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ACIONAMENTOS DE VELOCIDADE VARIAVEL APLICADOS A BOMBAS CENTRIFUGAS JOHN C. CONZETT JOHN R. ROBECHEK RELIANCE ELETRIC CO. TRADUGAO E ADAPTACAO: C.RACCA RELIANCE ELETRICA LTDA. JULHO ,1983 D-7100-1 REV. A- MAIO, 1986 RELIANCE ELETRICALTDA ACIONAMENTOS DE VELOCIDADE VARIAVEL APLICADOS A BOMBAS CENTRIFUGAS 0 EFEITO DOS CUSTOS DE ENERGIA 0 crescente custo das tarifas de energia e a necessidade de se reduzir os custos indus trials tém resultado em procura de equipa: mentos que tornam os processos mais eficien tes © com menor custo operacional . Dentre os equipamentos industriais, uma per centagem muito significativa esta represen- tada pelas bonbas centrifugas. 0 uso de ve locidade variavel em bombas centrffugas po- de apresentar um dtimo campo potencial pa~ ra melhoria de processo e redugdo de cus~ tos. Precisamos investigar primeiro quais as aplicagées, e como devera ser feita. Como base para a investigagao das opcoes disponiveis para acionamento de bombas, de- vemos, em primeiro lugar, analisar compos gdo das despesas de energia em una instala~ Go industrial tfpica. Entendida a compo: (0 das despesas com energia, podemos, el tao, investigar as principais caracteristi- pos de acionamentos em ve- as cas de varios locidade variavel e seu impacto sobres despesas com energia. De uma forma geral, 0 custo da energia el trica, para um grande consumidor industrial, € formado pela soma de duas medicées separa das: energia e demanda. a Os custos de energia séo determinados consumo real, medido em kWh. Um com poténcia de 1 kW e operando 160 por més, consome 160 kWh de energia sais. pelo aparelho horas men= | taxa cobrada pela concessionaria da ener- gia, expressa em Cr$/kWh aplicada ao consu- mo real em kWh resulta nas despesas com a energia elétrica. 0 consumo dentro dos periodos de cobranca & determinado pela quantidade de trabalho realizado por equipa mento acionado eletricamente, e pela efici= @ncia do equipamento em converter a energia elétrica na safda desejada, de forma que: ido) = —KH_(safda) kw(consumido) = —SerataoerS e THP = 0,746 kW Como rapido aumento das tarifas de energia no Gltimos anos, a eficiente conversao da energia tém-se tornado um motivo de preocu- pacao para quem especifica equipamento elé- trico. 0 outro componente do custo da energia elé- trica refere-se demanda ou 4 capacidade de carga. Esta parte de despesas reflete o pico potencial de carga que a concessiona- ria deve estar preparada para entregar, mas que deveré ser consumida pelo usudrio por curtos perfodos de tempo. Tipicamente, as necessidades de demanda sao determinadas pela medicao da maior corrente elétrica re~ querida em intervalo de 30 minutos, dentro de cada més. Esta medic3o é usada para se calcular a demanda do usudrio ou necessida~ de de capacidade, expressa em kVA. A demanda medida em kVA, quando mul tiplica- da pela tarifa correspondente, resulta na despesa com demanda. 0 sistema de cobran- ga das despesas com demanda é tal que sera taxada, por um perfodo de 12 meses, o valor correspondente 8 maior demanda registrada. Ou seja, impoe-se a taxa de um perfodo de alta demanda para os proximos 12 meses de cobranca, ou até ser superada por outra al- ta demanda medida. Praticamente ignorada, até que os efeitos do alto custo de energia se tornaram econo- micamente significativos, esta parte da des pesa com energia & um ftem de controle para © usuario habil. Como resultado disso,exis, tem atualmente uma grande variedade de sis- temas de controle de demanda, projetados pa ra dividir os picos de cargas nao essen~ ciais. pois paranetros esto envolvidos na espec Ficagge do equipamento elétrico para minimi Zar a denanda em kVA: a eficiéncia da_ con~ “ersdo eo fator de poténcia operacional - CARGAS CENTRIFUGAS TEM ALTO POTENCIAL DE ECONOMIA DE