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TTS am ° EDUCAGAO INCLUSIVA: CULTURA E COTIDIANO ESCOLAR Organizagao e edie. Rosana Glat erase] Noms DSM 1V-Diagnsticnd Sais Monae Mov Dire # ion (Mand Digna Eni em Dong Meni 4), pias els Aci Arena de signi 194, € ads pena ‘conical de agyic us poisons ea de Sade Mena. {C10 10~ Casas atte ner de Danae Polo le Sona na See poral Orig Mandal Sale (OMS). ‘vig ded ni de 193, Cartruto 5 Estratégias pedagégicas para a inclusio de alunos com deficiéncia mental no ensino regular Rejane de Souza Fonter ‘Marcia Dente Pesch Patricia Brawn Rosana Glat A elucago de alunos com defcncia mena até bem pouco tempo acorta de forma excusivamentesegogada, em canes ¢ ‘scols expects, sob responsbilidade de profsores epoca ‘ados com suport de uma equipe mulidecplinar. Eneretano, ‘em consonincia com as politica educacionais vigentes que pr vilegiam a proposta de Educagio Inclusvs,o ensino desses ‘ucandos se ornou uma grande preocupagio par a escolar ult a0 expor as mazelas do ensin piblico despreparado para ‘rabalar com or aqueles que se encsiam a0 modelo da “sano idea. Por um lado, os profesores, de modo geal, no ext prcparados paid con alunos com nocesidadeseducacionsis “ierenciadas em suas classes, Por outro, ainda & presente no imagindrio socal a flea nogio de que sujeits com deficincia mental tém poucis powbilldades de desenvolvimento eapren- izagera formal ‘© presente capitulo objeiva refleie sobre o conceiro de \efcidaca mental, descrevendo as caracerstica dosindividuos ‘om essa necesidade especial, bem com apresentaralgumas ‘statins para aprimoraapitca peapgia de profesores do ‘sin regula que tena em uae castes alunos com defn da mental ‘Concern # cARACTERBANDO A DERCIENCIA MENTAL Adeinigio de defcitncia mental é complet, por se star de wma denominagio gendrea que abrange um grupo muito Iheterogénco de ndvdus, com diferentes niveis de compeome simento ¢etiologia. Sobretudo, a partic dos anos 1980, tem bevido um amplo debate eobre qu seria a terminologia mais sdequada pra design ate sujios. Recentemente,vtios pales ~ por ecomendasso da Pte navonalAnoiation forthe Sint Seudy of Tella Dia lider (ASSID)~ Associago Internacional de Estos Ciemiios ds DeiciciasInlecanis~vémadorando tera ileal dab, ride no Br por “dice ielectal™, Embora ‘ssa expresio poss ter uma conotasio menos etigmatizante,cla 4; em nossa visio, ambigua, pois uma pessoa sem escolriasio ‘em uma comunidadeltrada, por exemple, pode sr considera ‘como tendo um “fc intl” “Temsdo também proposto, como altenativa,o temo" fice cognitvo”, mas esta expresso tam nso ¢ de todo ade quads, uma ver que como srs dscuido a seguir, oconcsto de Streor arn Depot lames pars sel facmos TorVelamer ps exe cele neem Li-Po ane otro compe [a relizagiodesss tars, uma das posbilidads para a puricipaco de todoséo sistema de eusrs por pares no ql it uno maisadiantado no proceso aula ocolega que ainda etd ‘laborando o conceit en foco na aividade (BRAUN, 2004). Esa dindmica, também denominada “aprendizagem coopers", proporciona uma maioeintergio entre or alos par cabors- ‘0 da atvidade proposes. Segundo Glat, Braun & Machado (2006), al procedimentoaumenes auto-xima dos alunos em sel, possibiliando um feaback maior de seus pars do que 0 professor podeia vir a oferecer-Iheindividualmente Toda, € preciso atenar pura queas parcerias entre os alunos coneibuar reciprocamente para a rlizagéo da avidade, Em outs pal vas, cabea profesor o papel de media ee proceso de forma ques mais adiantads”smplesmentensofagam oerabalho dos compankizos "menos adantador, A proposta de tutoria por pare fivorece a interago entre lunes que presentam difculdades dante ds sitwages de apren- dizagem e de telacionamento com os colegas. Neve context, ‘quel lun que termina aatividade rapcamente poders aux lia, ainda sob asupevisto e mediaio (caso sea necesiria) do profesor, o cologa que nfo conc a mesma, Em tabalhos de frupo, cada aluno asumind uma tae de acondo com a ss hablidades,wlorzando ss cspacidades decada im para que, 0 ppoucos, ests alunos passem a construir novo “concent” (desde trabalhos que exigem movimentos motores espectficos, sminucioss ~ escreve, ecortr, colar, entre outros até concei- tos queexigem