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Gunter Gebauer O pensamento antropoldgico de WITTGENSTEIN 1 AUNGURGEM QUE TRASALIA Para losofia tradicional at pessoas no cxtiano tim poua impr: téncis las orem em dispersio, saa, em grande medida, mpedias de Dersar por seus negécios. pes necesaces da vide, po seus mpulsos hatoras A primaua da vita contempt. do bos theorets & desde Pato, comoesereve Hannah Arendt ume conviciofurdmental a lo ‘sofa ocdental. Ura vida em contemplagia significa “Iberia dst laces poleas, voar-se para 0 “ceo st, [para al abstengo de tos (05 negdkiospiblios [schol Um penear soe essonciaimente acta © ‘abulbo etidlaniade, a vida ordinara, a interagad com es outros dep 1s coma reeico des flésofos contemplatvos que cavam um fossa entre sie o mundo da préxs. Els extrem seu argulbo do fo de que se des ‘rendom do cestumeio, dos ibs, da vida socal ce tudo aque pode se tomar obsticua do conhecimento paso suite pensante. os seus lhc, ‘abet posi do flsata que ele nda comparihe auase nada comes Ssoas comuns, mas, com sua tora eafaste da efera da vi clea. A teori a linguager ambem nao es excuida dese ech se pareomn- to de apie pratea. Anda que sun fingfo de nomeaglo, ue erm cline andliseprovém da linguagem coloquil tena um papel na acusiezo de tonhecmento esse fatorem comm entre Sissfos« pessons do cotidlano 6 sto antes com um empeilno pare ateoradalinguanem. Em verso, losilletadaeaclaridade, «proviso e orga untetiane de ingusgem Aoséica que seas muito acina da inguagem do daa de Para uma critica radal a flesoiacontemplatva, a lnguacem & 0 onto de parca ideal mais precisamente pela seguinte rio a qualidace do pensamente cepende tam especialmente de quo eae lose de expresso numa inguagem obetvaO que no ecet= uma expressio lingua adequade tamaém mao assume une fora compneensvel rm pensamento.Fazparteda aulocompreens a flosaiia queea se conside "re cape de elaborar tal ngoager. Toda escola flosfeafonmou para st sua inguaper, uma determinaca manele als pr além da ingen olequil Por certo, ela encotea uma ingusgems gue teveorigem na ba pasa menage wing 1| A praxis do filésofo ll © caminno de wingensten do Macau até as Invesigagtes Ns «as pores etna #8 cosideramee sa concen do conheciment ‘lose. 5uas duasflosolas se erguera sobre o principio basko de que ‘Confhesimentos sobre o mundo devem ser cbixos de uma pongo dentro {do mundo ede que esse poscionamentoseripe deve ser incu na te exo, No Tracts ete da est idea uma ruanga soli: 0 suleto ognosente encontra-se na Honea xls extrema de seu mundo, num. onto que ¢verdade ainda ests no mundo, mas oferece a possbiidade fe olhat para dentro ceste como que de fora Em sua flosta posterior “itigesten fala cerno um peneadoe cj logar & dentro do mind. Ele rica os especlsas do pensumentn, que, com ses problemas emocos to ver epocins, se afastam do mundo habitial da pris, camo se mio ‘ivessem nada aver com ase! Nua erica « Moove, Witgenstls formu laa rekloatel etitede académica da seguinte mado: "omative por que siscuto cam Moore 6 a questo: Apenss a anise Iégica pode expat ‘ve queremos dizer com as oroposigdes da nguagem coloqul?. Moore tencinais, Entioas pessoas nd sabem o que queriam dizer quando di seram: Hoje et mas ciao do que ont’? Devemos prielro esperar & nai ols? Que ila infernal”. Se queremos entender a concepci ‘wingenstenians de flosofa, especialmente aquela apés 1922, ceveros Dimeiamente entender porque ele erica 0 ponto Ge vis: académico © ‘al éa visse de mundo quo ele desanelve, ‘qvagem cotdiana mat em sua csténeia do mundo ea a transforma numa lnguagem especial para seus propoitos libata de todas 2 reterénca. ‘Num context