ENERGIA Existem duas razoes para considerar bonbas centri fugas num estudo sobre economia po- tencial de energia através do uso de acio~ hanentos de velocidade variavel. A primel, Te é que esse equipamento é amplanente usa, do em instalagoes industriais e comercial be fato, nos Estados Unidos, os equipamen= tos centri fugos gastam energia equivalente ‘a 30% do consuro de todos os carros de pas sageiros. outra razdo para considerar equipamento centri fugo é 0 alto potencial de economia de energia, através do uso de acionamentos om velocidade varidvel. Da figura 2 pode sSe ver que a poténcia varia_com o cubo da rotagao e, com isso, a redugdo de volume, Fesulta em significativas economias de energia. me tourauento Fes wecessinune of porEncia rane arieapSee cENTRIFUEAS even CONCEITOS BASICOS DE BOMBAS Para podermos explorar melhor os beneficios da economia de energia nesta aplicacao, ve- Janos em primeiro lugar, os principios ba- sicos de operagao em uma bomba. A performance de una bonba_é medida em pres. s3o versus fluxo. A pressao (altura de ele vagdo) representa a pressao diferencial in= Uraduzida através da bomba. 0 fluxo é, ob- Vianente, a quantidade de fluxo de lquido produzido pela bonba. 0 fluxo é, normalmen, te, 0 componente da performance da bomba que querenos controlar, porém, a pressao di, ferencial requerida através da bonba tem grandes implicages na quantidade de Fluxo como vemos na figura 3: UV Yj, ——— A figura 4 mostra uma série de curvas de bombas colocadas no mesmo sistema de eixos da figura 3. As diversas curvas indicadas 830 para varios diametros do rotor dentro da mesma carcaca. 0s fabricantes de bonbas evitam ter muitos tipos diferentes de bom- bas, pelo uso de diferentes rotores dentro da mesma carcaca. De fato, pode-se, inclu- sive, usinar 0 digmetro externo do rotor para se obter una performance intermedi aria entre duas curvas. Para interpretar o sig- nificado dessas curvas, vejamos em particu- lar a curva correspondente do rotor com did metro de 9 polegadas. Se o sistema, para o qual a bomba aplicada, necessita de maior pressdo diferencial através da bomba, como quando © Iiquido tem que ser elevado a gran des alturas, entao a bomba operaré no lado esquerdo da curva e como fluxo reduzido. medida que a pressao diferencial, através da bomba, € reduzida, esta sera capaz de produzir’um fluxo maior. Portanto, a curva da bonba indicar-nos-a os varios modos pos- siveis de operagao para _um determinado d metro de uma bomba, porém, nao indica em que ponto da curva’a bomba ira operar, a me nos que tenhamos alguna informacao adicio- nal a cerca da aplicagao especffica em con- sideracio. paessio A figura 5 mostra a curva do sistena. Esta curva descreve o sistema de tubulacdes, val was, curvas, etc. que compreendem uma de= terminada aplicagao. A drea A indica a pressio estatica ou eleva gdo. Esta € a altura em que o Ifquido deve ser bombeado. A altura adicional indicada pela drea B representa a friccdo, ou resis téncia ao fluxo, introduzido pelos compo= nentes do sistema de tubulacdo. Isto pode ser visualizado como una contra-pressao so bre a bomba e aumentara rapidamente com © aumento do fluxo. Assume-se, normalmente, que a elevacao induzida pela pressao cres~ ce com 0 quadrado do fluxo. Quando combinamos as curvas da bombae do sistema, como na figura 6, 0 ponto de in- tersecco representa o ponto natural de o- peragao pare a aplicagao especifica. Este ponto indica a pressdo diferencial a_ ser introduzida através de bomba, bem como 0 fluxo que a bomba ira produzir. Se nade for feito para modular o fluxo, a — bomba continuaré a operar indefinidamente neste ponto. enessio TECNICAS DE CONTROLE DE FLUXO Vamos ver agora como podemos controlar 0 Fluxo. Historicamente, o fluxo ajustavel tem sido produzido operando-se o motor e a bomba a velocidade fixa (como na figura 7), e mocu Jando 0 fluxo através de uma valvula de controle de fluxo. A abertura da valvula de controle muda em resposta a um sinal elé trico ou pneumitico vindo de um transdutor "sentindo" fluxo, pressao, temperatura ou qualquer outro parametro da safda. courndue rinco a wire owas _ceNTRIFUGA, rar 0 fechamento da valvula pode ser representa do, no nosso grafico, por uma diferente cur va do sistema. Na figura 8, 0 sistema es~ trangulado indica a mesma altura estatica con 0 aumento da fricgao causado pelo es~ trangulamento da propria valvula. Como se nota, 0 fluxo foi reduzido como dese jado porém obtido a custo de criar maior pressao de elevagao. ‘stem, estRaNsuLA00 Steaua” 5e" orenacho ; nee Propée-se usar um acionamento em velocidade variavel para operar a bombae eliminar a valvula de controle. Isto ird produzir 0 mesmo fluxo ajustavel pelo método anterior, responder ao mesmo sinal elétrico vindo do transdutor, porém, com extraordindrio poten cial de economia de energia. veuscionoe Oe want Este modo de operagao pode ser representado pela modi ficagao da curva da bomba em vez da curva do sistema, como indicado na figu- ra 10. Quando se estrangula o fluxo, atra- vés da valvula, modifica-se a curva do sis~ tema e, com isso, cria-sé a necessidade de maior pressao através da bonba. Pela redu- 30 de rotagao da bomba, por sua vez, modi- fica-se a curva da bomba. Isto proporciona a mesma redugao do fluxo, porém com una pressao de bonba muito menor. enessto Doravante, estaremo-nos referindo aos trés pontos de operacao ilustrados na figura 11. "100% fluxo! representa o ponto natural de operagao sem controle de fluxo para una de- terminada aplicagao. 0 ponto marcado "'Con- trole Valvula!" representa o ponto de opera~ ga0 tTpico conseguido com o uso da valvula de controle. 0 ponto marcado "Controle Ro~ taco" representa o ponto de operacao conse guido com o ajuste da rotacao da bomba, pa Ta se obter o mesmo fluxo conseguido através do estrangulamento da valvula. powtos oe orenasio connect itso VARIAGAQ DE ROTAGAO ECONOMIZA ENERGIA A figura 12 mostra graficamente a reducao na carga da bomba. A poténcia hidraulica, ou poténcia de safda da bomba, é equivalen te a0 produto da pressao pelo fluxo e peso espect fico do liquido. Portento, para um determinado Ifquido, a poténcia que a bom- ba deverd transmitir € proporcional & pres sao vezes o fluxo. Estes pardmetros es- to representados nos eixos do grafico, de modo que a poténcia requerida em cada pon- to de operacao pode ser representada por um ret&ngulo que inclui o ponto de opera- G30. 0 retangulo de operacgao da valvula Tnelui tanto o retangulo hachurado, — como 0 claro . 0 controle de rotagao usa so- mente o retangulo mais claro. Portanto, a economia de energia disponivel nesse ponto de fluxo é representada pelo retangulo ha~ churado. OMEA COM CARGA REDURION Zontnoce com OCASE REDUTIOA Esta situac3o resulta numa substancial redu go da potencia requerida através do uso de ajuste de velocidade por inversores, 20 in- vés do controle de valvulas (ver figura 13). A poténcia absorvida da rede é influenciada pela eficiéncia dos elementos do sistema in Cluindo a bonba, o motor e o controlador. A figura 14 mostra a poténcia requerida pe- la bomba em cada um dos trés pontos de ope- rao, usando a analogia de retangulo. Pa- ra produzir a poténcia de safda, cada um dos sistemas deve transmitir a poténcia de entrada. Como pode se observar, a maior quantidade de potncia devera ser transmi ti da a 100% do fluxo, seguido pelo controle a valvula e finalmente controle de velocidade Pelo fato da bomba e o controlador transmi- tirem menor poténcia quando em operagao com velocidade variavel, haverd menores perdas em cada elemento do processo de conversao. Isto & verdadeiro mesmo quando o "rendimen- to!" de uma parte do equipamento