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S10P SO “@puplso4sn> 102 oMMprT v4jo eso vUPYY) sequin 95" 18 98 138 10K 290, “sou a1uo rpeu wou Saal 491 StU eA O8N, ZONING (optano nas ov nyo) 2 vsoy ap stoue as-punxoade ounpr]) pauvur vu et jeduru eu cues, ewin 4or wog auduias 9 ‘spiro spp pun war onb visso}y) -$9 vip unde exyzn’y euop v 2s AZ} NOA BN, JOPUELI, N2s “eano] NOS OLE Me FYONAT -vsjoq Pu “ope| nou oxd sequanb: 29 sess HHO EEL (opionosdan op av wis opus esed vyjo opurio) {191 198 ou anbuod os exinq nos anb eypt fa (-2s-22a01q) iefos na anb eniodus 9s wou ey :YONNT gp ‘Seusn9 seaso epCena 6: A Mesma Madrugada ~ Sala de Estar de Luzita e Liduino. Lino entra em casa, aos tropegos € com alguma violéncia, A mésica para, LIDUINO (grita: Onde es:é a minha mulher? (Luzita aparece correndo,) LUZITA: Shhhbt!! Liduino!!! Silencio! LIDUINO: Silencio, nao! Yem aqui! LUZITA: Fala baixo! Sabe que horas so? (Ele avanea so- bbre ela, desajeitado.) Voc’ ficou louco? (Liduino agarra a mulher pelo pulso, traz para perto de si, aproxima-se para betié-la.) LUZITA (repelindo-o}: Vocé bebeu demais. LIDUINO (insistente): “Um coragio magoado nao fala bai- xo nem bebe peuco.”” LUZITA (comecando a ceder)t Liduino, 0 que eu fago, com vocé? (Liduino ¢ Luzita se beyiam. Ele comega a abragé- LIDUINO: Rosa... (Luita fica chocada ¢ empurra Liduino.) idem, olegbodamaturgle | 30 | ane edo LUZITA: Do que voc® me chamou? UDUINO: vem ci. LUZITA: Nao! LIDUINO: Vem cf. (Pucxa-a novamente.) Voc’ € minha. Eu. te chamo como eu quiser. (Luzita debate-se, cada vez mais fraca. Luzita fecha os olhos e se entrega ao abraco. A luz da casa se apaga. A mitsica cvesce.) LIDUINO (embriagado}: Rosa! Voce é minka! Rosa!Cena 7: Boate Melodrama ~ A Mesma Madrugada. [A boate esta vazia, apenas Seu Maestro std vemtado ao piano, bebvendo e furnanndo, © Orlando esta debrucado sobre o balcdo, remexendo em fotos antg ‘SEU MAESTRO (canta “As Aparéncias Enganam”): Vejam como as aparéncias enganam, Como difere a vida dos casais Nao so aqueles que mesmo seamam, Que As vezes moram em lugares iguais Hi uns que casam porque se querem Outros somente por comprazer Sem se lembrar que por ais que quiserem ‘Nunca mais ho de deixar de sofrer ORLANDO (para si mesmo, sem olbar para Seu Maestro): 4 Com seu criado que esta presente ‘Também se passa uma histdria assim El easou-se com outro vivente eu tive outras mulheres pra mim ‘S6 uma coisa eu sempre reclam> Que até hoje eu nao me conformei ‘Que quem casou com a pessoa que eu amo, Beije na boca que eu tanto beijei Cena 8: A Manha Seguinte / Domingo Sala de Estar de Luzita e Liduino. Luzita estévestida com roupes de domingo, preparands ¢ para sais Alguém bate pos LUZITA: Quem & (Ela abre. £ Orlando. Ela fica parada diante da porta, sem deixé-lo entrar) LUZITA: Orlando? ORLANDO: Bom dia, Maria da Luz. LUZITA: O que vocé esta fazendo aqui? ORLANDO: Vim ver como o seu marido chegou em casa. ‘Ontem noite ele me parecen um pouco... ansado. ZITA: Ele esta muito bem, Esta dormindo. Vocé estava com ele, entio. ORLANDO: Sim. Bem. Que bom que ele esta bem. Estava preocupado. WZITA: Muito bem, nfo ha motivo para preocupacio. Bom dia, ORLANDO: Vocé nao vai me convidar para entrar? WZITA: Eu estava saindo para a igreja (Ela o deixa entrar, a contragesto. Ele otha em volta.) ORLANDO: A Linda nao trabalha hoje, no sto 1 961 vingLUZITA: Vocé conhece a minha empregada? ORLANDO: Ah, sim. Fui eu que apresentei ela, digo, in- diquei, para o seu Liduino, Ela j4 trabalhou para mim. E ama moga limpinha. (Luzita ndo da muita atengao. Serve 0 café.) E voce? Como esa? LULITA: Estou mais velha, como voc’ pode ver. ORLANDO: Vocé esta linda, Maria da Luz. LUZITA: Faz muito tempo que ninguém me chama assim, ORLANDO: Vo ainda se lembra? (Aproxima-se dela.) LURITA: Orlando, isso nao é conveniente. Meu marido, ORLANDO (segura as maos de Luzita}: Passei cinco anos te escrevendo, pedindo para vocé voltar para mim. Voce ainda guarda as cartas que eu te mandei? (Lugita fica em siléncio, solta ¢ sua mio e passa a rear- runar a mesa.) ORLANDO (x ards dela: Fu sei que voce nao jogou as mi- nnhas cartas fora, Maria da Luz! Voc@ ainda pensa em mim? LUZITA: um pouco tarde para falar disso, vocé nao acha, Orlando? (Pausa.) Vocé quero leite frio ou quente? (Grlando puxa-a para sie beijava apaixonadamente. Ela serecompoe rdpido.) LUZITA: Ew digo a0 Liduino que voc passou por aqui Agora eu preciso sair para a igreja. (Liduino surge vindo do quarto.) Coleco dramauria 32 | ana toledo LDUINO: Isso é jeito de tratar a visita, meu amor? LUZITA: Bom dia, querido. O seu Orlando passou para ver se vocé tina chegado bem em casa. LIDUINO: Esse & amigo de verdade. Vocé tem que ser mais educada, Luzita, (Empurra-a com wm tapa na bunda.) Vai para a igreja, vai. Orlando eu temos assunto a tratar (Luzita sai nipido. Liduino serve-se de café.) LDUINO: Foi bom voc# aparecer, Orlando, Eu queria mesmo falar com voce fora daquele cabaré ORLANDO: Mas ¢ claro, seu Lidu. UDUINO: Orlando, voc# é meu amigo ha dez anos, pare ‘de me chamar de senhor. (Orlando assente com a cabeca, toma mais café.) Eu quero que vocé me fale se aquele bicheiro é perigoso mesmo. ORLANDO: © Alves? (Coca a cabeca, nervoso.) © senhor quer se meter com 0 Alves? Mas todo mundo sabe que cle jé matou gente por ai. LIDUINO: Eu quero montar um apartamento para a Rosa, Vou roubar ela do bicheiro e colocé-la num lugar que s6 eu possa visitar, ORLANDO: E a dona Luzita? LIDUINO: © que que tem? iImpaciente.) Orlando, no fea mudando de assunto, pres atengo. Eu preciso que voce sme ajude. Bs vou tirar a Rosa de circulago por uns tempos. ORLANDO: Mas isso é muita encrenca. Além do qué, é péssimo para a boate...vebu 1 68 opt (copuopic ap ousuo2u2 oP 19a 2 DQ! Up OANep v-vpLENs “9 ‘PHIVD v v4yUODue PATENT) (euremy vard viavs vayno anoi2s9 opurig) (2ued 2 opuryi » ouoqup 2p adojsaua 0 PB242 oumpry) “ofjure wog wn 9 990A :oNINGN sppuoprend anb o1usueyede 0 piv O49] 9 O19 wn 9p onUDp EP oyod ousau na ‘woys op siodag “opeqps ouxoxd 0 waed ewonbss 0 poluesay :(outaquip 0 vm102) OONYTHO avoy anb