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Poder Jusicirio Consell Nacional de fasta RESOLUCAO N. 185, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2013 Institui Sistema Processo Judicial Eletrénico - PJe como sistema de processamento de informagées e prdtica de atos processuais e estabelece os parametros para sua implementagéo 2 funcionamento, O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIGA (CNu), no uso de suas atribuigdes legais e regimentais, @ CONSIDERANDO as diretrizes contidas na Lei n. 11.419, de 19 de dezembro de 2006, que dispée sobre a informatizagao do proceso judicial, especialmente 0 disposto no art. 18, que autoriza a regulamentacao pelos 610s do Poder Judiciario; CONSIDERANDO os benelicios advindos da substituigao da tramitagao de autos em meio fisico pelo meio eletrénico, como instrumento de celeridade e qualidade da prestagao jurisdicional; CONSIDERANDO a necessidade de racionalizagao da utilizacéo dos recursos orgamentarios pelos érgaos do Poder Judiciario; CONSIDERANDO 0 contido no Acérdéo TCU 1094, que, entre outras medidas, recomenda que o Conselho Superior da Justiga do Trabalho - CSNT fiscalize “as medidas a serem adotadas pelos drgaos integrantes da vustiga do Trabalho, de modo a evitar 0 desperdicio de recursos no desenvolvimento de solugdes a serem descartadas quando da implantagao dos projetos nacionais, orientando acerca da estrita observancia dos termos do Conjunto CSJT.TST.GP.SE 9/2008, especialmente em seus arts. 9° e 11, zelando pela compatibilidade das solugdes de TI adotadas no ambito da Justia do Trabalho, bem como se abstendo da pratica de contratagdes cujo, Poder Judicario ee G Console. Nacional de, Jeastipa objeto venha a ser rapidamente descartado, podendo resultar em atos de gestao antieconémicos e ineficientes", com envio de cépia ao Conselho Nacional de Justica; CONSIDERANDO as vantagens advindas da adocado de instrumentos tecnoldgicos que permitam a adequacao do funcionamento do Poder Judiciario aos principios da protegéo ambiental; CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar a implantagao do sistema Processo Judicial Eletrénico - Pue nos érgaos do Poder Judiciario, de modo a conterir-Ihe uniformidade; CONSIDERANDO a edigao da Resolugao n*. 94 do Conselho Superior da Justiga do Trabalho - CSJT, de 23 de marco de 2012, e suas posteriores alteragdes, que regulamentou o PJe-JT no Ambito daquela justiga especializada; CONSIDERANDO a Resolucdo n. 202, de 29 de agosto de 2012, do Conselho da Justica Federal, que “Dispde sobre a implantacao do Sistema Processo Judicial Eletrénico - Pde no ambito do Conselho e da Justiga Federal de primeiro e segundo graus"; CONSIDERANDO 0 Acordo de Cooperacao Técnica n. 029/2012, celebrado entre 0 Conselho Nacional de Justiga e 0 Conselho da Justica Federal, detalnando as obrigaces dos participes quanto a customiza implantagao e utilizagao do Pule no ambito da Justica Federal; oe CONSIDERANDO a Resolugao n. 23399/2013, aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral na Sess4o Administrativa de 10 de setembro de 2013, que regulamentou 0 Processo Judicial Eletrénico - Pe na Justica Eleitoral; Conselhe Newional db, Justiza CONSIDERANDO a adesdo de grande numero de Tribunais de Justiga ao Sistema PJe, por meio do Acordo de Cooperacao n. 043/2010; CONSIDERANDO as atribuicdes do Conselho Nacional de Justiga, previstas no art. 103-B, § 4°, da Constituigao Federal, especialmente no que conceme ao controle da atuagdo administrativa e financeira e & coordenagao do planejamento estratégico do Poder Judicidrio, inclusive na rea de tecnologia da informacao, CONSIDERANDO a deliberagao do Plendrio do Conselho Nacional de Justiga na 181° Sessao Ordindria, realizada em 17 de dezembro de 2013; RESOLVE: Instituir 0 Sistema Processo Judicial Eletrénico - Pde como sistema informatizado de processo judicial no Ambito do Poder Judicidrio e estabelecer os parametros para o seu funcionamento, na forma a seguir: CAPITULO! I DO PROCESSO JUDICIAL ELETRONICO Secgaol Das Disposigses Gerais Art. 12 A tramitagao do processo judicial eletrénico nos érgaos do Poder Judiciario previstos no art. 92, incisos I-A a Vil, da Constituigao Federal, realizada por intermédio do Sistema Proceso Judicial Eletronico - Pue, disciplinada pela presente Resolugao e pelas normas especiticas expediqas pelos Conselhos e Tribunais que com esta nao conflitem. Ant. 2° © Pde compreendera 0 controle do sistema judicial nos seguintes aspectos: |= 0 controle da tramitagao do process Poder Judo Censelhe. Necional le (fo sipce I = a padronizagéo de todos os dados e informagées compreendidas pelo processo judicial; lil a producdo, registro € publicidade dos atos processuais; IV — © fomecimento de dados essenciais a gestio das informagdes necessarias aos diversos drgaos de supervisao, controle e uso do