é menor com controle de velocidade (0 que nao é sempre © caso), ja que o rendimento € a medida do percentual da poténcia de entrada transmit: da 3 safda. Se a poténcia manejada pelo e= quipamento € muito reduzida, como no caso de controle de velocidade, entao uma peque- na redug3o percentual no rendimento ainda resulta em grande reducao absoluta na potén cia perdida no equipamento. Portanto, a menor necessidade de poténcia de safda, pelo uso de controle de rotacao, se traduz através de todo sistema em redu- go na poténcia de entrada. couransgio o¢ poréNcin sesonvi0n rortncia (n#) 8 se vouuwe co covelo o¢ rovinew com vexoesane vamiver cone wanna ue weno EFEITO DO RENDIMENTO DO EQUIPAMENTO Considerando-se o rendimento de cada elemen toe partindo-se do sistema para tras, veja mos em primeiro lugar a bomba. 0 grafico ilustrado na figura 15, disponivel com os fabricantes de bombas, mostra a eficiéncia da bomba em varias rotagdes, sobreposta curva da bomba. A cada ponto de fluxo po- de-se determinar o rendimento da bomba. Ou tro meio comum de i da bonba € mostrar por tracos 0 rendimento da bomba em diversos fluxos. Este tipo de ar ranjo € indicado na figura 16. Agora, se precisarmos estabelecer o rendi- mento para os diversos tamanhos de rotor, e marcar cada curva com tragos, estes poderao ser ligados, 0 que resultard em um mapa de rendimentos. mapa de rendimentos é mostrado na figura 17. Nao obstante o mapa mostre amente diferente caso fosse estabele- cido com rotagdo ajustavel em vez de diame- tros diferentes, a mesma estara facilmente isponfvel com o fabricante da bomba e, a- proxima-se muito com rotagdo ajustavel . Este tipo de Se colocarmes no mapa os nossos pontos de operagao prévios, como na figura 18, pode- =se interpolar o rendimento da bomba en ca- da ponto de operagao. Agora, a poténcia da bonba_pode ser calculada usando a equagao: pressao vezes o fluxo vezes o peso especifi_ co, como antes, porém, divididos pelo rend mento da bomba. Como pode se ver neste ca so em particular, a eficiéncia da bomba em fluxo reduzido € aproximadamente 75%, en- quanto que é 71% aproximadamente no ponto “Controle Valvula". Embora nem sempre seja verdade que o rendimento da bomba ser me Thor como uso de rotagao ajustavel, é sem- pre verdade que a energia perdida na bomba sera reduzida. Voltando-se para figura 14, pode-se ver que menos poténcia é perdida na bonba (nesmo que 0 rendimento da bonba caia), usando con trole de rotag3o do que usando controle de valvula, uma vez que a bonba ird nanejar me nos potencia. = : bl El cuma sows, 60 68 70. | nest wmenoiwentos eM vines Pontos 0€ oPceacio oatssto Continuando nosso movimento para trés no exame do rendimento de cada pega do equi pamento, consideremos agora o motor. 0 rendimento do motor sera sempre mais bat x0 no esquema de ajuste de rotaca0, porque © motor sera aliviado de carga e, portanto menos eficiente. Os motores sao projete- dos para render a maxima eficiéncia perto ou a plena carga e velocidade. A introdu- ga0 do controlador também resulta em per- das adicionais j3_que os dispositivos de partida normals so altamente eficientes a0 manejar a poténcia. Entretanto, assim como no caso da bomba, a dramatica redugao da poténcia que sera manejade, resulta ‘en menores perdas absolutas apesar do rendi mento mais baixo do motor e do controlador. TIPOS DE CONTROLADORES DE VELOC! DADE Vejamos rapidamente os varios tipos de con- troladores de velocidade usados em bonbea- mento. Entre os diversos tipos de controladores de velocidade, o mais comum é 0 controle por escorreganento, como variadores eletromag- néticos, acoplanentos hidraulicos, ou mo- tores de rotor bobinado (anéis). Estes controles operam usando o principio do escorregamento entre os eixos acionador e acionado. 