wor esoy “eA 9s 2908 os1o4yUP 2189 WHO snbe opm eisg :(odoaaua 0 opuniqe ‘opueyic ») ONINGN, (2dojaaus un 102 ‘opuryc Payuosua oumpry) crai8WU] CU aperDUL BsINO v 9 [pul OU odi0> ‘op apeiaur wos, xepsose & wostuse ag sapiod e onnu ut 290, jesoy eHEWY ‘euRsuD ow anb LYSE 290) ‘S9NTY -ourenb wn ap onuap vsoad 309 4) 9p IMT NOS OPN ML ISAATY NTP AWW “MOM VIEW “opunitiq wa201vde vsoy DUvyy 2 52a)y sopeavdss sou tio wessed 28 1nos v s20Se Sy *spaugyinuis, soody 9 odway ap wabessed :6 euag (v3edo 2m y ‘onl 1 opuopo! rng uionb wa vossad voiun v 9 290A 2008 vied osst sipod. ‘ossod os na ‘opuessg (oMuPMHpe4 Iso opuEyAQ) “zed wh -ues vu ey opm a eusreSuep exino e1eIu0> 2008 stodoq, “opuepig “unui 9p 1eyuorsap 2pod ovu s9a]y © :ONINGHT 20a :OONYTHO ‘eSuepnur e vied o1e> wn sep -uopisosd 9 esoy & exed apepio ep eso) o1uauersede wn AwUINIE au! 1A go, “ONDYUIP WN ouEIpE a1 > eyTEUIE ‘oping ov no; “opuEfiC ‘epnte aut est>axd 2504 :oNNaA npr N95 :OGNYTHO jesoy eyuny vp soSesq sou ae noa no “epeSnupeus op sepy “stajadsns senod -sop ogu eied ‘gueqe> ov opus senuUOS nO4 m3 :ONINANT esoduuon sun sod juuns 1a wiquuEr 20yUDS O :(opRssez91) OGNYTHO “PUBUIDS ISO WHY O aYe v 9p esOyT e IEAM ‘ROA ng “aJ9p wse> e esed pur e apueul‘eSex8 ap epICag ap ‘oua{ns o eresisicy soujaur seyse owoD eSe4 :ONINGHT “soaqy ou oyjo ap seoy epury v ered sapod ossod ng :(opursuad) OONYTAD, “orSestadiuoo ew nop a1 anb orawosd ng -jentt voy opna 9 exo ewmnze ‘ewimsose os 2I9 stodoq seul [89 98 oxDYpIG © pUe v9 s9puoDs9 os1ooud ng sONINGNT(Linda apanha a carta de dentro da Biblia e guarda-a consigo.) (Orlando e Luzita se encontram. Ele a abraca e mostra 0 dinheiro.) ORLANDO: Fle ndo te merece. Otha aqui: me pagou para esconder a nova amante dele. Venha embora comigo. Nés podemos recomecar longe daqui. LUZITA: A minha felicidade nao pode me custar um lar Quem vai me dar um lar, se eu abandonar © meu? ORLANDO: Fu sempre quis te dar um lar, Luzita! Me dé essa chance, (Luzita fica calada.) ORLANDO: Sébado a noite. Seu marido nao vai voltar para casa, eu sei. Fu irei te buscar, (Orlando entrega-the o envelope com o dinbeiro.\ ORLANDO: Fst aqui a prova de que eu no vou te train. Vocé fica com o dinheiro © nés vamos embora juntos. Sabado A noite. (Lucita pegao dinheir, sem dar resposta ¢ vai embora. Volta ‘para casa, guarda 0 dinheiro e volta a bordar set manto.) (Liduino encontra Maria Rosa. Explica 0 plano. Ela sor- rie pula em seu pescogo.) LIDUINO: Sabado a noite, depois que o cabaré fechar, 0 Orlando vai te levar direto para 0 nosso ninho de amor. MARIA ROSA: Voc® é louco. Onde foi arramar o dinheiro para me tirar daqu elagiodramatrga | 9 | ann toledo LUDUINO: Se precisar eu tiro o pao dé boca dos meus f- thos. $6 para ter voc®. (Os dois se beijam.) (Em planos separados, todos os personagens — menos Luzita ~ se preparam para a noite.) (Lugita esté bordando na sala. Liduino passa por ela, de saida para a noite.) LUZITA: Ja de saida? LIDUINO: Hoje é sabado, minha flor. Eu sou feito 0 mos- quito que desperta quando a noite cai. E hoje este mos- quito vai zumbie a noite inteiral (Ri.1 Nao me espere. (Sai, Lucita segue-o até a porta e 0 ve desaparecer na janela, Ela olba para a Santa.) LUZTTA (para a santa}: Minha santa, com sua ajuda “sai- rei com gloria de mais uma batalha de amor”. (Canta “Haunt Deus”.) 4 Ha um Deus, sim Hé um Deus Beste Deus ld no cfu Ha de ouvir minha voz Se eles esto me traindo Eandam fingindo Que é s6 amizade Ho de pagar-me bem caro Se eu algum dia Souber a verdade (A musica cresce. A luz dos outros planos apaga-se e 0 cabaré-boate Melodrama acende-se.) idemoueBo ge tLe ‘seve sp put 2 vsjoq v 24qy) jJoqnos no anb o ‘mbe e4[O <2 “Pape nos na anb soz1p sand iesIey eyUNUES 8) eng issue opednsoa:d as sr vIADG {1e] Nas Oo ‘woo epednacaid v2 visa wsoyuas Vy 2(r1e4 1402) YONTT (e2yasnt 2 opu anb ‘opurjic, vard vajo ‘osnjuod voy oumpry) nou 0 smnns9q 819 ou ‘eyonb 9204 anb © aninurexsal es “(opuyEO iuode) 290% jaeuouasuD aur ered ese) ey eu. e1qoo tun 090}09 200 xoumpr'T wa opuonyd) yum seayarry SoueT (oy PSrugD oF onnart vigo> vuin 9 9504 “epeu epey OFM 2004 s{opurT >) YATE | PUES WONT -seisoo seytt nu seppd opuls ‘seisno seyurus se opuouio> “ese> ryt ep onusp expe] ewn woo na ‘opor odwior 2199 "44201 ~O8N s(emauwprjedouP) DONYTO ‘wn ap napuoasa a (opuryic ryuode) mgs wipquie goo g -[eyoW! Ws eyUIZEMIN | -YLIZM (pz ap pusxoude 2s oumpry pur risefo opuryiQ) jesr9 eyUUH BU sod 2008, (OUprT vsnoP) YZ anb sepungesea sens sep eur ‘exoquuo souiea “e217 :gNINGT juanbyenb ep -raudura euin 9 ovu vpp anbiog ('2/ap vypouaasep as Py ssnauu so an sax0yppu sopnsoa war epeBosdure eyunu © anb 9 anb 40g *¥LIZMT earn] -ONINOTT “opniuas 49724 v weSoWio9 sesiO9 Se LIOBY {220A (HPMNT 2A) opueut now zesuooue wa ng :{euoprYyosep) YAM © piv opunued ron vpueg 2 opsues v adwouonut npury “ones Ou raquo viRy) ~-oyumue> nous ou soazede wong 0 9 se8iuq 40q x{em>) WON ‘Duo9 ap 108 D) ybur2 » aqucun) wopusquasop 98 vsoy PUBWY 2 soap gopueson oats no 98 anb Jog, zed nas wenuooua punt ou Sopay. puvéiuq s9a1s anb oyun sey ze nau 9 anb ys9g ‘ounsop nour 9 anb 195 assy 10,1, opuenuer ‘020d 01) YON + ussy 10, ram] souaus ‘somu3s93d OFIS9 01 vpueg y sopoy “oansoy eu un ejasos eua> ep zn Y ‘OUON & OpEGES — ewespolaW g1eqe9 01 BUEDLé af, seu Lidu! As cartas de amor que eu encontrei nas coisas da sua santa esposa, (Entrega as cartas a Liduéno, que acranca o papel de suas maos, atéuito.) Eu posso nao saber ler, mas eu sei reconhecer uma as- sinatura. Vé se essa af no é a mesma que aparece nas notas aqui do caixa! A dona Luzita tem um case com 6 seu Orlando! (Liduino olka para Lucita, que esta petrificada, depois olka para Orlarcdo e avanga sobre a mulher) LUZITA: Lidufno! & mentirat LUDUINO: Vagabr nda! (Ele dé um tapa em Lezita. Orlando empurra Liduino para longe.) LUDUINO: Seu pu'hat Se fazendo de amigo. ORLANDO: Vocé nunca mereceu elat LUZITA: £ mentica! Tudo mentira! Nao ha nada entre nés! (Alves aparta a briga. Linda, muito nervosa, olba para ele ¢ tent mais wm rompante.) LINDA: Tem mais! Nao sou eu a amante do seu Liduino! Mas se a senhora