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Se l fora o clima era de festa, dentro, com o estdio lotado, a tenso aumentou. E assim
iniciaram, do meio do gramado, as homenagens. O pblico, em meio a ateno s falas
dos locutores, gritava frases de efeito como campeo e Fora, Chape. Alguns
estavam emocionados, outros sorriam e festejavam o time da Chapecoense, que mesmo
aps a morte de 19 de seus jogadores, parecia mais vivo do que nunca.
As pessoas, no acostumadas com essa convivncia harmoniosa entre membros de
diferentes torcidas, se assustaram com um barulho forte vindo de perto do banheiro e,
em sussurros de briga, comearam a gritar vergonha. Mas eles estavam
enganados. O barulho havia sido causado por uma pessoa que subiu em cima de uma pia
para olhar o lado de fora do estdio e, sem querer, a quebrou. Nada tinha a ver com
briga entre torcidas. Como dito anteriormente, esse no foi um dia comum.
s 21h45, horrio em que o ltimo jogo da Sul-Americana iniciaria, foi feito um minuto
de silncio. Logo aps, as luzes do estdio se apagaram, os celulares acenderam e
passou, de uma em uma, as fotos dos que morreram. O canto forte ecoou pelo estdio e
no vinha mais apenas da boca das pessoas, vinha do corao. Enfim, as lgrimas
correram.
Fora, Chape!