eriado por essa propria inguagem e que ndotem reais ee réncia alguna ao scuemprego original ela deve permit ua pensadorce- Ioearproblenas de uma maneira que eks muito raramente apareceriamy nalinguagers cotchans,ssoleva Witgenstln su cede erties. "Quan «do os fiisofos usam ua palavra — saber se, “abet, eu, propos ‘nome’ —e quando tatam de aprender a eaéncia da coisa, eno & preciso sempre perquntar esa palava é realmente usada assim na lingua fm que ela fom sua ters natal? — Nas recotduros as polavtas de 92 uso metanscu ao seu uso coteiana” [PL 116) ‘a stuagaoacudémica ds flosofaperdo-se de vst o fata de que a lnquagem dervada viacotiana 0 ponto de vita exclhido ness situa so académics prvlegiada & chara por Pitre Bourdieu, com ua ex presode John Austin de-vsio escola”. Elena relacionaoadjetwo “sli” &escolistcs meds, mas a palava gega shal. Gio. "Es ‘colistica 1 suagdo co dco em Instiigdesacademicaseesclares, que ‘esncopladas das neessidades da vids, realcam seus propos exerccos ‘mental, estado ¢ andes som uma conexc com oueo socal da lingua ‘gem. 0 flosofo com o aulio de aus mados de flere pensar deseneli ‘ts ro contest das instuigesHesdteas. invetga problemas comand "io & problemas que penencem ao conesto da via de pesos normals ‘mas dos quas ele slou st mesmo e sia inagemt, Com sua inguagem “estejate’ ee fla sobre temas cyjo mud ee no compartina ¢ sobre Stuaides que el apreende com sia visio w fe quas ce alca suas rele bes nascidss no distuncizmento em relagio 20 manda, Dessa mane, cle corre sempre o rico de formulae au problemas que no oeortem no ‘mundo cotilana, os quas ele, ponanto, projets neste ultimo. 0 pable ‘as cas ecrdgbes de gnes le desconhece. No espace mantra das Instutes scadmicas desewolve-e uma crenga na legtimagi speror ‘Comoro de ver “esodsteo” eda realidad que este prod, ‘Um ericnprvio desse mid de ver desclado do mundo, Mehel de “Monaigne™tinha uma Gara considneia de que osuato que pensar ‘us torre no pode simplesmente se ivrar de sua existence ciana mas eer de qu a ea pros nl som vt, boo vive urns de fee creo pcaruna as yo ra or reel So “Enisolmeno, poner eta st ones ce ued, ar {hp sant oe uns else por, de un extn em tmnt pms inguagem ara, as pales de Be Dut, ee deve Sede pesos do obano, ei are cota Qu sos tho cao ete mundo cotlano e scl ue clacu uns “apr ‘pital Dunc Bt onteabcn io ¢0 priviéio de se encontrar numa stuao acadimica que re presenta problema mas ofto do que as conde ob a quai ea eumhecimento escola” nao ertram na reflxdo, Mas ainds-ofste de esi ignornta ser considers uma isirgio especial No anart, seo ‘ensador ft compreendeuserlamente que o=objetos de su pensarnent, | linguanem # a8 pessoas agentes na vida etilans se encontrar rum, Content totalmente ference do sua propre suazio, eed capa de proj ‘ea Roca aflerenemente ea partir de sua sivaguo academic, desc ‘eras singularidades da inguagem da priss hasta Ele ent tm ‘bem ¢ capar de econnecer que os santisdos Ge sua inqusgem no de- ‘iva co cotexto desl da contemplayao, mat, em dkima iste, pe. Imanecer gases vida cotsiana” pos a Primera Guerra Mundial, Wingensteln aproveios toa opor~ tunidade parse distancia ds Hlsois unnereténa, Depxs do Tact, ‘ele pubicne apenas uth nico ers no proferiu mals do que pa con Ferdi, em que rjltou a suposiao de que sara possivel far racona monte sobre ica, edesenvolveu una floss que causoy horror # Russel, seu antigo companhero de Viagem. Nela, ele censurav tds ox pret pis esecins da vio aadénca da osu: o ideas da efnigdo con ual a ustiicagao itimaedafundacio de certezis cs em aos (du percapyo ov da conacincia. Nas investigates sins Wingensteln Pores em cea rene ameees ‘quearejeta em tres pasos (1) A concepete de que o ensamento precisa le fundamaeos times ¢ um oro, née jéesbornes alguna cosa com ee tea do conirtio abso uamente nao pagers duvidar (214 ermacio de que 0 saber humano se corset sobre um funcamento ¢ engunosa ~ nko exe iaundamieno. © saber se organiza de outta mane'ra iso numa pris da oo com o auio de estas Unguiticas.