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ste Cum dos poucos vos disponi- vis em portugués que apresentam, de forma sinéieae 0 mesmo tem 0 aprofundada os principas temas © abordagens da Sociologia Bean’ Originalmente pubicado na Franca no final dos anos 9, @ uma obra portante mao apenas para estudantes de Ciéncias Soctals mas, sobretudo, para os de Economia, porque thes permite entrar em contato com outra ‘manera de analisar a atvdade eco: mica, enrquecendo asim sua ca pavidade de entender o comport: mento dos indviduos ¢ a dinimica \losmercados, no imprialismo econdmico no € loligles om erica suas (mis) sr did, a socaloga ca to i aver. maseneararo defo, te endo, jf que opera. a fendmenos mercanti cents, famento dos mercado finance fp perspective contalamente & ue anova e 2 antiga sciolgia laa a mesma abordagem a0 se socio de contribs para Jnmics cen fc patente Simiand(o sali), Halbwachs 0, empreendedor) © Weber (a 1 € a5 rete provindas 0 alo XX mostram que a ances como hoje, esenelas para @ fica. Reconhoce ese estado das no estamos mals adiatadoe do se pode chezar a ess conclsio. niqueceu-se de maneia notdvel via da inser rca da scone nani esata) e emp ant, una stulo va surg fica se debruga sobre o teseno 2 A sociologia econémica © do mercado Pa a socologi econdimia estabelecr se no meted quando a te rie econdmieaorupe meme esninha ete teten0? Sena pesqu Saplcad, as diferenasente ae dar dsipliaas nos pronurea: (so mesmo nose di evi, nese nivel abso qu const a refréacia dos economists. De que modo pode a sociologia impor sus rmétodos em um domisio que ela neligeacou durante meio seule? ‘Que novidade Ihe permite, a pare do fim dos anos 197, testa est Inlecerse ness terena? Pr fim, que démarcheespecf da socilog condmica a distin a teria econtmic quando uma e outs tratam ‘do mesmo objeto? ‘Comportamento racional e sistema de mercados ‘ara o economia contempotineo, © mercado Fesume-st ao nome dado a enconta de uma curva de oferta e de uma curva de demands, restate do comporamento de agentes eas relaghes esto esvazi as de guaiqer conto socal. studando a lags entre a dem {aera eo valorem am capitulo iculado “On Marke, Ard Marshal delara “ea parte no 6 desert la no rata os problemas reais de manele const, Mas labora extra erica de nosso ‘conhecmento sobre os mots que nfuencam o valor, prepa peti 32 Ase totic + se 1a, assim, as reflexes ques seguer (a distri da ena)” (MARSHALL, 1961, p. 524, "Na veedae,o stor ensina gue um mereado ¢ bem organizado nt medida em qué unidade do pro de um bem em rn determined period. (© mereado da teria econdmica & um concrto mito abso, sulado de um proceso de acionalizago do cohecinen econdmic, ‘emconstugia ha plo menos dots sul. Eta obeervagio deve tr 0 méito de impedir que se ereia que estamos nor deembaragando de problemas evanades pls eoriaecondmica a0 denuncaro que pce ‘como que um ectoplasina de elidade soil, Osre coms © mereado | ‘mesmo que ocoree com © agente eeanmic - 0 famoso heme oxcone micas ~ que se ava nese terreno. John Stuart Mil (1843, Ip. 497) expla, a0 apesetar esse personagem, que no hava um nico eco nomsta que acreditase que o indivi apisem realmente de mane 1a como agra © homo oeonomicus da mesma forma, es economists contemprdneos dizem que sua representa tei do mereado no se confunde, de mode algum, coma represenagio do mercada que cles ‘em enquaso indivi. Abstrages ites. Contravimente aces afirmagics (BARBER, 1977), no seria de fel demonsrar que » economia polit, do séulo XVIM 908 nosos sis, abrigaabordagens muito mae ies em comtetdossciais do