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| DOS CAMINHOS De FERRG REVISTA QUINZENAL FUNDADA EM 1888 COMERCIO E TRANSPORTES ~ ECONOMIA E FINANCAS — ELECTRICIDADE & TELEFONIA~OBRAS PUBLICAS: NAVEGAGKO & AVIACAD-AGRICULTURA E MINAG ENGENHARIA INOUSTRIA © TURISMO, Integrada na «Associncie Portuguesn da Imprensa Téeniea © Profisionaly © na Wederacdo Internacional de Imprensa Téenica © Perlédiea PREMIADA NASEXPOSICOES: @RANDE DIPLOMA DE HONRA: Lisbos,I88,-MEDALMAS DE PRATA: Bruteas, 187; Porto Isor=Ligge 19—Hlo de Janetro, Lae Porto, i06k-—MEDALHAS DE BRONZE Autuerpia, 154 S. bate, (tages Untdoe) Hes Delegado em Espanha: EUGENIO DEL RINCON, Vicente Blasco Ibanez, 07=5.'—Madrid Delegedo no Parte: ALBERTO MOUTINHO, Avenida dos Aliados, 64 —Telefone 885, SUMARIO Vise parcial de Tishos+ No alto 0 antigo Castelo de S. Jorge. — Notas soltas, por X.—Os Caminhos de Ferro da C, D. em 1935, pelo Eng.* J. FERNANDO DE SOUZA. —Atenes Ferrovifrio, gue todos Aever saber, — General Rac! Emeres, por C. 0.— 1» Imperial dn Afsica © Caminko de Ferro na Expo do Sul, —A mudanca da how gear. —Caminhos de Ferro Coloninis. — Vindens « Mongmencae pore ‘Transportes, —Importagao om Ilia de pistes de foro. Hees © Comentisfor, or SABEL. — Paste oficial. —Linhes cetngsiras, Oe dzandse inventos, por PLINIO BANHOS.—Crénici da quinsens, por SOEIRO DA COSTA.—As actanis linhas aérena Ancer-continentais, — Crénicas de Espanhs, por CAR LOS DORNELLAS.—Hé quacenta anos, por L. tet et MENDONCA E COSTA. et vt. rs Os. 6 ANO XLVIII 1 DE OUTUBRO Numero 1174 on 4a SouniMyo fo vazzvo VISTA PARCIAL DE LISBOA—Noalhoo antigo Castelo de 8. Jorge @AZEIADOSCA FUNDADOR IDONGA E COSTA DIRECTORES Eng FERNANDO DE SOUZA CARLOS D'ORNELLAS SECRETARIOS DA REDACCAO OCTAVIO PEREIRA Eng. ARMANDO FERREIRA REDACCAO Enge M, DE MELO SAMPAIO R, AUGUSTO D'ESAGUY JOSE DA NATIVIDADE GASPAR Dr. ALFREDO BROCHADO. ANTONIO. GUEDES EDITOR FERNANDO CORREA DE PINHO COLABORADORES General JOAO D'ALMEIDA General RAUL ESTEVES Coronel CARLOS ROMA MACHADO Coronel Eng.* ALEXANDRE LOPES GALVAO Engenheiro CARLOS MANITTO TORRES Capitao de Eng.* MARIO COSTA. Engenheiro D, GABRIEL URIGUEN Engenheiro PALMA DE VILHENA Capitto de Eng JAIME GALO Coronel de Eng. ABEL URBANO Dr. JACINTO CARREIRO ‘Tenente HUMBERTO CRUZ Capito BELMIRO VIEIRA FERNANDES Dr. PARADELA DE OLIVEIRA DBLEGACORS EUGENID DEL RINCON — ALBERTO MOUTINHO FREGOS DAS ASSINATURAS F NUMEROS AVULSO, PORTUGAL (semestre) . . 30800 ESTRANGEIRO (sno) £. . 1,00 ESPANHA (>) pss? 35.00 FRANCA (>) ir 100 AFRICA (78 72800 Empregados ferroviirios ( mestre) . . 10300 Niimero avulso... 2... 2850 Niimeros atrazados... .. 5800 REDACCAG, ADMINISTRACAO £ OFICINAS. RUA DA HORTA SECA, 7, 1° Telefone P BX 2.0158 DIRECCAO 2.7220 NOTAS SOLTAS Po: COISAS GRAVES E COISAS... PARA RIR... Foi necessétio que o mundo andasse as cabriolas para que nos déssemos a assistir a uma transmudacto de direitos que além de nos eiwvergonhar no século que grasa, dispoe mal os que mito conseguem a gol pes de inteligéncia e de aturado estudo, 0 que outros —mere? da lassidio de costumes —veiu permitindo enriquegam—com a faculdade que tem de fazer do torto direito... ete Isto, positivamente amachuca, origina o feneci- mento no entusiasmo para as coisas em que 0 cérebro tem particular atengao, pois que nos mereados, feiras, estabelecimentos e ffbricas—na maior parte das ve~ zes —com minima ou nenhuma cultura— se consegue (© que, em largos anos de aturado estudo ¢ labor, € rasgada inteligéneia, dificilmente se obtem, E isto € a expressto da.verdade. Dois conheci eu, entre tantos gute existem, que 60 vezes miliondrios, nto sabiam Iér, nem escrever, € instados por mim a que aprendessem ao menos a fax zer 0 sett nome, me disseram sObre o seu critério uti- litério e simptista : Nada —que a roda pode desandare. 41 E tantos talentos a finar-se e a softer as duras € revoltantes torturas de nao poder fazer conhecer as formosas perolas do seu privilegiado talento?! .. De todos os lados tudo se aposta em converté-los hung auténticos martires! §,—supunhamos,—uma obra a piiblico a expen= sas do autor: —a casa impressora — que logo de en- trada torna quési protbitiva a publicagao; seguida- ‘mente o editor que pela venda Ihe leva uma compro- metedora percentagem e depois o piblico que copia, cempresta, etc. Tudo isto aniquila o homem de talento. —Hé dias deram-se uns bailes ao ar livre; —apa- receram emt grande nimero comerciantes, sapateiros, homens de talho, ete E de mistura os valores mentais que nao abanca- vam, enquanto 0s outros comiam a tripa forra, be- biam, dancavam, gosavam a vida, sem preccupacdes, certos de que tais gastos, em tao lauto banquete, se- riam bem cobertos pelo respeitivel, mas infeliz. con- sumidor, Dentre os assistentes — um constumidor, prevendo 9 encargo que Ihe traria tao regalado banquete para os que fem sempre facilidade em se governar, teve éste desabafo para outro consumidor: «Prevendo isto, —j4 me abasteci com a antecedéncia de 3 dias». Tableaux (Continia na pag. 000) OS CAMINHOS DE FERRO DA EM_1935 (Conclusio) Pelo Eng.