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GSI Se Itens obrigatorios Saiba quais informagGes devem constar no laudo pericial a partir de agora Antonio Carlos Vendrame Coma entrada em vigor do Novo Cédi- go de Processo Civil que passou a valer, desde 17 de marco, por forga do art. 473, olaudo pericial deverd apresentar varios requisitos obrigatorios. Dentre eles, es: tao a exposicao do objeto da pericia, a andlise técnica ou cientifica, a indicagao do método utilizado e resposta conelu- siva a todos os quesitos. Neste artigo vamos tratar de cada um destes itens, REQUISITOS A exposigio do objeto da pericia é al- 0 bastante dbvio em um laudo e deve sera primeira informacao a ser inserida no documento. £ claro que 0 objeto da pericia é determinado pelo juizo e, nlio cabe ao perito judicial estender ou redu. zir tais limites, Por exemplo, se o pedido do autor ¢ insalubridade e a determina (80 judicial seja para realizar uma perf- cia de insalubridade, nao cabe pericia se manifestar sobre a periculosidade, ainda que seja notoria a existéncia de periculosidade nas atividades do autor © pardgrafo 2° do art, 473 restringe a atuacao pericial nos limites da designa- ‘Gao pelo juizo, A andlise técnica ou cientifica, antes pouco exercitada pela pericia, agora é requisito legal, ou seja, obrigatoria nos laudos periciais. Com rarissimas exce- ‘GOes, os laudos pericials nunca conti: nham tal anélise, se restringindo ao ra- ciocinio, até por vezes ortodoxo, onde existe o agente insalubre, hé insalubri- dade ou existe o agente perigoso, hé pe- riculosidade. Apesar de revogada, a Portaria 3,311/89 do Ministério do Trabalho continua sendo utilizada como doutri- na e pode trazer importante subsidio & anélise téenica e cientifica, A Instrucdo para elaboragao de laudos de insalubri- dade e periculosidade anexaa citada Portaria no item “Conclusao” (2 Rewsra PROTEGAO Gientifico que dev fundamento legal presereve que toda ca- racterizacao deve estar prevista na legis- iam ser observados. O lagao, sendo nulos de pleno direito enqus dramentos inexistentes na legislacdo em vigor. O fundamento cientifico estabelece arelacao de causa e efeito entre.o traba- Iho e a doenga, no caso da insalubridade ea relacdo entre o trabalho e o acidente, no caso da periculosidade. A relacdo de causa e efeito entre o tra- balho e a doenga 6 simples de se estabe- lecer, podencdo se recorrer inclusive as (TER ono pec ever coer: seporiococieo speek 1nd er uc ne pb pt N-aneile go ntcaeecwcroo 8 ‘anenarnd rpaconerionara eto pts ei isaac taco cotecrans gale ore 1p is ntsc reine >i easpne oo Spooner Paes 4 eno pe en soar tans -=Enlnquagem smpes ¢ com oertnca pea. cane camo ea scree 52° coo pt von x- ‘bon como om cps pessoa ua ean ¢ ‘va oo ou cies co cte pees, {9a osasonpibo de sauna opto eos scr tenn pote ere oe dos os elo recess, onde estrus e760 ora, ‘elande doors qe xj em pede da pai de obras bibliogrficas. Ja relagao entre o trabalho e o acidente 6 dependente de ‘uma andlise de perigo, onde se demons- tra areal existéncia do perigo existente na atividade e a possivel materializacao do acidente. Aanilise do perigo pode ser realizada por varias técnicas existentes atualmen- te, desde uma APP (Andlise Preliminar de Perigo), AMFE (Andlise de Modo de Falha e Efeito) até um sofisticado HazOp (Hazard and Operability Study), quan- do entao estariamos cumprindo o item indicagao do método utilizado, E necessairio acrescentar que o pai grafo 1° do art. 478 determina que a fun- damentacao do laudo deve ser realizada em linguagem simples e com coeréncia logica, indicando como a perfeia alcan- ou suas conclusdes. Assim, cada vez mais os laudos que en- ‘quadram a insalubridade ou periculosi dade sem justificativa técnica, se restrin- gindo ao mero “achismo” esto com os dias contados. Além do mais, a opiniao pessoal do perito est terminantemente proibida de ser emanada, nos termos do parégrafo 2° do art, 473. Finalmente, o antigo art. 429 que es- pecificava os meios necessérios para a realizacao da pericia, tais como a produ- ‘cao de prova fotografica, oitiva de tes- temunhas e requisigao de documentos, agora foi transformado no parégrafo 3° do art. 473. ye woe

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