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doravante envelhecidas ulirpassadss como outrora as teni- ‘as artesanais, a tnica possibilidade de uma reconciliagso da arte com o sistema da cultura parece ser a sua insergio no sistema da informacio © da comunicagio de massas, js iden. tificado como estrutura dindmica do ambiente material da existéncia, Disto depende toda a série de problemas, cuje Dresenga se nota mais eu menos elaramente nos movinentos Aamisticos mais recente: 1) se a posse pessoal do objecto © 0 Seu entesouramento ji aio sio as condigtes da fru ext tica, a fungéo da arte jf nio pode ser a de produzirebjectos, mas a de emitir informagdes que estimulem 0 consumo: 2) se, paralelamente ao que acontece na esfera econdmica (que actwalmente se identifica com a esfera soca), tambon na esfera estética a funglo do consumo prevalece sobre a fungao da produgio, o protagonista da experiénca esttica no € 0 artista, mas a colectividade dos consumidorce; 3) visto que num sistema de informagéo de massas no pode existr 0 nivel privilegiado da informagio esttcs, 0 carseter estético nio reside na informagio mas no modo como ela & recebida; 4) nio € certo que os processos destnados a eleva 4 nivel estético a informagio de massas possam ainda set considerados processos artsticos: em todo 0 caso, ji no poderio realizar-se mediante téenicas artsticas tradicionas, ‘as apenas através das téenicas propria da informagio e de ‘comunicagio de mass, © VISA ARTE E A HsTORIA Suan fu a recondugio da ante 20 7e¥0, manifestase como crise da historcidade e como olucio do sistema téenico das ares. A questio da histor. 4 lugar a ts hipéteses: 1 indo uma histria prépia, tal $6 € possivel avaliar os factos © a sua sucesso; 2) 2 desenvolve-se segundo a ‘ealista. Na segunda hipétese, a arte & uma super. a, que segue no seu processo acontecimentos que se luzem a nivel de esiutura e, portanto, os factos econém 6 a tese marsista, Na tercerahipstese, a are € indepen. te de qualquer estrutura cconémica e social, € um modo perimentar a realdade: & a tese do prigiatismo ame. im meados do século passado, Courbet encera a dsputa sico/roméntico indicando a via da arte moderna: 0 Tea Realismo nio significa imitagéo mais stenta ¢ despre. eituads da naturezs, mas abordagem directa da realidade, Pendentemente de qualquer esquema preconcebido ¢ idea. cia formativa, no determina fases diferenciadas no wolvimento estilistico da pintura de Cézanne: € uma ve- jagio necessiria da operagio pictérica no decurso da pro ‘Operagio ou, em sentido mals lao, na construcéo global sua obra de artista, A referéncia aos mestres — quer se ‘de Caravaggio ow de Daumier, de Greco ou de Del ix — esta sempre relacionada com os problemas especi do fazer pictérico, sendo a pintura concebida por Cézan- ‘como um problema ou um conjunto de problemas, 2 re plver eficazmente perante a realidade, por um lado, € 0 dro que esté a fazer, por outro. ‘A concepcio cézanneana da histéria, como problema erto e inevtavelmente relacionado com a problemitica do er pictorico, contradiz a interpretagdo da historia das orrentes “modernstas” ou da Arte Nova; propondo-se ade- ‘absolutamente 20 esprto do seu tempo, © “"modernismo' inde sem divida todos os lagos com as tradigbes, mas aloriza e exalta 0 “culto do belo" que reconhece em tos fate do passado, embora seja expresso em termos esis sempre diversos (‘ars una, species mille’). 0. proce nto histérico proprio do modernismo é, portanto. 0 do rival, que obviamente exclui qualquer rctoro ao antigo, Manet, realismo nio significa demareagio perante qualqoct fexperiéncia histérica, mas escolha de novas referéncias apts 8 dar a0 artista as condigdes de colher a essencialidade di visio: Velazquez e Frans Hals em vez de Miguel Angelo ¢ Rubens. Os impressionists que se apresentam em grupo ma cexposicio de 1874, no atelier do fotégrafo Nadar, tém un programa: eliminar todos os processos de captagio pictrca dda realidade, restuir com a técnica mais ripida cficaz sensagdes visuais na sua autenticidade (resumindo: fxar | “impressio"” da mancha verde de uma drvore antes de a identificar com a nocio de drvore). Os mestos impres sionistas aperccbem-se que, depois de fixados os dados ime- diatos da visio, & necessirio explicar 0 tipo ou modo de cconsciéncia a consttuir com eles: Monet (como observari (Cézanne) “aio & senio olhos", mas cedo Renoir sentir «| necessidade de dar as sensagées uma consistncia plistica ¢ de as organizar numa composigio, porventura recorendo 20 