quiser conhecer, ela esta logo ali (Seu Maestro tenta afastar Linda do palco, mas ela apanha © microfone e fala, amplificada, otbando para Alves.) Rosa! Rosa! (Maria Rosa surge, desatenta e com ar levemente ente- diado. Logo ela percebe que algo esté diferente no salao olka na direcao de Luzita. As duas mulleres aproxi- ‘mam-se uma da outra, receosas.) clas dramaturgia | 36 | ama toledo LUZITA: Maria Rosa? MARIA ROSA: Maria da Luz? (Pausa.) ORLANDO: Vocés se conhecem? (MARIA ROSA: Ela é minha irma. (Blackoue.) (Fim do primero ato.)Cena 11: Transigo ~ Passagem de Tempo ~ Palco Vazio ~ Varios Planos. ‘Tris casais — Maria Rosa ¢ Alves, Liduino © Luzita, Orlando ¢ Linda ~ dangam / se puxam / se empurram / se afastam. Orlando ¢ Liduino brigam, Alves ¢ Liduino se estranham, Linda renta ficar com Alves, Orando tenta Fear com Luzita, Liduino tenta ficar com Maria Rosa, Lurita eseapa de Liduino ¢ recusa Orlando, ‘Maria Rosa escapa de Alves ¢ recusa Liduino. Orlando manda Linda embora. (Os pares trocam e se desencontram, ITA / MARIA ROSA / LINDA / ALVES / ORLANDO / LIDUINO (cantam “Nunca”): # Nunea ‘Nem que o mundo caia sobre mim em) Nem se Deus mandar Nem mesmo assim [As pazes contigo eu farei Nunca Quando a gente perde a ilusio Deve sepultar 0 coragao Como eu sepultei Saudade Diga a esse mogo Por favor Como foi sincero 0 meu amor Como eu 0 adorei ‘Tempos atras Saudade Nao esqueca também de dizer Que é vocé quem me faz. adormecer Pra que eu viva em paz. (Ao final da dancaleangao, os personagens ocupam seus planos originais: Luzita entra ¢ fecha a porta de casa, sozinha. Maria Rosa, triste, abandona Alves e Liduino € sai sozinha pela rua, Orlando expulsa Linda e desce @ porta da boate, sozinho. Alves sai sozinbo. Linda sai andando 56.) so 21 97 | vingingaCena 1 : Madrugada da Mesma Noite ~ Rua. Exterior da Boate Melodrama. A porta esté aberta pela metade e a luz dentro dda boate esti quase toda apagada. Orlando leva Alves para fora. Alves esta cembriagado, ALVES: Eu ndo quero ir pra lugar nenhum, Orlando. ORLANDO: Seu Alves, eu preciso fechar. O senhor no pode dormir aqui dentro, ALVES: Quem disse? ORLANDO: Fra 0 que me faltava. Bom, pelo menos eu te- rho certeza de que ninguém vai assaltar o bar. AWVES (alterado}: Ninguém mexe comigo! E eu tenho muito dinheiro... ORLANDO: Sorte sua. Eu nao tenho nenhum. Pensando bem, fique ai. Nao tem nada que eu possa perder que eu jd nao tenha perdido. ALVES: Eu perdi a minha Rosa, ORLANDO (em: seus proprios pensamentos}: Tive na mio uma chance de ser feliz, mas o destino foi mais répido do que eu. ALVES: Ela vai ter que aparecer aqui. ORLANDO: A Rosa? Acho que nao, seu Alves. Pelo menos rio esta madrugada, folegdodramaturia | 38 | ama toledo ALVES (descontrolado}t Pra onde ela foi? Por que ela foi embora? Ela fugiu com aquele gordo? ORLANDO: Acho que nao, seu Alves. (Pensa alto.) Eles nao tinham mais para onde ir.O dinheiro... (Interrompe-se.) ALVES: Eu perdoo. Eu perdoo ela. ORLANDO: Vé para a sua casa. Ela nao vai aparecer aqui hoje. Talvez ela nunca mais apareca. ALVES: Nao. Eu vou espe-ar. Vou esperar por ela. (Orlando deixa a porta semicerrada e se afasta.) ORLANDO (para si mesmo, em vor alta): Mulher sempre € mulher. ALVES (resmunga, concordando}: Mulher semp:e é mulher ORLANDO (cantarola):' 4 Se pede uma flor agente Ihe dé Ela exige uma estrela E se por acaso ela nao obté-la Se vai com o primeiro Homem que the der. (Orlando sai. Alves fica sentado na entrada da boate, olbando para dentro do salao escuro. Uma luz se acende, uma Maria Rosa irreal surge em seu delirio.) ALVES (carta “Quem Ha de Dizer”): " Gita de “Sozinha”, de Lupicinio Rodrigues.4 Quem ha de dizer Que quem vocé esta vendo ‘Naquela mesa belrendo £0 meu querido amor Repare bem que toda vez que ela fala lumina mais a sala do que a luz do refletor O cabaré se inflama quando cla danga E-com a mesma esperanca, Todos se poem a olhar Eeu,o dono, aqu. no meu abandono Espero, louco de sono, o cabaré terminar Rapaz, leva esta mulher contigo Disse uma vez. um amigo Quando nos viu conversa: Voces se amam Eo amor deve ser sagrado O resto deixa de Indo Vai consteuir o seu lar Palavra Quase aceitei o conselho © mundo este grande espelho Que me fez pensar assim Fla nasceu Com o destino da lua Pra todos que andam na wa Nao vai viver s6 pra mim. Ela nasceu Com o destino da lua Pra todos que andam na tua Nao vai viver s6 pra mim, (Linda aproxima-se, da rua.) INDA: Alves? (sobressaltadov: Rosa? INDA: Sou cu, a Linda. (Ele se encolhe, exaust.) Alves, que voce esta fazendo aqui sozinho? ALVES: Eu fico onde cu quiser. O que vocé veio fazer aqui? na verdade, eu estava te procurando, (Ele fica em silencio, desconfiado.) Me disseram que voce devia estar na boate, .¢ eu no trabalko mais aqui. Voc sabe... AIVES: Vocé jozou a Rosa contra mim. LINDA: Eu? Alves... eu... ni Que maluguic ALVES: Ela foi 2mbora por sua causa, LINDA: Ela foi embora porque 0 seu Liduino ofereceu mais para ela! ALVES: Fle ndo tem rada que eu nao possa dar em dobro! LINDA: Feu? Voo8 noacha que eu posso te da-alguma coisa? AUVES (acalma-se): Ela vai voltar. LINDA (aproxima-se| Alves, Deixa eu cuidar de voce. ALVES: Ninguém precisa cuidar de mim. LINDA: Entao cuida vocé de mim, Bu preciso. Eu preciso, que vocé cuide de mim. ALVES: A Rosa vai voltar. LINDA: Enquanto isso. (Ela o beija.) AWVES: Estou cansaco, Linda. LINDA: A gente ja fer isso antes, lembra? Voce gostava. (Os dois se beijam.) sto21 90 | vingangaCena 13: Uma Semana Depois. Noite ~ Rua. Passa um bloco de boemios cantando uma ‘marchinha pela rua (“Os Oculos do Ve Liduino esté sentado na rua, no chio. CORO DE BOEMIOS (coro de coxia e muisicos em cena, can- tando com instrumentos de percussao e viclao}: ¥ Se 0s 6culos do vovd falassem E nos contassem o que foi que ele enxergou Sabe ld o que é sessenta anos Andar montado no nariz do vové © vovd sempre foi um homem feliz Em todo lugar metia o nariz De uma falseta que ele fer para a vové Que 0s 6 Se 0s 6culos do vows falassem E nos contassem o que foi que ele enxergou Sabe ld o que Andar montado no nariz do vows alos dele