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10D wn on sxcu0 ‘Mas, ances de passar cassifiado em sl alguns aspectos necessitam do devi dorealee, 21 Gitéros classificatérios da agéo ‘Asagdes clasifiam-se de acordo com indmeros e dserepantes critérios * Entre os velhos representantes da processualistica de boa cepa luso-brasileira, conquantojéadvertindo autilidadedeconhecé-las néomenospelosnomesque pelos efeitos" reunidas em base objetva, subjetiva ouformal,sagbesdividiam-seem reais, pessoals, mstas, penats reipersecut6rias (in)transmissives,(im)prescritveis sumé- Flas eordindrias* Evolugo natural dasideias, provocada pelos estudos revoluciondrios ne terreno da ciénciaprocessualnaprimeicametade doséculo passado, paulatinamente divulge doseaceltos, consagrou, nao sem resistencias serddiase dignas de registo,* taxiono- ‘mia fundada na eficdcia do ato jurisdicional, exageradamente reputada ‘a imicaclas- sificagao legitima e important ivo agrupamento das ages em sdidentificacdo dosdireltosformativos, osteriormente,ocorteua descoberta daagiomandamen- Aclassedasconstitutivas;" tal, &qualseJuntoua exe: [Nada obstantesemelhantereparticdo,inspiradanaespécieenatureza”datutela prestada pelo érgio jurisdicional* os demals crtérios classiicatdrios, baseados em particularidadesoutras do objetolidgioso, permaneceram incélumese vallosos. at 45, caput, do NCPC emprega, pex., 0 vetor eal ou pessoal da acdo, a fim de fixar a competéncia no teritrio, eo faz de olo na conveniéncia das partes. Tampouco se excluem, aprlort,cutrassugesties.attude prépriaAracionalidadedapessoa humna- 26, Paraamplasnilie das no;ees gu defondldas, oa Maria Teseiner Felipe Fronet, Condens ‘oy mandemen «execu, pp 508-817, queretomam aofime oo cabo, kclasseagso par Tas 2F. Conta Teles, Dorn das ares 15 20, Segundo font Frags Institue do proces ct do Bras ‘onaultva ‘reclamos de uma goosaclassfcarg cen sacs patunnes ca ecxso 117 | essas varlagdes nada auxillam 3 jaconsistenaidentificacdo daforcae na Forfar distingBes. Sucede que, no estagi exata ompreensio da matéria.*O melhores dosefeitos, ‘Todavia, ressate-se a circunstincta dea teoria das agGes, elevada.a tema central do processo civil, realmente ensejou a radical “mudanca de tratamento dado ao processo' derrotande 0 método gasto dos antigos procedimentalista, ‘Também no se deve olvidar que ofestejado sistema enaltece, ea todos poe de sobresviso quantoadesvioseincorregdesderumo,acorrespondéncia imprescindvel dobinémiodieeito material e processo, que governa aefetividade do controle uc rioeda realizagiodo diteito objetivo:*E, defato,a classficagao consideradadoshau- ‘idos do direito material ~ da “a¢o" material, portanto:oagir queo veto autonutela Imps que o titular do direito veiculasse no processo.” Nouso cortente dos operadores, outrossi, mostra-seindiferenteagrupar ages ‘ousentengas segundo aeficécia ‘Namedidaem que contetido da demandacortesponderé, inexoravelmente, 0 ‘dasentengade procedéncia, om virtude da tegra da congruéncia (art. 141 cf ‘doNCPC) -a sentenca de mprocedénciaapresentar-se-dsempredech vv, porque declara ainexisténcia do direlto alegado pelo autor pr ‘concede ao réu, exceto acerteza que o autor ngo temo alegado, toca de Angulo: culdando das espécies de ago, sopess-se aquele contetido no inicio doprocesso; ao perquirira cargadassentencas, aquilat-se tal iicleo no momentoda suaextingio. Amudanga deperspectivapossulconsequénciasde relévo, Noprimeirocaso,leva- -seemcontaaagio afirmada pelo demandante;no segundo, «agdojulgacaexistente e