texemplo histérico de Rafael; © Degas procuari defini as trutura da sensagio renunciando eventualmente aos efeitos sensoriais da cor e da luz e recorrendo a0 desenho. Pouco depois, Toulouse descobrii que o desenho impressionstanio E. de facto, am meio de reprodusio imedita, mas um inst- rento de anilise que permite sondar e fazer 0 levantameato| 6 afiema que antigo renasce e se actualza no modemo, das caracteristicas (mesmo das psicoldgicas) da sociedade revival (dos “primi 2 birbara, ‘contemporinea. O problema de reconstruir. depois do impre a, mas tambem daar islimica e japonesa) € a contra ‘Sonismo, uma razdo historca que domine 0 earicter provisé- [Marte do utopismo moderista: implica efectivaments a ideia Tio e cronstico da sentagio fresca é profundamente sentido ‘que o culto da beleza, da harmonia, da grag, assim como por Cézanne; quando esti em Paris passa horas © diss no ca se apagou no passado, também nfo se possa apagar no Louvre verificando a sua propria pesquisa sobre as obras dos sente, ou, als, nao poss sendo ser exalado pela “pri imestres do pastado; copia-as para revive, na pritiea do pin vera” que parece florescer no mundo com as infnitas © tar, a problemitica intema das respectivas pinturas. © seu ravihosas possibilidades que o engenho e o trabalho hu- propésito € 0 de “refaire Poussin sur manure”. de "faire de nos proporcionam. A. mesma pintura de um dos majores Vimpressionisme quelque chose de durable comme Fart des tres do nosso século, Matisse, parte da idea de um gran- imusées*. 0 estodo dos mestes do passado nao é um re- [ulioso revival clissico, cetamente no dos cinones formais ‘Conhecimento da, sua auloridade, nio.constitui uma expe- fguedo classicismo, mas de uma etema classicidade universal, 0 81 {que afinal nio sendo a capacidade do artista de compreen: der, no petcurso de uma linha ou na relagio entre zonas do ‘cor, © sentido do mundo para além de qualquer limite de fespago e de tempo. Nem aquele valor seria verdadirameie ‘eterno © universal se ndo se exprimisse através de uma sens bilidade e de uma linguagem medernas ‘Ainda na primeira década do século, os expressinists alemies da Brice reclamam-se, também pelo emprezo fc quente das téenicas de gravara, de uma cultura figuativa germanics, da qual revindicam impicitamente a paridade 1 lativamente as grandes cultura figuativas “‘cléssicas e mel terrinicas””; mas © mébil é sobretudo moral, e 0 abjectvo é © de reduzir 0 artista, como intxprete de um ethos popula, 4 seriedade © & honestidade de um trabalho mania, priprio dde artesio, No mesmo perfodo (1908), um historiador de arte, Worringer, publica Abstrattion und Einuune a que se segue, em 1912, Formeprobleme der Gotik: a arte como Tepresentagio, segundo a sua tese, é propria das culturs “lissicas e mediterinicas™, ou seja, dos povos que vivem ‘num ambiente natural ameno, aberto, favorivel: enquanto os ovos nérdicos, cujo ambiente € agreste © host, evitam ex Primir a sua sensasdo sensorial e vulem-se das suas prpris| “percepobes fugazes’” para formarem “imagens conceptuss| que thes sirvam de guia para encontrar um ceminho seu m0 ‘mundo dos fenémenos". Ao mundo da clareza formal me teminica contrapSe-se, portato, a are, feita mais de signos ‘que de formas, dos povos nérdicos,cujos produtos atsticos de uma absoluta “abstraci'” formal (as ourivesarias sarmi teas, as iluminuras irlandesss, a arguitectura de madeira do Norte curopeu), estavam a ser entio estudados e dados a ‘conhecer por Strzygowski. A disingio dos dois tipos psicol- sicos ou das duas grandes componentes énicas ligava-se de ‘algum modo a tese da Kunstwollen de Ricgl, para quem formas artistcas (e especialmente a8 formas “abstracts” do ‘omato) so portadoras das nogSes fundamentais de espaco © pO que formam a experiéncia comum de um determi ‘grupo étnico: tse que descendia da Volkspsychologie de andi e que, sob outros aspectos, se ligava ao populismo © valorizacio romantica da ane ¢ da literatura populares. A jura de Kandinsky que, entre 1911 e 1915, assinala a agem decisiva do "“figurativo"” 20 “‘abstracto™, cores- ide singularmente as teres de Wortinger; 0 préprio indinsky, no periodo da sua formagio inicial na Russia, se interessado pela arte veneziana e especificamente pe- hhordados, em cijos motivs “abstractos” via refloctido s6 um ethos, mas uma autintica concepsio do mundo outro Indo, mesmo independentemente das pesquisas dos ores e dos téricos, 0 tema populista da autenticidade queza de significado da ante popular é recorente em