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A Série Colméia 6 uma seqiiéncia de fasciculos que tratam do nosso culto e de sua liturgia. Bla quer estimular a celebragdo de cultos mais significativos, participativos, envolventes e alegres. O objetivo da série é preparar equi- pes de liturgia para assumirem a realizagao de cultos. Os fasciculos procurarao oferecer uma dose equilibrada de informagio, exercicios praticos e orientago sobre como fazer as coisas. Em liturgia néo é preciso adquirir primeiro uma grande bagagem teérica, para s6 depois comegar a partici: par, Liturgia nao se aprende estudando, Aprende-se fazen- do, celebrando em comunhao. Este segundo fasciculo aprofunda 0 conhecimento sobre a liturgia. O texto percorre a liturgia toda, parte por parte. Ele tenta clarear cada parte: o que significa, qual a sua fungéo e importéncia, qual o seu lugar na liturgia, de que formas maneiras podeser realizads. Nelson Kirst ~ Pastor e Professor de Liturgia na Escola Superior de Teologia da IECLB, Sao Leopoldo — RS. MY Epi Rema A Liturgia Toda: parte por parte Série Colméia Fasciculo 2 Nelson Kirst SERIE COLMEIA FASCICULO 2 A liturgia toda: parte por parte 2redigao Revista e Atualizada me, DD © Editora Sinodal 1994 Caixa Postal 11 '93001-970. Sao Leopoldo/RS Tel: (51) 590 2366 Fax: (51) 590 2664 E-mail: editora@editorasinodal.com.br Site: www.editorasinodal.com.br Produgao editorial: Editora Sinodal Produgio grifiea: Editora Sinodal Publicado sob a coordenagao do Fundo de Publicagdes Teoligicas do Insti- tuto de Pés-Graduagao da Escola Superior de Teologia da Igreja Evangélica de Confissio Luterana no Brasil Cip — Brasil Catalogagio na Publicagio Bibliotecéria Responsdvel: Cristina Troller CRB10/1430 KS8n XKIRST, Nelson ‘A liurgia toda ~ parte por parte / Nelson Kirst - 2*ed. Rev. ‘Sto Leopoldo, RS: Sinodal, 2003. — (Série Colmeta ~ Fasceulo 2) 7p. ISBN 85.233-0600.9 ISBN Serie 85-233.0331-6 L.Litergia 2 Teotogia Aplicada. cpD- 264 DU - 264, Indice pra catslogysistdticn 1. Liturgia ~Teologia Aplicada 2. Teologia Pritica~ Liturpia Apresentacao Este 0 segundo cademo da Série Colméia ~uma sre de fasciculos que stam do cult cristo ede sa lturia nama perspective ecumniea ‘Se voe ainda no est faiiarzado com estes estos, sugiro que, antes de prosse- tig fome oFasieuo teal lela a"Apresentagao da Serie Coimeia”eComo uta este feecculo™ 'Nas oto unidaes do Fasciulo | tharos estado “nossa iturin: das origens até hoje" Ao fina, na Uniade 8, montamos a estratura gral da Itugia, com as partes prin cipais e todos os elements quea tadlgdo da Irea touxe até nbs ‘Agora, no Fasteulo 2, aprofundaremos nosso conkecimento, estudando “a Turia toda: parte po pat”. ‘Vamos peteorer a lituia tod, do inicio ao fim, parte por parte ¢ elemento por elemento Tentaremos claret da area mais sida possve, a respito de cada pate ¢ sterner qual a sua fun, =o que significa, = qual sua importinca, qual o seu haar na ita ~ que oma e maueltas pode ser realizado om tudo iso, quando enceramos o stud deste cadem, teremos reunido 0s o- nhecimentos hstrcase tologicos necessrios para nos langarmas com seguransa & belissimatarefa de moldae uta ‘Das observagBes pritias para utlizagdo deste Fasciculo 2: 2) Opte agus pla apresenagio de um Sumario bastante detalbado, Quer, com iso, aludar nose fetorasenossosleltoresa ulate este Litino nos para extudo Coninuo do sea cone, mas também como opsulo de consulta, Como auxiio do Sumdrio serd mais fill ¢rdpidovollar a consular o faciculo, para