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Ha 1859-1860), 1) (gio entende a psic. ay ntra-se em. a cias j, & a pura descrgio, 605 Pe a, i & paratoria da explicacio dos fa* psiquicas, PrePort “abulo F. é ainda uti tos psiquicns. © Vor, de Hegel para artes em que, a ScU ee ‘A F, tb. designada Hr peiece como ,cfnomenolgias,«Fenomenalecs FENOMENOLOGICO (Método) — FILOS. 7 AFenomenologia ¢ Husserl Fenomenolégico (Movimento) — HIST. FILOS. Os acontecimentos politicos na Alemanha, apés 1933, representam uma viragem decisiva nos destinos da Esc. F. Muitos cultores da fenomenolog'a sio obri- gados a expatriar-se ¢, deste modo, se estende a vigéncia desta disciplina. Em Franca, a recepgio da fenomenologia nfo se pode des- ligar de um interesse renovado pelos estudos hegelfanos, bem como do advento das corren- tes existencialistas. O primeiro autor que se pode considerar influenciado pela fenomeno- logia € AGabriel Marcel. As suas reflexdes sobre 0 corpo préprio, sobre o ter e o haver, a sua critica A objectividade processam-se gragas a um_método analitico que Marcel designa por F., pois consiste «na anélise de um contetido implicito do pensamento em opo- sido a uma anilise psicolégica respeitante a estados» (Btre et avoir, 219). J.-P. ASartre vincula-se imediatamente a Husserl nos pri- meiros trabalhos ¢ sofre tb. influéncia de Heidegger em L’Btre et le Néant. M. AMer- leau-Ponty elabora a sua filos., partindo da tiltima fase do pensamento de Husserl, em especial de uma interpretacio da doutr:na do mundo da vida, Entre os mais destacados fenomendlogos contam-se ainda Jean Wahl, Paul Ricoeur e M. Dufrenne. Depois da morte de Husserl (1938), todo o seu espolio filoséfico ameagado de destruicio pelas me- didas anti-semitas, péde ser clandestinamente transferido para Lovaina, gracas a H. L, Van Breda, onde, em 1939, se fundaram, sob sua direcgio, os Arquivos de Husserl. Com E. Fink e L. Landgrebe inicia-se a transcricio € ordenacio dos textos inéditos. Depois da 2.* guerra mundial criam-se centros de Arqui- vos Husserl junto das Univs, de Coldnia, Friburgo de Brisgévia, Paris e em Nova Torque; gragas A colaboragio de W. Biemel, Rudolf Boehm, Iso Kern ¢ outros, publica- ram-se ja (1968) onze vols, das Obras Com- pletas de Husserl (Husserliana, Edmund 566 Fenomenolégico com base no ‘a Univ. de rhe)» Husserl, Gesammelte Wer} espdlio inédito, Deste or PScitais Lovaina tornou-se ae Oe cauaments aeeAt M. F. a auc § Waelhens na Bélgica, © na Dondeyne, A. De Van Peursen, H Holanda os de S. Strasver, Van Peursehy i J, Pos, os trabalhos de psic: i Seavan ¢ de psicopatologia de Me seteriza-te na Ale- Ser te 0 a ae eee fenomenolé- géncia de outras correntes fer ; Gens representadas por E. Fink L Land: ‘ebe, G. Funke, A. Diemer, O. Becker, 1. Reiner, etc, Na Sufga, 0 movimento, além da Expresso filosofica de P. Thevenaz, afectou especialmente 0 campo da antr., psic. ¢ psid. Binswanger ¢ Kuhn). A. Banfi foi um dos primeiros que na Itilia chamou a atensio para Wflos. de Husserl. Hoje a importancia deste pensemento, aliada & influéncia de Heidegger, Sriginou um amplo movimento, de matizes muito variados, abrangendo representantes da filos, cristi (circulo de Gallarate), Castelli, Pucci, Lazzarini, Semerari, Pedroli, até E. Paci, formado na esc, de Banfi, que busca a fundacio do sentido racional ¢ humano das cias, especialmente as psicolégicas ¢ s0- ciais, numa perspectiva de conciliagdo da wl tima filos. de Husserl com uma interpretagio pessoal de Marx. Preparado por alguns estu- dantes americanos de Husserl em Gottingen ¢ Friburgo (Hocking, Farber, Cairns) o M. F. adquiriu nova dimensio nos E, U. A. desde 1933, gracas aos fenomendlogos refugiados da Alemanha e Austria, com Moritz Geiger, cultor dos assuntos de estética, A. Gurvitsch, que integra as doutrinas de W. James, Piaget ¢ K. Goldstein no pensamento de Ilusserl ¢ na peic. da forma, dlaborando a Teoria do campo da consciéncia (possivelmente a obra de maior vulto de fenomendlogo europeu na América) ¢ A. Schiiltz, que aplica 0 método fenomeno- légico a0 estudo da filos. social. Em 1939 M. Farber fundou a International Phenome- nological Society e, desde 