que ‘os majres artistas da Europa Oriental: Malevic, que ‘com Kandinsky, 0 maior responsivel pela viragem “abs- Ye eujo “suprematismo’” evoea motives ienicos da antiga russ; no romeno Brincusi, que se refere ao oma- pio popular e as simples técnicas do aresanato de madei ‘no russo Chagall, euja temitica retoma as sagas religiosas ritwalidade das comunidades hebracas musas. A desco- ta deste grande filo de cultura aristca nénlic, to dife- da cultura formal elssica, teve grande importincia no nto em que 0 “‘modernismo", onde quer que fosse ‘spirava a uma unificacio da cultura artistic euro- Esta ji ndo podia consstir na extenséo daqucle “espii- ico" que tinha a sua expressio mais moderna. em se, mas devia resultar da dialética de, pelo menos ‘cultures em contraste entre si, Por outm lado, se este o contributo para uma histria universal da ate ampliva «das possveisreferéncias, também concoria para desis: ‘pesquisa artistica: @ clsscidade nio histrica de Sse realiza a ideia de Worringer (que no entanto Matis ‘eonheceu) da plena “empatia™” (Einflung) entre 0 indi- j0 © © mundo, com a mesma clareza com que a animacio a a lem qualquer lago comprometedor com a hiséria: se a hist ria é violéneia e ter, a arte nio pode ser arte, nio ser colocando-se fora da historia. A partir desse momento, 0 problema da relagdo da arte com a histria da arte © com a historia em geral insere-se nas crises de fundo do histor: cismo, como estrutura fundamental e unitiria da cultura por isso, no chamado conflito das duas cultures, a humanis fica ¢ @ téenico-cientifica, O dlilema é, portant, entre uni cconcepcio da arte como valor, que pode ser reconhecido © adquitido como tal 30 patrimsnio cultural da humanidade so mente através da interpetagio © do juizo, e uma concep dda arte como mero fenémeno, que pode dar apenas lugar & uma “descricio™ cientifca. © juizo histrico sobre a ane justifica-se apenas na medida em que a arte seja considerate como accio intencional, acerca da qual ocome estabelecer so aleangou, ou nio, © seu fim; 2 ane no pode, pelo contri, ser julgaa ¢ historicizada se for considerada um fendmen tna Série dos fendmenos, sem qualquer carga de valor. As rorrentes americanas mais recenes, a arte “conceptal” ¢ 0 hiper-realismo", assinalam 0 ponto limite da redugio da ane & pura fenomenalidade. A primeira corrente visa esseci lalmente isolar o “conceito” de arte de qualquer processo| ‘operativo destinado & determinagio de valores: admite-s ‘ertamente que 0 conceito de arte € inseparivel da iein do wet", mas 0 fazet reduz-se a0 evidenciar do conceit ‘como nas superficies crométicas isas de Reinhardt ov 10+ trafismos deliberadamente niosignticantes de Sol Lewit Isto quer dizer que, na actual situagéo da cultura, a an subsiste apenas como conceite, do mesmo modo que subs tem os conceitos de alquimia ou de magia, embora a lau mia ea magia j@ nio scjam praticadas. Em oposicio, 0 “hiper-realismo™” & uma operagio técnica ostensivament in concludente, que consste essenciakmente em reproduzit una fotografia pela pintura: o abrandamento operativo deveris permitir evidenciar aquilo que normalmente no se vé (mas que divulga € a prit fa a0 sistema do pode. 38 ) na fotografia, Assim se decreta a proibigio de tomar nite contacto com a reslidade: a tnica realidale que ‘versio oficial” da realidade. Em suma, 0 “conceptualismo"” & a toria sem pritica, 0 “hiper-e=- sem teorit; 0 primeito & 2 expressio de evasio utdpica e 0 segundo, de uma sujeicdo confor- | —TAREFA E SIGNIFICADO DA CRETICA Na cultura moderna, a arte é objecto de estado por parte e uma disciplina autinoma e especializada, a eiica de arte, Juizos de valor © consieradas como componenes de um, io cultural que exigia atengSes particulares por pate Sociedade e dos seus dreios representativos, interesaos conservé-las ¢ em transmit-las (mas também, no poucas tes, em se desfazer delas, em destru-las, em substi), Bede a Antiguidade, desevolvew-se em tomo dt arte uma ta literatura, de caréter divesificado: eronistico 08 me orilistico, tecrco e preceitual,histrio-biogrfico, eri filolégico, interpretativo ou de comentirio. Todavia, fl 38 rtir do séeulo XVIII e da época do Tuminismo que’ a eratura sobre a arte tomou a forma de discplina cif wolvendo-se a diversos niveis:filosfico, ltririo, histo. fic informativo, jomnaistic, polémico. O alto grau de Pecializacéo © o peso cultural cada vez maior da entica de Re arte, na segunda metade do século passado e especialmente ‘no nosso, demonstram que esta responde a uma necessidade ‘objectiva e nio pode ser considerada uma actividade secundé- a ou auxiliar relativamente & propria ane. E, efectivamente, impossivel entender @ sentido e 0 alcance das factos © dos movimentos artisticos contemporineos sem ter em conta 2 literatura eriica que a eles se refere, De resto, uma parte cconsiderivel dessa literatura deve-se aos proprios artistas, que frequentemente sentram a necessdade de acompanhar, jut ficar e sustentar a sua obra com declaragées programsticas € intervenges polémicas. 