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THAYS BERGER
FLORIANÓPOLIS
2008
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THAYS BERGER
FLORIANÓPOLIS
2008
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Nome: C.S.
Número do prontuário: 0019538
Data de nascimento: 28.07.2008
Sexo: masculino
Em casa mantém alimentação orientada pela sua médica, relatou que ofertava a
criança o leite com formula especial e complementava com o leite materno, que no inicio
ela retirava do seio e colocava na mamadeira e logo depois C. começou a mamar no seio.
No hospital continua com a mesma alimentação porem com maior freqüência.
Condições do tecido adiposo bem distribuído em quantidade pequena, massa
muscular bem distribuída apresenta tonicidade diminuída característica de sua síndrome.
Alem do padrão de altura e peso dos indivíduos com SD serem menores do que o
normal, eles ainda apresentam freqüentemente o palato estreito e curto e hipotonia facial
extra e intra-oral contribuindo para uma oclusão labial pobre, sucção fraca, pobre controle
dos movimentos da língua e dificuldades com a mandíbula, podendo resultar em déficit nas
habilidades motoras e orais.
A criança com cardiopatia congênita normalmente apresenta um perfil nutricional
de desnutrição. Isso se deve, muitas vezes, à taxa de metabolismo basal elevada, devido a
um aumento do trabalho cardíaco e respiratório dessas crianças. Observamos isto durante a
sucção, que representa um esforço muscular considerável, onde ocorre o aumento
momentaneamente do consumo de oxigênio e induz ao agravamento da IC.
Verificamos que a maioria dos casos de crianças com cardiopatias
congênitas internadas no IC-FUC em 2006, apresentaram um perfil
nutricional de desnutrição. Na classificação de Gomes e Waterlow o
percentual de crianças desnutridas é bem inferior ao resultado observado
com o método de escore-z – Programa Anthro (OMS / 2006), sendo este o
mais atual e aproximado com a realidade desta Instituição. (VIAN, ET all
em 2006)
biológico contidas no leite materno C.S. continua absorvendo pois utiliza de uma dieta
dupla.
No dia da avaliação o lactente apresentou-se desnutrido porem com este quadro em
reversão. Seu ganho ponderal mantém-se em média 30/40gr por dia, que é o ganho
ponderal que se espera para uma criança sem síndrome de Down e cardiopatia. Este ganho
calórico foi um dos grandes motivos para o paciente receber alta hospitalar. C.S. ira esperar
em casa o dia da cirurgia.
3.7 Cabeça
Crânio: sem alterações ou deformidades evidentes. O occipital é chato e o crânio é
não. Cabelos finos e escassos, porém sedosos. Mantém a cabeça em rotação lateral direita.
Face: face redonda e achatada.
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Couro cabeludo: íntegro e sem lesões, apresenta hipocorado 1/4+, cabelos limpos,
brilhantes e hidratados.
Orelhas: são pequenas com lóbulo pequeno, ápice implantado ligeiramente acima
da linha media ocular.
Ouvido externo: ausência de cerúmen.
Olhos: olhos azuis, fissura palpebral oblíquas, integridade mantida, conjuntivas
coradas, esclerótica branca e íris íntegra. Sobrancelhas ausentes bilateralmente, cílios
escassos e ausência de secreção.
Nariz: curto com a ponta achatada coanas pérvias, ausência de secreção.
Boca/dentes: pequena, apresenta um idade, coloração rósea e ausência de ferimento
ou lesões na superfície externa e interna. Freqüentemente mantida aberta, com língua
protrusa e ausência de dentes.
Orofaringe: ausência de hiperemia, tumefação e placas.
3.8 Pescoço
Curto e largo, com excesso de pele no aspecto posterior. Sem alterações
ganglionares.
3.9. Tórax
Formato regular, mamilos simétricos, parede torácica delgada com pouca
musculatura.
Respiração superficial e taquipneica, utiliza a musculatura acessória, respiração
diafragmática e tiragem subcostal.
Ausculta pulmonar normal, sem presença de sibilos ou estertores, apenas
murmúrios vesiculares.
Ausculta cardíaca: bulhas regulares, normofonéticas em dois tempos presença de
sopro sistólico 3/6+.
3.10. Abdomem
Pele íntegra, sem rugas ou pregas, ausência de cicatrizes. Abdômen discretamente
globoso em decúbito dorsal apresenta ruídos hidroaéreo e com percussão dentro dos
parâmetros de normalidade.
Ausência de dor ou massa endurecida à palpação superficial e profunda. Umbigo
com boa higiene.