que comumente nos recrdamos. Eaetano, nto se tata de near di fereng das abordagens, mas de lamentar que a que ma aprada Sos socilogos-ecanomista ses relegda em ford abndagem formal ¢ strata, E preciso parts do gue h de profundoe de nporante nessa representaco absrata de medo a tors clara a contribu da eoia condi e, asim, repirtrar esa interface & qual a sociloga eon’ Anes de tudo, © meeado abstr €o ga equa so lite cur 0 do comportamento, juimenteabrats, da ho oeconomics ie age tavide peo ico objetivo do gan econdmico e de acordo com tus regra‘econdmica’ de maximizago do resuado de su 930, pro pcionlmente ao melos empregaor (ou por meio da minimize ‘os meio pra um resultado dado), Af i equlae a dace que ‘teoraeconnice utiliza o mereade como melo para defn as ear ‘eritias do comportamento ecnonicamenteraional ara tanto a ‘ote ipotetcamente wma ituag em que esse comportamento poss se desenolier sm ena. Cabe,agu,retomar uma fieagio de Sinuand:o economist define mundos posses, quer dz, resultados teioslogicament posts paride um ereadoem que © eneon tra um grande nimero de agentes vemelhantes. Por essa azo, alguns terior moderns da teria esaha eacional considera, com rzio, ‘rene teri tem dimen normativa importante (ELSTER, 1985s, Cap. 34; 1989, Cap. 1; SEM, 1987), lve essen ‘A teoria do exctha raion eof ecto trois, dep de Preto Hs Lint Reis, pont de pro earn canna moderna co poraent de agente cob en, tendo em eras echo Flore enone mst A pre des xh, av Sip {ameter sors de traniidoe cm espe pode deur ‘ara de nega dar gus ore 2 ei micoxarémes do con idee Avartagem etd de abrsogen es, fndamenamet, em nel tan gage a padese precnd dua een 8 dee aout iat ‘Como fima Ete (1853, Cp. 2), Yeoalint-ea ar qe, de tee aenata, ore fem astuanere 0 ques pes que ded produce o mor resto Po conse 0 comporameio& reuildo prad go, Bante sos ey su ernsiade mca ea ‘eo er nor eps uand seem cots inte ete ‘inosine GAUBI. 1962) 0 quando se cos excels em um ‘ensio incr MACHINA, 187) ‘om Rotts sesh aden ruse uma ea dea ora expan doa econdmca em re a utes 35 5 cn 4A ttgiten + te soc, Rsinat, que o re mins tia seo 8 “caer do tere" i im cio-opotunide em ods af eng a 8 ra shor para ey Bee no pase fae oa oa og, toda a0 ‘et it, n se pote de alagio d tar sande, 0 princpal interes da tora econdmia do mercado est em que fa procura defnc que resultados lopcamente possi, ou si, log camente coerentes, podem ser esperads da gio dos agentes econd- ies, dada a existécia de um grande ndmer dees agindo recona- mente com o objetivo de obter male ulidade pote de sm aio, ‘Que o resultado obido mantenha uma relaio delicaa ¢controvesa | «om a explicagéo dos comportamentos enplios ofereida por outros oragens¢ uma outa coisa, que nfo autorza que se ree ot rte «om indferenga a tora econbmica, desde que es no comets o ero de tomar eur modelos pea realidad, or outro lado concep abtata do mercado wads pola to sla ecoadmnis permite estat os fenmenos de inerdependinca ue txistem enre os divers mereados, vnculados entre st pas formar lum siema de mercado. No ent, rato 0 mercado ue consid © objeto da torn ecndica, aso stent de mercado, sistema i terdependente e independents de qualquer segulagtoexera, sa la religos, moral oxpotica. por iso qe, pra Schumpeter a eo do ‘equllvio gral consi a grande referénciateca do economist or conta dso, tora em ogo apsixonante para os economists ot ‘ara aqueles qe se inereseam pels roriaecondmic. Dal decoteaforte stra qu o economists tim por eas pes 25 gis, atraco deltas pela tcinago por um formalism despo- Jado desgnfiasio expla. Para