2 ‘0 facto de, na situagdo actual da cultura, a exitca ser necessiia & produgio e afirmagio da are, legitima a hips- tese de uma espécie de carter inacabado ou, pelo mene. de uma comunicabilidade nio-imediata da obra de arte: 4 critica desempenaria assim uma fungio mediadora, lancaria lama ponte sobre o vazio que se tem vindo a evar entre os artistas e 0 pidlico, ou soja entre os produtores e 0s fruido- res dos valores artistic, Esta mediagio seria, pois, tanto mais necessiria quanto se pretende que a ate sejaacessvel & {oda a sociedade, uma grande parte da qual vé ainda fechado (0 acesso & fuigio e #0 consumo dos produtos da cultura, e, especialmente, da ante: a critica ofereceria assim uma intr pretagdo “just” ou até mesmo clentfica das obras de arte, (qual seria valida para todos, sem distingéo de classes, Mas, Se a fungio da critica fosse principalmente explicaiva © di- vulgadora, nio se explicaria a sua afirmacio como ciéncia (9, nouttos casos, como “'género literirio”, 0 seu recurso lrgumentagées abstrusis — e, na sua malaria, menos acess veis do que o texto figurative ao qual se referem —, 0 seu valer-se de uma “linguagem especial" na qual abundam no- rmenclaturas especialzadas e, para a maior parte do piblic, hermeticas. Nesta sequéncia, ainda se compreenderia menos Por que motivo a critica (e precisamente nas suas expresses ‘mais avangadas) no se Timitaria a julgar quais obras sio ou ne rio artsicas, ow seja, operando sobre aquilo que tem sido feito e apresentado como arte, mas partcipara directamente dos temas programiticos e polémicos das correntes e tendén- cias, das poéticas ¢ das intencionalidades mais ou menos explicitas, demonstrando assim preocupar-se com o que falta ainda fazer ou esté a ser feito, © portanto com a futura forientagio da are. Também o proprio facto de a actividade artistica se desenvolver, no nosso tempo, através de con- trastes de tendéncias ov correntes, cujo éxito no plano dos factos é, em todo 0 caso, aleatéro, explica que a enitiea fags © saldo, mais com as intencionalidades do que com os resul- tados do trabalho artstico, e explica © seu caricter perspéc- tico mais do que rerospectivo. Indubitavelmente, a necessidade da critica depende da si- twagio de crise da arte contemporines (ver a primeira pate), a sua diffeuldade em se imegrar no actual sistema cultural, de ruptura da relacio que a ligava funcionalmente As outs actividades sociais. Embora no passado a are tenba sido 0 modelo da producio econémica e as suas téenicas tenham pertencido ao sistema teenolégico do artesanato — a ponto de a relagio artesociedade acontecer no circuito normal da produgio © do consumo —, tal relagio deixou de existir com 8 revolucio industrial, com a instauragio de uma tecnolog cstruturalmente diferente, com a nova organizacio econémica social, com a mutagéo radical da morfologa dos objectos © ddo proprio ambiente material da cxisténcia. Surge assim 0 problema da relagéo entra ante, como actvidade em que fungio estética & dominanwe (J. Mokarovsky),-c a5 outas 2c- fividades “‘normais” da sociedade, quer sejam eséicas (mas artisicas) ow ndo-esétcas, De todas as vezes, pratice- mente por cada nova obra apresentada como attic, € pre- ciso demonstra que ¢ verdadeiramente obra de arte, € depois as razies da sua presenga ¢ actualidade, a sua capacidade para desempenhar uma fungéo socialmente necessiria e que, 4 ndo sendo a arte uma activdade integrada, tem 05 seus 29 efeitos para além do campo especifico da are. A tarefa da critica contemporinea consiste, pois, substancalmente, em demonstrar que 0 que € feito como ante & verdadeiramente arte © que, sendo arte, se associa organicamente a ouras actividades, ndo-artistcas © até ni-estticas, inserindo-se assim no sistema geral da cultura: 0 que explica 0 recurso argumentagdes bastante complexas e 0 emprego de uma inguagem especial”, em que abundam os termos aio sé \éenicos cientificos (na medida em que ciéncia e técnica sio as actividades hegeménicas no actual