3.11. Genitais
Hiperemia 1/4+ em corpo anterior peniano localizada e despigmentação em bolsa
escrotal, meato uretral estreito. Períneo com boas condições de higiene e sem sinais de
violência. Faz uso de fralda descartável.
Eliminações de 04/11, intestinais ausentes e urinárias escassas durante a manha,
5grs de urina às 9hs, e normais durante o resto do dia.
Eliminações de 5/11, intestinais ausentes e urinárias normais, 25gr as 8hs e 60grs as
11hs. Urina em ambos os dias com coloração amarelo claro e odor característico.
3.12. Dorso
Apresenta eritema espalhado por todo o dorso. Não apresenta má formações
palpáveis da coluna vertebral.
3.13. Membros
Mãos curtas, dedos largos e presença de pregas palmares normais, unhas das mãos
curtas e limpas. Nos pés apresenta afastamento e prega profunda entre o hálux e o segundo
artelho. Membros superiores e inferiores simétricos e móveis. Boa perfusão periférica,
menor que 2s, rede venosa bem distribuída, com boa vascularização.
Edema 1/3+ e hiperemia 1/3+ em membro superior esquerdo (MSE) no músculo
deltóide, local da vacinação de BCG.
Reflexos
Tipos Respostas comportamentais esperadas Comportamentos encontrados
Babinski O toque na parte externa da região plantar Esse reflexo foi observado
do pé a partir do calcanhar faz com que os quando foram feitas cócegas nas
dedos sofram hiperextensão e o polegar plantas dos pés. Os dedos abrem
dorsiflexão. em leque e o pé vira para dentro.
Preensão Tocar as regiões palmares próximas as bases O reflexo não está presente, foi
palmar dos dedos, provoca a flexão das mãos. observado quando tocado a
região palmar das mãos; nesse
momento a criança não fez um
movimento em forma de garra.
Preensão Tocar as regiões plantarem próximas as O reflexo está presente, foi
plantar bases dos dedos, provoca a flexão dos pés. observado quando tocado a
região plantar dos pés; nesse
momento a criança fletiu os
dedos dos pés.
Moro A mudança súbita no equilíbrio provoca a O reflexo não esta presente, a
súbita extensão e abdução dos membros e criança não respondeu a este
abertura dos dedos em forma de leque com o estimulo.
polegar e o indicador formando um C,
seguido pela flexão e adução dos membros.
As pernas podem flexionar-se fracamente.
Sucção Fortes movimentos de sucção da área Visível a sucção enquanto a
perioral em resposta à estimulação, persiste criança toma mamadeira.
por toda a vida.
Marcha Ao suspender a criança no ar na posição O reflexo está presente,
vertical e encostar levemente com os pés da observado durante o banho, ao
criança em uma superfície plana ela fará os colocar a criança na banheira.
movimentos de passos no “ar”.
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O lado esquerdo do coração é responsável pela grande circulação, sendo que através
dele é que o sangue é distribuído para o corpo. Já o lado direito proporciona a pequena
circulação, que é o fluxo de sangue entre coração e pulmão.
A veia cava superior e cava inferior conduzem o sangue venoso, constituído
por impurezas absorvidas pelo intestino e de substâncias produzidas pelos tecidos,
com baixa porcentagem de oxigênio e alta de gás carbônico, de volta para o átrio
direito. A válvula tricúspide impulsiona este sangue para o ventrículo. Onde através
da válvula pulmonar o sangue fluirá para a artéria pulmonar. (BRAUNWALD,
1999)
aumentando o fluxo sanguíneo pulmonar. O sangue que retorna dos pulmões eleva a
pressão no AE, fechando o forame oval quando a válvula que guarnece esse orifício é
empurrada de encontro a septo interatrial.
Quando este fechamento fisiológico não acontece espera-se que o fechamento
anatômico acontece até um ano de vida. Então quando o forame oval localizado no septo
interventricular não se fecha totalmente este orifício, que pode ser pequeno ou grande,
põem em comunicação os dois ventrículos, permitindo uma fuga do sangue do VE (com
pressões mais elevadas) para o VD (com pressões mais baixas).
A esta anomalia chamamos CIV, que ao exame clínico mostrará os seguintes sinais:
sopro cardíaco; respiração rápida e curta que piora com a sucção alimentar; sudorese
excessiva; anormalidades nos pulsos periféricos; cianose central (periorbital e
periorbicular) e cianose de extremidades; prostração, apatia, palidez cutânea sinais e
sintomas de Insuficiência Cardíaca; alterações do tamanho do coração ao Rx.