sistema judiciario. Art. 3° Para o disposto nesta Resolugao, considera-se: | = assinatura digital: resumo matemético computacionalmente calculado a partir do uso de chave privada e que pode ser verificado com 0 uso de chave publica, estando 0 detentor do par de chaves certificado dentro da Infraestrutura de Chaves Publicas Brasileira (ICP-Br), na forma da legislagao especifica; Il — autos do processo eletrénico ou autos digitais: conjunto de metadados e documentos eletrénicos correspondentes a todos os atos, termos € informagdes do processo; lil = digitalizagao: processo de reprodugao ou converséo de fato ou coisa, produzidos ou representados originalmente em meio nao digital, para © formato digital; IV = documento digitalizado: reprodugao digital de documento originalmente fisico; V = documento digital: documento originalmente produzido em meio digital; VI - meio eletranico: ambiente de armazenamento ou tréfego de informagies digitais; VII — transmissao eletrénica: toda forma de comunicagéo a distancia com a utilizagao de redes de comunicacao, preferencialmente a re mundial de computadores; Vill = usuarios internos: magistrados e servidores do Poder Judicidrio, bem como outros a que se reconhecer acesso as funcionalidad Petar ude g 7 A on Consillie. Nevienal de, Juistiza internas do sistema de processamento em meio eletrénico, tais como estagidrios e prestadores de servigo; IX = usuarios externos: todos os demais usuarios, incluidos partes, advogados, membros do Ministério Publico, defensores publicos, peritos e leiloeiros. Art. 4° Os atos processuais terao registro, visualizagao, tramitagao e controle exclusivamente em meio eletronico e serao assinados digitalmente, contendo elementos que permitam identificar 0 usuario responsavel pela sua pratica. § 1° A reprodugao de documento dos autos digitais deverd conter elementos que permitam verificar a sua autenticidade em endereco eletronico para esse fim, disponibilizado nos sitios do Conselho Nacional de Justiga e de cada um dos Tribunais usuarios do Sistema Processo Judicial Eletrénico - Pue. § 2 O usuario é responsavel pela exatidéo das informagées prestadas, quando de seu credenciamento, assim como pela quarda, sigilo & utilizag2o da assinatura digital, nao sendo oponivel, em qualquer hipdtese, alegagao de uso indevido, nos termos da Medida Proviséria n. 2.200-2, de 24 de agosto de 2001. § 3° Somente serao admitidas assinaturas digitais de pessoas fisicas e de pessoas fisicas representantes de pessoas juridicas, quando realizada no sistema Pue ou a este destinada, se utilizado certificado digital A3 ou equivalente que o venha a substituir, na forma da normatizagao do ICP- Brasil § 4° A assinatura digital por meio de aparelhos méveis que nao possam ser acoplados a dispositive criptografico portavel (tokens ou cartes), com certificado AS sera realizada na forma a ser definida pelo Comité Gest A) Nacional do Pue. Art, 5° A distribuigao dos processos se realizar de acordo com o$ pesos atribuidos, dentre outros, as classes processuais, aos assuntos d9 Processo e & quantidade de partes em cada polo processual, de modo/ Poder Juaiciério ge ” g Consdllle Naciemabele Jaslza garantir uma maior unitormidade na carga de trabalho de magistrados com a mesma competéncia, resguardando-se a necessaria aleatoriedade na dis ribuigao. § 1° A atribuigao dos pesos referidos no caput sera realizada pelos Conselhos, Tribunais e/ou Corregedorias, no ambito de suas competéncias, devendo ser criados grupos de magistrados de todas as instancias para validacao das configuracdes locais, sendo possivel a atribuigao de um peso idéntico para cada um dos aspectos passiveis de configuragao. § 2° A distribuigéio em qualquer grau de jurisdicéo sera necessariamente automatica e realizada pelo sistema imediatamente apdos o protocolo da petigao inicial § 3° O sistema fornecera indicagao de possivel prevengao com Processos ja distribuidos, com base nos pardmetros definidos pelo Comité Gestor Nacional do Pue, cabendo ao magistrado analisar a existéncia, ou nao, da prevengao. § 4° E vedado criar funcionalidade no sistema para exclusdo prévia de magistrados do sorteio de distribuigdo por qualquer motivo, inclusive impedimento ou suspeigao. § 5° Poderd ser criada funcionalidade para indicacao prévia de possivel suspei¢éo ou impedimento, que nao influenciara na distribuicao, cabendo ao magistrado analisar a existéncia, ou nao, da suspeigao ou do impedimento. Segao Il Do Acesso ao Sistema Art. 6? Para acesso ao PJe 6 obrigatéria a utilizacdo de assinatura digital a que se refere o art. 4°, § 3°, desta Resolugéo, com excegao d situagdes previstas no § 4° deste artigo. Poder Judiosrio oa (onsets Newiomeatl ab feat § 1° Os usuarios terao acesso as funcionalidades do PJe de acordo com 0 perfil que thes for atribuido no sistema e em raz4o da natureza de sua