Desse modo, aclassieacio abrange todas as agbes propostas © nado o fim do processo, ela serve apenasssentencas de proce .quanto,desestimada a demanda,nenhumdireitoerespectivaagao material , narealidade, ao autor. sentenga deimprocedéncia ésomente decarat6ria.” 12D nuns onsecto 22. Eficdcia principale eficdcias secundérias da acdo ‘Talvez omaiormérito de Pontes de Miranda, naposicao de processualist tenha sido seudenodona.firmativaradical dequenenhumaa¢donasce pura Teveaintuigao de considerara agao um conjunta deeficclas,edeclassificd-1a através da carga prin- encontradosnorespectivofelxede eliécias. de género e deespécte, outrora .Gaadas ages, distribuindo valores dominantes-ensejouopassoseguinte: deumacincoparacadaumadascinco! juma onstantedeforca quinze. Essa proposigio até hoje é de dificil intel Porém, 0 essencial &que, realmente, @ sentenga agasalha mals de uma eficicia em cada hipdtese. CO peso desse subsidio &ciéncia do processo é bem maior do que odoalargamen- to da fenomenologia das agbes, localizando no espectto oefelto mandamental e 0 feito executivo, que, paradoxalmente, desperta malsadmiragao e celeuma, poisessas cficdcas jd eram conhecidas. ‘Taocedicasetomous combinagdo deeficicias que poucos se! Emboraapegedasavencidadivisto simples los julgamentos tivoconformeahipétese.* decomporasentenga de despejo ecomprovar, na prtica,aassersao bési- ca da multipicidade de efeitos, Fla comands, preponderantemente, arestituigao do bem locado (eficdcla principal: executly ‘ocontrato(eficcia imediata: cons- titative); declarao direlta do autora recuperaeao da cosa (eficécla mediata:declarati- ‘va)e,estando locaggoaverbada no cartapécio real, manda cancelaroregistr (fic cia mandamental). Mais difcilserevela em todos os casos localizaras cinco efcdcias. 0 dbice ndo invalida, porém, a tese central: dentro do mesmo provimento convivern mais deumaeficicia, ‘Tai consideragdes permitem avalar,na sequénecia, as classes de agdes do ponto evista da stisagao que, porventurs, conferem ao seu titulat, 3. Eficdcias da sentenga e satisfagio Fer-se registro, tomanco partido natemética da classficagao das agdes, segundo forge do efeito que o demandante procuta produzir junto ao demandado, a cinco “B.C do Couto Sv. A tora ds agbes em Pontos de Miran. p75. “i, atta Fata Fabio Comentros ao Csaga de Procaze Cheb 8.2m 48, p. 580, aces rmmmnasesoncrcugn 113, classes autdnomas: (a) declarativa;(b) conden (e)mandamental. Mas, cumprereconhecer oescasso prestigiodetal Ge quindria, prependerando, largamente, a estreltaeindébita imitagio das eficicias sentenciais as trésprimeiras - declaratéria, constitutivaecondenatéria' 0a, afenomenologia das eficicias identificévets 0s provimentos; [No estgio atual do processo civil, excepto {ita thipétese dese pretender confundl funcao eestruturanocontexto daatividade jutisdicional, as agGes executivas emandamentaislograram os6lidoreconhecimento ‘desuaautonomia, ‘imitando-seascategorias tradicionalsaforgadasentenca, graves consequéncias _seproduzem,distorcendo o ambita exato da funcSo executiva. Porexemplo, reputada condenatéria aagko deimissio de posse, aadequacao praticao comandosentencial se subordinaria ae modelo comum (art 513), masa pretensio a executar nasceria do feito (executive) da condenagio; no entanto, a carga daitnissio de posse J éexecutl- rexecutivorecai sobre bem integrance do patrimOnio do vitorioso), motivo por {que os atos de cumprimento da regra jurica concreta resultante da sentenca, jé se ‘exouriam dentro da propria relagio processual