(@) A supost (0 de que a certeza pode ser justicada exclsivamente em processes ‘mentss enreda-se em contracigSs interas, surgi do fio Je que no Densamento nose pode obter cerewa sobre o pensament (rtendedores espera espostas Os pores modos ds que or ob {ts ém nto sho descoberes peo suo por mers aber, tas as txpercias dene anipula, movers, No wat com # eas, aintereo. feafocnte omande do sjeitoe ne quidco dos oes dese ‘enn um pope essence Se o Observador ve como os objetos those Flos modos dex st tem par ele carte de ua ogee. Ge spelt fremont a sou corpo equal le, abso do pensameto conser respond com sum aa Un maraneta farce um ngressante nu quar te ERender a mo, agaran, os movmentos de pessionar para tao 0 ato Icorporados Els se tornam eagies natures do agente, ecu {as peo corps com else ata a.caga Sio rituals minim ue mostra (gor les nterelaciona com a casa em que ee st movment em tos ‘els ees txnam vise seu rato como aspago —¢ como um apero le ‘ios recundn, um encontro ene experiénin cjetue eva O agente vt um quarto no como onto da emer us coma enor do compo. ‘Como arquteo, Wingensteindescneiu que percebemos os cls suas ofertas epromessis de fungao. Os objet do soma wists come ns floss do Tracts, como entdades separadae nos 0 conn, sum aside se forma er suas relagasconoico Eis agin sa fr seu sigmicado numa icra etre sa constigt, que se mos erect ro ania manera como daros cam des es intenges qe peo ‘encretar com es, As inten Jo agent se encontam com as xr ‘iscs obecsOsigniiado das fgurs agora mbm & outo, Elerapce ‘numa itera cs propriedades, das pose cle gio ane uma ge Taeferoce go observadorepeotratameno dea O que ascoeas as fg ‘tuem aunt agente, gua propledadescexigincis ele anima econo cle ‘espondoa elas, udo tea depende esencalmente de suas eapaciaes Se Ss cavover com eas. Na na ase de sua Hosofa Witgensten amin lr transerr esa eo paras expresses figrativs da linguager ‘itgestein presi steno nests capacldades quando el nota quo importnte€ sua sesbidade para os mers que ele ese, pura 38 {ezmas que ele es iO materia xige un tetra determad ue se mostra ao oar sensvel ee exige do usta respeto por suts quai ese permite aeniscerostins ce processimentne conenties som cutror mater. Ainexoraiidade com que ele inpuaha sas egéncias a ope "anos" se tna mas compreensve! quinoa interprets om tna date dic em relogao a exigsnoas posts pal hae seus materia, Perceber as ofertas a exigncias no mundo significa reconhecer ‘qe héslgo a exceutar ao mune; nés preparames wma intervengto no ‘mundo. Se nd vicuo pode diferencia a neve nos mas divers pos de neve com auailio de uma escalaextremamente runngads de gradagses, ‘eto desenvelveu um fro para a neve na medidaem que tem de exe ‘uta alguma coisa no mundo da neve. Quando Witgensteia vé que 0 ttto de um eénodo esté muito balto 0 exige dee que mande aera a altura, custeo que custar Yercomo é um inceio de uec mundo se ‘ontrapde come esta 90 homem, mgs 0 ofc. 0 suo organi Sia aco asi mesmo de acorda com a8 exigdnciae que ala recebe do "undo, Na mecide em que ele se apropria do mundo 0 mxadea se gut ‘so sa senibilcade, le se usta 20 mun, Ele desenvcve em seu ite ‘ior uma cocrespondéncia do mund, quo vepresenta una qualita funciona das exigencies potas plo mundo, que o sijelo assume em