relagao juridico-processual § 2° Quando necessario, o fornecimento de certificados digitais aos usuarios internos seré de responsabilidade de cada Tribunal ou Conselho, facultado ao Conselho Nacional de Justiga atuar na sua aquisicao e distribuigdo. § 3° Serao gerados cédigos de acesso ao processo para as partes constantes do polo passivo, com prazo de validade limitado, que ihe permitam 0 acesso ao inteiro contetido dos autos eletrénicos, para possibilitar 0 exercicio do contraditério e da ampla defesa. § 4° Sera possivel 0 acesso e a utilizagdo do sistema Pue através de usuario (login) e senha, exceto para: | —assinatura de documentos e arquivos; Il = operagdes que acessem servigos com exigéncia de identificago por certificagao digital; Ill - consulta e operagdes em processos que tramitem em sigilo ‘ou em segredo de justiga. § 5° O usuario, acessando 0 Pue com login e senha, poderd enviar arquivos nao assinados digitalmente, devendo assina-los com certificado digital em até 5 (cinco) dias, nos termos da Lei n. 9.800, de 26 de maio de 1999. § 6° O disposto nos §§ 4° e 5° sé vigorara a partir da versao, PJe que implemente as solugdes neles previstas. Art. 72 © credenciamento dar-se-a pela simples identificacaio do| usuario por meio de seu certificado digital e remessa do formulario eletrénico, disponibilizado no portal de acesso ao PJe, devidamente preenchido assinado digitalmente. Poder Judiciério Cioursallies Micosomaiolaly Seabitgis § 1® O cadastramento para uso exclusivamente através de usuario (/ogin) e senha deverd ser realizado presencialmente, nos termos do art. 2°, § 1°, da Lei n. 11.419, de 19 de dezembro de 2006. § 2° Alteragdes de dados cadastrais poderdo ser feitas pelos usuarios, a qualquer momento, na se¢do respectiva do portal de acesso ao PJe, exceto as informagées cadastrais obtidas de bancos de dados credenciados, como Receita Federal, Justiga Eleitoral e OAB, que deverao ser atualizadas diretamente nas respectivas fontes. Art, 8° © Pue estara disponivel 24 (vinte e quatro) horas por dia, ininterruptamente, ressalvados os periodos de manutengiio do sistema. Paragrato Unico. As manutengdes programadas do sistema serao sempre informadas com antecedéncia e realizadas, preferencialmente, entre Oh de sabado e 22h de domingo, ou entre Oh e 6h dos demais dias da semana. Art. 9° Considera-se indisponibilidade do sistema Pue a falta de oferta ao puiblico exter, diretamente ou por meio de webservice, de qualquer dos seguintes servicos: | consulta aos autos digitais; ll ~ transmissao eletrénica de atos processuais; ou lll = acesso a citagdes, intimagdes ou notificacdes eletronicas. § 1° Nao caracterizam indisponibilidade as falhas de transmissdo de dados entre as estagdes de trabalho do publico externo e a rede de comunicagao publica, assim como a impossibilidade técnica que decorra de falhas nos equipamentos ou programas dos usuarios. § 2° E de responsabilidade do usuario: | = 0 acesso ao seu provedor da internet € a configuragdo Ho computador utilizado nas transmissdes eletronicas; I = 0 acompanhamento do regular recebimento das petigdes documentos transmitidos eletronicamente; Poder Juaictio ellis. Nasional ae puasliza Ill — a aquisigao, por si ou pela instituigao ao qual esta vinculado, do certificado digital, padrao ICP-Brasil, emitido por Autoridade Certificadora credenciada, e respectivo dispositivo criptogratico portavel. Art. 10. A indisponibilidade detinida no artigo anterior sera aferida por sistema de auditoria fomecido pelo Conselho Nacional de Justiga ou por 6rgao a quem este atribuir tal responsabilidade. § 1° Os sistemas de auditoria verificarao a disponibilidade externa dos servigos referidos no art. 8° a intervalos de tempo ndo superiores a 5 (cinco) minutos. § 2° Toda indisponibilidade do sistema PJe sera registrada em relatorio de interrupgdes de funcionamento acessivel ao public no sitio do Tribunal e dos Conselhos, devendo conter, pelo menos, as seguintes informagoes: | = data, hora e minuto de inicio da indisponibilidade; | -data, hora e minuto de término da indisponibilidade; Ill - servigos que ficaram indisponiveis. § 3? O relatorio de interrupgo, assinado digitalmente e com efeito de certidao, estara acessivel preferencialmente em tempo real ou, no maximo, até &s 12h do dia seguinte ao da indisponibilidade. Art. 11. Os prazos que vencerem no dia da ocorréncia de indisponibilidade de quaisquer dos servigos referidos no art. 8° serdo prorrogados para o dia util seguinte, quando: | — a indisponibilidade for superior a 60 (sessenta) minutos, ininterruptos ou no, se ocorrida entre 6hO0 € 23h00; ou | ocorrer indisponibilidade entre 23h00 e 2400. § 2A de expediente forense e as ocorridas em feriados e finais de semana, a \disponibilidades ocorridas entre OhOO e GhOO dos dias qualquer hora, nao produzirao o efeito do caput. § 2° Os