O documento discute os determinantes sociais da saúde, definindo-os como fatores sociais, econômicos e culturais que influenciam a saúde da população. Também aborda o estudo das desigualdades em saúde entre grupos e como identificar intervenções para reduzi-las. Dois exemplos de questões comentadas sobre esperança de vida e mortalidade infantil ilustram como esses determinantes variam no Brasil.
O documento discute os determinantes sociais da saúde, definindo-os como fatores sociais, econômicos e culturais que influenciam a saúde da população. Também aborda o estudo das desigualdades em saúde entre grupos e como identificar intervenções para reduzi-las. Dois exemplos de questões comentadas sobre esperança de vida e mortalidade infantil ilustram como esses determinantes variam no Brasil.
O documento discute os determinantes sociais da saúde, definindo-os como fatores sociais, econômicos e culturais que influenciam a saúde da população. Também aborda o estudo das desigualdades em saúde entre grupos e como identificar intervenções para reduzi-las. Dois exemplos de questões comentadas sobre esperança de vida e mortalidade infantil ilustram como esses determinantes variam no Brasil.
Para a Comisso Nacional sobre os Determinantes Sociais da Sade-
CNDSS (2006), os DSS so os fatores sociais, econmicos, culturais, tnico-raciais, psicolgicos e comportamentais que influenciam a ocorrncia de problemas de sade e seus fatores de risco na populao.
O ESTUDO DOS DETERMINANTES SOCIAIS EM SADE
Nas ltimas dcadas, tanto na literatura nacional, como internacional,
observa-se um extraordinrio avano no estudo das relaes entre a maneira como se organiza e se desenvolve uma determinada sociedade e a situao de sade de sua populao. Esse avano particularmente marcante no estudo das iniquidades em sade.
O QUE SO INIQUIDADES EM SADE?
Desigualdades de sade entre grupos populacionais que, alm de
sistemticas e relevantes, so tambm evitveis, injustas e desnecessrias (WHITEHEAD). O principal desafio dos estudos sobre as relaes entre determinantes sociais e sade consiste em estabelecer uma hierarquia de determinaes entre os fatores mais gerais de natureza social, econmica, poltica e as mediaes atravs das quais esses fatores incidem sobre a situao de sade de grupos e pessoas, j que a relao de determinao no uma simples relao direta de causa- efeito. atravs do conhecimento deste complexo de mediaes que se pode entender, por exemplo, por que no h uma correlao constante entre os macros indicadores de riqueza de uma sociedade, como o PIB, com os indicadores de sade. O estudo dessa cadeia de mediaes permite tambm identificar onde e como devem ser feitas as intervenes, com o objetivo de reduzir as iniquidades de sade, ou seja, os pontos mais sensveis onde tais intervenes podem provocar maior impacto. Outro desafio importante em termos conceituais e metodolgicos se refere distino entre os determinantes de sade dos indivduos e os de grupos e populaes, pois alguns fatores que so importantes para explicar as diferenas no estado de sade dos indivduos no explicam as diferenas entre grupos de uma sociedade ou entre sociedades diversas.
Em outras palavras, no basta somar os determinantes de sade
identificados em estudos com indivduos para conhecer os determinantes de sade no nvel da sociedade. As importantes diferenas de mortalidade constatadas entre classes sociais ou grupos ocupacionais no podem ser explicadas pelos mesmos fatores aos quais se atribuem as diferenas entre indivduos, pois se controlamos esses fatores (hbito de fumar, dieta, sedentarismo etc.), as diferenas entre estes estratos sociais permanecem quase inalteradas.
VAMOS TREINAR?
