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TEXTO P/ AUDIO

Mulher - essa coisa de amor eterno furada, e uma tortura fodida por nada, tudo e
m vo, no d pra viver em castidade santa com uma nica pessoa, o sexo muito livre pra
se manter a quatro paredes, tem toda a sensao de libertao, mas na verdade pior do qu
e a tortura nos pores do campo de concentrao.

Homem - Vinte mulheres de alma pura e limpa e um travesti que peguei enganado na
rua. Ele era linda, uma mulher to alta, loira, parecendo a Madonna, danava, rodop
iava, eu me apaixonei pela Madonna e ele cantava Like a Virgin numa veracidade q
ue me sucumbiu a mente, eu me apaixonei por um homem, eu me casei com a Madonna,
eu comi a Madonna.

Mulher - Eu me criei sozinha. No casamento da minha irm, por exemplo, eu fiquei to


triste por ela estar entrando em uma iluso que eu comprei um vestido preto, voc l
embra, eu comprei a morte pra selar a unio em uma instituio que fracassou desde a c
onstruo, comecei a me maquiar e maquiar e maquiar mais ainda, at que pintei na minh
a barriga um ponto de interrogao e fui me pintando mais ainda, at ficar totalmente
maquiada pra esconder a verdade dos meus sentimentos.

Mulher - Claro que para, eu disse a mim mesma naquela manh de sbado (entra a luz a
marela, e se monta uma cena paralela em frente ao espelho.) Eu vou parar de amar
esse homem hoje tarde e nada e nem ningum mudar a minha opinio em relao a isso, j no
portaria sofrer, eu morreria, isso a nica coisa que qualquer homem nunca far a com
igo. (termina o flashback).

Homem - Mas como no te odiar, voc na cama comigo, de pernas abertas pra mundo, me
dizia, rindo, gargalhando, e gritava, eu amo outro homem, eu amo outro homem. Me s
enti fraco, uma presa e o meu predador a minha frente, eu no teria reao alguma em n
enhum momento, a no ser o pensamento de ter vividos esses anos ao lado de uma mer
a meretriz, no que voc tenha se vendido, mais a cena seria a nica coisa que me lemb
raria tal personagem naquele momento, me sinto fraco ao te olhar.

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