recordar alguma sa sobre um ou outzo elemento lito. 1) Ao longo dests paginas reporto-me, em divers gare, a passagens do Fascia lo 1B importante que eto eo er etivamente recor as passagens, pos hi muita coisa substi naquele livrinho que no foi repetida neste fscculoe que fark fila, se ndo for consultada ‘0 Senhor, que prometcu cla conosco sempre que nos reunlssemos em seu nome (Mt 18.20), queira acompanhar e abengoar o labor liturgico de nossas leitoras e nossos Tetores na busca dem s objetivo: que Jess cresgae que nds dminsamos (0 3.30) [Nelson Kirst Epifania de 2000 Sumario Unidade 1 A liturgia toda . Liturgia de Abertura... ‘Que fazer com tanta Liturgia de Abertura? Cntico de Entrada sn Acolhida Saudagio. Unidade 2 raga Preparatoria ou Confissio de Pecados Kyrie eeison Gloria in excelsis: Coleta ou Oragdo do Dia Unidade 3 Liturgia da Palayra Leituras Biblicas Interpretagao Oragio de Intercessio Unidad 4 ‘Cnticos Intermedidrios ‘Aclamagdo do Evangetho Credo ou Confissdo de Fé Ofertas Avisos Por que a maioria dos cultos protestantes acabou limitada apenas 2 Liturgia da Palavma? Unidade 5 Liturgia da Kucaristia ‘Algumas questdes fundamentas Sobre a Eucaristia. (© que acontece com 0 pao ¢ 0 vinho na Eucaristia? Por que o nome “Eucaristia”? Desvios na pritica da Ceia do Senhor Coma lidar com o palo €0 vinho? Confissao de Pecados tem lugar na Liturgia da Eucarstia? 2 2 25 26 30 31 31 33 35 36 38 38 38 0 40 2 4B Unidade 6 Litungia da Bucaristia: um “esquema de quatro agées” poemaeee 45) OFeM6TI0 ne i eceeeenaenanennemmn 4) Unidade 7 Oragdo Eucaristica ... Pada hésien eomum Dislogo .. Unidade 8 Preficio ou Agio de Gracas. Santo, Santo, Santo Narrativa da Instituigdo Unidade 9 "AMAMAESE sn Epiclese.... Mementos ou Dipticos Doxologia de Encerramento a CO agdo Eucarstica:sintse da f8 antes que houvesse Pcritura scr ccnanunn 62 Unidade 10 Exereicios priticos: Como trabalhar com a Oragio Eucatistica? Unidade 11 Pai-nosso Gesto da Paz 7 Fragdo . 2 Cordeiro de Deus 3 ‘Comunhag ou Distribuigao .. a Oragio Pos-Comuniio oo TS Unidade 12, Liturgia de Despedi 16 Béngdo Final -18 Envio n Unidade 1 A liturgia toda ‘Ao coneluirmos nosso tmbalho com o fiscicule auterivs, | 4 turgta que a fizemos a montagem da “lturgia que a radigdo nos legou",com | tradigdo nos legou suas partes principais e todos os seus elementos. Ficou assim: LITURGIA DE ABERTURA Cantico de Entrada Saudagdo Oragio Preparatéria (Conjissdo de Pecados) Kyrie Gloria in excelsis Coleta (Oracao do Dia) LITURGIA DA PALAVRA Leituras Biblicas Céntcos Invermediivios (com Alelvia) Interpretagio (Prédica ou Homilia) Confisao de Fé Ofertas Oragio de Imervessio LITURGIA DA EUCARISTIA Preparo da Mesa e Ofertério Onayie Eucaristica Pai-nosso Gesto da Paz Fracio Conteiro de Deus Comunhdo (Distibuigao) Oragéio Pés-Comunhio LITURGIA DE DESPE! Béncdo Envio DIDA culo ena cestruturado em partes Para serem partic antes, as pessoas ‘precisam saber onde seencontram, na Tieurgia Conducira comunidade Apresentagio srrifcn de folhotor A estrutura revel naturezaeesséncia doculio ‘Contemplemos essa “litungia toda”, Ela mostra que 0 cul- to esta estrufurado em partes. Vemos, no centro, as duas par. ‘tes principais. No inicio, aparece uma parte relativamente am- pla, que marca a abertura. No fim, 0 culto & encerrado com uma parte bastante breve. E muito importante que, no transcorrer do culto, as pessoas saibam sempre em que ponto da celebraao, elas se encontram, 6 assim se sentrtio realmente participantes. Para