prazos fixados em hora ou minuto serao prorrogados s 24h00 do dia util sequinte quando: Poder Judicirio Conslla. Nasional de Jastpa | — ocorrer indisponibilidade superior a 60 (sessenta) minutos, ininterruptos ou nao, nas titimas 24 (vinte ¢ quatro) horas do prazo; ou Il ~ ocorrer indisponibilidade nos 60 (sessenta) minutos anteriores ao seu término. § 3° A prorogagao de que trata este artigo sera feita automaticamente pelo sistema Pe. Art. 12, A indisponibilidade previamente programada produzira as consequéncias previstas em lei e na presente Resolugdo e serd ostensivamente comunicada ao publico externo com, pelo menos, 5 (cinco) dias de antecedancia. Segao Ill Do Funcionamento do Sistema Art. 13. © sistema receberd arquivos com tamanho maximo definido por ato do Tribunal ou Conseino e apenas nos formatos definidos pela Presidéncia do Conselho Nacional de Justiga, ouvido o Comité Gestor Nacional do Pue. § 1° 0 tamanho maximo de arquivos, definido por cada Conselho ou Tribunal, ndio poderd ser menor que 1,5Mb. § 2° Na hipdtese de capacidade postulatéria atribuida @ propria parte, a pratica de ato processual sera viabilizada por intermédio de servidor da unidade judicidria destinataria da petigao ou do setor responsavel pela redugao a termo e digitalizacao de pegas processuais. § 3° Sera admitido peticionamento fora do Pue, pelas vias ordindrias, nas seguintes hipsteses: | —0 Pue estiver indisponivel e 0 prazo para a pratica do ato nao for prorrogavel na forma do art. 11 ou essa prorrogacéo puder causar perecimento do direito; Il = pratica de ato urgente ou destinado a impedir perecimenté d direito, quando 0 usuario externo nao possua, em razao de caso fortuito Au) forga maior, assinatura digital. 10 Poder Jusiciavio eile Micesiomasttale Maslin § 4° A parte ou 0 advogado podera juntar quantos arquivos se fizerem necessarios & ampla e integral defesa de seus interesses, desde que cada um desses arquivos observe o limite de tamanho maximo e formatos previstos. Art. 14. Os documentos produzidos eletronicamente, os extratos digitais e os documentos digitalizados e juntados aos autos pelos drgaos do Poder Judiciério e seus auxiliares, pelos membros do Ministério Publico, pelas procuradorias e por advogados publicos e privados tém a mesma forga probante dos originais, ressalvada a alegag4o motivada e fundamentada de adulteragao. § 12 Incumbira aquele que produzir 0 documento digital ou digitalizado e realizar a sua juntada aos autos zelar pela qualidade deste, especialmente quanto a sua legibilidade. § 2° Os otiginais dos documentos digitalizados, mencionados no caput deste artigo, deverao ser preservados pelo seu detentor até o transito em julgado da sentenga ou, quando admitida, até o final do prazo para propositura de acdo resciséria. § 3° A arguicéo de falsidade do documento original sera processada eletronicamente na forma da lei processual em vigor. § 4° Os documentos cuja digitalizagao mosire-se tecnicamente invidvel devido ao grande volume, tamanho/formato ou por motivo de ilegibilidade deverdo ser apresentados em secretaria no prazo de 10 (dez) dias contados do envio de peti¢ao eletrénica comunicando 0 fato. Apés o transito em julgado, os referidos documentos serao devolvidos, incumbindo-se a parte preserva-los, até o final do prazo para propositura de ago rescisoria, quando admitida, § 5° O usuario deve assegurar que os arquivos eletrénicos envia ao Pue estejam livres de artefatos maliciosos, podendo o Sistema, constatada a presenca desses artefalos, rejeita-los de plano, informando usuario as raz6es da rejeic¢ao, com efeito de certidao. welhe Nacional de, Jasipa Art. 15. Os documentos fisicos apresentados com fundamento nos §§ 2° e 3° do art. 13 desta Resolugao deverao ser retirados pelos interessados, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, para os efeitos do art. 11, § 3°, da Lei n. 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Paragrafo unico. Findo 0 prazo estabelecido no caput, a Unidade Judicidria correspondente podera inutilizar os documentos mantidos sob sua quarda em meio impresso. Art. 16. Os documentos que forem juntados eletronicamente em autos digitais e reputados manifestamente impertinentes pelo Juizo poderao ter, observado 0 contraditério, sua visualizagao torada indisponivel por expressa determinagdo judicial Art. 17. Os documentos digitalizados e anexados as peticées eletrdnicas serdo clasificados e organizados de forma a facilitar 0 exame dos autos eletronicos. Pardgrafo unico. Quando a forma de apresentagéo dos documentos puder ensejar prejuizo ao exercicio do contraditerio e da ampla defesa, deverd o juiz determinar nova apresentagéo e a exclusio dos anteriormente juntados. Art. 18. Os érgaos do Poder Judiciario que utilizarem 0 Proceso Judicial Eletrénico - Pde manterao instalados equipamentos a disposigao das