0 eixo de entrada é acionado 4 rotagio constante como mostra a figura 19, e entio um par ou série de pares de placas estao fisicamente separadas. 0 torque é transmi_ tido entre as placas através do uso de cor rentes parasites magnéticas ou viscosidade do flufdo, conforme o caso. A porgio do torque nao transmitida a0 eixo acionado cor responde ao escorregamento, que & dissipado em forma de calor dentro do préprio contro- lador (ou no caso de motores de anéis, atra vés de resistores externos). contnke FOR eSconneaawenTo wversenaoe Papcive. TRAD ‘yegenane COSTE ries ipos mais comuns de controladores esté- ticos sao acionamentos em corrente continua e de frequéncia variavel. 0s acionamentos de frequéncia varidvel abaixo de 500 HP s3o disponfveis em trés tipos: voltagem varia vel, pulso modulado e fornecedor de corren- te. EXEMPLO NUMERICO A tabela da figura 20 mostra o calculo da poténcia de entrada necessaria para cada ti po de acionanento discutido. Primeiramen= te, & indicada a poténcia requerida pelo sistema. Esta é a maior para a condicao de 100% de fluxo e id&ntica para controle de valvula, controle por escorregamento controle estatico, uma vez que o mesmo flu- xo & produzido em cada caso. Entretanto, as perdas do sistema séo muito diferentes para os diferentes tipos de con- trole, Em primeiro lugar, temos a perda nas valvlas. As perdas na bomba— varian muito, sendo mito grandes com controle por valvuia, j3 que a poténcia manejada pela prépria bomba é grande, e a bomba é relat vamente ineficiente devido & grande pressao diferencial que deve produzir, para compen- sar a alta pressao por friccao produzida pe la valvula. As perdas na bomba serao as mesmas em qualquer tipo de controle de velo cidade: escorregamento ou estatico. fico Mesmo que © motor se torne menos eficiente, como se pode observar na tabela, quando a carga decresce, as perdas do motor diminuem j8 que o motor ira solicitar menos poténcia. As perdas no motor sao malores na ditima co luna, porque decidi mostrar-lhes que um acionamento e o motor de corrente contfnua é menos eficiente que o de corrente alterna da. (0 rendimento da conbinagao motor con~ trolador € praticamente o mesmo seja em cor rente contfnua ou alternada). A partida direta tem as mesmas perdas para as condigdes de controle a valwla, e 100% de fluxo. 0 controle por escorregamento, que é um regulador de velocidade, € 0 ele- mento de maior perda comparado com aciona~ yentos estaticos cujas perdas sao pequenas. A poténcia total de entrada considera entao a poténcia de sada acrescentada das perdas no sistema. Com isso, pode-se calcular, tendo em mos © custo de energia e nimero de horas de ope raga0, 0 custo anual de gastos com energia. Nota-se, no exemplo, que o custo anual de energia usando controle de valvula so meno res que_a 100% de fluxo, mas nao na mesma propor¢ao que com redugao no fluxo. Em outras palavras, uma redugac no fluxo de 30% resulta em muito menor reducao percenty al no custo da energia. 0 controle por es= corregamento economiza mais energia devido a0 uso de velocidade variavel, porém sé per mite parte da economia potencial de energia que € disponfvel com acionamentos estaticos. A figura 21 mostra os mesmos resultados de forma grafica. Comparando tanto acionamen- to por escorregamento e estatico ao contro- le por valvula, nota-se que o acionamento por escorregamento sé alcanca cerca da meta de da economia potencial de energia. a cusTOs aMUAIS OE ENERGIA 00% covet leowadue lescome=| | estinco| rie. A ECONOMIA DE ENERGIA JUSTIFICA 0 INVESTIMENTO INICIAL ADICIONAL. A economia anual de energia pode justi ficar 05 custos iniciais mais altos dos eq} sn tos de controle de fluxo. Considerando-se © custo da energia em kwh e 0 relativo demanda em kVA, a economia de energia suficiente para pagar o investimento al num perfodo entre 2 a 4 anos. A figura 22 mostra a comparacao dos precos de compra dos varios tipos de controle. 