tanto, 0 roteiro do culto precisa estar exposto com . num Livy, nun folleto ou eit earlazes, © aS pessoas oficiantes devem tomar a comunidade pela mio e conduzi-ta, por meio de costuras e comentarios, ao longo da liturgia, (Quando imprimimos a liturgia de um culto num fotheto ou ‘a afixamos num carta, a apresentacio grfica deve ser tal qe as pessoas possam reconhecer com facilidade as partes princi- pais rere Examinar na Litereia de Lima. quate reeuran fran wnados para ‘ave a esrutara tansparesa com toda clareza, através da presen (asho pris. ‘Lembvo ques Lui de Lina est impress como ane dl Fasc A propria estrutuma ja revela, por si, a matureza e esséncia do cult eristao: ‘© culto cristio € uma comunho de pessoas que se ‘congregam para fazer fundamentalmente duas coisas: ‘ouvir a Palavea e partilhar da Ceia do Senor u seja, oculto cristdo & ‘uma comunhao de aprendizado & uma comunhao de mesa, Liturgia de Abertura Parte 1 eta parte do culto também pode ser chamada Litergia de Entrada, Vimmos, nas Unidades 5 a7 do Fasciculo 1, que, a0 longo da historia, a titurgia passou por um verdadeiro inchago. Ela in- chou. principalmente, da Fnungia da Palovra para a frente, Ou seja, ela aumentou sobretudo na Litugia de Abertura Sugiro que contemplem novamente a estrutura inteira da Liturgia de Abertura, no inicio desta unidade, agora? QUE FAZER COM TANTA LITURGIA DE ABERTURA? Pode-se constatarfacilmente que ela cresceu demais, tor nou-se excessivamente dilatada, em comparagdo com as outras partes do culto. A Liturgia de Abertura, sozinha, assim como ai est, ji deve duraruns 15.220 minutos. Que fazer seo culto que ‘vamos preparar dgve ser um culto completo e no pode passat ‘de 30 minutos? AES para um culto completo de 50 ow 60 minu- tos, essa Liturgia de Abertura seria demasiadamente longa. En- to, 0 que fazer com ela? Conforme a duragio do culto que queremos prepara, va- mos ter que selecionar entre os elementos ltirgicos.que compiem. a Liturgia de Aber Muitas vezes, pode sr dif utiliza todos. E nfo ser problema selecionar entre esses elementos, porque poueos sao realmente ippescindive A maiora doles si apenas tues, ¢ podem, portato, fltar num culo. Sobre a lsc do slemenos cox onimpacindvie tis vj Fal Usidade 2 A Liturgia de Abertura inchow ao Tonge da bistéria E-agora, que fazer? Selecionar Com que critrios? Proporgdo adequate apenas uma abertura Das fungies Despertar expec comme disposigdo conjunta Reiine-se aencargo ‘soba promessa do seu Senhor 0 Cintico de Entrada mio é imprescindivet ‘mas iil 10 A questo que se coloca, entao, & ‘com que critérios vamos selecionar’? \Um critério 6 o da proporsio.adequada} A Litwrgia de Abertura nfo querers set mais do que isso: ‘uma abertura, uma entrada, uma inttoducdo. Se esti previsto ‘que @ eulto dure 60 minutos, a Liturgia de Abertura normalmen- te no deveria ocupat mais do que 10. Se preparamos um culto de 30 minutos, ela ha de contentarse com 5. © ctitério principal, porém, tem a ver com as fungdes da abertura do culto. A abertura do culto tem duas fungdes principais: a) introduzir na atmosfera do culto, B)esabolecer claament rm nome de quem com ae objetivo 8 comunidado ce rene om tl seaside al aga Orientando-se pela func a), a abertura do culto deve des- Pertar nas pessoas uma expectativa comum ¢ uma disposicao onjunta para celebrar oculto que esti por ce Orientando-se pela fungo b), aabertura do culto deve dé xa assentado que a comunidade no se reine por sua propria vontade ¢ em seu préprio nome, masa