Você está na página 1de 17
Universidade Catolica de Brasilia s Curso de Fisica ACELERADOR DE PARTICULAS DE PEQUENO PORTE: CONSTRUGAO DE UM PROTOTIPO DIDATICO Autor: Yimékuisson Araujo Brandao Orientador: Msc. Thiago Borduqui Ferrari Brasilia - DF 2010 ACELERADOR DE PARTICULAS DE PEQUENO PORTE: CONSTRUGAO DE UM PROTOTIPO DIDATICO (Compact partice accelerator: construction of a didactic archetype) Yimékuisson Aratijo Brandao', Thiago Borduqui’ “Curso de Fisica - Universidade Catblica de Brasilia Aceleradores de particula s80 muito utlizados pela comunidade médica @ por fisicos, por isso aparecendo como parte integrante do curriculo de diversos cursos de fisica e afins. O ciclotron é um tipo de acelerador de particula que tém ganhado espaco na medicina nuclear para produgéo de radicistopos de meia-vida curta, pois equipamentos de pequeno porte com baixo nivel de radioatividade, ja so realidade. Com a intengdo de facilitar 0 entendimento do ciclotron © os aspectos de sua utilizagdo, neste trabalho seré apresentada uma proposta de montagem didatica de um andlogo ao iclotron, que acelera uma bolinha de ping-pong por forga elétrica em um movimento circular Palavras chave: Ciclotron, experimental, ensino. Particle accelerators are widely used by the medical and physical, so appeared as part of the curriculum of several courses in physics and the like. The cyclotron is a type of particle accelerators that has gained ground in nuclear medicine for the production of radioisotopes of short half-ife, for small devices with low levels of radioactivity, is a reality. With the intention of facilitating the understanding of the cyclotron and aspects of its use, this work presents a proposal of a didactic assembly analogous to cyclotron, which accelerates a ping-pong ball for electrical power in a circular motion Keywords: Cyclotron, experimental, education . — Introdugao Os avangos tecnolégicos ocorridos no periodo que compreende os séculos XIX @ XX vém sendo trabalhado de maneira a aperfeigoar e ainda servir de referéncia para melhorias significativas quando nos referimos as ferramentas que aumentam a qualidade de vida da sociedade, necessitamos de mecanismos de melhoria do ensino quando ha necessidade de se desenvolver equipamentos tecnolégicos para o desenvolvimento social. Neste trabalho, analisa-se uma montagem experimental que pode ser utiiizada no ensino de fisica como um modelo para facilitar 0 entendimento do funcionamento de um ciclotron. Nesta andlise, procura-se mostrar que esta analogia deve ser feita com cuidado, pois abordagens alternativas podem ser formadas. Para isso, iniciaremos o trabalho abordando o funcionamento de um ciclotron e os principios fisicos envolvidos que serao discutidos com base nos manuais do Ciclotron da fabricante Siemens e do artigo Principles of Charged Particle Acceleration do professor Emérito da Universidade do Novo México, Stanley Humphries. Na secdo de Materiais e Métodos, tratamos da montagem experimental e discutimos os cuidados na analogia na segdo de Resultados e Discusséo. 4A. jotron O ciclotron foi desenvolvido em 1929 por Emest Lawrence e outros fisicos da Universidade da Califémia, 0 que Ihe rendeu um prémio Nobel em 1931. Ha uma variedade grande de ciclotrons, diferentes na poténcia, tamanho, na particula a ser acelerada, enfim, no objetivo pelo qual se pretende utilizar. Com os avangos da medicina, os ciclotrons, que antigamente eram mais utilizados com a finalidade de pesquisas, comegaram a ser utilizados na produgéo de radioisétopos e utilizagdo em modificagdo de materiais, litografia, na caracterizagao das propriedades dos materiais, na radioterapia, na produgdo de radiagdo secundéria para a imagem latente e na produgdo de radicisétopos - incluindo tomografia por emisséo de pésitrons ou PET scan, trata-se de um equipamento capaz de captar os sinais de radiagao emitidos por um radicisétopo, assim possibilitado 0 diagnéstico de doengas ou condigdes patolégicas. (LIMA, W. MATSUDA, H.; SCIANI) Nas segdes seguintes, so abordadas as funcionalidades e utilizagdes dos aceleradores de particulas, sendo que tomado como referéncia o Ciclotron RDS Eclipse HP de 11MeV