pendente, prescindindo ca formagio deprocesso autnomo." ‘Exemplo de ineompreensto da diferenca entre a forga condenatoria ea forga ‘executiva localizase na tentativa de reduzi-la, considerando a identidade de m texecutivo (desapossamento) aoantigo processode execugto fundadoem titwiojudl “ portanto,em qualquer hipétese exigindoaformagaodeourarel quersetate deagao inguindo-se apenas em razao do prazo de .oalvitre néo empolgou a jurisprudéncia rasemptese executaram, nio entreganda ovencido.a do petitoria ou possess dda coisa Felizmente, 0 patria: asagses de forga ir penatece an verso qutdantes: Frit Baur Ziviprosesrech, $7, pp 1-46 EacoTlioLie- ‘rp Bi Arts Atala de Caso, iro proces pros ‘pp. 17-42 Calas Alberto Aa de Obey, Alenago ‘Odi Bap dae, Curso de proces col. pp. 12 Arken Sena Cumelgde degen 18, pp- 80 ta Siva a de mado depose no diet rasta atu BP. 114 De wanuacon coisa espontaneamente, no mesmo processo, Retornando-se a sistemticado CPC de 1939 - dedugdo da pretensio a executar sucessivamente,insimultaneo process na execucto dos pronunciamentos judiciais, o problema desapareceu naprética, ntenda-sebema proposigio. Qualquerquesejaomomentoda execusao, porém, antecipada ou diferida, o melo execut6rio - desapossamento e, doravante, coercio patrimonial ~ mostrr-se-4idéntico, quer soja real (ug. a relvindicat6rla) ou pessoal (ug, aimissio naposse) acto, esuscitaré anaiogos problemasna suarealizagio pr tica, nos casos versados,eindependentemente danatureza do titulo executive. ‘a classificagio quindria das foreas sentenciais resolve, de modo f0,0 delicade problema da patureza das agdes. Ordinariamente, precisara carga de certasentenca constitultarefa penosa eperturbadora para os mais, atlados espiritos. Evitam-se os dissabores éa empreitada, as vezesinevitivel” merc® da disciplina aqui defendida inquérlwo doravantee: ard ating alvo bem verso, 50- ined, quer se cifrem a tes, im- .etrazido alco obteré odeman- dante com cada eficdcia poss pronunciamento. E preciso reter que “toda sentenga exigealguma forma de cumprimento, oundo uma sentenga'* Aquestto proposta assume maior importancia, comosepercebe na doutrinaale- rmarecente,® paraguadrarodmbito deaplicagiodoart.513doNCPC.E, posta aquestio nesses termos,étotalmente inexatoas sein simultaneo processu ‘ pronunciamentos judiciais (art. 515, classifcatéro e, prin- cipalmente,desapareceua distingao entre aforgaexecutiva, Essa distingao jamais se baseouna necessidade, autdnoma."E, adian- tandoo ponte, frse-sebem: asentenga 6eondenatéria quandoasatisfagzodo vencedor dependerd dos bens porventure integrantes no patrimonio do vencido; eexecutiva, ‘quando essa stistacdo visa arecuperar bem integrante do patriménio do vencedor, 3.1. Eficdcia declaratévia ‘Mediante aforga dectazat6ra, objetivao demandante extirpar incerteza, Deseja tornar indiscutfvel, no presente eno futuro, gragas a autoridade de coisa julgada, a ‘ipods carmpriment de wim mandaco, tncorticia nas possess da dctomia ago ‘de cognipo eagd de execunsot 4, Amemplo de Teodor toprlininarde soe desc p29, que qualfcouascionatente do conte: ri categoria de uma clasaeso que se compra. 5, ie execu autres, p30. 