partes, advogados e interessados para consulta ao conteUdo dos autos digitais, digitalizagao e envio de pegas processuais e documentos em meio eletr6nico. § 12 Para os fins do caput, os orgéios do Poder Judicidrio devem providenciar auxilio técnico presencial as pessoas com deficiéncia e que ‘comprover idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. § 2° Os drgaios do Poder Judiciario poderao realizar convénio Com a Ordem dos Advogados do Brasil (AB) ou outras associacées representativas de advogados, bem como com érgaos plblicos, par compartilhar responsabilidades na isponibilizagdo de tais espa equipamentos e auxilio técnico presencial. Poder Judiestrio Censll Newienal’he ( asliza Segao IV Dos Atos Processuais Art. 19. No proceso eletrénico, todas as citagées, intimagdes & notificagdes, inclusive da Fazenda Publica, far-se-4o por meio eletrénico, nos termos da Lei n. 11.419, de 19 de dezembro de 2006. § 1° As citagdes, intimagdes, notificagdes e remessas que Viabilizem 0 acesso a integra do processo correspondente serao consideradas vista pessoal do interessado para todos os efeitos legais, nos termos do § 1° do art, 9° da Lein. 11.419, de 19 de dezembro de 2006 § 2° Quando, por motivo técnico, for inviavel 0 uso do meio eletronico para a realizagdo de citagdo, intimagao ou notificagao, ou nas hipéteses de urgéncia/determinago expressa do magistrado, esses atos processuais poderao ser praticados segundo as regras ordinarias, digitalizando-se e destruindo-se posteriormente o documento fisico. § 3° Os Tribunais poderdo publicar no Diario da Justica Eletronico as citagoes, intimagdes e notificagdes de processos em tramitagao no sistema Pue, nos termos do art. 4° e paragrafos da Lei n. 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art, 20. No instrumento de notificagao ou citacZo constara indicagao da forma de acesso ao inteiro teor da petig&o inicial, bem como ao enderego do sitio eletrnico do Pe, nos termos do art. 6? da Lein, 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 21. Para efeito da contagem do prazo de 10 (dez) dias corridos de que trata o art. 5°, § 3% da Lei n. 11.419, de 19 de dezembro de 2006, no sistema Pue: 1 - © dia inicial da contagem 6 o dia seguinte ao da disponibilizagéo do ato de comunicagao no sistema, independentemente esse dia ser, ou nao, de expediente no érgao comunicante; Il = 0 dia da consumagao da intimagao ou comunicagao ¢ 9 décimo dia a partir do dia inicial, caso seja de expediente judiciario, ou Poder dutievio eo iy. G niclhe Nacional de fusliva primeiro dia util seguinte, conforme previsto no art. 5°, § 2°, da Lei n. 11.419, de 19 de dezembro de 2006, Paragrafo Unico. A intercorréncia de feriado, interrupgao de expediente ou suspensdo de prazo entre o dia inicial e o dia final do prazo para concluséo da comunicagao nao terd nenhum efeito sobre sua contagem, excetuada a hipstese do inciso I Art. 22. A distribuigao da petigao inicial e a juntada da resposta, dos recursos das petigdes em geral, todos em formato digital, nos autos de processo eletronico serao feitas diretamente por aquele que tenha capacidade postulatoria, sem necessidade da intervengao da secretaria judicial, situagao em que a autuac&o ocorrera de forma automatica, mediante recibo eletrdnico de protocolo, disponivel permanentemente para guarda do peticionante. § 1° No caso de petigéo inicial, o sistema fomecerd, imediatamente apds 0 envio, juntamente com a comprovacao de recebimento, informagées sobre 0 ndmero alribuido ao processo, o Orgao Julgador para o qual foi distribuida a acao e, se for o caso, a data da audiéncia inicial, designada automaticamente, seu local ¢ hordrio de realizagao, dos quais sera © autor imediatamente intimado. § 2° Os dados da autuagao automatica poderdo ser conferidos pela unidade judicidria, que procederé a sua alteragdo em caso de desconformidade com os documentos apresentados, de tudo ficando registro no sistema § 3° Faculta-se, quando o ito processual autorizar, a apresentagao de resposta oral e a entrega de documentos em audiéncia, hipétese em que sera reduzida a termo e langada, juntamente com documentos, no sistema. Art. 23. A comprovagaio da entrega de expedientes por oficiai justia sera feita por certidao circunstanciada acerca do cumprimento ia diligéncia. Poder cP ye oe i Consell, Necional de, Jastiva Paragrafo Unico. Haverd op¢ao de digitalizar a contraté subscrita pelos destinatérios ¢ junté-la aos autos, ou realizar a guarda desta em meio fisico, até 0 transito em julgado da sentenca ou transcurso do prazo para agao resciséria, quando cabivel Art. 24. Os avisos de recebimento (ARs) devidamente assinados pelo recebedor das comunicagées feitas pelos Correios deverao ser digitalizados e os respectivos arquivos juntados aos autos eletronicos. Art, 25. As atas e termos de audiéncia poderdo ser