tém um vidro s6 (Um dos boémios ~ Seu Maestro ~ aproxina-se ¢ ajuda Liduino a se levantar. Liduino se mostra rauito desani- mado. Os dois conversam de modo inaudivel. Por fint outros boémios levant-no emsbora.) (0 coro de boémios vai se dispersando, a cantar) tolego damaturgia | 40 | anna ttedo Cena 14: Exterior da Casa de Luzita. Seu Maestro bate a porta da ezsa de Luzita Ela vai A porta SEU MAESTRO: Dona Luzita, a senhora me desculpe. Eu vim da parte do seu marido. Ele nac esta hem. LUZITA: © que aconteceu com ele? SEU MAESTRO: © homem anda um trapo, jogado pelos cantes. (Luzita dé um suspiro de alivio e continua ouvindo, in- teressada.) SEU NAESTRO (continua): Ele foi cair nos piores buracos. Seu Orlando nao deixa mais ele entrar na boate... LUZITA (interrompe): Seu Orlando? Eles brigaram? SEU NAESTRO: A senhora quer mesmo saber? (Ela faz que sim ~ a banda inicia um ostinato como introdugao para “Vinganca” —, ele prossegue em tom de confidéncia.) Seu Orlando brigou com todo mundo. Mandou a Linda em- bora da boate. A Rosa também fo! embora. Ninguém sabe dela. E.0 seu Liduino... bom, ele ameagou 0 seu Orlando de morte, os dois brigaram e agora ele s6 anda armado. E bébado. Uma tristeza. LUZIT (canta “Vinganca”, divagand>, albeia): 4 O remorso talver seja a causa do seu desespero ‘Vocé deve estar bem consciente co que praticou Me fazer passar esta vergonha ccm um companheiroEa vergonha éa heranga maior que meu pai me deixou Mas enquanto honver forga em meu peito En no quero mais nada (Luzita dé um soriso e volta a atencao para Seu Maestro.) (A banda volta a tocar em ostinato como pedal para 0 didlogo.) LUZITA: Encio? Voce cstava falando do Lidusno... SEU MAESTRO: © homem esti na sarjeta. (Fausa.) Ninguém mais aguenta. A senhora tem que acei-ar ele de volta. LUZITA: Ele ndo tem uma amante? Por que eka ndo ‘cuida dele? le nada disso, dona Luzita. 6 sei que ele precisa da senhora, “As vezes um homem tem aque errar para depois acertar o caminho de casa.”* LUZITA: Onde ele esta agora? ‘SEU MAESTRO: Na ruc, dona Luzita, LUZITA: Entao se encontrar com ele, diga que, se ele to- mar um banho ¢ um café, pode aparecer aqui domingo a tarde, para ir comigo a missa das cinco. (Seu Maestro sai. Luzita entra ems casa, volta-se para a sua santa.) Trecho do livo Foi Assn, de autora de Lupieinio Rodrigu:s Filho, ‘originalmente editado pela L&PM Eavores, Porto Alegrs, 1995 (Copyright © Lopicini Jorge Quevedo Rodrigues) LUZITA (vitoriosa, canta): 4 Eu gostei tanto, tanto, Quando me contaram Que te encontraram chorando ¢ bebendo Na mesa de um bar E que quando os amigos do peito Por mim perguntaram Um solugo cortou sua vor Nao the deixou falar Ab! Mas eu gostei tanto, tanto Quando m: contaram Que tive mesmo de fazer esforgo Pra ningué-n notar (0 remorso talvez seja a causa do seu desespero ‘Voce deve estar bem consciente do que praticou Me fazer passar esta vergonha com um companheiro Ea vergona éa heranga maior que meu pai me dei- Mas enquanto houver forga em meu peito, Eu nao quero mais nada $6 vinganga, vinganga, vinganea Aos santos clamar ‘Voce hi de rolar como as pedras Que rolam na estrada Sem ter nunca um cantinho de seu Pra poder descansar, soz 41 | vingansGena 15: Sala da Casa de Luzita. Batem & porta, LUZITA (voz animada): J& estou indo! (Abre a porta. £ Maria Rosa. Sua aparéncia é muito fragil e cansada,) LUZITA (surpresa, depois com friezay: Voce. MARIA ROSA: Bom dia, Maria da Luz. LUZITA: Maria Rosa. (Pausa.) O que vocé quer? MARIA ROSA: Vim ver minha irma. LUZITA: Eu nao sei o que te dizer. MARIA ROSA: Nao devia ser eu que. Eu é-que preciso. LUZITA (interrompendo}: Meu marido nao esta. MARIA ROSA: Por favor. Nao faga isso. (Pausa. Luzita dé um suspiro e abre passagem para que Maria Rosa etre.) LUZITA: Fsté c=rto, Entre. (Maria Rosa entra com cuidado e solenidade, como se tivesse medo de sujar alguma coisa. Luzita faz um gesto ‘mostrando a casa.) LUZITA: Desculpe a bagunca, Tive que mandar a empre- gada embora. falaghodramaturcie | 42 ana toledo (Maria Rosa dé won pequeno sorriso, mas nao consegue se sentar.) LUZITA: Ja tomou café? (Maria Rosa ndo responde, esté constrangida pela limpeza da casa.) Sente, (Maria Rosa senta-se i mesa e Luzita traz café e 0.) MARIA ROSA: Obrigada (Luzite serve Maria Rosa, que tenta distarcar a fome, mas come com avidez.) LUZITA: Fome? MARIA ROSA: Desculpe. (Sorri.) [4 fui mais educada. LUZITA: A rua deve ter sido um professor mais eloquente, (Maria Rosa baixa os olbos.) LUZITA: Desculpe. O que vocé quer de mim? MARIA ROSA: Vocé se lembra quando a gente tomava calé juntas? Antes de ir para a escola, ev punha a mesa, com é. Toda manha, © pao feito em casa... O café fresquinho... Eu nunca me esqueci do cheiro. © pio, a nata a geleia, © voc’ passava 0 LUZITA: Sim. MARIA ROSA: Este cheiro. (Inspira o chiro do café) Minha lembranga de ter um lar, Mamie sempre doen- te, Vocé cuidava de mim, me apressava para nao chegar tarde no colégio. Abaixava a barra da minha saia para 6 pai nao brigat. (Ri.) Voc® lembra? (Luzita fica calada.) Lembra que eu tinha medo da tia Myrthes e nunca que- ria viajar sozinha pra casa dela nas Férias? (Ri.) Vocé meensinou uma miisica para quando eu ficasse sozinha... (Canta “Felicidade’ 1 Felicidade Foise embora Easaudade no meu peito Ainda mora E por isto que ew gosto La de fora Porque sei que a falsidade Nio vigora. Felicidade Foi-se embora Ea saudade no meu peito Ainda mora E€ por isto que eu gosto La de fora Porque sei que a falsidade Nio vigora MARIAROSA ¢ LUZITA (cantar): A minha casa fica lé de tris do mundo Pra onde eu volto em um segundo Quando comego a cantar pensamento parece uma coisa a toa Mas como & que a gente voa Quando comega a lembrar Felicidade Foi-se embora Ea saudade no meu peito Ainda mora Fé por isto que eu gosto Laide fora Porque sei que a falsidade Nao vigora. W2MTA (puxando pela memérial: 4 Na minha casa... [MARIA ROSA: 4 Tem um cavalo tordilho Que ¢ irmao. wz: Do que é filho... MARIA ROSA: Daquele que o Juca tem! wzita: E quando eu monto meu cavalo e encillo... MARIA ROSA: Sou pior que limpa trilho! LUZITA