suas propria aes, As coisas de que & compost acasa as magsneas interruptres at ‘caves. s pots. esperam sua execugio® Flas nas promoter que pode- mos executar com ela as ajdes que perceberes alas. Do meso modo, 5 inlenglesexpressas pels inguagern sao consuls de al iodo que is, por exemple, come reeptores de uma promesaesperamas secu ‘rimenta, tal como for feta O significado ds promosia nfo € apense 9 ‘umpriments foro — o promo também poder no vie, esa Ci ‘0.4 promessa teri sida felts lgnfiead deve eer proditide no mo- ‘mento em gue a promess é feta. Una promessa ado cnt nem noe ted futuro prometida nem mima figura disso mas suscta uma fm de expecotva, que se most na estruturaIntema do comportament por parte do receptor A condita correspondent promessa& por assim dt ser a priori “expat” ‘Spero sacra aspen tim pouco mais ade Witgensten toma nove mpl: retexies Teper prt separ "ramet! como ech Cpretdes irc "A nmuager a descow a expecta, Stprmiy [ele era expecsta WAT, p36) inguager mesma no Ghretomerteso comportement nerclonads emu esr ten Svat Ele costa numa repetoitera acd pssage das aves tig Hstas Quan retro da inguager elemento dinten ‘Govt sun fungo se dessa (Ap 901 Agape nso pode ‘Spear apenas Com sin» esado da expecta: numa promessa & tngunge excita um prices depo diferente drs operas eae “Ganto descrevev oestudo(deum auste, mas estou" (WAT P51) ‘Wittgenstein compreenite ave a categoria ce us0 nfo pode ser dese volida semblogicanere: no ha, com ele hava suposto no Tact tum dispesitivo dentro dos sins que pudesse reaiar o austarse. Por ‘ovo, Witgenstein ainda se stém & cancepgao da figura, asa integra 20 process sco 6 vida “AO pensar, eu, por assim ce, incorporo um {Jura minha vide (WAIL p17). Essa € ua concep diferente do qu emos no Tacns; figura est om mim; es! em meu mundo, er meu ‘irpo enagullo qu ete peste. lUnguagem preencie todo oespaco do| ‘undo: la incl o corpo e as sersapes “EStu prepara para ver uma} faneha vere ete preparasa0§ por ars dae algo de pio, al ome quando preparo meus NUscuos para carregar Um peso", Esse esl -preparegio€ quit, le mec, inguagem [1 Ghd) ssa ober ‘acio mostra como Witgensten ested o conceto de Unguagem muto ‘bem co mud dos sna sigs e com esse movimento também ‘amplag conceit de us, Alinquagem est paraa etrtura de exigénca do mundo assim coma} stenso muscu nose. Tor uma intensao, poder fazer agua cos ‘sear alguma cois |] stad como tau. alex alegrarse, estar fee ou tnst. Sos fala de um exado (uraouro} do corpo na medida em fque se trata de uma esposigia portant de ura propiedad |. do cor Bo" AWA lp. 200) Corpo e inguanem se preparam para a itengao poss nto cles esto intet-relacionacon #80 das adios do mesmo peo esso™ Assim como aeasa com suas eugencias, lnguagem organiza um tino de Jogo com o uss, ¢ este sabe exatamente que 6 exgido dle isso. Ele tem determines expectativas quando usa ingvagem. Do ‘opiamensoarat gre AINTENCIONALIDADE DO MUNDO Obsorvemor Wittgenstein no procseo om que ole desenvolve sit nova Alosoi, Prmeiramente ele pegunts: camo € possvel que poss {nos 0 Um ostado Ture, queitercionamos no presente? Consider {hs em 5 mess as cosas nd inelcum sento seu estado presente. Mas ‘Gas mosrum 20 uirio as quadsdes de trato experientadas 0 so, {ue essimilatat no corpo del, se tornaram um aspecte natural daa. Iencioraiiade do expresses da intencionar nao & uma propiedad Io tena de guras nguisicamente produaidas; el esti om ambor ce lds ‘Spouse no mundo na inguagem. Elase desanvolve em ambos os ladon, ‘como oferta e cono excectatva. Ambas juntas repereutem vieimete puts ceprlpantes em atosconeretet-na age materia do uro da Eng (em ambas seencorcram