assinados digitalmente apenas pelo presidente do ato, assim como o documento digital, nto caso de audiéncias gravadas em audio e video, os quais passaréo a integrar os autos digitais, mediante registro em termo. Paragrafo Unico. Os demais participantes da audiéncia que possuam assinatura digital poderao assinar os termos. Art. 26. Os atos processuais praticados por usudrios externos considerar-se-o realizados na data e horario do seu envio no Pde. § 1° A postulacéo encaminhada considerar-se-a tempestiva quando enviada, integralmente, até as 24 (vinte e quatro) horas do dia em que se encerra 0 prazo processual, considerado 0 horério do Municipio sede do 6rQ80 judicidrio ao qual é dirigida a petigao. § 2 A suspenso dos prazos processuais nao impedird o encaminhamento de petigdes e a movimentacdo de processos eletrénicos, podendo a apreciagéo dos pedidos decorrentes desses prazos ocorrer, a critério do juiz, apés 0 término do prazo de suspensao, ressalvados os casos de urgéncia. § 3° O sistema fomecera ao usuario externo recibo eletronico da pratica do ato processual, disponivel permanentemente para guarda d peticionante, contendo a data e 0 hordrio da pratica do ato, a identiticagao do” processo, o nome do remetente e/ou do usuario que assinou eletronicamente o documento @, se houver, 0 assunto, 0 6rgao destinatario da peticao e a: Consclhe Necinal de, feastira particularidades de cada arquivo eletrénico, conforme informados pelo remetente. § 4° Sera de integral responsabilidade do remetente a equivaléncia entre os dados informados para o envio e os constantes da petigao remetida § 5° Nao serao considerados, para fins de tempestividade, o horario inicial de conexao do usuario internet, o horario de acesso do usuario ao sitio eletrénico do Tribunal ou ao Pue, tampouco os horarios registrados pelos equipamentos do remetente. § 6° A no obtengao de acesso ao PJe e eventual defeito de transmiss@o ou recepgao de dados nao-imputaveis @ indisponibilidade ou impossibilidade técnica do sistema nao serviréo de escusa para o descumprimento de prazo processual, salvo deliberagéo expressa da autoridade judiciaria competente, Segao V Da Consulta e do Sigilo Art. 27. A consulta ao inteiro teor dos documentos juntados ao PJe somente estara disponivel pela rede mundial de computadores, nos termos da Lei n. 11.419, de 19 de dezembro de 2006, e da Resolugao CNJ n. 121, de 5 de outubro de 2010, para as respectivas partes processuais, advogados em geral, Ministério Publico e para os magistrados, sem prejuizo da possibilidade de visualizagao nas Secretarias dos Orgaos Julgadores, & excecao daqueles que tramitarem em sigilo ou segredo de justiga. § 1° Para a consulta de que trata o caput deste artigo sera exigido © credenciamento no sistema, dispensado na hipstese de consulta realizad: nas secretarias dos érgéios julgadores. § 2° Os sitios eletrénicos do Pue dos Conselhos e dos Tribunais deverdo ser acessiveis somente por meio de conexdo segura HTTPS, e os servidores de rede deverdo possuir certificados digitais Equipamento Servidor/ da ICP-Brasil adequados para essa finalidade. ‘nsclhe Nevional de Justipe Art. 28. Na propositura da ago, 0 autor poderd requerer segredo de justiga para os autos processuais ou sigilo para um ou mais documentos ou arquivos do processo, através de indicacao em campo proprio. § 1° Em toda e qualquer petigao podera ser requerido sigilo para esta ou para documento ou arquivo a ela vinculado. § 2° Requerido o segredo de justiga ou sigilo de documento ou arquivo, este permanecera sigiloso até que o magistrado da causa decida em sentido contrario, de oficio ou a requerimento da parte contraria. § 3° O Tribunal poder configurar 0 sistema de modo que processos de determinadas classes, assuntos ou por outros critérios sejam considerados em segredo de justica automaticamente. § 4° Nos casos em que o tito processual autorize a apresentacao de resposta em audiéncia, faculta-se a sua juntada antecipada aos autos eletrénicos, juntamente com os documentos, hipétese em que permanecerao ocultos para a parte contrdria, a critério do advogado peticionante, até a audiancia. Segao VI Do Uso Inadequado do Sistema Art. 29. O uso inadequado do sistema que cause reducao significativa de sua disponibilidade poder ensejar 0 bloqueio total, preventivo e temporario, do usuario. § 1° Considera-se uso inadequado do sistema, para fins do caput, as atividades que evidenciem ataque ou uso desproporcional dos ativos computacionais. § 2° Na hipétese do caput deve ser procedido 0 imediato contato com 0 usuario bloqueado para identiticagao da causa do problema e reativagao no sistema e, em caso de advogado, a comunicacao a respectiva Seccional dy’ | Ordem dos Advogados do Brasil. Poder Judicidrio Console Necionalde Justiva § 3° A automatizagaéo de consultas ao sistema deve ser feita mediante