process cogntivescaborados como: abstrag, smemera, ages de compo-spay). ‘Ainds sobre o planejamento e mangjo de sla deals, uma cute suestio soos "cantnhos" da art, do tat, da ecu, ttc, que postbiltam o abl diversficado em individu ou ‘er grupos (mas, sempee com 2 eolaborago de dos). Neses ‘espigos € Ficildo o so de material cncret para expliagio das atvidadese conteidos, bem como o desenvolvimento de hublidadesaapeativas: soca, de comunicaio,euidado pes- soal eautonomia, O jogo também se apreenta como uma ater natva metodolgiesinteresane, pois posibilc.aconteugiode conhocimentos ara do dio ede toes soci queestimalam racriangs, o desenvolvimento cognitive (aprendizgem de n- ‘vor contels e regrassimbics), cial (espeito Aver de pa ‘icipago) moral (tespeito 3 egras do jog). Thdependentemente da dnimicaesolida merece atengso ‘© posiconamente do akino com deieénca mental nasal, pois ‘mesmo disrs-eficlmente com exis ambientaisalhcios 20 proceso enino-aprendizagem. Logo, é mas apropiado que cle sjaposcionado em lca em que estes estimulossejam me nore: peferencalmente,prximo ao profesor No ques refere&evalago, sea do aluno com deficiéncta mental sj dos demas, noo doer deve ganhar uma rele ‘ura. O ero €aindiago do camino ase revist pars ser nova ‘mente percorrido (SIDMAN 1985; KADLEK & GLAT, 1989) A avaliagzo deve, assim, selibertar da amareas que clasifcam os alunos ene dons runs eavangae no sentido deredirecionar 0 proceso deeasino-aprendizagem. Em Fungo dso, lao pode ser pontaleocorrersomente nos fais do rimeses, valendo nota que decidema vida escola dos alunos. Ela deve sex proce sul continua indicarocaminkoaseeperorido para sale ‘52r0conhecimenco que anda ndo fi conseaido peo shina, Peo exposeo fea patente que para esinar em uma turma inlusiva,o profesor precisa sdotarumaponturaflexvl erat, revendo ¢tansformando sua propia priticacotdianamente, Ele precisa estar muito atento a seus alunos para rconhecet 0s o- becimentos que eles dsp eas neces educaionais ‘que apresentam, ea pari desses dads, elaborat formas alt= nativas deensinar, que respondam 3s necesidades observads, esse sentido, aavalagi deve ser resgatada com um relevante documento para identifica o que precisa serrepensado, como corigr as ilas no process de ensinoaprendigem, Potém, nada dso poder ver alcangado sem que o profi sor nuraexpectativas postvas em tla ao seu lune AS imi ‘ages causadas pela deficiénia mental precsam ser econ «da mas nfo podem ser um empecilho para que o proceso de ‘ensino-aprendizagem acontea. Alem destasestatégias metodo logics empeegadas pelo professor regen da turma regula, 0 aluno com defcincia mental deve dispar caso nccsito, de supore pedagigico erpecializado como sala de recursos c/o profesor itinerant Dos outros aspects Fundamentis arto sucesso da inc so do aluno com defciéncia mental no ensna segulae ainda rmerecem destague: a paricpasio da familia ea acsitagao das iferengs pelo grupo. Amba as situcies sto elacionadas di retamente} figura do profseor, que deve star como ocinoart culador entre afamila ea escola, bem como, set um element modiador na clase para que odidlogo em rom da diversidade Jhumana eda defcincia sensibilize a arma para aceitagio do inalizamos reforgando o pressuposto de que a inclusio ‘educacionl de alunos com deficiécia mental vive, desde que suis necessidadeseducacionaisexpecias jan atendidas. Ente ‘os apoctos que ainda difculam a incusto escolar deste lunos deste se a formas dos profesores, no sob o ponte de vist, ‘éenico, mas, sobeetudo, preparando-os para fizer daauto-efle- oe ctatividade sun atinude prisons dia. Asim, no hi ‘epost prone para as quesdesenvolvendo a Educarto Indu sv, pois esa no & uma propose feeds, e sim um proceso continuo. Certamente nfo se espera que 2 formagio docente tirana ao profesor uma superhabieaio capaz de apesenear respostas pra todas dficuldades posses masala de ala. No éentanco, deve suscitarneleapossildade de lharseualuno ern tama outeadimensfo,acreditando que, mesmo com toda i= mitages decorrentes da defciécia mental cle capazdeaprende! Noms "Ameren denominaa Aso Inna po Esta Cie tic da Desa Mena Oro da Serena Mail de Bac do Rio deacon peli da Pca Ep May Sdman fk um dx pois n pagina bro poe deen