Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Bichinho de sangue frio, sabia-lhe bem dormir uma ou outra sesta mais prolongada, saindo
por vezes da sua modorra hibernal para vir conversar com a menina, petiscar umas coisas,
deliciar-se com a ternura das chuvas.
O que que tu queres ser, quando fores grande? perguntou a menina de repente, a
cortar-lhe to gostosos pensamentos.
A r at se ia engasgando:
Bem... eu acho que j sou grande! Mas nunca tinha pensado nisso! E tu?
Eu? Quando for grande, quero ser... sei l! O pior que deve ser muito grave no saber,
porque uma coisa que toda a gente passa a vida a perguntar-me!
Isso um disparate! indignou-se a r. Mas eu vou j tratar disso. Sempre quero
ver o que que os nossos amigos pensam sobre o assunto!
Naquele prado, como em todos os prados, moravam vrios animais e vrias plantas. Alguns
animais comiam algumas plantas mas as plantas no comiam animais nenhuns. Esta era uma das
coisas que intrigava fortemente a nossa amiga r.
Arranjou um microfone de agrio e l partiu por valas e vales, alguns saltinhos frente da
menina, fazendo a quem ia encontrando sempre a mesma pergunta muito original:
Ora diga, por favor: o que gostava de ser, quando fosse grande?
Um malmequer respondeu, encantado:
Um girassol!
A minhoca, esticando-se ao mximo, exclamou:
Uma jiboia.
O caracol sussurrou:
Um arranha-cus.
Um rabanete disse a medo:
Um nabo...
Uma nspera suspirou, envergonhada:
Uma abbora.
Uma formiga confessou:
Um cavalo!
Uma carocha preta gritou:
Um touro negro!
Um grilo cantou:
Um elefante.
Um trevo afirmou:
Uma palmeira!
Uma borboleta segredou:
Um avio.
e s queremos crescer,