© J, FERNANDO DE SOUZA OS artigos anteriores vimos as varia- Ges das receitas e despesas nas linhas exploradas pela C. PD. e frisimos a a gravidade da situac&o, que demanda rasgadas providéncias. Vejamos os resultados gerais da explora- ragio em 1935. As receitas elevaram-se a 246.728 contos, menos 9.513 que em 1934; as despesas soma- ram 216.937, menos 2.790. A receita liquida atingiu 29.791 contos, menos 6.723 que em 1935, apezar da compressdo enérgica de des- pésas efectuadas nos tltimos anos, por vezes com adiamento de trabalhos que em rigor nio conviria ser adiados. Contando com as receitas fora do trafego, os resultados pouco variam, pois a receita liquida foi de 28.980 contos, ou menos 6.494 que no ano anterior. Os coeficientes de exploragdo subiram um pouco em 1935, tendo sido de 0,8703 em 1935 a média geral contra 0,8575 em 1904. Os coeficientes foram os seguintes: 19541938 0,8044 0,8227 0,9617 0,9875 Antiga rede da C.D... Antigas linhas do Estado. Em situagio talreduziram-se, como é obvio, as despesas do primeiro estabelecimento, due tinha somado apenas 1094 contos em 1954 desceram ainda a 787. A diminuicéo, que foi de 306 contos, deu-se principalmente em mobilias, utensilios e ferramentas —542 con- tos, Gastaram-se pois mais 63 contos em. construgdes e mais 172 em material circu- lante. eee As receitas das Caixas de reforma e pen- sdes, due tinham sido de 870 contos em 1934, desceram para 824 em 1935. A Caixa de socorros teve 385 contos de re- ceitas e 892 de encargos. O deficit de 506 contos recaiu sobre as antigas Caixas. A companhia contribuiu para a Caixa com 2.725 contos em 1935 ou mais 32 que em 1934. Os Iuctos dos Armazens de Viveres subi- ram a 388 contos, mais 59 que em 1934, As receitas totais das Caixas subiram a 5.494 contos e os encargos a 3.036, havendo pois o saldo de 2.438. Vejamos agora como se liquidou o exerci- cio, em que houve o saldo eredor da explora- G0 de 29.236 na réde prépria da Companhia. As despesas com material circulante, mo- bilias, ferramentas e novas construgdes absor- veram 2.088 contos. Os encargos da linha de Vendas Novas somaram 1.220 contos. A insuficiéncia das linhas de Lousa, Ser- pins e Tomar somaram 1.046 contos. As contribuigdes para as Caixas ascende- ram a 2.500 contos. Os encargos das obrigagées absorveram 22.376 contos. Houve pois apenas um saldo de exercicio de 7.676843. ‘A antiga réde do Estado teve sémente 1.059 contos de saldo de exploras: Os encargos 'de obrigacées, a verba para renovasao de material, deficit de Caixa, renda fixa ¢ outras verbas somam 9.371 contos. Houve pois o deficit, a repartir, de 8.312. Infelizmente a diminuicao de receitas con- tinua, de modo que a situacio se torne insus- tentavel. Para combater a concorréncia da estrada s&o necessdrias melhorias de servigo que de- mandam aduisigées de material. A conservacio 488 CAZETA GOS CAMINHOS DE FERRO de linhas tem que ser feita com o devido es- mero, traduzido por despesas inadiéveis. O problema deve ser encarado pelo Estado com critério largo e judicioso. - Trata-se de um importantiszimo servico publico, prestado mediante a utilisacdo de uma parte importantissima de dominio publico constituida em boa parte A custa das empresas. ‘No artigo de 1 de Agosto ultimo versei 0 problema na sua generalidade. Mais uma vez me insurgi contra o érro inadmissivel de encarar o problema dos cami- nhos de ferro como o de empreendimentos me- ramente industriais, que tem de ocorrer com as receitas préprias aos encargos e sdo condena- dos a faléncia e ao abandono se 0 nfo conse- guem. Nio ¢ ésse critétio aplicado aos ediffcios publicos, aos servigos de instrugao e assistén- cia, aos correios ¢ telégrafos, As estradas, aos portos. Nio se thes exige que as receitas préprias igualem os encargos para se deverem manter. Unicamente se lhes pregunta se correspondem a uma necessidade social de satisfagéo impres- cindivel. Aproveitam-se-lhes, como é natural, os rendimentos préprios, mas