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PA 4.4 Saverino @ Severina, 0 prim personage ficcional, A sepunda Teal im, sso do z ‘reas de interese: Psicologia, ‘Anteopologia, Sociologia. th Bi ps = o fs 2 a BI Comright © Antonia da Costa Carp, Gara ‘Narellan Menezes Revisio: Marie L.Faveet ‘Vidor R.Shanara Indice Prélogo « LLioro I SEVERINO Caputo 1 ride se cuwe a personagem do poeme tentando dizer quem é ce ag Capita 2 No" se observa a mesma personagem ao mais tentando dizer quem 6, mas atuando para Chcontar ids e, nesta empreitada,ehegande ase lentiicareomemoribuada svsstsrescass-e-~ 28 Canta Que dscute, no final, & possbilidade de tera Shesna personagem encon ado condigbes par se site tose identi como ser amano, por causa Je um ton eal ein, po quefesija wm mascimento sevvvesseeoes 32 (01223 - 40 paulo - Sp a neh foe Br 212 ‘Sx 371 OM oR Livro HI SEVERINA Capiruto 1. [No qual inicia seu relato autobiogrifico uma per- sonagem real (chamada aqui Severina, apesar do seu nome verdadeiro ser outro), nascida numa palhoga no serlio baianovonde viveu até os 11 anos, quaindo se mudou para a antiga rua dos Os- Foe RSRIROGE ssc cna ve sn Capitulo 2. ‘Que relata o inicio da peregrinagao de Severina, ineluindo 0 vO0 no gavito-de-prata, e que tam bém conta como ela, sendo jorada de wm lado para o outro, vai se tranaformando ma vingadora ue busea poder... 1... Capitulo 3. ‘Onde continua 0 relato da peregrinacdo de Severi- na, que tenta fugir de Exu, e nessa tentativa en- contra um noivo com quem se easa Captsulo 4. Em que ¢ interrompida a narrativa da peregrina- so de Severina para uma reflexio, depois do que voltamos & histéria na épcca do seu noivado Capttuto 5. Da loucura(1# parte) Capteuto 6. Daloucura(2# parte) .. a a 59 oa n Capitulo 7. ‘Que conta como Severina tenta suir do zero: um. outro outro. Capitulo 8, (Onde se 8 um moleque podendo ser moleque-e Por isso deixando de ser moleque Capituto 9. Em que inesperadamente surge uma manicure na vida de Severina stasis Gapieuto 10, [Em que Severina encontra uma desconhecida atta vyéede quem conhece uma organizagao budista .. Capitulo 11. ‘Que conta como Severina pBe a organizagdo bi sista a prova para decidir se vale a pena ingressar Copteuto 12. ‘Que discute a possibilidade de ter Severina encon- trado condighes para se identificar como ser hu ‘mano, por causa de um grupo onde é Hara, de- pois de ter sido Komi-at Capitulo 13. ‘Onde Severina fornece evidéncias que ela n8o é mais ela, mas outra pessoa que ela mesma. Capituto 24. Em que a histéria nfo termina e poderia ser um ‘capitulo chamado “A Morte ¢ a Vida de Seve: 86 93 103 108 13 18 Lino IIT DENTIDADE Introducao Onde o autor se dirige pessoaimente ao leitor para lembrar algo dito no “Preficia” e para pedir des- ealpas pelo que sever Capituto 1 (Que fala de identidade como tragoesttico do ser, ‘a0 mesmo tempo que propbe a forma Persona: gem como expressio empiria da ideatidade --.. Capituto 2. Que mosira a forma Personagem sucessivamente como ités objetos diferentes, e continua a falar so- bre identidade, agora como algo contraditorio: igual diferente; esséncia e aparéncia, Capitato 3, (ue continua a falar de iene, agora como mmetamorfose Capituto 4. Que abre um longo paréntesis para esclarecer al~ ‘umas questoes que sao apresentadas . Capitulo Que, para encaminhar a discussdo da nto meta: smotios, fala de personagens, autores atores Capitulo 6. ‘Onde se afirma que a aparéncia de nlo transfor- ago resulta do trabalho da re-posicdo 125, | ESTORI DO SEVERING EA HISTORIA DASEVERINA Caplinto 7 No qual se afirma que cada um érepresentante de si mesmo, o que traz eonseqQéncias pars 0 re: presentado « cs 169 Capitulo 8. Que mostra o triplice sentido da atividade repre- sentar eevee : 174 Capito 9, {Que serescenta sclreimentos para preven ‘gumas armadihas, evans ABE Capito 10. Ons & considera a categoria Corsica (in vertida como incomsciente)« 189 Capieuto 11 ‘Onde a identidade aparece como eonerela ¢ come possibilidade ..-.se-ssesee = 197 Capitulo 12 (Que pe como questio a idensidade humana .... 