encargo e sob a promessa ddo seu Senhor (ML 18,20 ~ ver Fasclcuto 1, Unidade 1), Colocadas essas consideragdes introdut6rias, passemos aos diversos elementos da Liturgia de Abertura, CANTICO DE ENTRADA. + Este nfo & um elemento imprescindivel da linurgia, No en- tanto, & muito i, tendo-se em vista as fungses da abertura do cculto. Ovorre, geralmente, antes da Saudacddo ou da Aeathida. Pode assumir diversas formas, como: canto da comunida- do, eanto do coral, um salmo cantado altemnadamente entre coral comunidade, ou até misica instrumental. Também o Kyrie eleison ou 0 Gloria in excelsis podem set empregados como ‘cdnticos de entrada, ACOLHIDA ‘A Acothida no tem sido passada adiante pela tradigo da Jgreja como um componente fundamental da liturgia. Por isso, slo constou da istager da “turgia toda no inicio desta uni dade, e também ndo pode ser considerada imprescindivel. No entanto, pelos motives que sero desdobrados abaixo, julgamos bastante desaconselhive iniiar qualquer celebragio sem algum tipo de Acothida: {A Acolhida 6 0 que poderiamos chamar de uma “saudag20 informal” A Lita de Lima design ct cob Boavndasechamato ado- rag ecole mts do in da Ltr de Evrae © que entra nessa saudagio informal? Aqui, a pessoa celebrante das boas-vindas is demas par- ticipantes do cuto, Fazaintrodugio ao tema, ao assunto do tes- pectivo domingo dentro do Ano Eclesstico, Traz avisos e ex- plicagdes referentes a0 transcorrer do culto. Inroduz no cli- mma, na atmostera, no ambiente da celebrago. Said visitantes. Cam tudo isso, ajuda as pessoas a sentirem 0 calor humano da ‘Comunidade reunida na presenea do seu Senhor. Nos utimos anos descobre-se sempre mais, € nos mais di- versos contextos, que um dos fates mais valoizados plas es soas num culto éo calor human, oclima acolhedor, aquele sen- timento de estarem reunidas num ambiente fratemmo com as de= mais irmase ims maf E por iso que nfo convém iniciar um culo deta e seca- ‘mente com uma saudacao formal. A Acolhida informal é muito importante para as pessoas De profertncia, ola deve fazer parte de um esforeo mals amplo por acalher quem vem ao culto, Cabe ds equipes de liturgia Diversas formas AAcothida nio é imprescindivel, mas muito iit E-uma saudacio informal Conteidos da Acolhida ds pessoas valoricam 0 calor Fumano Grupo de acothida para receberas pessoas Mas vate um aterta ASaudagio é imprescindivel, Saudegdes ‘apostilicas Saudagioreciproca ‘cuidar para que as pessoas sejam bem recebidas & entrada da igreja por um pequeno grupo de acolhida, ‘Tudo isso contribui para “introduzir na atmosfera do culto”, para despertarnas pessoas uma expectativa comuim e uma disposi- ‘cdo conjunta ~ que 6 uma das fungdes principais da Abertura ‘Mas val aqul um alert: a Acorhuda no ¢ teita em nome de ‘ninguém pessoalmente, de nenhum individuo, Nem sequerem nome do pastor e de sua familia - como as vezes se ouve. A deolhida no 6 feita em nome da Tereza ou do Amaldo, mas em nome da comu- nidade que incumbiu as pessoas celebrantes de oficiarem o culto, Mais importante que a Acothida é, naturalmente, a Sauda- fo. SAUDAGAO Esta Saudagdo ¢ imprescindivel. Sobre sua origem na liturgia, vejam 0 Fasefeulo 1, Unidade 5. sta 6 uma saudacio formal, Em muitas tradigdes tornou- se costume iniciar o culto com a formula: “Em nome do Pai e do Filho e do Espirito Santo. Amém”. Mas a Saudagdo pode ser proferida, também, com outras formulas, biblicas ou nfo, Boa praxe 6 utilizar as chamadas saudagdes apostélicas, como as encontramos treqlientemente