se so inferiores aos encargos, o Estado toma sdbre si a dife- renga. O mesmo deve suceder com os caminhos, de ferro. Desde que sao titeis necessérios & economia nacional, devemi-se construir e man- ter em exploracdo, incumbindo ao Estado tomar sobre si os encargos financeiros due no caibam nas receitas préprias, encargos que diminuirao consideravelinenie apés a amorti sac&o dos capitais invertidos nos caminhos de ferro. Dizer 4s empresa! em exploracdo regular e satisfactéria; melho- rem-nas, ou, se n&o podem, resignem-seA falén- cia e ao descalabro de exploragio. Abando- nem-se as linhas, levantem-se os carris e con- sidere-se 0 caminho de ferro. definitivamente suplantado e vitoriosamente substituido pelo automével» seria verdadeiro crime de lesa nagio. ‘Nao faltam espiritos acanhados e sectarios, que encaram o probléma com essa visio assel- yajada e menospresam a funsio insubstituivel do caminho de ferro. O problema tem que ser resolvido a sério e sem delongas. A politica de bracos cruzados perante a crise que se agrava é inadmissivel e néo quere decerto segui-la o actual ministro, ferrovidrio distinto, conhecedor do assunto em todas as sues particularidades. Témoe seua orgfos con- sultivos, que por lei deve ser chamados a cola- peeacab: pernicencrar auc se'chcgee ai cmelal tuasio catastréfica, altamente prejudicial para «mantenham as linhas a economia nacional. ATENEU_ FERROVIARIO Realizou-se a assembléa geral ordindria para eleicao dos corpos gerentes, cujo tesultado foi o seguinte: Assembléa geral— Alfredo filio dos Santo, Feliciano Pereira Barral, Amadeu Candido Deniz de Barros, Anténio Alves da Silva, Antero Goncalves Ribeiro ¢ carlos de Mendanha, Direceto —Anténio Luis Arra- baga, Bernardino Luis Coelho, Domingos Tomis teira, José Julio Ferreira, Marlo Augusto Martins de Oliveira, Pedro da Conceigio Peres Sebes e Ratil de Sena Magalies, Conselho Fiscal — Gabriel Vitor Be- tard, Pedro Cardoso de Oliveira Maios e Deliim de Lemos, Comissto consultiva e de recursos — Para uma vaga: Reginaldo Camoesas, Carlos Gouveia Cohen ¢ Anténio Gomes da Silva. Para outra vag: Agostino Rosa, Jiilio Cesar Amaro e Lutero Seixas. Federagdo das Sociedades de Educagao ¢ Recreio— Heitor de Vilhena. O que todos devem saber RELACOES POSTAIS COM A ESPANHA ‘Todo 0 servico de correspondénctes ordindflas € regiee tadas para Expanha se encontra normelmente restabelecido, por intermédio da fronteira portuguesa, para as seguintes provi Alava, Badojoz, Burgos, Céceres, Cadiz, Cordoba, Coruta, Granada, Guipuseoa, Huelva, Huesca, Leon, Lo- krofo, Lago, Navarra, Orense Ovledo, Paléacta, Postesedra, Salanianea, Santander, Segovia, Sevttha, Sorta, Teruel, Valladolid, Biscata, Zamora e Sorogora. As expedicdes para as provincias de Albacete, Alicante, Ameria, Avila, Barcelona, Castellon de la Plana, Ciudad Real, Cuenca, Gerona, Quedalajara, Jaen, Lerida, Madrid, Mdioga, Murcia, Tarrogoha, Toledo ¢ Vatencta,realizando-se or via maritima até Franca, aproveitam das escalas de pa~ aquetes estranjeiros pelo porto de Lisboa, GAZETA DOS CAMINHOS DE FERRO = 459. General RAUL ESTEVES — YOR escolha, 0 antigo Comandante do (EF Regiment de Sapadores de Caminhos “6 de Ferro vai ser promovido ao alto posto de General de Engenharia. Pou- cas figuras h4 que egualam o Sr. Comandante Raul Esteves pelo relévo moral do seu cardcter, pela sua serena energia de chefe militar, e pela sua figura heroica de soldado. Foi o homem que durante muitos anos comandou em Lisboa com energia habil e in- trépida de militar uma unidade brio- sa, chamadaa uni- “dade da Elite que era ent&o o Regi- mento de Sapado- tes de Caminhos de Ferro. Ali se con- servou durante muitos anos— desde 1915, quando capitio—tendo acompanhado sempre a sua evo- lugdo desde Bata- Iho até Regimento, dedicando sempre uma ternura especial e uma afeigio aos seus ofi- ciais, sargentos, cabos e soldados. O Sr. Comandante Esteves nio é uma pessoa vulgar, é um oficial distinto e patriéta due se tem sacrificado pela sua Patria traba Thando sempre com dedicagio em todas as conjuras de paz e de guerra. Pode assentar-se os olhos no seu exemplo, pordue 0 tinico intuito do bravo Comandante foi o prestigio do seu pais. Os louros que cabem ao antigo R. S.C. F. foram pela sua béca distribuidos pelos seus oficiais cooperadores e por todos os seus su- bordinados. «O soldado portugués —disse o bravo comandante— é um explendido elemento para @ constituigéo de boas tropas e, nos soldados General Raul Estoves de Sapadores de Caminhos de