esssumem nso una fora concrete, “Ovando eeramos da linguagero elamenta da inteng, toda a un argo se de- ‘sntera” (PB 820. ‘As exggéncte dos obyetos ormam unaestruure do mundo a goal se cegania como uma equivaléncia incl no agent, Wittgenstein st & fess esrutra a Inguagem cor seus medos de uso instrumentals simples tdvana 0 mesrn eure cem os pals da guage, gue corres pontem acs manus Urs ¢ manip de una manele sta pode fer cornnuamert movida um pence sum neon © pes evant abd um rer aun narustr que permit sou ras quo moveo pars arse mas tos so aap, 0 eseracomamdo WAL p65" esa abservagie 0 aspect sco do usa éritdamenterealgado. No ‘octextodessasofoos Witgenstein dfnvament se 68 conta di princi do conceto de uso: “Algo laa ewer da concepydo de aue an Terpretagae da guru est no uso que se fa dela (WA I, p24) Mas ele oniqua pensando as paivras ca inquagem vineuladss@ gues. Sen do ele, quando expressamos e compreendernor itengies sao remnele & ‘iguras, Mos agora Witgenstein recone que eat nf representa po 5! mesmas o estado btenconado- a Rigurs que « ads pela ingvanem da ‘expecta eo pode sr eomproendida quo ¢ ured mesma mado um Jogador num jogo espera que a bol ej ana para ‘e- Ele assume uma pesiqao de propracio, Pdemes conceber @ xo fava como uma ayo expeciane, preperatirla Ela exira as més como fu jogo digo para pegar a bola. Ea expectatva do jogaior pode farsi em esr ab dos em determinade posturaelharpareabola™ (spantador ests preparado para arremesso. Se cle ndo o tiveste espe ado, se0corpotambeim nio ela se peeparado.Aaxpectatva, te regatva fu posi, “tove também de conssrem algo quo eu fa (WALI | A tensio muscular € pare ds expectatva do sujet, ela & digi s xigdn- ‘sede munco. “Tamém na inguagem hi esta homelogia entre 0 ato de designation ‘0 desigqnado ela constitu uma expecta ela est preperada pare as fnlgencit do mundo, em certo sentido, ae cant. Se agentes envel ‘com os objets. else prepara para elesnosregisos sic linguist. [Ni ado, a preparato rss rage esata de exigénen do mundo, os Sos inqusios«preparaco simbdlcs da linguagem cory esa ers. ura tensdo muscular” as qulidades de ratodas coisas a expecta dalinguagem “fal aoe miscues. Alinguagor "nao descreva 1c estado ‘do cumrimento, masse afrma sua preparagaol” (WA Tp. 310), ‘A intima conexio entre reaizagies simbelies © motoras pode Set petcaida no extmpla do desenar ae eu “aura cpa infensonel eo bas lnhas de un deseno (1 deiao aquiomedeo por ass ce. gUla ‘minha mio. — E como 6 eto se eu por exerpla, [realmente] sou gulado ‘ela mo w gum ugar Eu vou eacerio meus pass de ta mexio que no fe prodza cera tena na ena mao ou no meu ago (ude tl todo ‘qo sernpre sj eliminaday (WA Tp 311, Ao flr, acorre algo th ‘este semethante “(1 para que a palaers poses guar minha m9, eit dove tore eversade da lvidade deseada™. Mas-¢inguagem a0 gua ‘corp mae cn queso, fla © agin corporal so inter tlaconadas, So dns tipo dle cumprimento de egencias que nas30 gulados por Ue Ista, mas se integram& comple estrus do Uso AAagio fsicaca Inguagem comportam-e slideramenteem seven ‘okimento com as esruturas de exigénca do mun. Flas so pos ce fenes de produ equlvalencss funciona, ue corespondem est "de exioénea co mundo. las nao esta smplestneme amarenacis no corpo, mas so empregacas na ocasiioaproprada Ese € unt aspect novo no pessumento de Witigensten, aspect dove dial qe cor 'o armazenou. Com idea sobre o corpo suage também # vaca de ra intragto de ineorporao eso sci Wittgenstein toma mltoc to para niodar uma inerpretaye psiepegica esa ils em vee 850 ‘Gr cecorre&metafora da "eaina Ge ferramentas da inguagem"”, a qual, “pegames ferramentas para uso Tutor” (WA