4, Haoeoachin Musielak, undue 2P0, 1,601,938. £0, Sem rate Leonardo Pres da Siva ibe, Breves consieragdesaetes do impact da Ut 1730/08 po vena fc dun sntengan np. oes manasa echo 115, iadeded cexisténcia oua inexisténcla derelagdo jurica, aautenticidadeou: ‘mento, consoantedispés fortementeinspi smbém comporta decla io declaratlv,ignora- ‘Quemsé pleteia declaragaoaojuiz, eobtém éxito, dar-se-4porsatsfeto,ecabal- mente, desde 0 curso em julgado da sentenca. Entio, o vencedor apropria-se do que pedira a0 6rgdo judicial -certeza- carecendo a regra juridica eitida de qualquer atividade complementar em julzo, Focalizandoo ponto com preciosa exatidio, perce- beu-se que a sentenca declaratéria ¢instrumento autossuficiente de tute jurisdicio- ‘nal nosentido de queassegura, demaneiraplenaecompleta, aefetvidadedasituagao Juridica substancial deduzidaem juizo.* ‘Acficécia declaativa assume carster *prescritivo™™ A parte adquire o direito in- contestivelde comportar-seemconsonénclasocomandosentencial,e, principalmen- te, no é dado aos que se vincularam a declaracéo impedi-a, Exemplificando com cio declaratoria da inteligéncia e do alcance de clfusuia contratual, a finalidade da ddemanda 6a de prescrever as parceiros do negécio, sucessivamente, determinada pauta de condut, "independentementede execusao alguma, de que ni se cogitaede {quendose podecogitar” (itlico do original). ‘Como se infere do exemplo, eno pensamento do autor citado, a preserieao de cconduta independe da pritice de atos executives. Mlenticamente, a doutrina alema . que, dasentenga declaratéra, ndonasceefe\to executivo*Talvezmelhorse 1asse a particularidade considerando que o modelo de adequagio, porventura ado da certeza abtida, decorre ‘apenas da palavra do juir™ nti, se reorca a Gir Fie Baus Zitprocesecs 1. 12, 9 2; Guseppo Chivenda, Aon senteaze nero 8 eament p35 baci Lanitaneh, Contibut lla sudo delTaione di mer cecertarseno {32 teunardo Piewo Chto, a aon dctaratv, 3p; Manuel Fraga Tbs, La acc ‘merarenedaclaraiva 8, 52, Pontes de Miranda, Patado dar actos 1,§ 3p. 157. Nomesmo seas Andrea Proto Pisani Apps ela tls dt eto accertaners ‘sp, 165152 Ro. MA Pargendes, 8.121 (2. Na urigprudénia, 2+ Ture do ST 16 D wawuxoarsecacto Ideia inconcussa de que “nada hd para executar apdsa sentenca, quanto 20 objetoes- ppecificada decisio’™ Por Sbvio,caberd execusio do capitulo acess6rio da sueumbén- cia" “Objeto especifico” do pronunciamento, no caso, espeita ao capita principal ‘ourérito, _Aexemploda quesucediano direite anterior, oart.515,1,ndoalude&condenarso ~curlosammente, cart. 495, culdanda da hipatecajudiciéria,alude d “decisto que con- denaro réuao pagamento de prestacio consistente em dinheito’ ou passivel de con- versio em dinheieo, emprogando formula mals condizente com a realidade - prefe- rindo férmula ambigua: “a decisao proferida no proceso civil que reconheca a cexigibilidade de pagar quantia, de fazer, de nfo fazer ou de entregar coisa: No tocante 0 dielto anterior, perante o qual relvindicou-se a autoria da tedaglo,* em vez.de pretensioaerecutar ‘Em primeieo haga, em outras disposigdes o NCPC nao hesita em eps stages de fazer ot nao fazer ede entregar coisa, aexecucio prescindiria ‘sum ponto positivo, se hé algo nele digo derealce, nessa disposigao. 0 to da execusio dopronunclamentocom semelhanteconteido undar-se dem tuo judicial Volvendo aicgiolegal,oart.515, nde conferiu pretensioa executara declare .¢40,Se o provimentoreconheces ‘exigibilidade” ~ expressioerrdnea,em todo caso, pois a exigibilidade pode surgir posteriormente, como acontece no caso de 0 érgio juicidrioapreclartelagto uridieasujeltaatermo ou condicio (art.514)-deobrigagso ‘acargoddovencido, no, simplesmente,arespectivaresponsabilidade, vaibemalém ddasimplesdeclaragao (art.20),e,desdelogo,condena ovencido infra, 3.3).