Ferro, eriou-se_ um espirito de corpo bastante alevantado que nunca desfalece nem mesmo nas circunstin- cias mais graves». Todo éste conjunto justifica bem a tradicio- nal divisa do Regimento: Sempre Fixe. _ Deve-se ao sr. Raul Esteves a gléria que adduiriu o seu antigo regimento pela sua féde portugués e pelo seu espirito militar, conse- guindo que uma unidade cheia de prestigio se cobrisse de louros, ficando marcados os seus feitos a letras de oiro nas paginas de His- téria Militar Portuguesa. O sr. Comandante Raul Esteves que vai sair general néo € ape- nas ‘uma pessoa que dentro da sua antiga unidade tenha prestado relevantes servicos militares, ¢ também uma pessoa que tem o seu nome vincado pelos importantes servisos prestados ao nosso pais. Estimado por quantos reconhecem as suas qualidades, o futuro Gene- ral Raul Esteves recebeu agora—em hora feliz—o triunfo da sua brilhante carreira mi- litar. : GQ? Transcrevemos aljumas notas biogréficas do ilustre oficial, a quem a Gazeta dos Ca- minhos de Ferro apresenta 0 seu cartio de cumprimentos. (© sx. general Raul Eateves nascea em 8 de Dezembro de 1878, na freguesia de Santa Taabel, filho do falecido general Avgusto Sotero Esteves © de D. Maria Brigda de Azeredo Neto Eateres ‘Alitou-se como rolwntiria. no zedimento de Cavalaria 4, endo oem 28 de Setembro de 1897. Em 1 de Novembro de 1905, sardento cadete da Companhia de alunos da Eacola do Exér= promovido a alferes. ‘Tere na Esvola Politknica 04 6 rnémios om tide a» cadasns ae matemdtica, Na Escola do Exézeto, aleangou prémioe pecuniésios em 2900 1901, em 1801-1902 (ao 3° ano do corso de Engenbaria mises) (Gs 80,00 seis) no 4.* ane do mesmo curso em 1903-1903, erminendo rao com a ala elasilicagto de 15,2 valoves. Fol colocado como alferes, e: 1903, no Realmento de Engenha- rin € peomoride a tenente em 4904 Exerceu 0 carbo de professor do curso elementar de constes- Bes em vdtas Epoent, desde 1905 « 1909, Foi encarretado da aquisicho no esteaniiro de material para mais dues seecdee de Companhia de Telegrafisns do Resimento de Eageshacia, em 1309, Em $910, foi nomeado oy Exreito, entrendo hee Em 19:1, fof momeado edjanto de inspeoio do wervigo millexe de caminhos de fer « promovide « eapite, sndo depots nomeado rogal da Comiasdo encerregada de remodelax 0 retulamento para s promacio aos postosInferlores do Exército Em 1915, foi colocado na 82 Companhia do Retimento de S adores Minsivon « nomendo adjunto dn inspectio do scrrge militar de caminhos de ferro e; depoin,nomeado comandante da Companhia de Sapedores de Caminhos de Fero. Em 1936 cxrces 0 canto de dicecoe da Escola prepara de oficine miliianos de caminhos de fre : 5», com o Bata, Em 1917, om 11 de Mato, embatcou para Fra Em 1918 foi promovido « Majer por D. de 16 de Feverei0 0 9 Estado Malor de Engenhri ‘Em 3 de Maio de 1919, resressow a Bortoatl Em 1919, fof promovldo a tenentecoronel para o grupo de Ca- rulnfion de Ferro, sendo nomeado comandante do Betalhio nease Em 1920, foi nomendo divecior dos Caminkos de Ferro do Sul = Suen, Em 1924, foi nomeado ar ag bares pata 9 reorganisae Engenharia, ‘Em 1925, foi colocade no Estads-Malor ds Engesharis« nomendo chefe da 1* Repartio da Inspeesio Geral das Torsficngbex ¢ Obme Militares Em 1936, fol nomendo vogal de combssto tleniea de Pionsicos e comendente do Batathio de Sepadoree de Cominkoe de Ferzo, onde scomisaio encarresada do apraten- doa sezricortéenicor da arma de Em 1937, Adminietativo Geral Miliear Em 1926, foi nomeado pare s comissio oncarrepuda de eater 0+ diferentes diplomas orginicos do Exéreto, Em 1929, fot nomeada vogal da coms Engenharia, Inspector Inteino das Tropar de Communica lando com us fangfas de Comanlanie de Regimento Em 1932 fof aprovado nas provas especiais de aptidio para o porto imediato, sendo-the aplitvel deade Agosto « designacio de coronelteosinado Em 1933, Inspector das Tropas de Corvami Em 1934, Vogal de furl para eallar as prov Micates da arma de de Ease ‘Em 1935, Inqpector Interino das Tropas de Comunieacio, acomu- lando com an fungder de Inspecor interne das Tropas e Servio de Dioneire, Vodal de jari para ara aa provas eopeciaie de aptidso ‘pera a promo¢io « major dou capiiis de Engenharia No desempenho de todas ecu fancdes,o st, comandante Raul pelo ilostre offal, polo ailo nothel, grande dediagio, comprovade competinea,ilurtracho invelaee, peiotiamo acendrado, por éle ceve- ladon no enerccio das fangoue de qos tom sido incumbido, eonstam de sua folka brilhante de serricos, em awitos