exeapar de ago qe acaba dando ‘emincompreensio mits, é pecs tnsitirna fato de que, na nce soci teria tem como al, predeamente, ear os fendmenoe de imerdependéncl, pos ets iimor ecm aor ators, ivadidor tam pala inflates dices dessa interdependéncia, quanto por soli tages no imbitoreglador, pelt ou our, o que toma complied ‘st os teorkament e dain a prin. No eat, a impordncia destasragdes de interdependnda € al ue eas podem, por s 6, consi aranio de sr da eiénia social ‘ls no se deve exquecer que, nos prinddios da socoogi, Comte hava colocadofenémeno do consensus, ousea, cxatamente aia da itu dependénia ene as funeSs soca A iterdependéncla tem aver com a socclopia em muta de rus dimensbes¢ Seria cpu, ti curious cegueim, reconhece ri importncla em uma Sen dat secs rociise dear de reconhect a em a outa port no sufcentes Reconhece valdade da teria conémica nfo significa seit «- as ass elaboragbes ©, mesos nds, act todas af russ col ‘es, Ao estudrasconsequdnls lias do comportamentoegoisa ¢ as inerdependéncias exstentes no interior de um sistema de mercados, ‘twos econdmica produ conheimeneos itis & én soe, po- tim eles no so sficenes, Razsestedvcas © emp sre eva ‘esa reserva. A teora do equi eral, com seu corpo eompltn de rerados em que os indvduosagem segundo sina emitids por um reper de pres, logo, sem se precupar nem com o comport: ment ds ouosindivduos nem com ouras formas de reagio soi, spi. em hipteses mito expcticas no toeate &focedade. Dando rosseguimento sos argumentos de André Orléan (2004, 2005), pode se dizer que, na eoria do equlbrio ger oscil eneontra se concen ‘tao em due Biter a prime supa que os Individsconhecem ‘© repertrio de bene deponvese no M qualquer inerteza quaneo eat odds eto par do endo aro do mundo Twhildade de sua cfetvato. Nesa perspective s relies aca invidoos mantém sfo onideradas sm pontine desneces shia o socal € completamente anspareace eo lndviuo pode ait melhor mania pose no que toc seu interests, escando se urease sings dads pls pros relatos ‘agi empl do indus do em grande co aver com @ comportamento (Suposto) do homo ofcnomias, For excl, 05 x a. periments de plalogiaecondmica revel de manera reorent a tistincia de eierenas marcantes entre os resultados esperados eos resultados obervados nesses estuds,reslhados qe Wdentca toda tuna sri de anomaliasembaracoes pats a teoiaecondmica orodona crHateR, 1992), A contribu da soioegiaecnmica Em conformidade com a démarche d soci econdmia cis, 4 nova socologia econdmic se interest plas conde de fnciona mento de mereado quando as duns hiptees, sabre a qualidade dos bese 0 cendrio futur, so afasadas. A parr desse momento ea ‘claro que apenas gertaciamereatl (peas pega) insite par expla 0 fneionarento do mereado eé precio reintodutt a in tugs eas formas divers de comportame no scl a anise pata ar conta da ariculasioente os ators no mercado © esorgo da scilogia econémia visa ao desendamento © 0 e- tudo das formas de aanjos que auam quando problema aresaver a questo da avaiago da qualidade dos pots. ss aval pe se dr or prcedimentos de ertiagdo(COCHOY, 200, pr dectses| ‘quanto a investments em modelo, quando a press definem pe Aries de produgio THEVENOT, 1987; KARPIK, 2000; COCHOY, 2003), ode se atar de rede de elas pessoal que posta a difuso ex ‘erifcagio de infrmagies elevates a respi da qualia do produto (GRANOVETTER, 1974; DIMAGGIO; LOUCH, 1998), pode sera comb ‘ago nie organizagies em tomo de objets esagos(COCHOY, 2004; [DUBUISSON-QUELLIER: NEUVILLE, 2004; TROMPEYTE, 2008). sas

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