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CAPITULO 12 1 | VIDA DA FERRAMENTA E FATORES QUE A INFLUENCIAM 12.4. INTRODUGAO A-vida de uma ferramenta pode ser definida [1] como sendo o tempo em que a mesma trabalha efetivamente, sem perder o core ou alé que se alins um critério do fim de vida previamente estabelecido. O fim de vida de ume ferramenta de corte sera dafinido pelo grau de desgasle estabelecido. © tamanho deste desgaste, ou a fixagdo de um nivel de desgaste permitide ira depender de inumeros fatores, entre oS quais podemps citar. | i | a) receio da quebra do gume cortante devido ao desgaste. b) temperaturas excessivas atingida pela terramenta c) as lolerancias dimensionais néo $40 mais possiveis de s¢ obter, d) 0 acabamento superficial nic 6 mais satisfatério, @) aumento excessive das forgas de usinagem. f) alc... Através do controle destes falores numa operagSo de usinagem, pode-se saber quando a ferramenta deve sar substituida ou reafiada Alam disso fatores economicos podem também definir a fixagao de determinado grau de desgaste (vide capitulo 16). No capitule anterior, vanficou-s¢ que para ensaios de tim de vida, a norma ISSO 3695 sugere valores para os diversos parametros de desgasle para Serem usados comencritério, Fixado esses valores-para o critério. de fim de vida de uma ferramenta de usinagem, esta (a vida} pode sar expressada de varias mangiras: | através do tempo total de trabalho (caso da cortes intemompidos, fresamento). percurso de corte (Km). | . percurse de avango (mm). | i volume de matenal removida : ' numero de pegas produzidas. ! velocidade de corte para um determinada tempo de va ‘ou conforma for mais conveniente i 42.2. CURVA DE VIDA DE UMA FERRAMENTA As curvas de vida de uma ferramenta s40 aquelas que expressam a vide da fertamenta, 1 (lempo efative, tempo twlal, percurse de corte, percurse: de svan¢o, etc...) em fungdo da velocidade de corte (Vj. Tals curvas so fundamentais para o e8tudo das condigdes econdmicas de corte, Uma curva desta fornecera o tempo que uma ferramenta pode trabalhar até que se atinja o nivel de desgaste estabelecido. _ Alem destas curvas pode-se construir os raficos de desgaste em fungao da) elocidade de corte, para um determinado ‘de usinagem, que permite uma! nelhor visualizagSo das condicdes técnicas, Figura 12,1 (0 comportamenta da curva -2 deve aos diferentes mecanismos de desgasle). nog o.08 0.06 | we 47 fmm} Cesgas Velocioade oe corte (rr fin) Figura 12.1. Desgaste VB e KT ¢m funda da velocidade de corte, para un determinado tempo do usinagem [1]. : Para se ober a curva T x V, de uma ferramenta de corte, 4 necessano graficos auxiliares que fomegam 0 desgasle da ferramenta em fungao do tempo, para vdrias velocidades de corte. A Figura 12.2 ilustra a gblengdo da curva de vida da ferramenta T x Ve, apos oblidas as curvas de desgacte em fungao do tempo para varias velocidades de corte GLEE _ iL : E 99 To 90 30 40 50 60 70 BO *t00 120 140 160 180 200 Ternpa (min) Velacidode de corte (m/min) Figura. 12.2, Determinagde da curva de vida de ma ferramenta TXVc [1]. Por meio das curvas de vida, se obtém a velocidade de cone Vz para ume vida de 60 minutos de trabalno, uma vez especificados 03 desgastes © as condi¢Ses de usinagem. Esta velocidade serve come indice comparativo, para medir a usinabilidade do par ferramenta-pe¢a. ni | © grafico T x V_ da Figura 122 represenia a regia c do grafico da Figura 2.1, que & a regiso economicamente mais interessante apesar do desgaste ser naior (mais a velocidade sendo maior também permite maior produgdo}. Este grafico wanda representado ém escala dilogaritmica, Se aproxima de uma reta, Figura 2.3 , fog T= bg K- alog*e Taku" para y, 24 ( oq vy, = 07 tog Fe og KO T= | Figura'12.3. Representagao em escalas logartimicas) cuirvar de wide. da ferramenta [1]. shea 22 *T Anema tara a curve daFigiva 12. 