louvore Louvado por se haver disinguilo na ragénca do c Ae construsfe, na organtoasio da engto de tlopraista de company tmobilisada, pela elaborasio dum raelemento provisstlo pare a ios tracto do Regimento de Engenharis, por haver sido juliada digne dg erpecal consideres20 a confertncia que zealizow sdb fortiliengZ0 na Aefeun do. pate, pla cortcgfo exemplar com que o Batalhio de Sapa- ores de Caminkos de Ferro o» aptenentou na formaturn a seguir no sea detembariue no regretze de Franca, por, no C. Ey P, ter comane dado deade o inicto tse Batalho, pela mancien por que supeiormente ovientow a ineteugko dos recruts, das vezes por serticosrelerantes prertidon durante us grven como comandante do Batalhio, ala forma come dirigia 0s servigos pestados pelo Batalhio nos teanspectesrele~ antes & comemoracko nacional noe toldados desconhecidos mortos na Grande Gur, pela forma como desempenbou 0 earko de directo on Caminhos de Fervo do Sul ¢ Sweat. A atestar o valor excepcional do entio coronel Raul Esteves como oficial de élite—designacio que Ihe é dada num dos louveres—e & forma bri- Thante por que se tem desempenhado das fungées de que tem sido incumbido, hé a acrescentar a Gsses louvores muitas owttas distinsdea honorificas com que os governos de Portutal e os das nacées BAZETA DOS CAMINHOS DE FERRO Reger ts eee tener CR eS aaa tae jtranjeiras Ihe tém testemunhado a consideracio em que o tém, Em 1905, Crur de 4* classe da Ausia Vermelba de Alemanba. Em 1907, Oficial da antiga, nobiliesia e esclereida order de 5. Tingo, de mésito cientlico,litestio ¢ artiste. Em 1908, louvado por ee haver dstingaido pelo seu nottvel zt, ‘5 malta dedicagio na rediaela do curse clementar de conmeucto dx tscola regimental do . de Engeshasie Em 1909, Lourado pelo mito silo, edieagto « superior crcio ‘ase manilestou na onbanizasio da expo de telegafisias da. Compa Shia mobilizada e ma direspto dor rabslhos cuja execucto foi con finds & mena stey20, lowado pelo inexcedirel ztlo © superior ‘aglo de qoe deu evidenies provas derempeahandovse da comissio de ‘gue foi encarzegudo, sslaboragio de mol regolamenta proviaSrfo paca instzucio do. Regimenta de Engeneria,tabalho que demendendo Bo 46 um aturudo extudo, mas vaston conbecimentos, por isso aus & ‘Sm fundamentado sa racional splicagio 20 nosso meio do que hi de tala aproveitivel nov exéritorestranfetox; fot como crsia nam di- snuto espero de tempo, Tourade por haver sido fulgada digna de espelal considerio a conferénsla que realizos s0b 0 ttalo «A fortificasao na defeen do pafse no. pectodo de instrgko de 907-908 tendo produrido trabalho Ee reconheeido mérlto clentitico-militsr concorrendo desea forma a 0 desenvolvimento da instrusto profissional do exécito Emm 494, Medalha Militar de prata de classe de bons servigo Lowvade pelo mito xo, intligenca e dedicacko que manifenou doramte o» exctecioe das accdee mobilizadas da corpenhla de lee scnlnta de campanha que tiveram logar no mée finde, Lowvado pola meita competincia zevelade noe trabalhos apresen- fadose pela dedicapio « interese com ue procures levar a cabo soa rmissio como voual da comiseéo nomeada para aprecentar im pro fecto de reorganisacio do exerci ‘Em 1918, a medathe militar de prate da classe de comportmento exeaslar, Em 2919, « medalha’ 1918, Em 1920, Louvado pela comteagio exemplar, porte millir com ate © batelhio de Sapadores de caminhos de que & comandante se faprerentou na formatora a teguis ao aeu desembaaque de vegcesto de Frange ‘éraciede por Son Mageriade o Rel de Inglaterra com a merce Distinguished Service Orde ‘Comendados da Ordem de Cele. Lourade por no C, E. D, tor comandado desde 0 Infeto do B. § rmeroretira, som a legenda Franca 1917 . E, farendo seaiie aoe seat aubordiondoe a run aco diactplindore wxempla de dedicagto pelo sezvico orlentando todos os tabalhos tesgueen que com mais persat2nc fquerra onde preriou modi or vetes dlfets arziscaias. Ageaciade pelo Govérno da Rep! Goerre nee pales. “Medalba de ouro da classe de hows tevigos Medalha‘de Vieéra wrulo pelo muito stl, cwkdado ¢ competineia detenvoleides ‘de entenbaria ado. pela mancita criterions, come ruperiormente orientoa. Insteuio de vecrutas ‘Em 1921, gra de Ofielal de Order de Tore ¢ Espeda de valos, lealdade © mérito, pot tr eomandado com sspevial dintingso 0 Bats Ihde de Sapadores de Camishos de Forro durante téda a permantncia ease uadade em France, mantende nele sempre om eleva tem eapicte de corpo fora do vulgare conseguindo que tase basalhifo, pelo cea posto irepreentivel