da Siemens nas instalagées do grupo Villas Boas em Brastlia (Figura 1) Figura 1: Ciclotron Eclipse HP Fonte: Siemens Medical Soltons © ciclotron 6 um acelerador de particulas caracterizado por um campo magnético fixo e perpendicular ao campo elétrico, no qual sao submetidas particulas a serem aceleradas, note que na Figura 2 tem-se a representagdo da estrutura magnética do ciclotron. Figura 2: Estrutura do ciclotron. Fonte: (Principles of Charged Particle Accoleration) Quando ha cargas elétricas em movimento, surge a partir deste movimento, um campo magnético (B). Além de produzirem um campo, estas particulas carregadas, se estiverem imersas em um campo magnético externo, sentem uma forga magnética (Fm), sendo que seu médulo é definido por Fm=qv xB a) sendo q a carga, v sua velocidade e B o campo magnético, considerando uma carga elétrica q positiva langada com uma velocidade v perpendicularmente a um campo magnético uniforme B. As letras em negrito simbolizam uma notagao vetorial. Na Figura 3 temos a representagao das linhas de campo magnético no ciclotron, responsaveis por orientar o sentido do feixe de particulas acelerado. © campo elétrico (E) do ciclotron nao é fixo, pois sua alternancia tem por fung&o acelerar a particula, 0 campo de forga provocado por cargas elétricas entre os eletrodos é descrito por c= (2) e sendo q a carga que gera o campo elétrico, d a distancia entre as cargas e k a constante elétrica do meio. YH LILLY Figura 3: Linhas de campo magnético do cicitron Fonte: Pinclles of Charged Parle Acceleration) A (F.) responsdvel pela aceleracio da particula 6 descrita pela equagdo da Lei de Coulomb k lal Iai (3) ve 4F A forga resultante (F,) que atua na particula, chamada de Forga de Lorentz é descrita matematicamente pela seguinte equagao F,=FmtFe=qvxB+qE (4) Esta forga apresenta uma componente tangencial a sua érbita (forga elétrica) e uma componente centripeta (forga magnética). 1.2. O movimento circular no ciclotron Analisando uma particula carregada com velocidade constante, sofrendo a agéo do campo magnético uniforme, seu comportamento descreve uma circunferéncia. A partir do movimento circular uniforme, e analisando a Figura 2, obtem-se: — ~ / We ee rf xB / x Fin Figura 4: Trajetoria da particula, Sendo 0 raio (r), a distancia do centro do a extremidade do circulo (6) r qB A velocidade angular (2) do movimento circular, que é independente da velocidade da particula de carga, é dada por 7) wore ” rm Logo, a freqiiéncia (f) de oscilagao é fe = 8 (8) 2m 2nm 1.3. Aceleragao do ion Por uma diferengade potencial, aplica-se 0 campo elétrico na particula V=Vo sin (wt) (9) sendo V 0 potencial final, Vo © potencial inicial e t o tempo, garantindo, assim, que o elétron seja acelerado toda vez que mudar de um eletrodo para outro, a Figura 5 contém a representagéio dos eletrodos de um ciclotron, note que o feixe de particulas sai do ciclotron deixando de descrever 0 movimento circular, isso ocorre pois ha um sistema de colimagao, ou seja, 6 aplicado um campo magnético em uma regio de extragao no ciclotron, de maneira a orientando o feixe de particulas para a parte externa, ou seja 0 alvo a ser bombardeado por esse feixe. Figura 5: Potencial elétrico nos eletrodos Fonte: (Principles of Charged Particle Acceleration) Por sua caracteristica de érbita espectral, o periodo (T) requerido para uma revolugao 6 independente do raio de movimento da particula rot (10) 7 ‘Sua energia cinética aumenta de uma quantidade igual ao produto de ‘sua carga pela diferenga de potencial existente entre os eletrodos. av= Emv?