18-90 a expresso: Bae eh : logT tog - xlog¥, (12.1) onde, t x = coehciente angular da reta. | K = vida da ferramenta para uma welocidade de corte {mimin. A expresso (12 1) pode ser escrita da forma: Te KeN," (122) que ea conhecida equag3e de Tayler [1 -3] @ tepresenta o tempo de vida de uma forramenta para determinada velocidade dé corte, | As velocidades de corte obtidas cela equagao de Taylor, podem ser usadas na otimizag3o de um processo de usinagem [4], As velocidades assim obtidas 580 denominadas velocidades dtimas de corte. k A equac§e 122 relaciona 3 vida da ferramenie or a velocidade de corte. Uma andlise mais abrangente, que corelaciona a vida da ferramenta com outros pardmetros pode ser determinada. obtendo-se 4 equagao 12.3, conhecda como Equagaa de Taylor Expandida. | . q pekecg ap? Bet (12.3) \ Motta (5] usinando ago NB 8640, com ferramentas de metal duro revestidas,! sem fluido de corte, no tomeamanto, delermunou os coafitientes K. E, F,GeHoa o 12.3. Ele fez regressdo linear multipla aplicada, ulizando o metodo dos. minimos quadrades, eobteve a aquagao 12.4 a 163-10". Ve 1 ap WBN" (12.4) Nola-se que O35 coeficientes negatvas represenam uma, variagao inverse da vida com a varavel em quesiao. . A forma expandida da equagie de Taylor representa uma sit¥aGao meis realista) do processo, mas um enorme Tempo experimental @ 0 analises loma-6e necessdno, 0 qué faz bastante dispendiosa. podendo levar oS usuarios 2 op¢do da equagad simplificada. ! 1 1 42.3. FATORES QUE INFLUEM NA VIDA DA FERRAMENTA A equagao de Taylor é obtida experimentaimente através de testes de vida de ferramania, Da mesma forma que inumeras fatores influem nos mecanismos formas de desgaste de uma ferramenta, 0 parametros x @ K da equagao de Taylog lambém variam. Abaixo segue uma ligta dog principals falores qué jnfluéngia Nes parametros “yf eK, da equagado dé Taylor 5 1 + Quanto 4 pega? ‘« compasigao quimica « (ratamento temo: ® recazimento + normalizag ao . tempera € revenida « propriedades: Ll . resistancias a tra¢o » duciidade © dureze \ « eneruabilidade . « dimensdes € forma , | » microestrutura i - Quanto é ferramenta de corte: i . . . . * compa sido tratamento térmico dureza ¢ resistincia ao desgaste ; Dm geometria jenacidade . Quanto ao fivido de corte: . propriedades reingerantes * propnedades lubrificantes forma de aplicaco : Quanto 4 maquina ferramenta: REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 1. 2 3. tipo de maquina rigidez avango profundidade yelocidade de corte FERRARESI, 0. “Fundamentos da Usinagern dos Metais", Editora Edgard Biocher, S40 Paulo, 1977, 751 pags | SHAW. MLC. "Metal Principles”, Oxford University Press, 1984, ISBN 0-19- BS9002-4 ; TRENT. E.M. "Metal Cutting", 2nd Edition, Butterworths, Londres, 1964, 245 BOOTHROYD, G: ‘Fundamental of MetalseMachining: and. Toole", Intemabonal Student Edition, Me Graw-Hill, Sth Printing, 7881, ISBN 0.07- 085057-7, MOTTA, MF. “Inftuéncia do Fluido de Corte no Tomeamento do Ago NB 6640", Diesertagho da Mesiado, Universkinde Federal de Uberlindia, Uberlandia, Brasil, 1994.

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