pela diseplinn » profictncin que cons tentemente manifertow, gorasse sempre de melhor zeputayio entre oF comandor allados. Distineivo capecel do art, 4S do D, 6208 da 8 da Novernbeo de 1919, yor ter feleo parte nos faltoe porque o Baralhto de Sapadores de Camnhos de Ferro de que era comaniante no C.E.P, foilourade 4 condecorado com 0 grau de comendaor da Ondom de Torre « Ex. ‘pede do Valor, Lealdade e Mézi Medatha de Ouro da clase de bons ecvigr. LLouvado pelos relavancesserrigos prestdoa durante greve como comandante do B. S.C. demonstrando o malor zilo,enctga, de- isto © alo eritirio, eoalirmanda \ oficial de excepcfonnis qualidades de intligeacia, comendo, oxgunisa- Ho « decade, Em 1922, Lowrado pela forma com dirigia superiormente 08 secvigon prenados pelo nestoal do Batalhso de S. C, ¥, nos tanspor tes referenter & comenorasio nacional dos aoldados desconbecidos ‘mortoraa Grands Guar, « que entre outros consatizim nee epee hee de algene eroecu da eateade Leiria Bata, no guarecimento do combsis presidencial do dia 10 de Abul, ¢ no modelarpolielaments de ares, cendo 2 qualidade de of. cial de clits Eoavado pela eneréie desenvolrida ao comando da sua unldede « pelae altos servos prerados no periods agitado dus greves « gue tem aldo chamado a intervir, com as tropas do vex Bacalhio, que tem smostcado « mais integen deeipline. ‘Ondem da Corsa da Belge Comendador da Ordem Militar do Avis, Loavade pela delice que sempre movtrou « pelo preioiemo com que desenpeahou a miseKo expinhora de que fol encarregado de tngeaheiro dlretor dor Caminhor de Eero do Sal « Sorte (Orden de éxito Militae de Espese Em 1923, Lorado pelo ztlo, compettnca, dselina ¢ compro yada dedicacdo que demonsteou no desempenho da esginhoon minsio de diigente de tan @ iestrusSo dos reratas ‘Oficial da Lesivo de Hora da Repiblica Frances Lowvado ela superior competéncin que imprimia &insteagio da me wnidade Lowrado como comandante do B. S. C. F pela inexcedivel dedi casio, pelo serico que o dein como 4 todos o¢ seus subordinados no camprimento dos ceua deveros militares de que rerulta pare a unidade Ade daciplina, de ordem o de fie- Tame vex da occa cxéditoa de is waa ves comprorado a mérito,filantopla » genes Condecorado com a Cruz de Cucren de 2.* classe por San Magesinie 0 Rei de Eapenha com a Cras de 3. claue da Ordem do Mérito“Mil ‘Agzacads or san Masestade o Rei de Italia com 0 Grau de Comendador de Ordem da Corsa de Tesla, ‘Em 1954, Lourade pelo eaperioe criteria, inteligineiacdadicaczo ‘om que #0 desempenhou da importants misato que The fot comfinda de orgunices « estudar wm convénio entee 0 Ministirio da Guerre ¢ a Companhia dos Caminhos de Ferro Porreguetes. Lowvado pela forma criteriom ¢ modelar como tem comandade 0 Regimento de Sapedores de Cominhos de Ferro, rvelando a par de nvolgares ualidaden de comendo, muita competincl, saber, elo ¢ ¢ sbretado enexeadivel Tala, Em 1953, Condecorado com a Mei fIasse de bone seevgoe TLowendo pala multe competinsia, dedcasto, leads inexsedtel silo com que exerceu o comando do Regimento de Sapadores de Cas ‘no qual erkdenciow grandes qualidades de carter patio . cenecilente em momentos de gounde cisco, pera a Patria ¢ ica, pelo que 08 serrizos que presiow naquele comendo, «pelos stvais ¢ lourado, devem ser consieredos come comienio extnordind Tha Mitiar de Penta da ine importante de sevice Como exeritor 0 querido amigo ¢distinto colaborador tom di pertoa importantes trabalhos pelos jornais portaauene como @ «Ga eta doe Caminhos de Feros, «Revita Intl « de Tesion: “ , onde publicow uma cite de estos sobre Assen- tor de Ongenisagio, Militar, Defers Nasional « Trabelhor de nge- hatin. "Tom publioados oncre 08 do Extector, 1908; «A Fostificagto no Plano de Ds 43910, «O Problema de Defers Nacional, 1936; et, ete, A ESTACAO DO CANS DIO SODRIE 462 | GAZETA DOS GAMINHOS DE FERRO O CAMINHO DE FERRO NA EXPOSICAO IMPERIAL DA AFRICA DO SUL Um enviado especial do Lourenco Marques Guar- dian visitou hd pouco o recinto de Milner Park, em Joauiesburgo, onde em 15 de Setembro préximo sera inaugurada a Exposicdo Imperial Briténica, Quando a Exposigio fér inaugurada, os trabalhos coneluidos terXo representado 0 melhor dos dois anos. A rapidez com que os planos das obras ¢ 0s traballios, foram executados impressionou o jornalista Caleulou-se a principio, que 0 nimero de visitan- tes provéveis seria de 1.000.000 mas 0 apoio, que de todos os pontos do Impétio Britinico, tem acorrido, manifestado por pedidos de acomodagdes e de