- Lmvo? (11) Assim, 0 ion pode assumir uma energia final de nqV, sendo n, 60 numero de vezes que passa por entre os eletrodos. Em se tratando de produgao de radioisotopos, os ions negativos séo acelerados para o raio de extragao, onde passam através de uma pelicula fina de carbono e os elétrons sao removidos, produzindo um feixe de protons, ou seja, por eletronegatividade, a pelicula de carbono, no caminho do feixe produzido, “arranca” os elétrons do jon acelerado, em seguida tem- se 0 feixe necessério para se colidir com um alvo (Figura 6) HOES EES Figura 6: Caminho da particula Na Figura 6, foi feito um esquema com a trajetoria completa de uma particula acelerada, nesse caso, ions de Hidrogénio. Partindo da fonte de ions, a particula 6 acelerada nos eletrodos, descrevendo uma érbita espiralada e em seguida é extraida por um sistema de colimagao que alinha © feixe para que a particula passe por uma pelicula de Carbono, e por eletronegatividade o Carbono captura os elétrons dos ions de Hidrogénio e este deixa de ser um ion negative. Em consequéncia da no influéncia do ciclotron sobre essa particula apés sua passagem na pelicula de Carbono, esta deixa de descrever uma érbita espiralada e se choca contra um alvo. 2. Metodologia e Estratégias 2.4. Materiais utilizados A proposta deste trabalho & a confecgdo de um aparato andlogo ao ciclotron, divulgado na internet com o titulo Accelerator in a bowl por Todd Johnson do Fermi National Accelerator Laboratory Batavia, considerado como um analogo ao ciclotron. Nesta seg&o, serao apresentados os materiais e os procedimentos para a confec¢ao. Todos os materiais desse aparato foram montados no laboratério de Fisica da Universidade Catélica de Brastlia Para confecgo desse aparato foi usado uma cuba de 8" de didmetro, que pode se Os eletrodos so compostos por fitas adesivas de aluminio ou cobre, sio colados na superficie da cuba. Neste experimento usa-se fita de cobre, essa fita adquirida em mercados e armarinhos, trata-se de uma bacia ou fruteira. foi adquirida por meio do comércio eletrénico das empresas Mercado Livre, mas pode também ser adquirido em casas elétricas ou eletronicas. A esfera que sera acelerada neste aparato trata-se de uma bolinha de ping-pong comum de aproximadamente 40mm de diametro, encontrada em armarinhos, porém, deve antes ser pintada com tinta condutiva (Figura 7), para se tomar uma esfera condutora, a tinta condutiva é composta de prata e resina e pode ser encontrada em eletrénicas, apés pitar a bolinha com a tinta condutiva, ‘seu peso final ficara em tomo de 6 gramas. Jey Figura 7: Bola de ping-pong e tinta condutiva Os fios necessérios para as conexées do transformador de alta tensio ‘com a cuba tinham uma secgdo de pelo menos 1,5mm, foi utilizado o fio AWG 15, encontrado facilmente em casas elétricas ou home centers. So necessérios, também, para as conexdes, solda e fita isolante. Uma lampada fiuorescente compacta de 40W ou 50W de poténcia e um bocal so necessérios para gerar a tensdo priméria de um transformador de alta tensdo, a utilizagéo da lampada eletrénica tem como fungdo, além de gerar tensdo na bobina primaria do transformador, limitar a corrente de saida. Foi utiizada uma lampada eletronica genérica, encontrado em casas elétricas. O transformador de alta tensdo pode ser retirado de um monitor ou televiso usados, chamado de flyback, trata-se de um componente preto (Figura 8) do qual provém aproximadamente 15 kV de tensdo necessaria no tubo de raios. catédicos, foi utilizado nesta montagem um flyback retirado de um televisor Mitsubishi 21 Modelo To-2098 usado, 0 modelo do flyback ¢ 154-178H MD27, que pode ser encontrado também em casas eletrénicas. Apesar de ser um transformador, 0 Flyback tem diodos intemos responsaveis por retificar a corrente, transformando-a em corrente continua na saida. Figura 8: Flyback, transformador de alta tensao 2.2. Montagens do experimento Por conta da grande variedade de modelos de televiso e monitores, existem varios circuitos de flyback diferentes. Para identificar seus pinos, observa- se a sada de tens&o, que ¢ facimente reconhecida por ser ligada a um cabo grosso no terminal de alta tenso e que se conecta diretamente ao tubo de raios. catédicos. A outra extremidade, que seria a continuagéo de um enrolamento, possui resisténcia intema muito alta, logo, para identificé-Ja 6 usada uma fonte de tensdo de 15 a 20 volts de corrente continua e, com um multimetro genérico, verifica-se a queda de tensdo. Para isso, um dos terminais é ligado ao voltimetro @ outro ao terminal de alta tenséo. Com a ponta de prova do voltimetro, basta testar pino a pino e encontrar 0 pino que retorna uma tensao, 0 pino encontrado trata-se da outra ponta do enrolamento de alta tensdo, ou seja, a bobina