sistema cultural), como também literrios,sociolgicos e politicos. Por fim, se a ertica ¢ uma ponte ene a esfera 'separade™ da ante © esfera social, ess ponte constri-se partindo da esferaartiti- ca para a esfera social (¢ no inversamente), de tal modo que jea pode ser considerada um prolongamento, ow um tenticulo com o qual a arte tenta agarrarse 2 sociedade, ‘qualifcando-se como uma actividade nio totalmente contriria ou dissemethante daquelas @ que a sociedade di crédito como produtoras de valores necessirios, tais como a ciéncia, a lite- ‘atura, a politica, ete ‘Como processo de interpretagéo © avaliagio, © como tipo de literatura aristica, a critica de are tem as suas origens no século XVI, mais precisamente nos testemunhos liteirios das reacgées emocionais perane obras de arte de individuos pat- cularmente sensveis. Os seus primeiros actos dizem respeito A pintura veneziana (P. Aretino, P. Pino, L. Dole) ¢ sua independéncia em relagdo 0s prncipios teéricos © normat- vos da arte toscana e romana. Enguanto 2 arte é concebida ‘como sendo regida por uma teria, através de um conjunto| de preceitos, a nica avaliagio possivel da obra de ante & a Yerificagio da conformidade da pritica 3 teoria; ve nio se ‘admite 0 principio terico, a arte é sobretudo um Fazer, em Thora diverso do fazer comum porgue susctado por um furor itemo, ou seja, pelo sentimento, por um estado de apitagio smacional ou afectiva, E isto —e nio a verdade dosmstica ‘uma teoria— que a obra comunica ao observador, 0 au wo pode senio repetcorrer 0 iter expressivo do artista, viver-ihe a experigncia em si proprio. Visto que mesmo ‘bras nio-artistcas podem emocionar, tal como obras artisti- ‘podem emacionar através dé factores que nio sio pro jamente anisticos (por exemplo a dramaticidade do tema), intéprete deve saber separar os motivos artstioos da emo” - dos nio-aristicns, fomecendo assim 0 modelo de uma gio adequada, que permite gozar a obra de arte enquanto BI mo deco do process exes, 0 eo no ote SSE Riccar o Her perv ast, connote ‘rabbamnnde ee cosrnea. A ate, doroante, conta caro tipo de poss; 2 obra de are € 0 resale so oarsmen ou de um comporamento asin: a Pema dos vies nds 6 prcediest a. das verses mane” dos artistas, pose pei 20 oe ice ido como "conesoor", de recobore = sine dad cha € "asensamen” atte. se Sos guage € 2 mesa xb qu 2 metic dade at '. Hogarh, 0 fundasr da escola peta dade i da aot wala mal vast ge 0 iar a fet geen, dx aio comet. A atid ts reg, aoe modelos, comers ex: Sratntetade, come’ a excim © alegre forgo, « seu clcrsve,» dunn epi, Toda # ate Gee Scobaron 6 ps, Meslogamete (Heo ie SoS Se tercamens) aot ao de foo, tm 8 se cco dn clave arsocriia © vemo-o ro princi ete Ss Te mariage a moe Hog) spar crigem“hsrcr © ates “it (0 be a ors acasambem eat) eo noida © SE ee gor clectramene perc, A Burgos, iia Pee Rta halide dares, tem 808 IE feet are: oa esa 00 “ob seaor em i 2 a acre do Marriage eave. aorada om Goi Primate, tema de bugis co do timo em, ns Pe tee ites. Ma, na par Roland,» dei i rin eile nao #0 po post ame ne ote Sa ell tom imite com 0 gal burgus Hogarth i areas, um clase soil, gue vé destnada a sci orci na gen do poser Dal a necesita ih ses perune o seal, sj perso 0 eo. Oe eee ai ede. Reyols, recone mol we a ji afirmada escola inglesa de pintura © primero presidente {do seu érgéo oficial, a Royal Academy, afima que a critica rio é apenas a reflexio sobre a obra ralizada, mas também luma componente estrutral © determinante da arte que, 20 fazerse, nio ¢ senio uma suoessio de escolhas de gosto. A arte, no pensamento de Reynolds, nio procede das terias nem da inspiragio, mas do conhecimento © do juizo sobre a are do passado. A histira da are demonsim que os modos ‘io diversos e por vezss contraditrios, a0 ponto de nio se poderem conciliar no estilo do mesmo artista: nio existe portanto uma obra de ante que realize a arte na sua totals e, pelo que o artista deve julgar e escolher: por exemplo fentre a forga do desenho ¢ a luminosidade da cor, entre os “semtimentos sociais” de Rafeel e 0 ‘‘sublime"” de Miguel Angelo. A escolha do artista seri sempre, inevitavelmente, tunivoca e parcial, condicionada pelas suas preferéncias de gosto, tendo como finaidade a obra que esti a realizar; mas 8 critica, notando defeitos ¢ limites que, na realidade, sio caracteres distntivos, reassocia © que € proprio de cada artis- ta A ideia global de arte, que € resultante de todas as manei- ‘as artisticas e engloba todos os caracieres. mesmo que sejam ontraditrios ene si. E assim garantida a nio-abitrariedade is escolhas individuais e, portant, a liberdade de pesquis Também J. B. Dubos e D. Diderot insistem no tema da pas- sionalidade das escolhas de gosto © na necessidade de que a ‘obra ““toque"” 0 observador: nil para o persuadir, mas para he comunicar o impulso do ‘'génio" e resgati-lo assim dla inércia e da monotonia da vida quotidiana, Visto que 0 fritico é, de entre os observadores, o mais préximo do ats fa, a critica é 0 sistema mediante © qual a sociedade liza a fenergia criativa da ante. 