e MARIA ROSA: 4 Corro na frente do trem! Felicidade Foi-se embora Ea saudade no meu peito Ainda mora E-€ por isto que eu gosto Li de fora Porque sei que a falsidade Nao vigora, to 21 481 ving(As duas sorriem, desarmadas, Maria Roza poe a mito sobre a mio de Luzita.) MARIA ROSK: A ciltima vez que tive um ler foi quando viviamos juntas, (Luzita levanta a guarda, Retira a mio, lertamerte.) LUZITA: Vocé passou a cobigar os lates aleios. MARIA ROSA: Luz! Nao fale assim. Vocé niin sabe... LUZITA: Nac? MARIA ROSA: Eu jamais aceitaria os favores de um ho- mem se eu soubesse que ele era seu marido! (Luzita ris) Bu quero largar esta vida, Luz. Acredite em mim! (Pausa.) Nossa mie. Ela me contou que papai morreu... E.que eke me rerdoou, Mamie ainda me escreve! (Patesa.) antes de morrer. Ela me disse que eu posso voltar para casa, se quiser (Lucita fica intrigada.) LUZITA: Voce quer voltar para casa? MARIA ROSA: Maria da Luz, eu quero escapar desta vida de mulher livre! Eu nem sei como foi que eu en- trei nela, Eu no quero mais viver assim, no posso... Eu nunca quis destruir nenhuma familia, muito menos a sua. Eu preciso ir embora daqui, longe do Liduino, longe do Alves (Luzita faz uma expresso entre enojada e curiosa.) MARIA ROSA (explica, constrangida): E 0 homem que me protege olagiodramaturgla | 4 | ana todo LUZITA: Ab. MARIA ROSA (apdis uma pausa, tomando coragem}: Eu vim pedir a sua ajuda, Maria da Luz. LWUZITA: Vocé quer que eu te ajude? MARIA ROSA: Eu quero recomecar uma vida honestal (Luzita ri.) Olha para mim! Eu nao tenho para onde ir, no tenho o que comer! Como € que eu vou conseguir trabalho em algum lugar? LUZITA: Voe# podia vender as joias que ganhou dos seus, “homens”. MARIA ROSA: Nao tenho nada comigo que eu possa ven- der. (Pausa.) Eu niio posso voltar pro meu quarto, senso ‘© Alves me encontra. E capaz de ele me matar. LUZITA: E esse vestido? Esti sujo, mas parece ser caro. (MARIA ROSA: Vou vender meu vestido? E vestir 0 qué? LUZITA: Eu compro seu vestido. (Luzita pega o vaso ¢ tira 0 envelope de dimbeiro de den- tro dele. Joga o envelope sobre a mesa.) LATTA: Ti. aqui. Me dé 0 seu vestido e pode ficar com esse dinheiro, (Maria Rosa fica confusa, Luzita faz sinal de que ela deve se despir imediatamente. Ela comega a se despir.) LUZITA: Eu s6 sinto pena, Maria Rosa, Pena que voce tenha escolhido este caminho de mulher livre. Que tenha se desviado de Deus e acreditado nos conselhos de um espelho de penteadeira.suet | sr 1201 “uta 9p 499) -onbso as apog s(vuusoue 3s vind oxteg atade.) YOM WIAYN (soqpesoe ap ojupua 0 spuadn opussaa ‘vn v vind 10s ps0 PPIX) stunts 9p s9290bs9 98 2Pod =¥SOU VIEW (sopw sou adopaaua o puade vsoy puny ‘0204d sap ap anqjo wn wo> ‘agua vay vy] “onnJu02sop apunid o> ostaquap ap adozeaua 0 bunas vs0y PW) rey eAUILU PP EEA EP eres 9 B99 ¥SIOD ‘wun vey eaoBy “EHNU UpIA ens B FO} MOLD 2A MAA snbe sta no O19 wn Jo,{ O19 WN 104 :YSOM VIVA ayua2op avy wn ypuaude (98 2900 epiA EIS9Q{“9paes s¥eUE No Opa steu mypUrEy EP 3 anb ‘on ninBasuio9 ou anb ojnbe amzasap v durou 9 seins Bf 220, "990 92408 B19 EAEISD NEL EYLZM. jelosuy jeg] avs0M VIM “3 wpqures 9PePLEA MLZ jqeu0w Copeaod 9 wiunyes get eng ZoHrUHOD Oss 29} 2908 anb Jog jwowoy ajonbe woo epew eyuN op Ng “ZT EP ‘uy “shiog nay jajp wd MEW 250, “YEOH VIEW “W2P HL jsonue vse ap nosindxa a1 reded anbsog "yLZ0 jopdeindos ean eqs OU No "YEON VIEW goydeindas ein sso syeutr Etat BYU E 2s SoBHUOD seSED 98 19H anb 9 wang {B39 vAroU wou Ng yorUE O|epuE so win zeata exed ocuoa ap oeisanb wun Os PI SMLIZAT, 29908 104 0A -YSOM VIE -wowoy ajanbr 239s aaqos reded 0 ‘ered ja1uog na anb eypurey essou ortadsou sod 10, ood ‘oad a1 seauioa op rastie> au ng gasseprauod 01 anb zedey zune eum owo> “opuyzzos a epembeuu ‘9s-opuigrxs *2s80j anb ae] 9nd -Jenb ia sogduaie sep onua0 0 12s ap ovrsanb opus7ey sonbjenb wo seisay exed oputes re ‘ovSeandas essou e tuo9 no2uiiq goon oauENb o vaseq OFT pf -eyuiey essou ep estoy ¥ auiodsoy “o[epuysse n2s op ou ou epia ap sou SOUT] $0 a9aIa 92919UH OFU AEH SSN “P| Bied JeaJOA apod ovu anb aqes 3509 =MLIZINT ~SeTN -WSOM VIAN, ese exed aajoa opy “oss! ebey “opunu ou s1nS: 2004 exed oxtoyuIp wos Fy “esto9 UIT SHEL 9S “MLZ sepesiigo :{edojaauo 0 pquode) ySOU VIEW, 198 901 usoquip 0 vaysowy) «.curesezy sou an [et fo svfied exed wing o 49z0j anb op 2042U EP EN. MLIZMT (-ougno os anb mind ‘pus » vad apuasso 9 pisape> bp sogporas ap osuowe 0 equvdy tazid 9 apopror40a m0) unas 0 anb ‘vip2H] » opysea 0 P824qu2 PSOY PLP(onmaumasny orpmpszany opidpa — odua ap wa8rssod — ovSisuvsy, “vSedv as va vp 2m y) sgn 19 RAHIS ORD ‘de> wisa apara stews anb vig an un s1UDKHOS W9LIY exofe 9p euyy S900,, isg00n WH EAIIS OBN, vede> vaso apzes sieu anb vag 24 wun aIUDUOS WO 0 | 9 | enous optaen ‘wio8e ap wey ‘900, ovSepiooas op vde> vuin s9z0y nopueyy, opSojipaud ens esosno wes0y any Sopnisaa soyaa sop oBru, onUOaUA astIos NC exofe a4at seyjo winyuoN, nowesus s1ua8 vue Vy exonno anb saygnu easy, sopruoxrede sosou st) ypyes ens wo say, sopessed soduoa sop viseauey v 19q eLEYY ‘eIp 01199 ‘sing 724 oy] sopeuoxrede snos ap winsie ang ‘zones ‘o1uasaad win 2p nO, aqieq ap opusoa win gy apepnes vuin ruasaudoy, vp ered win vpesy apwpissanaul 9s 9 OB, saisoa sens ap sodvn so) (205009 varsntu y) ov somo ap ofue um ex i opuenb roayuo> y coud ap sodepad seuod seu opuipa sooueures opuedje> ‘sodeasey opunso,, sooueaq Sojaqe> ap sayjnur ejsnbe opus oF389 $220), soy MUD, oqussneg i129) YOM VIRVIN ‘emnfreure woo ‘eossad wnino vied asseqj0 98 ood 2s-2912890)“ojduox9 sod “ou ‘ewin) ena ep oyjodso win wi oxayou nas 0 woo ervdop 2s 9 oanod wn eyUnurD wsoy ELE, “eny °B}12N7 ap Bseg ep J01J0}x3 :9) BUADvebun | 2 uur 9p selasop anb 0 apepus apeiuoa x voy oure now Sexi § (vyjoa ap o-opuaqa2s §,vi2yA nutoper),, vme2) YALE (oBtunwop ap o2vsvo tun opuosn ise puzie] “oumnpr] muvd rod v e1gn ve ‘vuEHT ap sv pp s0}12qu Ou “our|d o1no wa “opiowraurymus) (212 ‘pnp aqp-tnp 2 vp-pusuvos upinzo1d "vs0y PHEW wW219G09 OpuD{EG 2 sam] “jonypHD wos was svjouuosap 2s v ssvd ovdv V “228049 noIsnu ¥) (vssoud wos 2 oumnb op aavqp puor nquode ‘sestoo sons