utilizagéo do modelo nacional de interoperabilidade, previsto na Resolugao Conjunta CNJ/CNMP n. 3, de 16 de abril de 2013. CAPITULO II DA ADMINISTRACAO DO SISTEMA Secao| Dos Comités Gestores Art. 30. A administragéo do Pde caberd ao Comité Gestor Nacional ¢ aos Comités Gestores dos Conselhos e dos Tribunais, no ambito de suas respectivas areas de atuagao, compostos por usuarios internos e externos do sistema. § 1° Os Comités Gestores dos Conselhos e dos Tribunais terao composigéo € atribuigées definidas por atos dos érgaos que os constituirem, observadas as regras desta Resolugao e as deliberagdes do Comité Gestor Nacional. § 2° E instituido 0 Comité Gestor da Justiga dos Estados e do Distrito Federal e dos Territ6rios (CGJE-PJe), composto por membros dos Tribunais com 0 Pue em producdo, cujas atribuigdes serao definidas por ato do Presidente do CNJ, garantida a participagdo de representantes do Ministério Publico, da Ordem dos Advogados do Brasil, da advocacia publica e da Defensoria Publica, indicados pelas respectivas instituigoes. § 3° Faculta-se a participacao no CGJE-PJe, como ouvintes, dos Tribunais com 0 Pue em fase de implantagao. Ar. 31. © Comité Gestor Nacional supervisionara 0 gerenciamento, a especiticacao, o desenvolvimento, a implantagao, 0 suporte e ‘a manutengao corretiva e evolutiva do Processo Judicial Eletranico - PJe, bem como desempenhara as seguintes atribuigdes: | = detinir requisitos funcionais e nao funcionais do sistema, conciliando as necessidades dos diversos segmentos do Poder Judicidrio e do; Pere uae siclhe Newional dé, juastira usuarios externos, com 0 auxilio dos grupos de requisites, de mudangas e de gestao geral do projeto; I = propor normas regulamentadoras do sistema a Comissao Permanente de Tecnologia da Informagao e Infraestrutura do Conselho Nacional de Justiga; Ill -elaborar, aprovar e alterar 0 plano de projeto; IV = autorizar a implementagao de mudangas, inclusive de cronograma; V - aprovar o plano de geréncia de configuragao ¢ 0 cronograma de liberagao de versdes, cujo contetido sera definido pela geréncia técnica do Pde; VI - designar e coordenar reuniées do grupo de mudangas e do grupo de geréncia geral; VII — designar os componentes dos grupos de mudangas, do grupo de geréncia geral e dos grupos de trabalho de desenvolvimento e de fluxos, previstos no plano de projeto; Vill - deliberar sobre questées nao definidas no plano de projeto e realizar outras ages para 0 cumprimento do seu objetivo. Art, 32. As deliberagdes do Comité Gestor Nacional serao comunicadas Presidéncia © & Comissao Permanente de Tecnologia da Informagao e Infraestrutura do CNJ. Art. 33. Os membros do Comité Gestor Nacional do Pde serao designados por ato do Presidente do CNJ, garantida a participagao de representantes de todos os segmentos do Poder Judicidrio, do Conselho Nacional do Ministétio Publico, da Ordem dos Advogados do Brasil, da advocacia ptiblica e da Defensoria Publica, indicados pelas respectivas instituigdes. Paragrafo Unico. Até deliberacéo ulterior, 0 Comité tera! a| ‘composigao prevista na Portaria CNJ n. 65, de 22 de abril de 2010, e suas moditficagdes posteriores. Poder Judiesirio Coole Neaonade Jeti CAPITULO Il DAIMPLANTACAO: Art. 34. As Presidéncias dos Tribunais devem constituir Comité Gestor e adotar as providéncias necessarias & implantagao do Pe, conforme plano e cronograma a serem previamente aprovados pela Presidéncia do CNJ, ouvido o Comité Gestor Nacional. § 1 Os Tribunais encaminharao a Presidéncia do CNJ e, quando houver, @ do Conselho de seu segmento do Poder Judiciario, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, copias do ato constitutivo do Comité Gestor, do plano e do cronograma de implantagao do Pue. § 2° O plano deve descrever as ages e contemplar informagdes sobre os requisitos necessarios & implantacéo, como infraestrutura de tecnologia da intormagao e capacitagao de usuarios, observado modelo a ser disponibilizado pelo CNV. § 3° O cronograma deve relacionar os érgaos julgadores de 1° e 2° Graus em que o PJe sera gradualmente implantado, a contar do ano de 2014, de modo a atingit 100% (cem por cento) nos anos de 2016, 2017 ou 2018, a depender do porte do Tribunal no relatério Justiga em Numeros (pequeno, médio ou grande porte, respectivamente). § 4° No ano de 2014, 0 Pue deve ser implantado em, no minimo, 10% (dez por cento) dos érgaos julgadores de 1° ¢ 2* Graus. Art. 35. © Tribunal ou Conselho devera divulgar na pagina principal de seu sitio na internet e no respectivo veiculo de comunicagao oficial dos atos processuais, com antecedéncia minima de 90 (noventa) dias, os 6180s julgadores em que o Pue sera implantado, incluindo informagao sobre amplitude da competéncia abrangida pela implantagao. § 1° No territério de éraao jurisdicional em que tenha havido a’ implantagao do Pue, a ampliagao para