202 Capituto 13. No qual se buscem elementos no desenvolvimento Go individu para entender interesse da raza0 211 Capitulo 14. No qual se buscam elementos no deservelvimento «da sociedade para entender ointeresse da raza0 . 220 Capfiuio 15, Em que se fala que um movimento pade see pro- sesso eregresivo,depasdo que sebusca outro Captiudo 16, Em que a expressio morte--vida 6 substituida or outra mais completa ¢ se encerra este tra alo .. s RESUMO Identidade — Um estudo de Psicologia Social fobre a estéria de Severino © a histria de Seve Bibliografa citads 226 236 Prefacio Hi jd alguns anos no setor de por-raduagio da PUC/SP se formou wn nico interdisciplinar para es: tudar a questda da Identidade Social. Semintriae, de- bares e publicaghes vém sendo produsidos sistemati- ‘camente Por outro lado, 0 préprio programa de Psicologia ‘Social vem camminhando para a superaeao das contra- digdes existentes no positivismo, desemvolvendo em tome de alguns topicos, ume metodolopia de pesquisa fem bases materalsias historicas, concebenda 0 ho rmemt como um ser preduzido historicamente ©, par: tanto, essencialmente socal E dentro deste contexto que Clampa devenvalve, discute ¢ produr 0 que ore vem a piiblico, porém 0 trabalho tem uma génese anterior go miele. As suas Ssementesestdo na sua diseriagdo de mestrado, quan do através de uma pesquisa positivsta, 0 autor faz ‘questionamentos profundos que 0 levaram a repensar tanto a metodologia cienifiea camo a prépria psico- gia social. procurando, no trabalho interdseiplinar ‘que 0 micleo propiciava, precivar @ quest2o da Iden dade, como fundamental pera a Psicologia Social, Foi enfrentando estes desafios que 0 autor realiza ‘esta pesquisa sobre identidade-processormetamorfose. A preoeupacio com a generalizagdo (0 projeto previa virios casos aserem estudados) cede lugar ao aprofun: daniento de wm caso — afinal na singularidade esté também a totaldade. A preoeupacdo com a objetvi= dade do emplrico abre espaco para a subjetvidade ‘como processo hitérico. Chega-se assim a Identidade como Metamorfose desvendando a ideologia da nao transformacdo do ser humano como condiedo pare 6 ‘do transformacdo da sociedade. Neste sentido a Identidade passa a ver também ‘una questdo politica, pois ela est imbricada tanto na ‘uiyidade produtiva de cada individuo quanto nas con- digaes socais einstitucionais onde esa atvidade oeor- re. E politica porque a partir de andlise aqui feta 10: ‘mos levadas « questionar que espaces, que possibili- dades nés nos permitimos — u nose aos outros — de, sendo nds mesmos, nos transformarmos, nos reeriar= ste estudo nas teva ainda a outras reflexes: a Identidade analisada enquanto um processo dialétco ‘os permitird um conhecimento mais conereto da per- sonalidade, tema sempre trabalhado teria e abstra~ tamente, erando toorias muitas vezes contraditérias Esta quesiao se coloca, principalmente pelo fato de Téentidade se processar ma interacao social, impli= ‘condo, necessariamente, atvidade e conseiéncia. Por ‘outro lado varias pesquisas psicassociais que nao tra bbathan expecificamente com identidade, no seu pro: ‘esso de anise, fazem emergir a questdo da ident: dade como algo presente ¢ fundamental para ¢ com: reensio do individuo e como tal assumindo 0 cardter AFSTORIADOSEVERINOE AHISTORI DASEVERINA 11 de uma categoria ontoligica, tal como na concepeto ‘materialistahistriea tem sido apresentada a Persona lidade. F uma questto que pesquisas futuras deverio responder. Una patevra nat sobre 0 ausor, ow melhor, s0- brea corapem ea criatividade de Ciampa. ‘Coragem de quebrar 0 modelo tradicional, repleto de demonstrapdes de erudiedo ("vejam © quanto eu fd |W”), priontzando o verdadeiro saber que vem da and- lise da reoldade. Coragem de subordinar a teoria ao real, de fasé-laemergir da wgdo de pesquisar, sem des- conhecer 0 saber jé elaborado. Sua obra é um belo texempla do que vem a sera prixis camo ciéncia. Criaivo quando permite que a emocdo partcipe ativamente na comunicaeéo do seu saber cientifico, fa ‘zendo do seu texto ume obra literiria, sem com isto perder em rigor ciemifico, demonstrando que a ciéneia ode ser bela e produto de um ato de amor como 0 Driprio autor 0 efrma: Silvia. M, Lane Prélogo is-nos frente a dificil tarefa de apresentar