secundaria foi identificada. A Figura 9 € uma ilustragéo de como é montado o conjunto fonte-multimetro para possibilitar a identificagéo do enrolamento de alta tensdo, no esquema elétrico A esquerda conseguimos observar que 0 flyback é ‘composto por varias bobinas. Esquema elétiico de um flyback genérico Fonte 15 VCC Figura 9: Identificando as espiras de um transformador Flyback. Fonte: htpfeentethas.com br A identificago dos pinos do enrolamento primario € feita com um ohmimetro, pois possuem resisténcia de cerca de 1 Q entre si, faz-se a medida entre os pinos até encontrar essa resisténcia Apés a identificagao dos pinos de um flayback, sao identificados os pinos de uma lampada eletrénica, que s4o os pinos ligados aos tubos de ionizacao de ar da lampada, Figura 10(a) Figura 10(b) Lampada eletrénica marca Energy Saver modelo Luz Sollar SOW Verifique que na figura 10a, uma lampada eletrénica foi aberta, os fios de ionizago da lampada seguem para os tubos brancos, ao abrir uma lampada dessas, provavemente esses fios iréo se romper, usam-se 08 pinos que S40 conectados a esses fios no circuito da lampada, soldando dois fios que serdo os terminais para de conexéo ao Flyback (Figura 10b), nao importa a sequéncia dos fios, pois 0 circuito de saida da lampada é uma fonte de tensdo alternada. ‘Apés a identificagdo de todos os pinos, segue-se com a ligagao do circuito responsavel por gerar a tensdo de corrente continua (Figura 11), necesséria para utiizago na montagem, ligam-se os terminais de saida do circuito da lampada aos pinos do enrolamento primérrio do circuito do Flyback. ( } Rede ~ 220V ois Cuca gatampace Saidas de alta tenso Figura 11: Esquema de ligacdo do circuito da lampada no flyback Font: itpifeantetnas.com.br Os terminais secundarios so os pontos onde estima-se que saiam em tomo de 15kV, gerando arcos de alta tensdo semelhantes ao de uma bobina de Tesla A superfice, ou seja, a cuba com superficie circular e raio de aproximadamente 20cm onde a bolinha ira girar deve estar limpa para receber os adesivos. Prega-se em cruz uma parte do adesivo de cobre, que representard um dos polos, em seguida, colocam-se outras quatro partes menores da fita nos espacos entre os outros adesivos, essas outras partes da fila de cobre séo conectadas por uma fita em volta da cuba, ligando-as a outro polo da fonte de tensdo, as tiras que so dispostas em cruz devem estar ligadas entre si, no centro ‘onde se sobrepéem (ver figura 12). Tm de faixa: Figura 12: Cuba com as fitas de cobre coladas As faixas de aproximadamente 2cm de largura esto separadas entre si ‘com © mesmo espagamento e em dois conjuntos, 0 1° conjunto se interliga no ‘centro da cuba e 0 2° conjunto de faixas se interliga por fora da cuba, sendo que cada conjuto seré um polo de tensdo. Para a montagem deste aparato ficar completa, a cuba deve estar ligada aos dois terminais de alta tensdo, ou seja, 0 polo positive ligado a um conjunto de faixas condutoras, e 0 polo negative no ‘outro conjunto de faixas. Na figura 13 temos 0 esquema geral da montagem do circuito, e uma visdo geral do circuito na figura 14. A esfera condutora deve ser colocada dentro da cuba. Quando ligado na rede, teremos as polaridades das faixas de cobre definidas. Atengao, nao devemos tocar nos terminais de alta tensdo, nas faixas de cobre da cuba ou em qualquer outra parte condutora desta montagem, pois a tensdo gerada na saida do flyback & muito alta, com uma corrente suficiente para causar danos a satide. Fonte de tensao primania ~ 220V Fonte de alta tensdo ~ 15kV Figura 13: Esquema geral Figura 14: Visdo geral da montagem 2.3. Valor dos materiais utilizados no experimento * 2 metros de fio AWG 15 RS 4,00 * 1 frasco de Solda de Sn e Pb R$ 2,00 * 1 rolo de fita isolante 3M R$ 3,60 * 1 metro de fita condutora de cobre R$ 18,00 © 3.gramas de tinta condutiva de prata R$ 13,00 * 1 lampada Energy Saver SOW R$ 29,00 * 1 fruteira de plastico Paramouni R$3,99 * 1 bola de ping-pong R$ 1,00 © 4 transformador Flyback R$ 26,00 3. Resultados e discussao Este experimento no funcionou em sua completude, pois, quando a bolinha esta sobre um potencial, é atraida pela faixa de potencial contrario, isso