1940, publica-se sob os auspicios da Univ. de Bufalo, e como 6rgio da Sociedade Fenomenoldgica e pro- longamento do Jahrbuch de Husserl, a rev. Philosophy and phenomenological Research. A contribuicao dos pensadores mais recentes no campo da fenomenologia consiste na ela- boragio de uma sintese desta com correntes da filos, moral intuitivista ing., com a psic. da forma ¢ a psicanilise e, tltimamente, na aplicacao A teol. do método F. na sua versio heideggeriana (Paul Tillich). J. Ort Gasset pode considerar-se 0 princ, obré ide z 3 , obreiro desenvolvimento da fenomenologia em Es- eee ibero-americanos, pela accio Shing, “becialmente, gracas & Revista ecidente por ele fundada ¢ dirigida, ¢ editorial. A ele se agregam X. Zu- bre a mMOMenoldKleg A. Guerra Civil Eyp, obsigow 40 exillo de uns pensadores esp. especialmente no Mé algunt Fim, Jou’ Gaos, B, Nicol ¢ J. Xiraa fomentam 0 estudo da fenomenologia, cm es pecial as doutrinas de Husserl ¢ de Heldeyyer ‘A esta influéncia ve deve juntar 4 do mexi cano Garcia Maynes, disciputo de Hartmann ém Berlim. Na Argentina sobressai o nome de Francisco Romero, que difundiu as dou trinas de Husserl, Hartmann ¢ Scheler, Ao lado de Romero devem-se mencionar R, Keon. dizi e Carlos Astrada, No Peru, A, Wagner de Reyna, procedente do neotomismo, dis a ontologia fundamental de Heldegger, ¢ ng Venezuela o egp. Garcia Bacca ¢ BE,’ Mayy Valenilla dirigem a atengio especialmente pary Husserl ¢ Heideg OM. FP. em Portugal ¢ Brasil. A fenomeno fogia foi inicialmente introduzida em Portugal gragas as traducbes das obras mais importan tes de Husserl ¢ Scheler editadas pela Revista de Occidente, ¢ a0 magistério universitério de Joaquim de ACarvalho, promotor da 1" trad. port, de um texto de Husserl (A filosofia como ciéncia de rigor, 1952) © seu prefacia. dor, de L, Cabral de AMoncada que, sot influéncia de Husserl, Scheler ¢ Hartm: elaborou a sua filos. do dir, ¢ do Est., de Miranda Barbosa que, nos seus cursos, expe criticamente as doutrinas de Husserl, Scheler ¢ Hartmann. A esta actividade ligada & Univ. de Coimbra junta-se a de Delfim ASantos, prof. da Univ. de Lisboa, antigo discipulo de Hartmann, que chamou a n= géo, especialmente, para as doutrinas de Hartmann e Heidegger. Na mesma direc- fo F. se pode incluir A. José Brandio, fildsofo jurista ¢ tradutor de Heidegger A Revista Portuguesa de Filosofia, brgio da Fac de Filos, de Braga, tb. tem dado acolhimento a esta corrente filoséfica. Este interesse pela fenomenologia preparou o caminho para a criagéo, em 1965, em Coimbra, do Centro de Estudos F., por iniciativa de um grupo de docentes universitérios que frequentara os Ar- quivos Husserl de Lovaina ¢ estudara na Alemanha o pensamento de Husserl ¢ Hei- degger. A este Centro se deve a iniciativa do Primeiro Coléquio Portugués de Fenomeno- logia, em Braga, 1965 (Actas publicadas com © titulo «Perspectivas da Fenomenologia de Husserl»). O interesse pela fenomenologia no Brasil manifestou-se, c. 1939, com os cursos de Teixeira APenido sobre Husserl ¢ I degger, na Fac. Nac. de Filos. do Rio de Janeiro. E. Canabrava por algum tempo esteve ligado ao M. F. aproximando-se do grupo da Univ, de Buffalo, de tendéncias neopositivis- tas. B, porém, no campo da psic. ¢ da psid. que a influéncia F, se acentuou no Brasil, gragas a Nilton Campos, da Univ. Nac do Brasil, que teve por sucessor outro inves- tigador da mesma orientacio, Anténio Penna. Na psig. o M. F, tem como representantes destacados N. Pires (Baia), S. Lopes (Natal), Nobre de Melo (Rio de Janeiro), e Elzo Arruda (Pernambuco), De preocupasoes acco tuadamente filosdficas, Celso de Lemos, Sous Vianna ¢ Wassely Chua, no Rio de Jane’ € Benedeto Nunes na Fac. de Filos. de Belém 568 preparou o ambiente para ‘en 1965, da Sociedade Brasileira gi, com sede no Rio de Ja- idente Anténio Penna, , The phenomenological mo- luction, 2 vols., Haia, denis ‘van het “fenome. |. L., Van Breda e Rudolf erl em Lovaina», em R, 44; H. L. Van Breda, «Le lien ct 1a fondation des Wf Husserl et la Pensée Moderne, fa,, «Geist und Bedeutung des de em Edmund Husserl (1859-1959), Epa, Carlo Sini,

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