algo ‘que ainda nfo fot ldo. Nao se iuda, letor. Antes de Jer todo 0 trabalho ele nao poderd Ser couhecido. B ‘uma tese de doutoramento, embora 2s vezes nao pa rega assim. B uma tese de Psicologia Social, embora bossa parecer diferentemente. Tem como titulo “Iden- ‘idade”, mas trata de vérios outros assuntos, Formal- mente, é fail deserevé-la. Na primeira parte, Livro I, 6 apresontada uma personagem chamada Severino, personagem ficcional, saida do excelente poema de Joo Cabral de Melo Neto, “Morte e Vida Severina”, Escolhi-o porque, além das qualidades inirinsoras do poema (e de snes Dersonagens), trata‘se de um yelho amor meu. Apai- xoneinme por ele ainda universitério, convivenda com ‘timas pessoas no TUCA, 0 teatro universitario da Universidade Catolica de Sao Paulo (PUCSP), quando riser feito um espeticulo que marcou época e que, inclusive, foi prémio mundial em Naney, na Franca. Sou um “tucano" da velha guarda e muito me orgulho ‘isso. Continue “tucano” ainda, virow habito... ‘Na segunda parte, Livro Il, € spresentada outra personagem, chamada Severina, personagem de car ne-e-osse, saida de um drama da vida real. Escolhi também pelas qualidades intrinseeas, se posso assim. dizer, que possui como pessoa. De certa forma, tam- ‘bém é uma paixo antiga. Nao pensem os maliciosos ‘gue é amor de homem e mulher; & amor de ser hu- ‘ano por outro ser humano, sem sexo. Nao pensem, ‘contudo, que, por ser uma histéria sem sexo, seja uma historia insfpida. Pelo contritio. Na minha opiniao, ppoucas pessoas tiveram a vida que a Severina teve, 0 ‘que faz sua historia uma histéria atraente e agradivel deer ouvida. Aprendi muito com ela. Mais do que ela peasa. Espero que alguma coisa 0 leitor também aprenda com ela. Se no for instrutivo, pelo menos ser agradavel. Na terceira parte, Livro III, procuro trabalbar toricamente com um objeto abstrato:identidade. Nzo uma personagem nem ficcional, nem real, mas tam- bbém 6 outra paixio minha. HA anos venho me preoet- pando com esse tema, Entendo que, nio s6 para a Psi- cologia Social, que é minha rea de especializacto, ‘mas para uma série de outras — quase todas as cién- cias humanas e para a fllosofia, assim como para a arie, negéeios, religito, etc. — a identidade se consti- {ui num tema apaixonante, desafiante © pertinente. ‘Onde hovver gente, haveri questio de identidade. Fica um desafio: leia este trabalho e veja se exagero, ‘quanto aessa abrangéncia. Enfim, trés paixdes. De certa forma, entio, esta lese antes de mais nada um ato de amor. Amor pelo cconhecimento, mas também amor pelas pessoas. Gos- ‘aria que sua leitura, tanto quanto sua feitura, tvesse esse carfter. Nao pego atengio para mim, mas para o |ARSTORA DO SEVERINO EA HISTORIA DASEVERINA 15 texto, Uma cbra sem leitura 6 uma espera; ainda nto existe. Também no pego indulgéacia. Peco, isto sim, ‘uma cuidadosa erties. $6 assim poderei corrgir os ex- ros eimperfeigdes que cortamente o texto contém. Esta tese dependeu muito de outros amores. Mi- ‘nha mulher, Liliane, por exemplo. Tolerar um douto- ‘rando em cerios momentos s6 mesmo com muito amor. E uma personagem pouco compativel com um marido ‘ateaciofo. Espero que o doutor seja mais agradivel ‘que seu antecessor. Digo tudo isso a meu filho, Fer~ nfo, também. O que acantece com o marido acontece ‘com o pai. Minha orientadora, Silvia T. M. Lane, minha querida e admirada Silvia, a quem devoto nao s6 res- peito intelectual. E antes de tudo uma pessoa admica- ‘el, em todos os sentidos, que me ajudou muito. Hi muitos anosestou ligado a ela ¢ quero assim continuar durante muito tempo. ‘Meu ex-professor Karl E. Scheibe, atusimente unt grande amigo, também tem a ver com este trabalho. ‘Com ele comecei a estudar identidade, quando profes- sor visitante na PUCSP. Meu caro Scheibe trabatha na ‘Wesleyan University (BUA), o que torna nossa convi- véncia intermitente, A distancia nfo prejudicou nossa ‘anizade, pelo conttirio. A admiracio e 0 respeito 36 ‘tém aumentado nestes a longos anos. Se fosserevelar todas meus amores, isto no seria um preficio, seria um romance. Correndo 0 risco de parecer ingrato, no vou mencionar todos. ‘Nao quero, contudo, deixar de