sovprendingem de pear eda et * Out ate de Ql mio undo, aid no Bra x Ble de te Ug prs Cringe (SCD Esc oun ema decaf da deine mental con, por empl» Caf mrad Poonam de Det Sie CIP) ea Clan Bais Inermaconl deDrn Proms ‘onl de Dara) ans One Nana da Sae (ONS) Mana de Digi < ice Pin to Mend Asi ‘ner de Pts APN) ‘Tse da dingo de AAMR de 202, rr pds vo Bea em 006 * Nate a opin pode rnin Finis, confome snc se dodo "rion que asa © poe dela, comic adap de esc defini 2 mercado de abalh, dando mp ant 3 pg quinone (ABC. 200) * Tse do vl I da rete cleo Pegi om Ean Epil me "Day 566758 macular aed pica de eosin gue apse ‘am aun eta pce 1A copra or sno com def ‘Stacia mena BRASIL, 2005) Carrruto 6 A inclusio do aluno com deficiéncia auditiva na classe regular: reflexées sobre a pritica pedagégica Vena Lucia Dias Valeria de Asrumpeio Silva Patria Brown Em continuidade a lina de pensamenco apresentada na presente obra, 3 nehuso de alunos com aecesidadeseducacio- ‘vespecnis no ensno regular apresent-seainda como um pro- ‘eno em consricio. Nese context, alguns etudostém sus tado reflexes por apontarem “que um aimero significative de stor suds que pasar por ios anos de escolrzagioapre- sea competncia par aspector cadmicos muitoaquém do de- sempenho de alunos ouvintes, apesar de suas capacidades ognitivasinciaisserem semelhanes (MENDES, 2002/2003 p. 2-8) Dian dessa constatago a inadequacio do sistema de en- sino © despreparo do profesor para implementa ages peo Priadas juntos ese lunado pasam a ser pontos para consider ‘fo, Pi, so alunos suds presenta capacidads cognitivas ‘Similars aos owvintes, por que ns desenvoveram menos habi- Tidadesacadémica® Seri devo sua difiuldade de comics ‘so verbal? Ou do tipo deensino que thes tém sido ferecidaz ‘Visendo aprofundar esa dscusio, presente capitulo tem por finaldade apresentaralgumas dimentdese caracteristics eis do proceso dedesenvolvmenta de indivuos com dein ia audtivs, bem como procedimentos de ensino que perma ‘apaldara prétca do profesor que rab com exes lino no context de wma caste incusva, Dercho be suRne2: RHFERENCHAS CONCETUAS Incialmente¢imporcante que se esabeega uma reflexso sobre como so entendos os conccitos de urderedeficiéncia audiiva, pois or mesmos tém permeado discusses que ora pri- vilegiam dfinigbes mais educacionas em outeos momentos, Imai clinica, Na atalidade os dois ipos de defnigis so us dos de condo com oenfoque, no qual uma ou outta predomina Segundo Medeiros, Giznini, Gomes 8¢ Batista (2005), 0 rermo surdex € 0 nas adequado para identifica a pessoa que apresentam um déficit auditvo, pois a questio vai muito alge volume dos son. Atravs do exam de auiometia pode iden- sifica os diferentes graus de perda auditva, bem como otpo No cotiiano observa esses nives de intensidade e volume no som, por exemplo, a patir de wma conversa qual, gealmente, se presenta com a mid de 70 dB, Assim, se uma peso iver uma redusio de 25 dB de volume, poder te problemas dea digo, e»perda de 95 dB pode ennirdecer totalmente invi- duo (BRASIL, 1997), ‘Segundo Zanata (2004), clasitiasio por decbsisencon- teada em documentos ofcias do pases base em oriena- es do Bureau Internacional d'Audiophonologi (BIA) Tal Clasificagio define quatro nies de surder a saber: sures ler, com pendaauitva de até 40 dB; sander madera, com perdi nae 40 dB 70; unde seer, com penta ene 70dB © 90, AB esurde: profs, com perdasuperior 290 dB (BRASIL, 1995) CConsiderando-se os quatro niveis de defcéncia auitv, olbera-se que em cds um ocorrem cera lacuna quanto per ceppto dos sons Sunde lee a pessoa no ouve, por exemple, otgue-taque ‘deta relégi, mas ecuta um sss, Est pera impede também que o individuo perceba igualmente todos os Foncmas das palavras,slictando freqentemente 3 epeti- «0 daqulo que Ihe filam. No cant, esa pera ada ‘io impede a aquisiSo normal da ing ral, embors post viea citar problemas acculniriosaeinuraclou na ari, Surdec madeide: pesoa x concegueecutar os sons mat. tos comaosom ambiente de uma sla deal e pode apes ‘ardificuldads, por exemplo, par flr a fone limite de 4060 debe enon ane da prep da Palas sendo neces wna os deceit neae para {ues convenentement peecbida Efegleneo ates)

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