0 ambiente onde 0 motor sera instaiado_torna~ -se muito importante devido & variagao do Prego em funga0 do tipo de protecao dos mo- tores. Em ambientes normais, 0 motor CA usado em controle de valwula, escorregamento ou fre quéncia variavel é Um motor padronizado. 0 motor de corrente continua é muito mais caro, porém, o custo reduzido do conversor torna o conjunto uma compra melhor nesses casos. coursragto 908 pAcgos o€ COMPRA svoiewte Noman ca cent aa corns Ge agers ree A figura 23 mostra a mesma aplicagio, po- rém, com motores 4 prova de explosao. 0. prego do motor CA subiu, porém, o prego do motor CC subiu muito mais. Agora, o custo do conversor CC nao é suficiente para com- pensar 0 alto custo do motor, e, neste ca- 0, a compra de frequéncia variavel é mais recomendavel « oursnagio 05 PREGOS Of cOMPmA aiondres MELHORES APLICACOES Agora, podenos conparar a poténcia de en- trada solicitada por todos os tipos de a- cionanento. Controle por escorreganento somente propor ciona o meio caminho do potencial de econo mia de un acionamento estatico. Na figura 24 indica também um acionamento imagina~ rio de perdas nulas, ou seja, 100% eficien te. Esta linha hipotética demonstra quao proximo o acionamento estatico esta deste ideal. 1% Poréncis ne. 24 A menor poténcia de entrada solicitads, por tanto, menores gastos com energia poden jus tificar, como foi dito, o maior investimen= to inicial do acionamento estatico quendo comparado a outros tipos de controle de flu xo. Porém, quando o custo do acionamento estatico sera melhor justificdvel? tm p meiro lugar, obviamente, quando o custo da energia € alto. Ou, quando se pretende ope~ rar a bomba a maior parte do tempo. Voltando 8 nossa discussio sobre a operacao da bomba, lembrar-se-4 que uma parte da pressao requerida mostrada pela curva do sistema € devida a pressa0 estatica. A ope ragao com velocidade variavel & capaz de afetar somente o potencial requerido pera bonbeanento na propor¢3o em que_reduz 0 ele mento devido 4 friccao na pressao total. Logo, bombas cuja fungao primaria é aunen- tar a pressao do flufdo, tem menos oportuni dades de se beneficiarem como ajuste de ve loci dade. Fas Se a curva da bomba cai_rapidamente pare bai xo eB esquerda, a poténcia solicitada pela bomba diminui mais rapidamente como fluxo reduzido através do ajuste de velocidade. Seo rendimento da bomba aunenta em veloci- dades reduzidas, como no nosso exemplo, en- to os maiores beneficios serao real izados. Entretanto, isto ngo deve ser considerado em pré-requisitos como discutido (Figura 25) Finalmente, os acionamentos de velocidade variavel é mais justificdvel em aplicacées de alta poténcia. MAIORES BOONOMEAS alto custo da energia muitas horas de operagao pouca ou nenhuna preseao estdtica curva da bomba decat abruptanente vendimento maior da bomba a baizae velocidades i aplicagoes de alta poténcta OUTROS BENEFICIOS IMPORTANTES Existem outros beneficios associados 3 a- plicago de actonanentos de velocidade va ridvel a situagoes de bombeamento centri fu go. Primeiro, (veja figura 26) & a elim nagao de valvulas e seu custo inicial além do alto custo de manutengao. A menor presso no sistema aumenta a vida Gti] das vedagdes e selos, bem como a vida Gtil do rotor da bomba. Ajuste de velocidade pode ser usado para eliminar golpes de ariete ou cavitacao,des sa forma prolongando a vida da tubulagao, Valvulas, cotovelos e outros elementos do sistema. A partida suave, caracter{stica dos aciona mentos estaticos, eliminam virtualmente os picos de denanda durante a partida. OUTROS BENEFICIOS eliminar valvulas maior vida de vedagies e reduz desgaste do rotor pode eliminar golpes de ariete @ cavitagao « eldmina picos de carga na partida operagao mais flexivel menor ruédo e vibrapao resposta mais rapida quando