moncionar um que aio poder ler estas linhas. O ator se foi, a persona~ ‘gem ficou comigo me ajudando muito. O meu fraterno amigo Malufe, José Roberio Malufe, cuja falta sinto tanto. Ficou-me seu exemplo de homem excepeional; intelectual que sabia ser gente, tudo de Otima quali dade. Tinhamos um projeto comum, um grupo de pes- ‘quisa sobre ientidade, que perdeu muito quando per- sdeu seu idealizador. Contudo © grupo sobrevive, gta ‘28 A dedicapio de virios amigos comuns. O Grupo de Pesquisas sobre Identidade “José Roberto Malate”, da PUC/SP, em grande are, ainda é movido pelo movi ‘mento inicial que seu patrono soube imprimir. Nis to- dos do grupoc as que vierem a dele fazer parte nunca ‘eixaremos esse movimento morrer. O Malute esti Morte-c-ida & um outro nome para identidade. Wentidadeé metamorfose. Esta tese aqui defendida, [Nio quero anteciparo conieido, contudo, Para terminar, um adagio latino: Feet quod po ti; feciant meliore potentes (Fiz. 0 que pude; quer ppuder faga melhor). LIVROT Severino QUE TRATA DA IDENTIDADE DE UMA PERSONAGEM CHAMA- DA SEVERINO E CUIA ESTORIA FOI CONTADA NUM POEMA IN. TITULADO “MORTE E VIDA SE- VERINA” DE AUTORIA DE JOAO ‘CABRAL DE MELO NETO Capitulo 1 ONDE SE OUVE A PERSONAGEM DO POEMA TENTANDO DIZER ‘QUEM ‘© meu nome ¢ Sever ‘no tenho outro dep. (p. 107) © poema tem inicio com a personagem principal, Severino, explicando quem é: por ai se percebe que 0 primeiro'recurso de que langa mio € fornecer set ‘nome, seu nome prépri, o tnico que Ihe foi dado ¢ ‘com o qual se identifies. Recocre a um substantive (“uma palavra que no- ‘meiao ser") para indicar sua identidade. Mas, spesar de usar um substantive proprio, seu nome no parece suficientepara quesua identidade seja teconheca por outros: Come hi muitos Sererines {que é santo de omaris) deram entso deme chamar ‘Severino de Macia Como ni muitos Severinos fom mes chamadae Maris, fiat sendo o da Maria do finado Zacaras.(p. 107) Recorre a outros substantives prépros: 0s nomes dda mte e do pai. Com isso, define urna posicko social: esti lovalizado numa familia determinada. Comeca a se defini pelas relagdes sociais mais primarias; € flho de Maria, 6rfto de Zacarias. Sao trés personagens que 3g definem reciprocamente: pai, fe, ftho. & suf Mas isso ainda diz pouce: ‘i muitos a fequesia. por causa de um coronel ‘guese chamou Zacerias Senhor desta sesmatia.(p. 107) Cofoca-se dentro de uma perspectiva histérica, f Jando algo do passado. Com isso, revela a funclo ho- ‘mogeneizadora do poder que produziu muitos Severi- nos, que tém dificuldade de se distinguir. Faz nova tentativa ‘Como entto dler quem fsa ‘ora Vossas Senhorias? Vejamos: €0 Severino dda Maria do Zacarias, lida serra da Corte, mites da Paraiba. (pp 107-108) Procura precisar melhor s regio geogrifica de ‘onde € origindrio. E esta delimitagao deixa clara a im- possiblidade de se fazer conhecer apenas com nomet roprios — seu ou dos pais — que possam identificé- {pois o nome ja no é um substantivo proprio; toraa se substantive comum, Declara isso ao continua ‘Mas iso ainda diz pouco, Seto menos mais cinco havia ‘com nome de Severino, fos do tantas Maris, inuleres de outros anos {ifinados Zacarias, viendo na mesma terra tmagraeossudaem queeu via. (p. 108) Buscando a diferenca encontra a igualdade: se & diferente de seus pais, Maria e Zacarias, € igual a ou- tos Severinos, igualmente filhos de iguais-diferentes Zacarias e Matias. Tnsiste. Se @ articulagio da igualdade © da dife- renga se mostrou insatistatéria na tentativa que faz de dizer quem 6, talver a descrigto de seu fisico — seu corpo — poder individualizé-o, identificando-o. Mas ‘Somos muitos Severines Sguaisem tudo na vida namesma cabeca grande que custo &que se equiltra, ‘Romesmo vente erseido Sobre as mesinas peraas finas iguais também porave osangue ‘que usames tem pouea tata (p. 108) Seri membro de uma espécie de seres homoxt ‘neos © homénimos condenados & mesmice? Eo que parece, pois cles nto sé vivem 2 mesma vida, mas tats- ‘bém morrem a mesma morte: E se somos Severinos fguas em tudo na rida, ‘morremnas de mort igual: Ques morte de que se morre

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