vad wpur]) jes1oo eunsje zeq (op PDeIq@ PIO} 9 soPU sons Pinas ‘esoy PHEW 2p soqjo 30 0st opN) jaxout 98 Fopury :(eu48) SaRTY (opsenye na0n 9.49 pur] opSuoq yp aq) ovu soapy “oi -020s pyiaa .unasuo wag “oppassnus ‘eardsns opurjic)) conoquia ('ser0u spundyp nay a adojaaua 0 auqy) zosst 9 anb ( :(opea ‘aoored ‘adojaaua wn J sSuvfsip sou ‘edojonus 0 opuszo4uosos ‘onboys 1st £22)) OONYTUO be osst 9 an) sesoy PLOW. ap apmuiquoa eu oseud adojanue 0 v84exe) SANT swpquies ‘ou opessed sm aAaq “WISSE e[p fosIUODUvumndye ord win ‘9je> win xeuumaze yea ‘axous as “epUry (-PPUFT nivd anqqo 196) “Inbe vp 99q :(eun> v opursput) SANW. ‘ounsous tzanbesj 9p UIED WHOD SEU F389 OSS ‘OE :OGNVINO eepeqag e389 bra WONT re :SINTW sen] wane sozen anb eyuy,“21e0q ep ex1od eu epHED EAL :O0N er2nb © MN 2080118 (soqires ap onus ow pryosua ‘epepro2vsap -onb ‘osoy vuaryy opuruv9 ‘aBans opnryic ‘igo 100 2yuouapades29san os anb “opury Pavd pus an 20 soa) “opuvyio :(eu2> 9p P10}) OaNYTE ep uiands seuod x aieq wionty ‘peajp ¥2s9 epUrT ‘SIE Ds PUD UL OPEIURS ¥IS9 SO4]y ‘ovsuad ap oyenD = sjodag svig sunbiy :Z} eue9Entra, podes entrar, a casa € tua Jé te censaste de viver na rua E os teas sonhos chegaram ao fim AWVES (canta, carinbosamente, para Maria Rosa's 44 Eu sofri demais quando partiste Passci tantas horas triste Que nem quero lembrar esse dia ALVES (paia Maria Rosa) / LU2ITA (para Liduiro, rece- bendo-o de volta): 8 Mas de uma coisa podes ter certeza © teu lugar aquina minha mesa Tua cadeira ainda esta vazia ALVES (canta, carinhosamente, para Maria Rosa': 4 Tu ésa filha prOdiga que volta Procurando em minha porta © que 9 mundo nao te deu (Orlando deixa Alves e Maria Rosa a sés e vai embo- ra, Alves ignora a sua partida: toda sua ctengao é para Maria Rosa.) AIVES (canta, carinhosamente, para Maria Rosa's HE fazde conta que sou teu paizinho Que hi tanto tempo aqui ficou sozinho A esperar por um carinho teu LUZITA (com altivez, para Liduino): 1 Voltaste, ests bem, fico contente ‘Mas me encontraste muito diferente calagdodramaturla | 48 anna tied ALVES (canta, carinhosamente, para Maria Rosa): 8 Vou te falar de todo coragio LUIITA (com altivez, para Liduino): 4 Eu nao te darei carinho nem afeto ALVES / LUZITA (cantar): 4 Mas pra te abrigar podes ocupar meu teto Pra te alimentar podes comer meu pio (Liduino beija as mios de Luzita, Ela aceita a aproxi- ‘magao,) LWWAMTA (canta para Liduino)s HE 10 te darei carinho nem afeto ALVES / LUZITA (cantar): 8 Mas pra te abrigar podes ocupar meu teto Pra te alimentar podes comer meu pio (Aluz do quarto de pensao se apaga).Cena 18: Casa de Luzita. Continuagao da cena IDUINO: Tudo esquecido, meu amor? TA: Nao ha o que esquecer, Nada aconteceu, le beija novamente as suas maos.) Na verdade, ha uma coisa que eu preciso saber. sa.) O Orlando. TA (interrompe}: Nada aconteceu. IDUINO: Fle ce entregou um envelope cheio de dinheiro. (Lusita fica calada.) : Luzta, meu amor. Onde esté aqu LUZITA: Por que ele me daria dinheiro? © que voce esti pensando que ev... LIDUINO: Eu sci que ele te dew aquele dinheiro. Porque le me disse. Fle queria que vocé fosse embora com ele, WZITA: Mas eu nao fui, voe® esté verdo. Eu sou uma mulher fie, diferente de muitas por ai. LIDUINO: Luzita, minha querida. Onde est o dinheiro que 0 Orlando te entregou? (Bla fica calada, Liduino aproxima-se, cada vez mais dono da situagao.) LIDUINO (com voz doce, quase ameacadora): Onde esta? LUZITA: En fui chantageada. LUDUINO: Como? Por quem? LUZITA: Aquela mulher apareceu aqui. (Pausa.) Eu nao, consigo nem dizer 0 nome dela... UDUINO: Vocé est falando... LUZITA: Da minha irma... Ou aquela coisa na qual ela se transformon. LDUINO: Rosa? A Rosa veio aqui? O que ela te disse? LWUZITA: Ela disse que nfo iria nos deixar em paz. Ameagou. destruir a nossa familia... UDUINO: A Resa veio aqui? LZMTA: Entac cu dei todo aquele dinheiro, tudo, para que ela fosse embora. LDUINO: Ela veio aqui quando? LUZITA: Ela ficou muito satisfeita com o acordo. $6 estava atris do dinhziro, mesmo. LIDUINO: Quando, Luzita? Quando foi que a Rosa es- teve aqui? LUZITA: Nao sei. Nao me lembro. Nao tem importincia. Ela nao vai mais nos incomodat LIDUING: Vocé nao entende nada mesmo, ~uzita. (Ele pie 0 chapéu novamente e caminba para a porta.) sto 21 49 | vingangaLUZITA: Licuino! (Liduino nao para. Lusita abre o casace e revela que esté usando 0 vestido de Maria Rosa, ajnstado a forga em seu corpo.) ZITA: Vocé nao precisa dela! (Agarra-se em seu braco.) Me chama de Rosa! (Liduino sai rapidamente pela porta.) LWUZITA (grita)s Liduino! (Miisica instrumental cresce.) nog dramaturgia 50 anna toledo Gena 19: Transigdo ~ Rua. Liduino vem andando. Linda es esperando no seu caminho. Fla entrega-lhe a chave do quarto ‘onde Maria Rosa esti, Liduino sai ripido. LINDA (canta): 4 La ia Ia ia Ia ia la i (No interior da Boate Melodranra, Orlando aparece dentro do seu bar vazio.) ORLANDO {jogando no lixo as fotcs e cartas de Lusita canta “Judiaria”): 4 Agora vocé vai ouvir aquilo que merece As coisas ficam muito ba quando a gente esquece Mas acontece que eu nao esqueci {A sua covardia, a sua ingratidao A judiaria que voc® um dia Fez. pro coitadinho do meu coragao Estas palavras que eu estou lhe falando sm uma verdade pura, nua e crus Eu estou the mostrando a ports. da rua Pa que voc saia sem eu Ihe bster Jé foi 0 tempo que eu fiquei sozinko Que eu fiquei sofrendo, que eu fiquei chorando E agora quandlo eu estou melhorando Vocé me aparece pra me aborrecet LINDA (da rua, canta}: La ia la ia Ia ia la ia. (Ao final da cangio, Orlando sai, p-xaa porta de correre coloca uma placa de “PASSA-SE PONTO” na porta.)uetun | 16 12018 “a eoey onnuu tnbe yanBay ng “O09 Sieur ¥1S9 OLN “Inby :{adoj2au9 0 r1ysou) YSN YY, “-uuqur ead eau oBN :(22”n5) oNINGN “offiuio sieui £39 OBN "YOM VIEWIN rouusauu osst vad 4314298 vy osayup assa ‘sjodag “Isse 9904 ap O1SOH ND 3 (-oppliag nna) “2 2008 wionb 9 2204, ““oaeiq fanby ova ng “epeisnsse onby oeu ‘epyonb eyunu ‘oeN D au! eZ] ¥ :ONINON (vsefepua ‘ounpry ried vaio “vavd vsoy vuvyy) -ouoyp 0 Jed ap eSonbso oBN -oMAaN jesoqu sown fepenoues