'No século seguinte, a vastisima obra de Ruskin, © pri- 0 escrtor nio-atsta a ocupar-se exclusivamente da ate, nsiste sempre no critério da autenticidade ideal. Na sua pri- fase, exemplarmente auténtice é a pintura dos palsagis- ns tas ingleses (especialmente a de J. Tumet), que sio indicados Como’ os verdadeiros “pintores modemos"; na segunda, & Gutentiidade absoluta é reconbecida nos mestes dos séculos XIV e XV. A preza da arte toma-se turva © desaparese 10 FRenascimento, quando a arte é contaminads pelo inielectulis- tno de clénci: € neste ponto Ruskin rtoma, do esprnalismo ‘de W. Blake, a dristica distinglo entre o falso conhecimento © © auténtico, a revelagéo da Tealidade que 36 acontoce, em plenitude, na arte. A cvtca ruskiniana € apologéicn, ex0%- ante, poigmica: revoea 0 cardcier étco e a humiliade reli fa sua critica assume um carécter to, Morris foi quem concebeu, promoveu e dirigiv aque Centro de produgio de objectos artistcos teis & exiséncia (Arts and crafts) ue difundich. por toda a parte o exo © 0 fGeal social da Arte Nova. A critica toma-se assim inters0- (Go activa numa sitagio social e politica, porgue o desspare imento de finalidade estitica,j6 associada © todos os actos do trabalho e da existéncia, compromete # dignidade ¢ # Tiberdade dos trabalhadores, reduzidos a meros instrumenios © submetidos & exploragéo dos empresérios. ‘Nom outro sentido, abrindo 0 caminho & eritica rométi ce, Bandelaize afirma que ela deve ser ‘‘pacil, politica”, feita de um ponto de vista “exclusvo" modo a ‘abrir os mais largos horizotes™. A. caracteistck de arte romantica, para Baudelaire, & a de pertencer 20 si 136 ‘tempo e de 0 reflectr: qualidade toma-se sindnimo de acti lidade. © artista roméntico — do qual E. Delacroix € 0 ‘exemplar perfeito — pertence doravante a uma minoria int Teotual que cultiva as qualidades que a méia pequeno-bur- ‘guesa reprime: a imaginagéo, a sensibildade, © entusiasmo Baudelaire ¢ ertco porque, como poets, se sente priximo ¢ Solidario do artista: existe entre as artes uma corespondéncia ‘Que val auto para além dos contd ou dos tems “poét- Soe, que se estende & qualidade das imagens, & afinidade fenire 0 timbre da cor e 0 som da palavra poética. Ms {arde, um outro posta, S. Mallarmé, que gostari de se rodear dd pintores (nomeadamente, C. Monet, P. Gauguin, J. Whis- ties), aprofundard a procura de uma afindade estrtural entre intra e poesia, 20 ponio de tentar pela primeira vez uma poesia “visual: no faré citica mas, numa eoncepgio glo- Bat da arte como vida, alia 0 trabalho aristico 20 litertio. Pinor ¢ escritor de origem romintea, E. Fromentin encara 0 problema da arte do passado sob o ponto de vista do artist, Troderno: em Les maltres f aureols descreve © aralisa com fextrema perspcicia as suas propria reacgoes de atisa dante Gos quadros de Rubens, de Rembrandt, de Frans Hals: inte feosa-se apenas pelo estilo pictérico, estuda as mancirs pela fquais aqueles mestres resolveram, 20 cavalte, problemas s<- fhethantes aos que os artistas do seu tempo se colocavam. As fprandes obras do passado nio séo exemplos a seguir, mas fentos a consultar em relagio 2 obra que esti a ser feta ov tem em mente: & precisamente o que fazem E, Manet ou ‘Cézanne quando Vio estudar as obras-primas do Louvre, senhando copias interpreatvas. E claro que a arte jé bo é ada em telagGo a0 belo, Avnatureza ov aos conteidos is, mas feativamente & propria arte, 4 prossecugdo © 20 senvolvimento da sun his ‘Detineia-se assim uma exica de coment: do realismo (T. é, 1 Champfleury, J. A. Castagnary), do impressionismo I Zola, L. E. Duranty, J. Riviere, J. Laforgee, do simbo- BT tismo (G. A. Auries), do neo-impressionismo (F. Fénéon). Mais do que as obras, rfere-se is posticas; © as podtices Tiprimem a intenges © as orientngies, resulta, das e0- Thus cuturais que os artistas fazem em fonsio da obra que s Tropsem realizar e da influéncia que se propaem exec eoreet altura do seu tempo. Agulo que a critica