1. (IADES-2014-BAHIA) considerando que, no Brasil, a
esperana de vida ao nascer um dos ndices usados para avaliar o quadro geral de sade da populao, correto afirmar que ela (A) praticamente a mesma em todas as regies do Pas, ou seja, em torno de 76 anos de idade. (B) teve um ganho de mais de 20 anos, entre 1960 e 2006, para o Brasil como um todo. (C) teve um ganho exemplar nos ltimos 10 anos e ficou com valor superior ao do Japo. (D) de 80 anos de idade para os homens e de 85 anos de idade para as mulheres. (E) maior no Nordeste do que no Sul. Comentrios: Podemos observar que esta questo necessita um conhecimento acerca dos DSS, porm mais que isso, necessita est sintonizado com a atualidade. A evoluo da mortalidade pode ser avaliada atravs da esperana de vida, em especial a esperana de vida ao nascer, que constitui um indicador sntese do nvel da mortalidade. As probabilidades de morte por idade, outra funo derivada da Tbua de Vida, tambm fornecem indicativos no nvel da mortalidade, alm de descrever os padres da mortalidade por sexo e idade. Em 2010, a esperana de vida ao nascer no Brasil, para a populao de ambos os sexos, alcanou 73,76 anos (73 anos 9 meses e 3 dias). Como em 1980, a expectativa de vida foi de 62,52 anos, houve, neste perodo, um acrscimo de 11,24 anos (11 anos, 2 meses e 27 dias). De acordo com institutos de pesquisa, a esperana de vida ao nascer dos brasileiros tem aumentado nos ltimos anos, mas h uma disparidade grande, seja por sexo ou entre as unidades da federao. Nas ltimas dcadas houve no Brasil uma evoluo positiva dos indicadores sociais do pas, sendo que a esperana de vida aps o nascimento relaciona-se a ndices como sade, educao, situao socioeconmica, criminalidade e poluio. O Distrito Federal, por exemplo, a unidade federativa com a maior porcentagem de acesso rede de esgoto do pas (100%) e possui a segunda menor incidncia de pobreza do pas (com 1,9% da populao vivendo abaixo da linha de pobreza), atrs de Santa Catarina (1,7%), o estado com menor incidncia do pas. Por outro lado, Alagoas tem a terceira maior incidncia de pobreza extrema (20,5%), cujo ranking liderado pelo Maranho (26,3%), e ainda o primeiro colocado dentre os estados brasileiros por taxa de analfabetismo (com 22,52% da populao sendo analfabeta), sendo que Distrito Federal (3,25%) e Santa Catarina (3,86%) ocupam as menores posies. Ainda segundo o IBGE, a regio nordeste se mantm como a que tem menor esperana de vida. A esperana de vida no Japo a maior do mundo! Observando esses pequenos textos podemos afirmar que a assertiva que mais se aproxima da realidade brasileira, dentro de nossas iniquidades sociais e desenvolvimento a passos curtos, a letra B. Aconselho que voc acesse o site do IBGE observem as tbuas de mortalidade. Fonte:ftp://ftp.ibge.gov.br/Tabuas_Abreviadas_de_Mortalidade/2010/tabuas_abre viadas_publicacao_2010.pdf
GABARITO B.
2. (IADES-2014-BAHIA)Os indicadores de mortalidade infantil
fornecem elementos de suma importncia no conhecimento dos nveis de sade da populao. Com relao a esse tema, assinale a alternativa correta. (A) Nos ltimos 20 anos, os ndices de mortalidade infantil tm crescido ligeiramente no Brasil. (B) Apesar de ter um territrio bastante extenso, no so verificados contrastes regionais no Brasil quanto aos ndices de mortalidade infantil. (C) A agricultura de subsistncia garante que a Regio Norte tenha o ndice de mortalidade infantil mais baixo do Pas. (D) Os hbitos alimentares da populao e o forte xodo rural agravaram a situao da mortalidade infantil no Centro-Oeste brasileiro, nos ltimos 20 anos. (E) De acordo com a classificao da Organizao Mundial de Sade, a Regio Sudeste j se enquadra na categoria de baixa mortalidade (ndice de 19,2% em 2005, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE). Comentrios: essa questo basicamente a mesma anterior, basta ler os comentrios e o mais importante: Eu sempre peo para que meus alunos na hora da prova pensem no SUS como deveria ser e no como o que temos na prtica. Nesse assunto especfico (DSS), eu peo que voc pense na realidade, em coisas que vivenciamos e verificamos no cotidiano, nos veculos de comunicao, etc. 1. Apesar de ser a passos curtos, os ndices de mortalidade infantil no BRASIL tm diminudo e no aumentado, principalmente pelo aumento das coberturas vacinais; 2. H uma variao nos ndices de mortalidade infantil, tanto por sexo quanto por regio; 3. A regio Norte ainda tem uma das maiores taxas de mortalidade infantil do pas; 4. O xodo rural, no pode aumentar os ndices de mortalidade. Apesar do SUS ser universal e igualitrio, a populao urbana tem maior acesso sade (falando de proximidade das unidades), alm disso a regio centro-oeste ainda hoje basicamente voltada para o desenvolvimento agrcola, ento como poderia haver xodo rural?
5. Logo a resposta dentro da realidade brasileira a letra E.