ocorre quando a bolinha é jogada, ou seja, ja em movimento, alguns segundos apés jogar a bolinha, esta diminui sua velocidade até parar, nota-se que quando a bolinha para entre as faixas, se movimenta em diregao a outra faixa e volta, nao tendo forga suficiente para ir a proxima faixa. Alguns aspectos desta analogia devem ser considerados quando trabalhados com os alunos: () No aparato montado nao existem forgas magnéticas, as forgas que agem na bolinha sdo forga de contato com a superficie, forga peso, forga de atrito com a superficie e uma forga elétrica quando existe contato com os eletrodos. (i) Apenas a forga elétrica tem um andlogo no ciclotron. Ela tem, em ambos os casos, a fungdo de fomecer energia para o sistema. Em nossa montagem, esta forga ndo foi capaz de fazer com que a bolinha ficasse girando, mas no modelo ideal, a forga elétrica aumentaria a velocidade tangencial, fazendo com que a bolinha “subisse”. (iii) A analogia & valida apenas enquanto a bolinha esta “subindo’, se no aparato ela ficar na mesma trajetoria (de mesmo raio), a forga elétrica teria a fungao de “forga restauradora’, enquanto que no ciclotron, estar na mesma trajetéria implicaria em que os campos elétricos ndo atuassem (se considerarmos atrito desprezivel no ciclotron). 4. Consideragées finais A montagem de um experimento andlogo ao ciclotron possibilita uma compreensdo melhor do aparelho e é, talvez, um meio de melhoria do ensino de fisica O seu uso ajudaria a explicar 0 movimento circular, por exemplo, em um contexto tecnolégico. Porém, ressaltamos que os devidos cuidados, citados na seco de discussdo, devem ser tomados quando feita a analogia. © experimento proposto nao foi plenamente satisfatério, pois a esfera condutora no permanece girando na cuba, as possiveis falhas estdo na estimativa de 15kV na saida do flyback, que é uma informagao do fabricante, pois multimetros comuns nao fazem medidas de tensdes acima de 1kV, porém existem pontas de prova especificas para medir altas tensées que possibilitaria a medigao correta da tensdo do flyback. Levanta- se também a hipétese do peso da esfera condutora ser muito alto, e portanto, a forga elétrica com a resisténcia do atrito no so suficientes para fazer a esfera continuar o movimento circular. Trabalhos futuros, com o aparato em funcionamento, podem trazer mais pontos positivos ou negatives para esta analogia, por exemplo, medir se 0 periodo do movimento na cuba também é independente do raio da trajetéria, assim como no ciclotron. 5. Agradecimentos Meus sinceros cumprimentos a0 Departamento de Fisica da Universidade Catélica de Brasilia e a0 grupo Villas Boas pela contribuigéo em sua industria farmacéutica com informagées acerca de suas instalagdes com 0 ciclotron Eclipse HP da fabricante SIEMENS, jografia FRANCO, Angel Garcia, Universidade Federal de Sergipe, Movimento sobre uma cdpula semi-esférica acesso em 30 de julho de 2010. Grupo de Hist6ria e Teoria da Ciéncia — DRCC / IFGW / UNICAMP — Acesso em 10 de setembro de 2010. HUMPHRIES, S. J., Principles of Charged Particle Acceleration, department of Electrical and Computer, Engineering, University of New Mexico, Albuquerque, New Mexico, July, 1999. JOHNSON, TODD, Accelerator in a bowl, Fermi National Accelerator Laboratory in Batavia, Minois acesso em 28 de julho de 2010 LIMA, W. MATSUDA, H.; SCIANI, V;POLI, D. C. R. Ciclotron para Produgdo Industrial de Radioisétopos - Automagdo e Controle. Caderno UNiABC, v. 01, p. 13-18, 2004. Make a high _~—voltage_~—s supply in 5_ minutes Acesso em 28 de julho de 2010. SIEMENS MEDICAL SOLUTIONS, Eclipse Service Training and Documentation CD, version 8.1x, 2008, CD-ROM, RDS Training, 810 Innovation Drive, Knoxville EUA. Tacho, Capitulos do livrao de centelhas, 3.7 - Fontes de alta tensdo Acesso em 6 de junho de 2010. TIPLER, Paul, MOSCA, Gene. Fisica: Fisica Modema: Mecanica quéntica, relatividade e estrutura da matéria. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. v.1 TIPLER, Paul, MOSCA, Gene. Fisica: Fisica Modema: Mecanica quéntica, relatividade e estrutura da matéria. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006. v.3.

Você também pode gostar