Tp. 318, No 880 nosso Jroprios sents que apreendern 35 oi ro miudo; com esse pense Femo, Watgenstein se dsingue ds fenomenologa. AS equivaléncias funcionais nde so provecadaediretamente pelo mundo, mas so forma fas pel sujeito, oranizaces com aun de sua ag € seu pensamen, orporalmente armazenad eordenads de oxo a poderem ser invoce fdas Nosrespondrmos ao mundo mediante o us0 da nguagem. No qual as ‘rigenlas da cosa 5e conta com nossa capacldade de responder. ‘Quando nos dirgimos totalmente ao presente. nosso corpo se expan- sdesobre ross entomosensoraimette prcepavel Com nosso olhar tate tow as casas eas peseoasporeebidas © apreendernos sas quaidedes le frato® A nossa reste se enconta, por exerpo, un camino com pedras ponegueas que temos de perearer sem spate. Anda anes que 0 EU {oxzuas primelrs pdas, anteciparos una dor agus: hesitamos ¢abai- anos © pé com grande caitla, Com essa extensio pela combinagdo do| “enti do tated Iso, o corpo relacional progux concepybese ses (fev que se reerem a tuages futuras. Em préicas corporasespecas a Fercengin lnnbradora e anteoadare pote ser etraorenariamenteel- eda im escalador com ut olhar sobre a parede rchosa, se pede se oararaes antes salenits eee sees areacam quebrar se sola: im ‘Sapir numa descda também antecipa as eficldades Ge uma cura pars qual ele avanga velamente e prepara seus movimenos furs tes de chegar 8 vba ’ otenccnaldade do mundo conte nur tipo do ja de exigénca «pronto para execucdo, As pessuas fem uma determinada mania de SEvolar pare o mundo uma serge em relago a ele que atuam em con- Cordineia com omundo, de mod que ocore un Tnlapamento comune She as pessoe. Com corp todo com todos ax santos conhecenos {ques cts coe podemser ato conosco Nora com elas, 08 alo ‘hae uso das cususe as expectations dos agentes se entrelagam. expe {tive no € um simples refleo daquilo que é, mas uma tensiv quanto 30 Futuro, al como opré-tensionamento do misculo que precede um estore. Esa proniddo para o cumprimenta por parte do suet, rigid s ex "(WA 159), Language que responded estrtur de exaénela {do mundo asetow o mundo, Quando ela correspetde coretamente ao trundo do rato. quand cla mantém sa pissed, ea uma lin ‘Guesem pete "8 asteviderca do mundo ve exprime jutaente no {ate de quealinguagem significa apenas © mundo pode signifier ape rasomundo” (WATE p. 17. Nas anctagdes de Witgenstein dessa paca, peresbemos o quanto 6 penser co Tracatus se adios, No dia de ano nove de 1230, noi nde uma nove década, depcisdo terminode seu period de slénco le reve “0 cancate de ‘proposig elementar' pede agora todo © seu Sanifeado” (WI, p. 159) Impio-se a improsiao de que Wietgenstein ‘onl com essa cbservaglo opensemento do Tocttus le enconts seu {xminho no mundo em que ele agora se move, © undo da experi feted aunoovidonte para oe, como, por princi, para todas as pessoas. O “Suet sat desea pogo na Borda do mundo para o melo de seu espago; test tornou um coiogedor. sso muxdou racialmerte as rlagbes ere “ujetow a mundo, Mas em sev pensamento pesteror Witgensein tam: ‘bem se stém 4 eta de una hamomoriaenze 0 sie ea estrutaras ormulares do mundo, CO mundo aproendivo pel linguagam tm, ele préprio, uma etrtura sca intencionel come constrato feito pet homer, ele tems intengoes, sobre con ae dove lidar com ee Ele no se pee dant do wget como Constrato material mor Sua cenconaliade se revela quando o gee fesponde ie suse cferas. Na nova sboniagem de seu pensamenta, ‘iitgensen conceteo syeko como Um agents atv, que inervér n0 mundo. Em sua refed qe adotam 0 focona rinse aque outro iscerrimentor ode que compreensibidade dreads cosas coxaanas, fies e expresses verte deriva