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Barbara Kruger, Qui sont les magiciens de la terre?, 1989, pintura s/ painel.
de arte], visto que ela no mais delimitada pelo seu enquadramento. O discurso do
4
Cf. idem, ibidem.
fim no significa que tudo acabou, mas exorta a uma mudana no discurso, j 5
BELTING, Hans. Contem-
porary art as global art: a
que o objeto mudou e no se ajusta mais aos seus antigos enquadramentos.2
critical estimat. Dispon-
vel em <http://www.glo-
O protagonismo das exposies, como das bienais, pode ser um balartmuseum.de/media/
file/476716148442.pdf>.
exemplo desses novos enquadramentos registrados. Sabemos, como afirma Acesso em 10 ago. 2013.
McEvilley3, que um objeto exposto carrega em si algumas afirmaes que 6
Algumas iniciativas ten-
estabelecem, de uma s vez, um discurso artstico e uma representao tam compreender esse fe-
histrica: so afirmaes relativas qualidade e validade artstica, assim nmeno. Hans Belting e
Peter Weibel, por exemplo,
como importncia e s definies histricas. pela via da exibio que a criaram, em 2006, um centro
definio de arte se concretiza. Um conjunto de objetos montado com uma de pesquisa sobre a arte
global, o Global Art and the
proposio artstica, exposto, tambm veculo de um projeto daqueles que Museum (GAM) Centro de
detm os critrios de seleo. Uma exposio como meio de realizao da Arte e Mdia em Karlsruhe,
produo artstica , portanto, tambm, um acontecimento social.4 cujo objetivo documen-
tar e refletir sobre como
impossvel abordar as exposies sem um olhar interdisciplinar a globalizao interfere
e sem tratar de questes que esto hoje a elas atreladas. Um exemplo a no mundo da arte. Umas
das promoes do centro
expanso do circuito artstico, que podemos chamar, com Hans Belting, foi a exposio de 2011,
de arte global.5 Acompanhando mudanas polticas e econmicas que The global contemporary. Art
aconteceram aps 1989, o termo arte global designa essa expanso tam- worlds after 1989, no ZKM.
Da mesma forma, recentes
bm no mundo da arte: uma ampliao na geografia do mundo da arte que publicaes atestam o in-
desafia a viso eurocntrica de arte, da mesma maneira como as ideias de teresse crescente na ques-
to, como BELTING, Hans,
progresso e de hegemonia da modernidade.6 BUDDENSIEG, Andrea e
A presena da arte africana do Ocidente no comea com a exposio WEIBELL, Peter (orgs.).