outras competéncias ou drgaos deverg ser precedida de divulgagao com prazo minimo de 30 (trinta) dias. 20) Consclhe Nacional de Jastipa § 2° As divulgagées de que tratam o caput e o § 1° deverao ser mantidas na pagina principal do sitio do Tribunal ou Conselho na internet durante os prazos neles mencionados. § 3° E necessaria apenas uma publicagdo no érgao de comunicagao oficial dos atos processuais. § 4° A divulgagao a que se referem o caput e o paragrafo primeiro também sera feita por meio de oficio a seco da Ordem dos Advogados do Brasil, a0 Ministério Public, a Defensoria Publica e aos érgaos de Advocacia Publica. Art. 36. A partir da implantagao do Pde, 0 recebimento de peticao inicial ou de prosseguimento, relativas aos processos que nele tramitam, somente pode ocorrer no meio eletrénico proprio do sistema, sendo vedada, nesta hipétese, a utilizago de qualquer outro sistema de peticionamento eletrénico, exceto nas situagdes especiais previstas nesta Resolucao. Art. 37. A instalagao da versdo atualizada do sistema ficard a cargo das equipes técnicas dos Conselhos e Tribunais e devera ocorrer no prazo maximo de 30 (trinta) dias, a partir do langamento da versao devidamente homologada. Paragrato Unico. Os procedimentos de homologacao e instalacao das versies serao disciplinados pela gerdncia técnica do projeto, devendo incluir a realizagao de testes por equipes designadas pelos Tribunais. CAPITULO IV DAS DISPOSIGOES FINAIS Art. 38. Os artefatos instalaveis do Pue, fornecidos aos Conselhos € Tribunais, no poderao ser repassados a terceiros sem autorizagdo express: do CN, Art, 39. Os cédigos fontes do Sistema PJe, e respectivi documentacao técnica, sero entreques aos Conselhos e Tribunais que atuem) junto ao CNJ como fabrica do sistema, mediante assinatura, pelo respectiv Poder Judiciatio inl. Micliacdl Beaileies Presidente, de Termo de Uso ¢ Confidencialidade que assegure sua utilizagao para os fins e nos moldes previstos pelo CNJ. Pardgrafo unico. Ato do Comité Gestor Nacional do Pue, referendado pela Comissao Permanente de Tecnologia da Informagao e Infraestrutura e pela Presidéncia do CNJ, disciplinaré 0 processo de distribuigao dos cédigos-fontes e respectiva documentacao do Pue. Art. 40. Os Conselhos e Tribunais promoverao a capacitagao de usuérios internos, a fim de preparé-los para aproveitamento adequado do Pie. Art. 41. A partir da data de implantagao do Pue, os Tribunais manterao, no ambito de suas atribuigdes, estruturas de atendimento e suporte 0s usuarios. § 1° Os Conselhos e Tribunais deverdo treinar multiplicadores do Ministério Publico, da OAB, das Procuradorias de érgaos publicos e da Defensoria Publica, previamente a obrigatoriedade de utilizagao do Pe. § 2 Os Conselhos e Tribunais deverao disponibilizar ambiente de treinamento do Pue, acessivel ao piiblico extemno. Art, 42, As cartas precatorias expedidas para as unidades judiciarias nas quais tenha sido implantado 0 Pe tramitaréo também em meio eletrénico e quando da devolugao ao juizo deprecante sera encaminhada certiddo constando 0 seu cumprimento com a materializagao apenas de pegas essenciais 4 compreensao dos atos realizados. Art, 43, © juiz da causa resolverd todas as questées relativas a utilizagéo @ ao funcionamento do PJe em cada caso concreto, inclusive as hipdteses nao previstas neste regramento. Art. 44, A partir da vigéncia desta Resolucao ¢ vedada a criac& desenvolvimento, contratagéo ou implantagéo de sistema ou médulo del processo judicial eletrGnico diverso do PJe, ressalvadas a hipétese do art. 45 as manutengées corretivas e evolutivas necessarias ao funcionamento d sistemas ja implantados ou ao cumprimento de determinacdes do CNU. Poder Juciiaio QP an G Console. Nevional de Justia Paragrafo unico. A possibilidade de contratagao das manutengdes corretivas e evolutivas referidas no caput deste artigo nao prejudica o integral cumprimento do disposto no art. 34 desta Resolucao. Art. 45, O Plendrio do CNJ pode, a requerimento do Tribunal, relativizar as regras previstas nos arts. 34 e 44 desta Resolugao quando entender justificado pelas circunstancias ou especificidades locais. Art. 46. As doagées de ativos de tecnologia da informacao pelo CNJ serao direcionadas, exclusivamente, aos Tribunais que implantaram ou estéio em fase de implantaao do PJe. Art. 47. © CNJ coordenara as acées permanentes de desenvolvimento e manutengao do Pue, realizadas por equipe do CNJ, dos Conselhos e de todos os Tribunais, presencialmente ou a distancia. Art. 48, Os casos nao disciplinados por esta Resolugao e que possuam cardter nacional seréio resolvidos pela Presidéncia do Conselho Nacional de Justiga, que poderd delegar tal atribuico a Comissao Permanente de Tecnologia da Informagao e Infraestrutura do CNJ. Ministro!Jo: arbosa Presi 23

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