da consondncia de mundo e suetos em "eqns ce nquagem cletvos. Des as ries aa 1829 Witgensein no pense mais apencs em comceios formas, mse tanm em conceios an- fropolgicoa = efeninexperimenton com exempios do elnologa fea Ele precia apenas de un smpulsoeatemo para bter lareza sobre anova dimmgo de gva ose. Logn depois de seu retoro a Cambridge otra fess convereas com o evonomista Pleo Sra clos do muro, conti sua inencionliade, seu vltrse para coisas furas e passive Q monde do to, formado dessa manera, produ: © hosaante da inguagem, [Na ineragio ene a estruturs de exgéncia do mundo a pronto pera awuccuyeo dosujeito sts agbesadquirem um papel essen Em sss textes Witigersteln experimenta transformer a9 abguracdes Igicas tm figuras mcves de agdes por exemplo, numa abservacao sobre es ‘Encu dapropasigsanegatva" "Assit, por examplo, aguem pode mes ‘var compreenso da proposigio”olivro nio vermelno joganda fora a Cor vermeih quid prepara um modelo": Wiigenstein chegou a0 pone oem que ined num lagar central e sa Slosofa 0 nce de acto ssn nova eegora fe liga a uma erie de outas soporigées, que caracte- avi como uma estrture complexa de enpectvas execuyées. Numa {Cheeta posterior: de Mel retama sss ideia de operacionalizacao te sigieades de uy modo que fs lembrar 0 exemplo de urea “ingu {tem primtva” do 81 das Investigacbesflsificas: “Pensemos numa truagem em que cada ord & dada com um apresentagio de bonecos fe Aula abediéncia € muito mais Facaenve reconnecivel como um ‘Sececera-uma-regra, x ainda mals simglasmente, pole quam esti ot fdenande masta ele préprio| wio™ ‘Ness pac Wkigenstln taminim ado perspectiva que ser portantisen sua bea posterior a perspective jnetcs, em ques coside ro aprendzad dainguagem, Se a inguacem edquire seus snifeados ro rea como munde, seu aprendzao consist, numa medida importa ‘vom “jut” o alone eomoralmenteparaas exigéncias do mundo: “TI ho pei aprendeado da lingua as Conexces, por asin cies, ent a Tingusgorn a8 a fo procndas | portant, as cones ee vances e a maquina” [va I, 196, Aqui Wigesteln novamenite rete 4 um conceta mecanicsts ds linguagem, que ele mais tarde ampliar & tefnard consideravelmente: 8 interayao de mundo-inguager-tomer correspond a interagio méquins-alavanca instrumento}uspario. Na ne ida em que a nguaem &umarespostadestrutura de exigénea do mun Go, ela adguire seu senfcado ne trata com o mundo, “Pos como a in ‘dem adgulre tipo de sou skgniiar apenas de ua segcaran, do mundo, ‘entiongo se pode pensar ruma linguagem que no represente esse mun 3 | Voltando-se para a antropologia’ |Llosignidende de wda plas um upon ‘Um das hist quo cerca Winigonstaln narra como, depois de ame discussdo com seu colega Piro Stata ee dsisu do cerme de st fosctia do Tracttus: durante uma convers entre ambos em Cambridge, no itso da dead de 190 el teria lnistido na nogio de que a propos: {fn logiea eo estado de coisas por cla deseo tm a mesma estutra in ‘erra — ao que Sraffa tera feito um gesto habitual em Napotes,passando 15 mas dos deos no queino e perguriad: “E que forma Idea tem |sto-Uim rico movimento tena desruio a teora de aguracio do rac: ‘as Lands come esa ramen naam eventos rei, detrevem, tes um momenioem que oFesultado de uns longa ree vem aus com i sgt reine”. Os gests comrentos num sociedad tém signex os compreensieis para todos, mas nao possuem uma estate logic, hers wma relagi afiguradora como munde, Eles no ahguram Ge odo algum, mas so ages. Naepocaco evento narrado 1580-1831) Wangensten, {estava a pont dec decidir pelo nov coahecimento de que os sna ob ‘em seus significado numa ago praca cola,

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