*Eéainda ‘mais equivocade atribuir pretensao @ executara sentenca deimprocedéncia. Verdade queoST1 jéedmitiuesso extravagante anomalia,incldind ‘mardeclaraivaa pretensio arevisarcontrato,na verdade constitutivanegetiva, porque aces maison cucso 4117 autor pleiteia a invalidagao das cldusulas contratuais° Ora, 0 autor age, mas oréu reage:0 autor pede, oréu impede. Se o réu pretend algo mais do que. certeza da de- claragao intrinseca ao juiza de improcedéncia, necesstaré pedit por meio da recon- ‘vengdo,razdopor que ofuizacolhe’ 1). No caso da improcedéncia da p ‘resist flard como contrata eventualmente ituloextrajudi cléusulas impugnadas no se ostentam invalidas. Porconseguinte, a declaragao, enquanto declaracio-o provimento pode exibir ‘provimento em si entzoga o bem da vida 20 vitorioso. 0 equivoco, nessa metéria, ‘consiste em ignorara pluralldade de eficdcias no mesmo provimento, conduzindo o intérprete em alguns casos, @ exemplo, da sentenga proferida na desapropriagdo, ificandoefeitoquendoéda deciaracao (certeza), masdeoutro 32. Ehcdcia consttutiva camudanga (ciasio, modificagao ouestingao)narela- odo proces" Aagio constntva sto) ileteral,em facede inadimplementoimpuci inulagao de negocio juridico, que versou objeto impossivel (arts 165, Me182e0CC). Th Ss do STL AgRe no Rap, 1.46.48 SC 27.05.2014, Rel Min Sdne! Rene DIE 08.08.2014, iret procesual ct. 1 Prnpiosde de nantes dos ios tio y sentence R 118 D wanuuLoa ecto [Nas hipéteseslistadas,oefeito principal dasentenca deprocedénciaéumestado juridico nove, Em algum ponto, ‘por minimo queseja, mundo juridico" mudow. [No que interessa, ou sej, elativamente a satisfacdo do demandante, caro esté ‘que o estado novo se incorpora, de logo, a0 mundo jurdico, e de nenhuma comple ‘mentagao pritice ulterior carece a eficdcia constiutiva. O termo inical do prazo de dlivdrcio 6a data da sentencade separagao, Neste momento, sendo antes (p.ex. prece- dendoa separagio ordem judicial para afastamento do cbnjuge), sucedeamudanca do estado civil, que carece de qualquer ato externa 20 provimento judicial (p. ex. da averbagao edo registro civil doato). Exataseafigura, assim, aobservacdio precisa deFranco Lancellot emsequéncia ‘eflcdcla consttutiva, é desnecessrio o “desenvolvimento de qualquer atividade ‘material operando eficécta,posttiva ou negativa, como “emamanifestagia de von- tade destinada aproduzir Embora aludindo a uma “executividade" em sentido amplo, que se passa s6 no mundo juridico disto no discrepa em substincla Tomés Para Filho, porquanto depa- ano provimento constitutivo “toda asus eficacia,independentemente de outro pro- cesso ou de outra vis executéra!® ‘Também na forga constitutiva, portanto, nada hé para executar eo demandante sesatisfazplenamente tio sé com opronunciamento do jul. Porém, nenhuma sentenga é pura e, nas agBes constitutivas negativas (vg. na esolucae do contratopreliminar de compra venda, por inadimplemento do adqui- rente, 10 qual oalienante transmitiua posse eoadquirentepagouparcelasdo preco), lo raro impée-se o retorno ao estado anterior e, ndo sendo possivel,aindenizagio pelo equivalente, conforme dispde 0 art. 182 do CC, quanto as agdes de invalidade, regra aplicavel, poranalogl,&resolugao (art. 475doCC).Emtalhipétese, inexistindo cumprimento voluntério, surgird pretensao aexecutar, Nao se cuida de A orga consti ‘watual, opera por sis6, sem a necessidade de qualquer atividade material para essa Snalidade, asso da doutnalalina ainda que tio, nore cet. aces pauanaaes oaexecucio 119 33. Ffiedcia condenatéria De todas as eicdciastradicionais, a de construgao mals dificil e enigmética