infor- mages © quanto a reservas de passagem em navios, te, habilita os organisadores da Exposigdo a previ rem que pelas portas registadoras de entradas passa- Ao cérca de 2.000.000 de pessoas, As inslalagDes e o recinto da Exposigto abrangerto 50 hectares de terreno, e além dessa ficara reservado do lado ocidental um espaco de 15 hectares destinado exclusivamente 20 estacionamento dum maximo de 13,000 automéveis, espaco ste que sera devidamente demarcado em centenas de tallies numerados, € que ficard sob a fiscalizagao de pessoal especial. E simplesmente espanioso —diz 0 jomalista—o volume dos trabalhos de construglo que se estZo rea lizando. Os dois edificios «G+ e #1», cada um com quatro enormes saldes, previsam de ser vistos para se poder avaliar a grandeza das suas proporgdes., Uma as salas do edificio «Hl» serd reservada para os assun- {os e mostruitios respeiiante a «Navegacto e Viagens» € serd ocupada pele Union Castle Co., a Clan Line, ate, Quando em 15 de Setembro préximo abrirem as porlas da Exposigio, todos quantos estto familariza- dos com 0 antigo Siow Ground (Campo para Expo: ges) ficardo pasmados com a transformagio por éle sofrida. Os edificios antigos ter-seao sumido, modi- ficado de maneira a no serem reconhecidos, outras estarZo convertidos em séries de lojas, com montras de cristal ou darao a aparincia de construgtes hist6- Nos proprios terrenos a modificagao sera grande. Onde antes $6 havia solo devoluto, cheios de pedras, aparecerao lindos talhdes atapeiados de relva, que acompanham quési tOda a extensto do recinto, aqui ¢ ‘cold interealados de pequenos e mimosos jardins. Tém estado a superintender nos trabalhos desta especiali- dade o sr, F, Frith, que delineou o célebre jardim em rochedo, de Wembley, em 1924-25, e o sr. Wickens, que foi o autor des planos para os impresionantes terrenos em volta da Union Buildings de Pretoria, Como modelo simbélico do Govérno da Rodé- sia sera apresentada uma alegoria das mais misteriosas ruinas de Africa, as de Zimbabwe, cuja origem nunca foi cabalmente explicada. No mesmo recinto serao re- produzidos 0 famoso «Templo Eclipticon e a «Torre Cénicar, esta medindo cérea de 50 metros em did- metro. A «Coluna de Ouror com uma altura de 70 pés, representando a extraccio de 200 milhoes de libras equivalente 4 producto do Witwatersrand desde que a Unito da Africa do Sul abandonow 0 padrio ouro, serd 0 iprincipal monumento da Exposigao. Atras da coluna esté sendo construfdo um grandioso edificio, que sera utilizado para o Palacio de Exposigto dos Mingrios ricos Em Joanesburgo estto a ser organizadas, conjun- tamente com a Exposigio Imperial, importantes con- feréncias. Haver uma sala para congressos, em estilo moderna, com ante-cimaras, salas com secretarias para 0s delegados e salas para os representantes da Im- prensa, Os caminhos de ferro vLondonr, Midland and Scottish Railways, estao. jd construindo um restaue ante na projeccio de terreno pitorescamente situada no Milner Park, onde vao fazer primar em toda a ha a eficigneia dos seus servicos de restaurante. Isto sera virtualmente uma réplica a célebre estancia de Gleneagles, 0 centro escocés do golf, donde vir o pessoal mais categorizado. Se as experigneias derem bons resultados, 0 famoso aquario de East London, ser transportado para Joa- nesburgo. Como € natural, serd impossivel transferir tudo para f€0 longe, mas serao transportados alguns tanques em vidro consistente, onde vivem os mais esquisitos e raros habitantes do oceano. A entrada para o aqudrio ir dar a uma linda cave, cercada duma praia em miniatura, Anémonas maritimas, de c6res, duma beleza inacreditivel, tubarbes, raias € cavalos- -marinhos Pode dizer-se que, no recinto haverg unm pavilhao para cada uma das regides de importincia na Unido, circunstineia que promete constituir uma das caracte- risticas mais notaveis da Exposicto. (Transcrito do «Boletin Geral das Coldnias») INOIWAS cS OLAS (Continuagdo da pdg. 456) CONCURSOS OFICIAIS... No jornal A Vor—que se ilustra pelas penas de Feal val6r que 0 colaboram, mui principalmente a duas vezes ilusire do seu Director, veiu a talhe de foice algumas apreciacdes icérca de concursos oficiais em que se debateram razdes que, por terem um fun do de justiga, possivelmente merecerao a esclarecida atengdo superior. Ora, a verdade ¢ esta, 0 concursos sao relativa- mente de recentissima criagio, a0 principio que sem- pre foi respeitado da antiguidade, enquanto outras necessidades nao nasceram, ndo sabemos, nem cuida- mos saber