaterag dos pes de ntomonitrizagio (com teeino de ateagto ns aspecos positives de se do seu comporament) 2. Ammadanga de estrtgias de auto avalis0 e auo- stebaigS (estbelcimento deers deano-valisedo ens ug ebjers cau dx acesoe acs internat racasos causa externa) 5. promogdo de formas de anto-ecompensas sb & forma aera ox ober. Emsuma, omodelodeterpindedepresséobaseadon0 smocontoloferece um rogramsatamente extaurao, recore A ntrvengs em algums dimenses cognitive, mas visessenialmeate ale dosparbes comport rents que caractrizam a derssio. Este objective ocore daussunsiode quecxisteumarelagaoeatreonivel activa compostamentaleohumar. (© paradigms da reestraturagfo cognitiva que shordarenos seg indaquenio sbandeneasestatgias comportamentais na sun pica, visu sobretudo a ‘modi do pensamenio, una ve qu assure que os processor copntvorttmum papelmediaoraossintomas sfectvesecomportmeatas, As terapias da depressio baseudas na restruturagio ‘smfanten As terapias de reesutrag eminicaasumem que ‘os seres manos respondem is sus repeesentaées do ‘mundo eno tanto ao mindo es, De um modo mito ‘lar, Gonsalves (1993), afm reo pradigmadaeestutungocognitvaactlogi as perarbagiespscogicas ter de ser enconrada nz forma como 6 indvduos coxepaulizam a realidad, ‘bemcomonosmecanismas deprocesanentdainfomago Paiuaria¢Prass Pacha, Vl, M26, 1998 2 Ioceanacostannin ue Ihe eso asocindos, De modo inal 2 moiieago estes procescs copntvs, ainda que facta por metodologis do saneza comportamenal ou mesmo mocional, devert ser privilegaamenteprocuraia no recurso a tenicas,tmbémn las, cogitvs(p 113-11). Ouse seasperurhasdes emociosist#morigem nos pensamentoinadatads oobjetivedessteapias vss ‘ubett-os, nm enguairameato pico-vcacional (no sentido de Sank & Shaffer, 1984), por parOes de ensamento mais adaptdos Este bjectvo Galeangado de ‘modos diferentes noifeeatesprocedimentos tapos qe caraterizam ete parsigma (ct. Hellon & Beck, 1986), Porexempl,enquntos TeapinRacional Emotive de Ellis entra racionliade, Terapia Cognitiva de Beck vlrizao tet epi das cognates. Bats erapias consinem 0 itco de um movimento quesecstndenatodassformas de devordem psicolica ‘as que foi especinmenteem elo 8s prtubagbes de Jnumorqueseimpésjuntoaprandepblice,nomesdament> ‘evido valgapo de obras de tal iresistivel dtp "Peeling good” (Burs, 1981), ou "Rapid rele from emotional sree (Bnery & Carpbel, 1986} 0 nda “How to subborly refuse 10 make yourself miserable bout anything, ys, anything” Elis, 1988. ‘Eta obras refectem bem © optimism que estes ‘eras epostaramnasteapasrcionaisasepermiti que 08 pncpiosbércos da terapincogniiva fssem mplamtente coobecidos © aplicados. Dest obras extacamos spresentasSo que David Burs fazia da epresio em 198: 'A depress nfo 6 de modo algum una pernsbagto mociaal Or seatimentos nfo so de maior relevinia cautal do que um nari & pingst quando tem uma coms, Todos ot sus Sentiments negatives so 0 resultado do seu pensamento distrcido. AS atts pssimistaseigicastémum papel central nodeseavlv- ‘mento econfmeso de todos os eu sintomas (.). Estas cognigesconkim a chave para a recuperagto es, pot ‘neo, osu sintoma mis importante (p. 2829). Dentro dosmodlosterapeucosapicdosdepessto ue elgem como objerivo terapluico a eestrutragio semdinicadestacamosostablhosde Abert lise Aaron T. Beck, ‘Aterapiaracional-motiva Ateoriracionalemotiva da depress presenta por Eis 1987 salieta como element central dadepessio ‘ exitnci de pensamentosabsoststas,¢n30 tanto 0 facta deo pensanento ser ieaistaliyio ovexaperado coma 6 slienado pels ours tes copntvas “Ou sea de cor com RET, a pestoa sentem-8e tists ou fastradss quando a condgies propia plat tecras cognitive (como modelo de atoconrole esto resents, mass flcam dopeimids quando uiza a8 sepuntsiloofas biscas: 1. Veena pépias egativamente acredtam que recisam deo tro tags negatives que si pessoas ‘nadequadas quando os én, 2. Tm uma visio sombra do ea meio eacreditam fortemente queeledeveriasermelorequeéhorrvelque lesejeassim. 3. Prevemumfunromauedefexemaueelenecesita sera ventures que nS0o podem suportar ele no ofr. “4, Dio as propia baixos nels do reforg ealios ives de punig e screditam que necesitam see mais tealzadorse tm deseroprovadaypelosouvossigiica- tives can conto io merecemecompeassedever texpac a suas incepacidaes com opie. 5. Exgeriencina fala de scousciments agradiveis eacrediamprofundamentqueaspesoaseavidedeverian {euilas mctbore que € erie Sento o faze, 6, Esperam que ocomam ois lament aersivas, predizem que pouco perio Tar para as melhor triboem esta incapacidade ala réprias insist qe

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