é condenatéria. Néo se assentou, definitivamente, nogdo imune a rsicas, Com efeito,anatureza da antiga férmula (condemmatio) dos pretoresromanosa todos atormenta grassando divergén« 8. cobra que legou a ciénci _ seutlacdnico e definitive enunciado, “condenar” alguém significa reprové-lo,“orde- nar que sft ‘Segundo outra influente," o elemento condenatério resulta da soma de duns declaragées independentes, as quals, como deflul do art. 20 do NCPC, mostram-se feacionaveis em Juizos auténomos, Segundo tal raciocinio, num primeiro momentoa juiz dectara odireio posto em causa e, na sequéncia, impoe ao vencido “a sangao es- tabelecida na lei para o ato iliito! Tratar-se-ia, pois, de dots elementos declaratsrios ciscern{velspelo objeto. Férmulamaisclaboradadefineasentengacondenai preparatériadaexecucéo, “porque elalimita-seadeclararaexisténcia deumavi ‘a alguma obrigagao ou dever juridieos ea necessidade de se aplicar a sangao dat decorrente’™ 1a concepgao vingou no art. 515, sentena que reconheca a “exigibilidade” de obrigaga aresolucdo judicial reconheceu abrigagao, impésa prestagao ao vencido, ¢, portanto, nio é*meramente” ~ como se dia antigamente ~ deciarativa, ou além da declaragdo da simplesesponsabilidade (at. ‘Ge, Pontos de Miranda, Tata das acs 5,818 0-4 70 Idem, $38 p09. 77 co Tuli bmn, Manu ddr prcesuale ci. 84, p. 185 dem, Proce de 1413 Nedoutinatraaiua, Frederico Marques Manual de dito rocesual "Se mesmo sentido, no eto alana Crsento Mar " ‘Secor da ppt ‘2, CinloSeainela Bano Cuprimenie da sentenca e process de execu: ena sobre © ‘Camprltente ds seatancascondenaslas n*L2, : ae . 120 ) wawrcorsreago ‘Todavia, om devastadora critica teoris, outro processualisia lustre colecionow argumentos declsivos e contririosas principals premissas dessa tese,e, conseguin~ rem duvidard da - constante e imutavel do elementa condenatério hé de ser buscado dade, De outrolado,hésangdesque se materializam através daeficécia desconsticutiva Bo que sucede, p. ex, na hipétese de ojuiz decretara nulidade absoluta de negécio Juridico,ateor dort. 166d0 CC. Enfim, se efeito executivo da sentenca condenatéra, ou sea, aa executaro vencido,origina-se da segunda proposiglo declarat6ria do ju ‘que aplicaa“sangio” -omitido semelhantejuizo, parece indiscutivel que tenga deprocedénciaselimitarla pura declartividade-," nao éeviente segunda declaragdo, Oelementodeclaratéro,devegra,ndoensejapretensbesexecutivas. Porquese passatiacontriia -oobscuro cinevitive jogo depalavras rovaoacertoda, critica -na"segunda declaragdo" da condenaco é pergunta jamais respondida. Fixou-se adourina, demodoalgo paradoxal, mesmo sem decifraroquides ocisrensonesonstecrad 121 Logo se percebe o muito de precitio e de insatisatsrlo contido em semethante alvine, Perigoso queseja solar aesséncia a partir do efeito, a empresa é desenganada se ‘expediente pouco acrescenta e nada esclarece quanto &identidade da condenacio. ica-se na periferia do seu quid. Ademais, a correlacao obrigat6ria e artificial entre 0 clementocondenatérioes execugdopoek mostra, dramaticamente,otracado rificial cearbitrdeio das fronteirasusuaisimpostasfuncdo executlva, Certs prestagdes infu ivels, erladas pela eficécia condenatéria, nlo encontram meio hébil para efetivar-se, seja porque a ardenamento rejelta a mecanismo de coacio, seja porque poucos nele reconhecem auténtiea“execugao forcada’” As excegbes desfazemo vinculo inflexivel {que prenderiao elemento condenatério.’ execucio. Essencial & condenagio éaprdprla condenacio, escreveu-seem pejoaotrutsin0 daproposigéo. "Esso porque oefeito executivo se ostenta eliminavel, como ocorrese aprestagio recal sobrea Fazenda Piblica.” Gertamente, a falta de proposigto definitia clara, jé no CPC de 1973, t8o pro- pensoelase, precisamente, oabandono desse propdsito constantenoanteprojeto, geraadificuldade.” Oart.495, caput, do NCPC, reproduzindo oditeitoantetior apre~ senta débil pista, relaclonando a idela “decisdo que condenar oréu ao pagamento de consistenteem dinheiro; ouque converter prestagdo diferenteem dinhetro, «de outorgar a0 vencedorhipoteca judicisria; em seguida, porém, oves- fraco se exaure, cedendo a razdes allnhadas nacritica precedente &teoria da dupladeciaragao, Mas, o siléncio legal no significa, ponderou-se em face de lacuna mais grave, ‘que aeficécia condenatéra sejaconstrugdo artificial eaberrante, Entrens,0art.515, 7 de 5 pn emia de nde Pot ha pun sala cond? acceramentoecondann! °4 pp. 253-204, 9 qua ‘eget ot ema ee tener ci snewoe no seprarie dono ds 21, Galometotleons,Conéanna ce to exes... 22 D nawacouercigo 1, doNCPC consagrou a0 contriio do omissoegenéricoart. 464 do CRC gurafaclmenteenquadradana dupladeclaagdo, Emvdo,porém,buscou-seerradicar {sentence condenatétia, "A maginar-e que algum golpe se tramavaescreveu José Carlos Barbosa te.0golpe malog cognatosno NCPC, bastandoinvoear our vez, oar. 85, $4 I, que aude falta de ‘condena¢io principal!” (logo, quanto ao capitulo principal da sentenca) da Fazenda Piiblia, estabelecendo ctr subsidiro para estabelecera base decélelo dosho- 10 fund, trata-se de urn modo declara® que Jodo deve xa se concepsao prevalente da duph analitico de definir a condenagio. Se o érgio judi Pedro, nie se cingia declarar Joao responsével perante Pedro, mascondenou(epro~ vou, ordenou) oévaprestar ao autor Deu um passo adiante dasimples declaracao" E, maisuma ver, valerecordar que art.20doNCPC quantoa possibiidade deo autor pleiteara simples deciaragio, conquanto exigtel a prestagao. Em diversas situagies, larararesponsabilidadedoréu"Equipararasduas ressado da(talvez impossive! po razdes préticas) futura execucio. ispostivosiavocados sem duivida,confortamafugidiaentidade“condenagao;, deresto entroncada no comérciourtdicoeno uso dos operadores cagdomalssimplesedireta& figura dacondenagao. além da declaragaa daexisténciada responsa- deprestardirigidaaoréu(..undelnen Leis- ' apesar das criticas recebidas pela idela no seu de, por intermédio jbefehl an den Beklagten. proprio ambiente cultural," logrou aceitacio geral; por exemplo, Othmar Jauernig aflema que sentence condenatéria “enthilt rweierie: Es stellt das Recht des Kldgers gegen den Beklagten fest und befiehlt diesen, na den Kliger 2u lestein” (em ‘espécles:dedlara di F,malsadiante, acrescenta-se que, mediante sentenga de declaragio, o autor obtém (5 Wilhelm Kitch, Beige ur Uretslre§ 1 617.2530 17, Othmarluerlg Zepronerect,§ 34,1. 132 ages racnnanes accu 123 to sb existencia do efeito juridico alegado, mas nao o direito de executar™ Eteorla acolhica em outtas egislagdes, objeto de previsio especitica no art 5.1 da Ley de En _juiciamiento Clvilespanholade2000: Seja como for ha certaeficdcis condenatéria operando efeitos, ea trivial consta- ‘ago agatta-se ao senso comum. Bla decorre da circunstincia, bastante acentuada pela incvitivel enecesséria comparagio com as eficicias anteriores, que ha direitos ‘cujaatuagdoexige ulterioresatospriticos para outorgaro bem davvida ao vencedor. ‘bem de vida almejado na demanda nao 6 obtido através da simples emissio do pro- julgado ("execuc2o" volun- “Emora no sea a tinica forga sentencial a projetar-se no mundo dos fatos para ‘essa fnalidade, e por este motivo delimitar seu campo de incidéncia continuariaim- ‘perloso, embora a questdo maior da sua individualidade que aberta a posteriores ‘estudos,acargaexecutiva da condenagao 6insuficienteparaque as operagdes réticas “decorram da propria regr juridica concreta.Oefeito executive quea acompankaori- ‘inaré outra pretensio, a pretensio a executar, propicia&efetivagao do “programa” condenat6rio. Naentanto, parece arbitrériorestringir semelhante escopoasprestacbes pecuniérias”™ 114 um argumento decisivo para demonstraro surgimento, apés a emissto do cexecutar- evidenciand nochamado "cumprimé do CC). Ora, oart.525, supervenienteasentenca. Logo, oprovimento pretensio, aqualcomportard encobrimentopel ‘apretensio origindra (Simula do STR, n° 150) Esse dado revela cconcepgdes que vislumbram no curmprimento simples “incidente’ abdicando de ex- plicagdomaisabrangentee completadofendmeno.Aaltadecumprimentoespontineo ddopronunciamento judicial, cracterizandoo inadimplemento,éindicaanecesside dede ovitorloso agi perante veneido.* 126 D wananconoecugo [No cotejo das sohugoes aventadas, no estéglo atual alcangado pela cléncia do process aincapacidadedea condenagio satisfazerodemandantenomesmopro6=s, Te provocan doo nascimento dapretensioaeseeuta,éopontoméaimoateancavelna ‘busca daidentidade desta efiedcia, 34 Eficdcia mandomental Foigragasa culdadoso exame empirico dase teaverbado depouco feliz porinfuente procs clamandamental, nencionadasnoart 139, fenre outras disposigBes da legislagao proces {Lei.069/1890,ulizaa expressio “agiomandamental”) €0b Beso legislador, cuja preponderdncia no pronun: ‘aurdnoma classe de sentengas do regime classifi ‘Segundo a concepgio originéia, provimento deste ireto ea ordem, proferida pelo juz, dirigidaaalguma au ‘mandamental éo embargo oferecido por terceiro a. at ju ‘constitu outro bor exemplo da classe.” Nesta arresto avultaapossibiidadedeaigumpariculares pars extravagant (1g, at. 212, §2, da dos uldadoseaten ‘dofuiztipificaaquartae arresto somente se explica lage do terceiro imparcial, que, dotado de jrisdto tepuseu doselegitima de imperium pararesguardaro presi desusfuncto cefetvar ene eomandos.* Enquanto no projeto de adequactofética derivado da eficécia con- Tenatbriao Juiz id ge sub rogat a que oobrigedo nao cumprit, em que pese desis st lo nacxocugao domandadohé"atoques6ojuizpodepraticarporsusestatalldade’ .20,notato. 2.615 Kem, Derecho pros lagu a fd Calo Barbose Morel, Asentenga mandamental- dt ‘Alea wo Best p39. on. Chore do Goats Si, Comers ao cdi de proce ci 2 n4B1 p43; Pontes 3 Miranda Trad das ae 863° 9.10 ‘, bulo fe Bapeta da Sv, Comers ao codigo de proces ls 1.9.35. 8 case rao das ages $22, p-9.No est sto, Fabrizio Carers ia ttle meaner pp 7077 ee, Delete respite to magni exo deOrid A. Baptista data Css deproeso ck 2,55 12-158, pp 247-1 1, ontes de Miranda, Tratado das apes 1 § 97, p- 22% NBO #6 eon cndamenal no correspond aalguma aslo materi O que sueede éanfungh- aces rmenmaseson cup 4 125 ssa Garazdobésica pela qual odesacatod ordemdo juizimporta erapia diferen- teda ordindtia,empregadapara debelarrebeldias’ reprovacio emanadado«lemento Condenatério. Eventual aftonta a0 imperium co Srgio judicial, wilizado porque Comportamentoexigido dodemandado €infungiel,emoutrosordenamentos rovo- Sanda privagio da iberdade do recalitrante. contempr of Court contrapée-se,e

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