verifies sao tanto a conformidade a poética — que, de reso, no rae ‘oem poderia ter carclet normativo, pOraue Messe c380 Seria uma Teoria da arte — quanto a capacidade da props Fostica para sustentar o esforgo crativo, Sustentando uma aeterminada podtica, a ertiea econhece © afrma-ihe a atin fidade, ow acja, 2 relacio (que pode até ser de nio-conforn: tladepolemica) com os grandes temas da cultura contempori cect Propbe-se verifiar qual poderé ser a arte de um deter Tuinado periodo histrico, © em que condicdes poders = ae Sobreviver, tendo em conta que, na actual siuagdo cultural ‘iano € exigida nem solicitada. Deste modo, o eriion ntemente, associarse aos artists, (Mk participa da sua “politica”, colar a definigao dos, programas e na elaboragao dos manifest cia ¢ eonduz polemicas; ©, enquanto ajuda os artis Taijarecer ¢-enunciar at suas posticas, incitos a evar il Geuguse até ao maximo nivel intelectual. Repelda par Pemgens da exitencin “normal” de sociedad, a at ass TT anguarda e prope a reforma ou até mesmo a tansfonnaGil a ihedl, revolucionéria, das estroturas cultura, comes elas proprias, a fim de tomar possivel, panos, ‘ dade, O critica, ‘Cos contemporaneos como os promove ¢ os esti é fresenga noessrian0 seio das “vanguaras”; €& si Wo que se trate quase sempre de um bomem de lett Como Tider da cultura, sustenta a necessidade da tansfon SSaetural © funcional de todas as actividades atstcus Grande poeta, G. Apolliare (ao qual se associaram 1B ‘outros litertos), foi © companheiro € © porestandae dos fauves e dos cubista, chegando a0 ponto de prever e anun- car antecipadamente 0 surealsmo; 0s pintores, os esculto- tes, 08 arguitecos futurist inseriram-se com os seus “mani festos tecnicos” na polémica lieriria de F. T. Maret, que se tomou assim dirgente de todo 0 movimento ¢ 0 responsi- vel da sua “politica; a vanguarda russa teve como guia 0 poeta V.V, Mayakovsky; 0 surrealismo figurativo teve 0s Seus apoiantes em lteratos como A. Breton, L. Aragon, J ‘Cocteau; mais tarde, as correnes infrmalistas francesas tive- am o apoio de Ponge, Paulhan, R. Queneau, Mais recente- mente, também criticos especializados se empenharam a fundo — por vezes até mesmo assumindo uma fungio direti- va— no debate das corentes: neste sentido sio tpicos os teasos de P, Restany € do noweaw réalisme francés ou de HL. Rosenberg © do expressionsmo abstracto americano Dispondo dos meios de informacio, ¢ especialmente ds imprensa, a ertca teve e ainda hoje conserva uma import cia decisiva no debate das correntes; note-se que, s© cont bi sem divida para o seu éxito, € também a causa principal a sua decadéncia. Acclera 0 consumo e, por consequénca, f substituigdo: dagui a acusacio de depender do capricho das ods ou até de 0 provocer. A erica é tmibém acusada de onivéncia com 0 mercado artistico © com as suas manobras: {0 mercado aristico esta efecvamente interessado n0 lanse- mento exuberante de corentes © de artistas, assim como na ‘Sua ripida obsolescéncia, mal enfraquece ou é desviado 0 feresse dos aquisidores. Se certamente jé aconteceu, em smpos, que 0 mercado se tenha servido do eritico como de nsiument paras suas propias manobas, 0 problems felagdo entre critica e mereado é mais profundo e ni0 sa necesariamente 4 subordinagéo assoldada da primeira @ segundo. Numa sociedade fundamentalmente econémica, (mo a modems, jé nio pode cxistir uma relagio entre © lor Verifcado pela critica © o prego do mercado; aii, 18 obras de arte ciculam na sociedade na medida em que 20 Ml — A CRATICA DA ARTE E A HISTORIA DA ARTE valor anistico se faz coresponder um valor econémico, A intencionalidade pritico-politca, mais ou menos explicita, da critica dita “militant” é precisamente a de eliminar da circulagao 0s falsos valores, © de fazer com que, correspon endo © valor econémico 20 valor antstico, a are se integre nna economia das actividades sociis Qual é a relagio entre critica e histéria da arte? Seré correcto dizer que a critica se ocupa da arte contemporinea © a histéria se ocupa da arte do pastado? Ou mesmo, que a critica se limita 2 estabelecer se uma dada obra é oU nio & ‘Obra de arte, enquanto & histériaagrupa © coordena os factos antsticos segundo certs eritérios de ordem, dos quais © mais frequente € da sua sucessio no tempo? E, sobretudo, se uma coisa é a critica e outa a historiografia da arte, poder. -se-i sustentar que esta iltima seja nio-eiica, quando € se bido que o processo da construcéo da histria € um provesso sritico? E dbvio que, se a histéria