Esta carga de trabalho aumentada afeta a circulação ventricular direita e causa um
aumento de pressão no fluxo das artérias pulmonares (hipertensão pulmonar).
Esta sobrecarga de volume e pós-carga do ventrículo com a redução no débito
cardíaco pode leva a progressão da insuficiência cardíaca (IC). Os sinais de IC são:
fraqueza, fadiga, intolerância aos esforços, dispnéia, ortopnéia, nictúria, dispnéia
paroxística noturna, edema pulmonar agudo, edema dos membros inferiores,
hepatomegalia, ascite, anorexia e náuseas.
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VI. FAMÍLIA
Quando falamos de CIV de acordo com a Dra. Maria da Glória Cruvinel Horta,
presidente do Comitê de Cardiologia Pediátrica da Sociedade Mineira de Cardiologia,
podemos considerar uma etiologia multifatorial, incluindo fatores ambientais, genéticos,
uso de medicamentos e drogas, doença materna como os diabetes, o lúpus e infecções como
a rubéola e a sífilis que possam agir no momento de formação do coração fetal, que ocorre
nas primeiras oito semanas de gravidez.
Ao analisar a arvore genealógica de C.S. vemos que ele possui um parente que
sofreu de cardiopatia, o que provavelmente pode ser uma predisponibilidade a cardiopatias
relacionada ao fator genético.
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criança para com o profissional de enfermagem. A criança pode aumentar o seu estado de
vigília e irritabilidade, bem como alterar o padrão da sua alimentação.
Dormir bem é fundamental, restaura as energias e aumenta a capacidade de
aprendizado. Além disso, é durante o sono que o corpo produz o hormônio do crescimento
e ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de
todo o organismo a curto, médio e, mesmo, a longo prazo. Estudos provam que quem
dorme menos do que o necessário tem menor vigor físico, está mais propenso a infecções, à
obesidade, à hipertensão e ao diabetes.
A pesar da mãe não saber da condição de saúde/doença de seu filho durante a
gestação, demonstrou-se muito interessada, cuidadosa, carinhosa e preocupada com seu
bebê. Mantém uma relação estável com o marido e tem o suporte dos familiares, estes
ligavam varias vezes durante a manhã para saberem noticias do novo membro da família.
Menciona que todos os familiares principalmente ela encontram-se esperançosos a
espera da cirurgia e dos resultados frente as suas condições de dispnéia.
S- Mãe relatou que a criança dormiu bem à noite apenas acordando para mamar.
O- Criança alerta, ativa apenas chorosa a manipulação do braço D. Permanece na
companhia da mãe. T: 36,6°C. Pele com turgor com prega negativa, hipocorado 1/3+,
mucosa oral úmida, cabelos finos e sedosos. Olhos brilhantes, capacidade de alcance do
campo visual diminuído. Na ausculta cardíaca bulhas regulares, normofonéticas em dois
tempos presença de sopro sistólico 3/6+. P: 126bpm. Ausculta pulmonar com murmúrios
vesiculares presentes. FR: 64mpm, com tiragem subcostal. Edema 2/3+ e hiperemia 2/3+
em membro superior esquerdo (MSE) no músculo deltóide. Alimentação oral via
mamadeira de 2/2horas, 60 ml. Aceitou 40 ml da mamadeira das 8:00am e 50 ml da
mamadeira das 10:00am. Pesa 3.250 gramas. Durante medicação realizada as dez não
deglutiu maior parte do Protovit, pois jogava pra fora da boca. Diminuição da hiperemia em
corpo peniano anterior e da área despigmentada em bolsa escrotal. Apresentou dois
episódios de eliminação vesical amarelo-clara pela manhã pesando 60gr e 95gr, não houve
episódio de eliminação intestinal pela manhã. P.A. 82/45mmHg e Saturação 94%.
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De acordo com Smeltzer e Bare (2006) e Benedet e Bub (2001), vários diagnósticos
e prescrições podem ser realizados para o paciente A. H., a saber:
Orientar os pais a fazerem a limpeza do nariz da criança com a haste flexível, colocando-a
na entrada do nariz e não inserir por completo ou usar uma seringa com enxágüe da boca
com água após a alimentação.
J: a criança estressada faz com que aumente a demanda de oxigênio, e com isso, o esforço
da criança será maior para respirar e manter o débito cardíaco adequado.
J: Para que os pais possam ter um cuidado mais específico e que posso intervir caso a
criança tenha alguma alteração.
Monitorar o volume dos líquidos IV, hemoderivados; diminuir o volume dos medicamentos
IV, quando possível.