dese- dada. 0 ajuste de velocidade permite operac3o mais flexivel através do uso de qualquer t po de controle elétrico remoto usados, ob= tendo-se uma larga faixa de opcoes. Normalmente, a bomba operando a velocidade reduzida produz menos ruido e vibragao. Finalmente, 0 acionamento estatico responde mais rapidamente que uma valvula, a um si- nal elétrico indicando necessidade de ajus- tar a velocidade. (0 tempo de resposta pode ser ajustado as necessidades da aplicacao especi fica). AVALIANDO SUA PROPRIA APLICACAO Como Gltimo tépico para sua consideracio,ve jjamos cono avaliar sua prépria aplicagao. Esta parte pretende auxilia-lo em sair da teoria e utilizar estes princfpios em sua prépria aplicagao. Primeiro, consiga do fabricante a curva da bomba e rendimento (Figura 27). CURA D4 BOMBA COM RENDIMENTO cura sows 60 68 10 og yoo 0009 meoicio on pnessio esrinica cma sowan =10 Agora determine a presso estdtica do sis~ tema. Isto pode ser feito tanto medindo a diferenga de altura entre tanques de entra da e safda, ou, caso nao haja tanques, es- timando a diregao do fluxo (e pressao) do flufdo se um tubo reto fosse colocado no lugar da bomba (figura 28). Agora, mega o fluxo com a valvula totalmen te aberta, para encontrar o ponto de opera go a 100% do fluxo (figura 29). ak TOTALWENTE ABERTA Fgss0 Agora, interpole uma curva de sistema tre os dois pontos determinados. Isto feito assumindo una relacao quadrética en- tre o fluxo e pressao de forma que 3_meta- de da_velocidade, um quarto da pressao por friccdo (acima da estatica) seja necessa- ria (figura 30). en: E goo s Em seguida, estabeleca uma série representa tiva dos pontos de operagao, estabelecendo para cada um a proporgzo sobre © tempo em que a bomba funciona. Esuscush 6.9 of THBKe sorfeuma souk 4048 9p woo ato «2000 ou DD oe vote reas satthoras Se agora colocarmos o mapa de rendimentos em cima desses pontos, a poténcia necessa- ria podera ser determinada usando 0s valo- res disponfveis no grafico. Usando 0 exem- plo da figura 32, no ponto A, o fluxo é 830. A pressdo € 285. A densidade é conhecida para qualquer flufdo sendo bonbeado. A constante € conhecida e o rendimento da bomba pode ser obtido diretamente do grafi co, no caso, 76%. A poténcia da bonba pode entao ser submetida ao fabricante do aciona rento que determinara o rendimento do acio- namento baseado nas diversas cargas e velo- cidades e com isso pode-se determinar a po- téncia de entrada, usando a segunda equacao do grafico. sovdueu meceseinus (nh « ——— alnente, a figura 33 mostra como a economia de energia pode ser calculada. A pressao, 0 fluxo, a densidade, e 0 rendimento da bomba esto indicados para cada ponto. Destes, calcula-se a poténcia da bomba. 0 fabricante do aciona- mento fornece o rendimento do acionamento baseado em sua carga. A poténcia de entrada pode ser entdo calculada. © aero 1075 7.5 at ent cs re ae 20% a oto 770 40 r as5 Te oo Ese m0 40 oT Tet 00 830 —_—_e ser fon tes F tes 700 1070 set 69 923 305 «80 rs a9 hd se LOSS saa 20% ° 14080 073 30.8 05 8 Dwosre 10 9 an so 88 Cea,anent raany at4cootbes) Geena ona zo2ve A economia de poténcia entre controle 4 valvula e controle de velocidade pode ser calculada através de uma simples subtracao, e essa quantidade pode ser multiplicada pelo ciclo de trabalho para determinar a poténcia média economi- zada,neste caso, 29,3 HP. Esta poténcia pode ser_convertida em economia anu 21, assumindo~se o numero anual de horas de operagio e custo do kWh. 0 dlti= mo passo sera aplicar esta taxa de economia de energia ao sistema usado por sua empresa para avaliagao de aplicagao de capital. Com isso, poder-se-d estabelecer as prioridades aplicdveis as necessidades de sua empresa na medida em que mudar as aplicacdes de bombeamento para velocida de variavel.

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