pious 110) ¥SOM VR saosin g008 98 ez08y-onyna Sour -¥S0M VIVO inbep woquis sour, ("P-r/tag) “es0y Sn] O8U OLIN ZONING creamy seus oranb ORNL “ouNpET ep sue noaso ng “0199 opm 497e3 F911 Ny :YSOU VIAN snop a1 na ‘ionb 200 anb o eSip ayy :ONINGN (-0l10q ov apao sous snSpou » nuowap ‘psaudins vpuay ‘oy ‘aquawueBaxfos wSepua v 2p) -opipiod a1 equa onb [ayy “esOY CULT :ON (anvqp » opurss ‘puaxoade 28 ap ‘paouys voy vsoy vuEWy “ownprT “euqe 98 rod y"Pinpegzo] pu anvap ep oqjnang 0 2309) -nofiad aja anb o2e|5 “038/99 YOM Wie (-ovSputsau apst4y wio2 ‘orzea psa onbs biuo2 as-pp 2 0-24gy ‘ony ou adojoaua 0 vijuorue Pf “sod a9 apuc ge189 apug s{owsoue 1s 10d) YSOM “oupqup 0 m0 adojam9 0 snancoud » 31U02 20} sun pp ws0y euiry “Pi0) sod eziod » youn 2 1s soa ->u10j a (14 arg -epepseua ‘9810 v10d eds w mundus eg) 88 eur edos ens © ea1o)e1}08 9p noIs9 no NOU WS (28001 opw vps “v1s04 Du v-vhig ¢9 OU “owsour LuNYUdU av%iN] v HEA OLU QI0A “PULA uit opu seyy “aaey> eannO v seIed 10J 9pUO 195 OFN (ou0d v auqo 0 oysisop ‘wafuey “[ouenb op aavep. | ps109 puns}p opursnaoad ‘e0d v 910 95-vqugu cequuessed eyunu ‘eso8e woq opm vis ss ered as-eiuoade saaqy “eurea v asqos vdos ap oid win wo> “epenap Fis es0y PEW BS0Y BLEW 8 SaAly ap OBsUaY ap o}.eN| = PIG OwSeW op epsel :oz EUED,IDUINO: oes ju fieelGuetndovestcuibrayosMas(en vou ficar se vocé continuar mentindo. Esse dinheiro é para eu te colocar em seguranga. Ou vooe acha que eu you te deixar sozinha, pra sumir no mundo? (Ble tenta agarré-la ¢ ela se esquiva.) LUDUINO: Pela siltima vez, Maria Rosa, Estou perdendo a paciéncia MARIA ROSA: Liduino, eu juro por. (Liduino despe 0 casaco, tira a arma presa a sua cintu- 14, colocando-a sobre a mesa. Afrouxa a gravata e tira o cinto.) ‘upuiN Muito bem. Vai ter que fazer por merecer chega, Rosa, Vor (Agarra-a a forca e joga-a na cama.) MARIA ROS LIDUINO: Yocé nao faz a mesma coisa por aquele bichei- ro? Que diferenga 2, querida? MARIA ROSA: Por favor. LIDUINO: F isso, nao & Voce quer ficar com 0 dois. (Maria Rosa desiste e nao oferece mais resisténcia, qua- se chorardo, Liduino abre seu roupao. Ele mergulha no seu ccrpo. A porta se abre, Alves entra, cacregando tuna marnita.) ALES: Trouxe comida de verdade pra vocé. (A expressao alegre de Alves muda rapidamente.) ego dramatuga | $2 | anna toledo (Em outro plano, Linda canta “Se é.caso Voce Chegasse” ‘e1r:um arranjo sombrio e mais lento.) LINDA (cant 4 Se acaso voc’ chegasse No meu chateau encontrasse (Alves saca uma faca e ameaga 9s dois.) Aquela mulher que voc® gostou Sera que tinha coragem De trocar nossa amizade Por ela que ja Lhe abandonou (Rosa tenta acalmé-lo ¢ Liduino consegue pegar a prépria arma.) Eu falo porque esta dona JA mora no meu Barraco a beira de um regato Num bosque em flor De di (Alves avanca sobre Liduino e Rosa com a faca.) De noite. (Liduino saca a arma, Rosa terta impedi-lo ¢ 6 atin- sida pelo tiro.) (A misica cresce. Maria Rosa cai no chao, morta.) (Alves sai correndo, Uma sirene instica a chegada da po- licia. Liduino nao se move.) LIDUINO (falando com a poticia): Fui en. Podem me pren- der. A culpa é toda minha, (Canta “Ela Disse-me Assim" Ela disse-me assim Tenha pena de mim Vi embora Ele pode chegar(opunyeal as ue} ap seuod ap ogjnrg) 4 op wtp puiseu » opurrnposdas ‘stow vqpa] 95 2m] ap 020) O) soure nou s9ze) yng. ‘ay anb vanono] ‘opuvanios ow 93s9 osiouas 0 3 synb ny anb 0 s928y yo anbiod atuawios ay0s epg woe g npnuooua sou apg, nosed as anb 0 9qeg Hlopuenue> emuno>) ONINA (ow fapngpa] aay ap erro] nen wer ropmnuadye anainde ousnpy (wavs srop sc ousaquip nas a4zfu02 2 o20sr2 op osjoq ou varariv7 viun vod a} avd onvse9 win vad vjp 2 v5oqno v 1409 was anb 20) 2 fovu no song “oduiar war uranb vad 9 oypntio Zoupniiio ap oyumnbnod wn wou wr ovu 900A x genqueduros sand 4 ‘soda sun sod aq nb s01 noa ng (dnuqe 0 erg “opury ap uo 0D 101 saqqy “Pny “ouP|d o4ynO uo spuUoUDHEpilogo: Prisdo ~ Sala de Visita. Luvita ~ bastante desgastada, com o mesmo vestido de Maria Rosa, agora ja bastante ‘gast0, ea capa de retalhos ~ senta-se em frente a Liduino. LUZITA: Trouxe bolo de laranja. LIDUINO: Obrigado. LUZITA: Gostou do meu vestide? UDUING: Luzita... no... LUZITA: Foi voc# que me deu, querido. UDUINO: Sim. Ficow lindo. LUZITA: Vo:é sabe como me ageadar. (Ouve-se wnt som ‘metélico.) Agora tenho que it. (Liduino levanta-se rapidamente.) LUZTTA: Eu sempre vou cuidar de voce. alegéo damaturgia | $4 | anna told (Ela sai atravessando 0 paleo.) LUZITA (cantarola “Felicidade” a capella): 4 Felicidade foi-se embora Ea saudade no meu peito, irda mora. (CORD DE COXIA (canta “Maria Rosa”) Vocés, Marias de agora -Amem somente uma ver Pra que mais tarde esta capa Nio sirva em vooé HIMusb | 9612 ONany 0143S ‘yw owanvaT ‘vaor svHivNor ~ 0ga101 VNNY “FaNOUVIN VaNONY Siviuival sa95Na0wd 31404 ALNaUOWN audiod WI1g9 ° BINWOW Vt apis 01u3893 NVWNTaHOIWN TwOWN TBOuNh OTOL VNNY ganivavin VauUNY (owed -o: OGTOL VNNY £02%2], 2 ovdezE9p] VOINDAL WHOISeu | ez | semiiee Vi OW-Ny5+ [ese eva, auuayng "ay cationousdm sadoo seer — [OBO|Old] BSOY BLEW one3Alv Lin Luz on Alv clog dameturia | 74 | anna naco Copyright © 194 by nos Vise SIA Inde Camco.eye) owwogng 309 Suewoosn/amacee ggseBayg Q00f OSEOY 2S onolga ramaturaia | 76 | anna toledovvebu 42 semepaw) af chow calegdodramsturga | 78 | anna toledo Copyright © 1958 by mas Vale SIA Ind. Cems.oa Weg pi | a‘oat dramaturia | 60 anna toledobuen | 19 seme ——=—— eee eee 34 4u) fd FedNAO SO. FRER © QUEEUIES-TOU SO. - FRENDO fologse Camatuoia | 82 | anna lace Copyigtt © 2012 Cap Music Eis da,Medley - Esses Mogos Lupo Rodrigues Esses Mogos* / Voc8 néo Sabo (Reprise) / Se Acaso Vocb Chegasse (Reprise) AV: Guilherme Tera ites ei mgr no mete ve abet, Moderato barituas | 88 | vngangacologéadramaurgla | 841 anna tledoturbo g@ | semied oe ae rere : a tsa hlnas: a mater ww on [Glee ae ? [aq ,Ctntawin phice PwC oogdo dramatugi | 86 | anna teledoas {hae 5 ae . : = ‘olga aramatuga | 88 | ana egounsung 1stmuedcolagtedramaturgla 1 90 | anna teco2 ———— Mo - Gos, ff — a fi o ee aie © 1947 by kms al /A Inde Come partiuras 19 vngongsPr Seae