J: Ajuda a verificar o balanço hídrico correto.
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J: para determinar a tendência do crescimento e para que o lactente possa realizar a cirurgia
cardíaca, necessita de seis quilos e setecentos gramas para poder realizar a cirurgia.
J: para que a família possa cuidar da criança em casa sem receio, com pouca ansiedade.
Instituir medidas que promovam o relaxamento, tais como manter um ambiente escuro,
com temperatura satisfatória, e quieto, providenciar um ritual regular para a hora de dormir
e fechar a porta do quarto, se desejado.
J: O sono é difícil sem o devido relaxamento, sendo que o ambiente hospitalar
desconhecido propício a impedir este relaxamento.
Os cuidados com a pele envolvem o uso de uma quantidade mínima de sabão e aplicação de
lubrificantes.
J: durante a lactância, a pele da criança é flexível e macia, entretanto torna-se áspera e seca
e é propensa a rachaduras e infecção.
J: Visto que a criança cardiopata se cansa muito ao sugar a mamadeira, fazendo episódios
de taquipneia.
Realizar higiene bucal pelo menos 2 vezes ao dia, pela manhã e principalmente à noite,
após a última mamada, mesmo antes da erupção dental. Como gaze ou fralda umedecida
em água filtrada ou fervida, procede-se à higienização das gengivas, rebordos e língua da
criança.
J: A fim de remover o leite estagnado e, também, acostumar o lactente à manipulação da
boca
X. PRESCRIÇÃO MÉDICA
MEDICAMENTOS
Prescrições de Enfermagem
• A medicação deve ser administrada conforme recomendado e não interromper o
tratamento, sem o conhecimento médico, ainda que melhore.
2. FUROSEMIDA
Diurético do grupo dos saluréticos. Atua em todas as regiões do néfron, com exceção do
túbulo distal, com predomínio de ação no segmento ascendente da alça de henle. A
furosemida é um diurético da alça de que produz um efeito diurético potente de ação rápida
e de curta duração.
Farmacocinética: Usos VO, IM e IV.
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Prescrições de Enfermagem
• Informar aos pais as reações adversas mais freqüentemente relacionadas ao uso da
medicação e que, diante a ocorrência de qualquer uma delas, principalmente aquelas
incomuns ou intoleráveis, o médico deverá ser consultado.
• Recomendar que os pais mude a criança de posição para minimizar a hipotensão
postural, durante a terapia.
• Recomendar aos pais que protejam a criança o com protetor solar e com roupas mais
adequadas para prevenir reações de fotossensibilidade, durante a terapia.
• Manter boa higiene oral podem minimizar este efeito de boca seca.
• Monitorar durante a terapia o balanço hídrico, o peso (diariamente), a hidratação e a
função hepática, sinais de hipocalemia (fraqueza e cãibras).
.
3. DIGOXINA
Cardiotônico digitálico disponível em comprimidos 0,25 mg e elixir 0,05 mg/ml.
Aumenta a força de contração do miocárdio, prolonga o período refratário do
nódulo átrio-ventrículo (AV) e diminui a condução através dos nódulos sinoatrial
(SA) e AV. Aumenta o débito cardíaco; redução da velocidade da taxa cardíaca.
Prescrições de Enfermagem
• Orientar aos pais sobre a ação e a dose da medicação, a técnica correta para
verificar, anteriormente à sua administração, o pulso e os sinais de intoxicação.
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4. ESPIRONOLACTONA
Diurético poupador de potássio disponível em comprimido 25 mg ou 40 mg.
Promove a perda de bicarbonato de sódio e cálcio ao mesmo tempo em que preserva
os íons de potássio e de hidrogênio. Enfraquecimento das respostas diurética e anti-
hipertensiva e conservação de potássio.
Prescrições de Enfermagem
• Informar ao pais sobre as reações adversas (cãibras musculares, fadiga ou náusea
severa, vômito ou diarréia) e que o médico deve ser avisado imediatamente.
• Recomendar aos pais que o evite o uso dos substitutos do sal e de alimentos que
contêm altas concentrações de potássio ou sódio, devido ao risco potencial de
aumento da PA durante a terapia.
6.CAPTOPRIL
Hipotensor arterial inibe a conversão de angiotensina I em angiotensina II, um
vasodilatador potente. Reduz a formação de angiotensina II, diminuindo a resistência
arterial periférica. Reduz as retenções de sódio e água, diminuindo a PA.
Prescrições de Enfermagem
• Ofertar líquidos a criança.
• Monitorar PA de 4/4 horas.
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REFERÊNCIAS