da arte é a histria das obras de arte, o historiador deve certficarse de que 38 coisas ccuja historia se predispie 2 eserever sio verdaderamente at- tisticas: do mesmo modo, o histriador da civilizagao deve Certficar-se da autenticidade dos factos e dot documentos sobre os qusis trabalha. O crtério da autenticidade €, por- tanto, fundamental tanto para o historiador como para 0 eritico. Porém, & de excluir que o critico © 0 historiador heguem por dois processos diferentes 20 mesmo juizo de utenticidade e que o historiador opere primeiro como crt- >. verificando a autenticidade das obras, © depois como historiador, ordenando-as segundo certos critérios. A nio- tentcidade € repetigéo, e a repeticio nunca necessria, Porque assinala uma demora ou uma paragem num processo m1 ‘© queda exiica? Ito me reclamando de nenbuma particular autridade ot competecia que mio sj a condi de simples itor de oral © com deinen, contend com aextema etrogeeidde Seer jucce publica ilo de cic inematgris, iit ee dmerogar, muito mas do que a despots, sobre © ‘qe dae. reas gue aetimologta da paar extcafemete par ut sen iinl de sepragi, como quand = spar ottg0 doo Temes mia qu a erica em geal do cinema em part ee a ane de mais a opera de um jutzo de valor sobre 3 cae er pzumenagio fundamentad ostiicada sobre 0 Valor Sues on outro (que outro) a obra. A ore, como sabes, ss que se pass Por vezEs © exo guemr na sco crea o jor, absendo-se de qualgue ‘Rude alr proc nos una deci fatwa da naratv, mus sa acho sobre contexto,entendendo per contxta (ano © informa cmatgrico do ator como oconjnto das obras que ae canum determinado Z6ne7, revelando por vezes Ut carat e preocapagantaxingmica,o context Kstrico, sci Seisco ou econo em qu a obra produzia. TSamnte tambon, alguns txts procuram ou proper Wa initia da obae st segundo os mis vasidos cision cule ine ais neresante anlar, No Gee, no nat, a vie Propien-e deena significa, verdad dt ooreSno atigamente se dizi, «sua mensage Some ee wal, contexto, significado que solcitam a ace jolene interpret pve seo defini ssi as Merete dtica de cinema hoje? Sho efectivamente eas 28 fungbes compedas? eg vic descreve- Habermas andi conte cit telor pblieainerinia como send as de um bit das tet 6 vn of0 um represent dopablico, ose pu nema uid erica ez para nines Opeapsucs sw ponte sod seer ANS RN, pay oe 09 cron a SN cried Te oe od ‘pssst ‘oWumOn) wo op oe "24D ms ma! se-cpuuore Sout orb uate op opsdaune oust eee 5. No entano, para este pentaior de tanso, a ruptura com & etfs, ques Execs come Ingar Ge acess A especie da dimensto ntopolgin erga, m0 podia ser inda dial, Muito aspects d su outina eseniam, no suns cerag Conceptual uma insufente etr~ tina dos tens, como ae Hinge da erminologia. O recurso constnte 20 tijetv “ec” permite compreeaer as difcabdes sents em encontra fo ponto evista adqudo, como era apasicao de um qualifeatv pudese por sb garantra automa de um problems ous novidade de uma tematic. Pee “consciénciaminfesade de uma deotomia ene 0. plano fenoménic 0 plano conceptal, etre a sensbliade eo entendimento ps fntecgag de um most rico do esprit e pela introdusio da analogs Como, metodo de ua Reurstcn do fesldsdes, Baumgarten € 0 legtino fundador & Esti em sentido moero. No dito de uma metafiics dogma e de una Login formal oo primalo nunca procure atc, cube ‘eda delimiter os contorncs de ra ava rele ecaraceia @ Weide ho seu objeto. Mas una Etta verdadevamene independent exige que a facldade se diferenciem ao 36 flo seu funconaments, pel modo como ‘aboram os dados receidos, mas sbretato pela sun géaese, como Fontes ‘origi de produto de repesegtes O papel criador 6 imagingo nfo € tina recoahesdo, A facts fngndi et totalmente sbordinads & um ‘quem de combina dos dads, mesmo quand € conseradnproduor, € to fund repodutrs de elesentos ja pecepionaos © apenas presents fn conbinagies now, ‘Tambo watamento da senbiidade € Ccclusmente cognitive, o que nfo 36 Ha a actviMode artsia 2 um ova de conkccinento, mas far tmm depender de um conbacineno faprecagio da belt © gosto no € indo 0 betineno nfo surge como foculiade independent ‘Cater is outings da segunda meade o sécalo XVII, dsemolvias por pensadores como Suber, Mendelsoha, Teteas oo Kant, concretizar 0 projaao que Baumgarten apenas para esborr,rompendo pars tal com 0 Inelectasn econferndo& Rezo a pens orgnide genética e funcional fem que mio x6 0 conhecer, mas também a vontoe ea fected, intervém tome diners coasts da humana do Home.

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