das suas reais vantagens, a quebrar em grande parte um austero principio consutadinario de direito, —o da antiguidade; que perdurava hé séculos. Os homens poderao ter mudado a face das coisas —mas garantimos em dobrado, sob aposta, que mals se encontrarao desde que se generalizou a prova, em concurso, as afirmagdes de saber e por vezes de _ talento. que varios diplomas importantissimos melhor atestam do principio de antiguidade, acompanhado do prémio da promogao e outros que secundavam o tra balho prestante e que bem garantiam o exercicio das fungdes —enguanto subsistlr 0 prinefpio de—anti- guidade. Fez-se a verdadeira escola burocratica, — que vein desaparecendo & medida que os concursos vém dando ingresso e acesso répidos —a todos, — (em aceleradc, ‘como veloz é tudo o que se faz na época presente), — esquecendo-se que direitos ¢ justica de outrem—fo- ram protelados nao respeitando o principio de anti guidade que estava estabelecida em Lei e que consti- tuia uma garantia para os que a sua sombra deram ingresso na vida burocritica. Pobres, mas valiosos obreiros do Estado e do bem piiblico—que se viram com anos e anos de ser- vigo—condenados a nao mais caminhar na escola burocratica — porque os puzeram no ocaso da vida, muitos déles com servigos estimaveis, mas que por. brio, nto vao em idade ji avancada prestar aquelas provas que de sobejo deram em sua longa vida ofici Paciéncia; o destino é bem atrés e cruel! iA uma redugto de vencimentos que vem de longa data, desde 1918, que representaria uma for- tuna se houvesse escrita oficial a éste respeito, 0 es- tagnarem em sua vida oficial que contratiamente os beneficiaria 2 ‘Mas que fazer? Sofrer resignadamente, pois que 86 nos queixamos do destino, que t20 pouco carinho- samente olhou a dedicagdes, isengoes, servigos reais, prestados, etc. GAZETA DOS CAMINHOS DE FERRO 465 COISAS DOS TEMPOS Vai-se pela vida fra trabalhando numa aspiragao legitima—de nao s6 poder prevér ao pao de cada dia, como ainda de na velhice nao nos acharmos sem aquele confdrto ¢ bastando-nos, entao, do que se con- seguiu amealhar em épocas de intenso labdr, quando a vida € 0 cérebro permitiam uma mais larga actua- so, sendo como que também o resultado de econo- mias que se fazem com ésse honesto objectivo. Para que bem possam respeitar-se direitos estabe- lecidos, —fazem-se (Oda a sorte de sactificios que jus- tifiquem bem a consideracao a que tem jtis 0 honesto € laborioso lutador, esforgando-se para que do seu trabalho nao s6 aproveite, como ainda os organismos fem que serve. E 0 homem a lutar nos diferentes campos de tra- balho em que Ihe € dado agir, tem assim, pelo seu esfOrgo itil © profieuo, direito a participar do desen- volvimento e progresso, para que concorre. Aliado a tudo isto aquela lealdade e isencdo, filhos dos bons caricteres,—parecesnos que tanto basta A que a0 dever civico de todos impenda envolver (© homem de trabalho, em tais casos, daquela aureola de prestigio e considerag2o, como seja olhado, com enternecedor carinlio e amparados moralmente; mas mui particularmente quando atinge aquela idade em que Ihe € licito repousar de tao largas fadigas e por vezes, sob grandes incleméncias, indiferengas, ou alheamento désses periodos em que concorrerd e in- fiuenciard o meio, — onde se activam grande niimero de trabalhadores, —com o seu exemplo, e fruticando € estimulando os anceios do progresso. —Tém ja sulcos nas faces, a olhar cancados, os cabelos brancos, tudo a denunciar fadiga, esgota- mento, a impossibilidade manifesta de continuar a tfabalhar; 0 cérebro, principal agente, nfo actuando convenientemente, ¢ éste sobretudo se o trabalho & mental; isto, € tudo assim exigido que outrem o st pra, devendo estar-Ihe assegurado, o que por direito The deve estar garantido, —Mas pela vida fora € surpreendido, j4 quando std prestes a findar a sua honesta tarefa, com direi- tos que se prostergam; e éle tenta o alanceamento na- tural, a m4gua profunda e pungente, de que o seu la- bor fOsse em parte mal compreendido, e inglérios, também, a sua dedicacao e esforco honesto. —21 Dizei-me se, realmente, nao é para condoer, © coragao mais empedrenido o vér-se assim premiado, fio que, conseguindo seu dever,—ndo & vulgar no homem :—dedicacdo, virtude, isengao, lealdade, como, outros belos requisitos que, ornam bastas vez0s 0 ho- mem de trabalho ?!.. ee A MUDANGA DA HORA © , — «No quero, 700 Ber, disse 0 zapaz, mas eosin V. Ex fea 26 com metaie da habe fits.

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