Ha um Deus Lupo Rodrigues ‘Ac: Guilherme Tera An) olegio siamatrgia | 92 | ana toesopr0 save | ¥6 | eismewesp oF}artitres | #61 vingengs— a. ee 2 SS MAS URAQUENKO.CON 1 PRANIN-GUEM — QUERUPROCU [is] mi coon Gorn bbe vee — SS SSS oft ese wets se wocan nego dramaturia | 96 1 anna toledoasl * BALXo QuEZENKO QUE ight © DRET. aa PRA NIN - Gum ue ev Th be JOR-NAL parturas 97 | vingangapw scre Eu e Meu Coragao Lupino Rocrques ‘xt: Guilherme Tara Gin ea colegio sramaturgia 98 | ann toedSIS-TEIM DI-ZER QUE LE QUER E QUE HU DEVO 18-80 V+ YE+MOS BRI-GAN = DOT = DA VEDA FD _EMEU CO RA-GKO, Coleg dramaturia | 100 | ana toledopwsoae Rainha do Show ==S=5 TE-WWA TE SAU ologéeeramaturla | (2 | ana toledo Lupino Rodrigues / David Nasser ‘Ast: Guilherme Terra = TOS PRA THIA-BRA-CARBe =a Se eee wos ga da _— _ Bh, = a Suk =e ——— mos ava. ¥ sean-on ss ov == ——— ey = py a um at f, « pered ae yeh a be = = pit fag === == ee WEG! —— =r le SAIDSN Ww WL-NO9 ya = ve = muasNa yp sna «r= a s a See aS = a ae‘Con moto (Tango) B® Bry 6 Gkrysyot tn Coa, ego cramaturgia | 104 | anne aleeebuetan soy tseomedCotas) colegio dramaturgia | 106 | ama taledo Copyright © 1955 by ienios Viale S/A nde Com2 ae oe rahe ee = 4 ——— : =: + po ae =H = ev aU04In9 49 wesw seize 0m wissy 104. os ee ologtndeamatuoia | 108 | anna ttedofee | oni nee 4 | ‘ p ie i = $ 2Bi ] Th alR ont tee , iB wav eh) ttAmonct Drone ons. logs ramatuga | 112 | enna ado: i 7 7] Dube ance tus | 18 | ingangaEN = CON-TRAM. SEU PAR XO DE AL - GuEM__ ologdo dramaturgla 1114 | anna toledoNO MEU CAM = NHO__ i INDUS /Poermusc do Bras Ed, Musicals Lida. parstuas 1115 1 vnganeaowsore Volta Lupin Retiues ar uae or QUAN TAS NOL = TES NRO DUR = MO cer F019 Fra) Bh ow? cA A SENSTIR. TAN-TAS COL=SAS QUE GEN" Te NAO. = = - e j a = |iirwcctersscnen Nora calogecramaturga 116 | annSe TEL mA C0" POIs MEU COR-PORS-TA —A-COS-TU-Ma - 90. calagde damaturgla | 118 | anna tleeo Copyrigt © 2012 Cap Music Edges,urdu | ght tsemased ody ap SOAIAN aussi» Be cnt rs Fag Bore samo guié rer UM A-MoR HU, SE-NFOR? TER LOU-CU-RA. YOR U-MA. MU-LIER POIS EN CON-TRAR ES-SE/A-MOR EL, SE-NHOR? NOS BRA-COS DIUM OU-TRO QUAL ~ QUER or mani snob qiut ren tiv A-won so, senor. FORE - UN QUA-SE Hon -RER alagdodramaturia | 129 | ana toagoEee 7 ane 4‘x Dak by br omy G61 Goat $0. TAL-VEZ NAO LIES VI Shepp elo damaturgia | 122 | anna eeeANE BD? [a] cana a bw a) SSS Sea = Ror EU SO SEE QUE QUAN-DONU A VE - JO MEU DA UM DE - S40. DE MOR THOU DE as > cant rp Fru a o—, as or Vo-cE Sa-8bo QUE TER UM A-MoR titra | 120 | vingses1 DE-POIS EN CON-TRAR FS-SEA-HOR FU, SE-NHOR? NOS BRA-COS DRUM OU-TRO. QUAL Pa logo dematurola | 124 | anna toledobe Ss co Olen ax, Bs res ni-co bo aw rane ‘onyight © 1947 by Imdos Vile SIA Inde Camco, partuas | 125 1 vingangarv soe As Aparéncias Enganam Lupo Rociques ‘rt Guilherme Terra olga dramaturgia | 126 | anna toledocolegio dramatugia | 128 | anna esoNA WO = CA QUEIEU TAN apight © 1253 by dos Vile SA nde Como. partituras 129 1 vlnganeaSoe Finale Ato | Lupin Rois Nao Conte pra Ninguém (Reprise) /Hé um Deus (Reprise) / Foi Assim (Reprise) AV: Guilberme Tera asta psi sue) Alves: Seamses a cord cor stds Ortande: stv0 a ‘aparta coogi amaturga 1 1301 anna toledooo tte z " ee 1?rma NiN-GUEN™ia parturas 1139 1 vingangscoeeto damaturgia | 136 | ana toledoouebun | set semnied Ov OWIaWIYd OG WidPSone Nunca unico Rives sa altere Tera PER DEIN 1 LU-sko. sue : Pe may one ‘logo dameturle 136 | anna topoLN ont DEXA QUENKO SOU DE FICAR PRESA au co-Mowry se-reL- ALY 1: ies coy-mt- Go BU ui} Ros he Luz] Lin| ort] ty] partes | 137 | vingengeparturee|190 | vnganesaay aga dramaturia | 40 anna toledoCopyript© 1852 by koe Vise SA I. Camda, Fan A = be ——- = DOR-ME-CER PORME-CER arora) 49 | vingPv some Quem Ha de Dizer Aves Gogaes/ Lipa Rargus ‘At: Guilherme Tera alee ramatrga | 184 | anna toledoarta 148-1 vingsaga( oles cramaturga 1148 | anna ttedopartes 147 | vingangaptr eos opt eames orSoo0Copright © 1948 by ros ae SA nd Comer. partes | 49 | sagencaeen Os Oculos do Vové Lui ates ‘rc: Guilherme Tera lego dramaturgla 180 | ama edocologdo eramaturgla | 152 | enn edo Copyright © 1952 by keds tale Sd. CmdrPrvseoe Vingancga Lorin Rokgues ‘Arr: Guilherme Terra Ad Lib partite | 189 | vingongaSS YAS EN-QUAN-TOMOU- VER FOR CVE MEU = ee 210 QUAN-DO ME CONTA = RART (QUE THIEN-€ON-RA-RAM_CHO-IAN DOME HE nugzocramaturgia | 184 | san edoole dramaturgia 1185 1 anna tolei ean i = . ‘olga damaturgia | 188 | ana toledo Copyright© 1948 by infos Viale SA Ind. Coméra.‘ee, aung 2a aa apeploiey aeTe iB oe SSS = 10 COR -RE NA FRENTE 0. —__. Copytt © 1947 by imaos Vale SA le Conc. rtras | 188 | vinganga ieopm fave | BL | eimowE o80}0 Sa — ee : * aS 2 Gate G4 £ set = swo sa ot + xv ewe vOON —oFxvND B-aNK-0> SSS Se g wea wna a a i t WV OW-ALE-SIA S09 SYM SOT--V9. a aHET ~ patina 2 ee ph at =p Ty 1 ua wry 25 sendupoy o1oidm / sanyebuog sapay esoy PLEINmoa Fewsb CG Chin Get cr NOME, MARIA ROSS. © so.nRE-No mF abi on, » om io & 86 NEscrs.st-iig—" oar bat a he Dh SEN «TAIT: MA SAU-DA DE UML VES-T1-D0 DE BAL rE tras | 165 vinganesfq Pa b> ont cr -SEN TE TAL = VEE QUEAL GUM DE SHUS A-PAI-XO = NA = DOS LE QUIS CER-TO. DI-A MERE A TOR A FAN TAL tT fAft FF Hct sant st !seb | c0¥ seamed ® a i * * pect bbe tl Peet ot ee hg [ t if oa! Ya 09 + WalnaL wT Kama AOL - SYO-SIPELNID VA-NYL > —= = * ——— —————— ™,ue gat seamed ‘puny 2p ys mM SOR a G61 © WOAKOQ 2 = Gi é —— w = f= ———— oe * ‘ z ——— FIP nies ee eae VieSUaG-NE SINKS aD Ya ZAX YN-AALL-NIN 08 WaK-V us eee er r =f; == 5 ae waa 19) en Ss te EE rs Ee fie oe = oni | eee ue ele pep ht hee esers ¢ ¢-4 p52 = es =F Stet SSS ee es ot ua (revista eletrénica de Pee eee ae Eater ul (Radio USP), Vinganca é sua primeira experiéncia como dramaturga. oon eee ee eee ety Renae oy oats ee ee eee Pere re sir crer at er ain econ ee eee a Cee ae ee ee een eenial wall | EO ee Cup oe es eee tT) Sn ee Me ee a mot Teo Cec CLC eee en ey POUR ee eS oe een TT) eos ee RR ieee ay ee ee Ree eon ey eo eee CM CR RT ed Cees eR Te ee) si Ce Soe Ce Cee ROC ern TEE Cr} ee SOc eat OCC Cen Tey aT er Pe Te Te) TEE eC] DUP mee)