em cartas de Paulo, por exemplo: Rm 1.7; 16.24; 15.5-6; 15.13; 15.33; 1Co 1.3; 1.9; 16.23; 2Co 1.2 (@ também 0 v. 31); 13.13; GI 1.3 (ou v. 3-5); 6.18; EF 1.2; 6.23-24 e outras (ver os inicios e finais das cartas de Paulo) Esta Saudagdo ¢ particularmente significativa quando re- clproca. Oficiante e comunidade saiidam-se, ento, mutuamen- te, assim (2Co 13.13): (0: grag do nosso Senhor Jesus Cristo, © amor de Deus a comunhio do Espo Santo sjam com tas todos ws 2 com teu espirto (ou E contigo também). (Confirm s Sadao wa Litre de Li.) Nosta saudaciio reciproca se expressa que a pessoa ofician- te ndo esti exercendo esse papel por ser especialmente santa ou ‘merecedora, Como pessoa, ela é tal qual todas as outras, to temente a Deus e to pecadora quanto as demais pessoas da co- ‘munidade, Ela est naquele lugar de oficiante, nfo porter quali- niente limitar a meditagio silenciosa a periodos curtos. Quanto ‘mais nos aprofundarmos nesse tipo de devoctio, mais podere- nos protongaros prtodos de silencio. O que também ajuda muito ‘ter uma pessoa que vai otientando a meditacdosilenciosa, por meio de breves estimulos & reflex mv as) pe ca eer do (observagées, perguntas), ORAGAO DE INTERCESSA0 A incluso da Oracao de Intercessdo em todos os cultos regulares & um imperativo para a comunidade reunida, Isto, lo 36 porque este clement titurgico fazia parte da mais an ‘ga estrutura bisica do culto cristio, sendo, portanto, impres. cindivel, mas também porque 0 Novo Testamento, em toda sua extensio, exorta iis e comunidades & intercessio, Interceder © um servigo que a congregacdo reunida em culto ndo pode deixar de cumprit. Na Oragio de Inercesséo, a comunidade apresenta diante de ‘Deus suas suplicas pelas necessidades bem concretas da lereja, do ‘mundo e da sociedade, das pessoas dentro e fora dos seus limites. Em certas tradicées, essa oragio & chamada Oragiio Geral da Igreja, Nela a comunidade intercede essencialmente pelos, seguintes tres grupos: 1) a Igieja, seus ubreitos ¢ suas obreiras; ) o mundo eas autoridades;, ©) as pessoas que sofrem qualquer tipo de privagdo ou ne- cessidacle (p. ex.: doentes, presos, enlutados, vitimas de calami dades), A Onaga de Invercessao pote ser feta de diversas formas: a) A mais simples: a pessoa celebrante profere as diversas Intercessdes ¢, no final, a comunidade assina em baixo com seu “amém", 'b) Em forma de ectenia (ver Fasciculo 1, Unidade 6). Neste ‘caso, a pessoa oficiante menciona, acada vez, o motivo da siplica eexorta a comunidade a orarao Senhorpor tal motivo. A.comuni- dade responde, entio, com uma formula adequada. Por exemplo: 4 possons que ade ©. Palos enfemos, plo encrcerado, por toda ‘em doenga ewoldie, lames v0 Sentor: ‘C2 Senor, esata a nosta proce! Ou, ento, a pessoa oficiante, em vez de apenas mencionar ‘@ motivo da oragdo, profere ela mesma a siplica, que & reforca- da pela comunidade, Por exemplo: (0: Peos enermos, pelos eacarceaos, por todas as pessoas que pade- ‘em doenga e slo, elamamos ti, Senor: ‘C: Senor, ouve nossa orasio! ‘Uma modalidade especialmente dil aquela em que se ‘menciona a finalidade da stiplica. Por exemplo: (©: Petos enfemos, pos encarcentos, por toda as pessos que ple ‘em doungue solidi par qu enconter ims eanios que os ape ‘Smurham trgae scm ae evan da cameo Senn ‘C2 Senor, escuta a nossa prec! Siipicas bem ‘concretas Oracido Geral da Igreja por irés grupos Diversas formas A mais simples Como ectenia a Ouiras modelidades Um aterta Este tipo de oragio (por/pelo/pelas..., para que...) & uma ‘modalidade ideal, porque ncla pode ser formulada qualquer in- tereessdo que se possa imaginar. Por isso, recomendo que as ‘equipes de liturgia a exercitem com toda dedicagao, Ontra forma de ectenia, também muito itil, era praticada nos primeiros séculos do eristianisma. A pessoa oficiante (ge- ralmente um didcono) indicava o tema da intercessaio para a.co- ‘munidade e, em seguida, as pessoas faziam a respectiva oraciio em siléncio. Dessa forma, 0 conjunto das oragdes individuais silenciosas formava a oracdo comunitiria, Por exemplo: ‘©. Orem agora por todas as pessoas que ocupam cargos de lideranga na ‘comunidad em Iga, agdo em silincio) (agora orem pels enfeemos, polos enareerados, por todas as ps ss que padecemn doen ¢ soli. rage em sinc) ©) Outras modalidades com a participagiio da comunidade: ~ Alguém recolhe motivos de intercessdo entre as pessoas dda comunidade e depois a pessoa celebrante abarca todos esses Motivos numa grande Oragao de Intercessao, = Pessoas da comunidade participam com oragSes espon- tineas da Oragio dle Inercesséo, ~ Algumas pessoas da equipe de linurgia fieam encarrega- das de pensar ou de recolher motivos, depois distribuem esses ‘motivos entre sie proferem a Oragdo de Infercessdo em forma de ectenia. Entim, essas sugestées sob ¢) ainda podem ser variadas de diversas oaneltas, Quando mais pessoas participam, articulando siplicas, & cconveniente aquela que esta oficiando iniciar e encerrar a Ora- iio de Intercessao. Neste ponto, cabe levantar um pequeno alerta, Quando se abre a oportunidade para omagdes espontineas, pode-se chevar aqui facilmentea um encarreiramento de pedidos individuais de pessoas da comunidade (pedidos do tipo “pela minha filha que faz, 15 anos amanha"), Quando essa grande aragio da comuni- dade se limita a tais pedidos individuais, ela deixa de ser uma Oragdo de Intereessio no sentido de uma Oragéo Geral da Igreja ‘A pessoa que preside a celebragdo deve zelar para que, em meio a toda espontaneidade e participagdo, ndo se perca o cardter es- seneial desta oragao. Encerramos, assim, esta unidade e, com isso, concluimos a explicagio dos trés elementos imprescindiveis da Liturgia da Palavra. Na proxima unidade examinaretmos os denis elemen- tos dessa parte da liturgia. Exerc 1s diversas modalidadesexpostas acl e praca dite tes pes de Oru de Inorcene nes présimor ulios 29 Nos intervatos entre 1s Leituras Biblicas A fungio dos Canticos Intermeliios Muitas possbilidades 30 Unidade 4 Liturgia da Palavra Parte 2 Na Unidade 3 deste fasciculo tratamos dos elementos im- prescindiveis da Liturgia da Palavra: as Letturas Biblicas. a in- terpretacdo e a Oracio de Intercessdo, Passemos agora aos de- mais elementos dessa parte da liturgia. CANTICOS INTERMEDIARIOS Nos intervalos entre as Leituras Biblicas ocorrem os Canticos intermedidrios. No Fasciculo 1 ja vimos que as Leitu- ‘ras Biblicas, com o tempo, foram sendo intercaladas pelo canto e salmos, e que as antifonas desses salmos geralmente conti- ham a exclamagio Aleluia. Sugiro as leitoras e aos leitores relerem Faseiculo 1, Uni- dade 5 Qual é a fungio desses Canticos Intermedidirios? Eles si0 ‘como a pausa na miisica ou os momentos de eiléncio num diseur 80. Tém a fumetio de deixar ecoar, deixar ressoar em nbs a Leituria Bibtica, que acabou de acontecer,e de preparar-nos para a leitura seguinte, So, pois, etapas de meditagio e aprofundamento. Ao ‘mesmo tempo, podem também dar & comunidad oportunidade Dara expressar su reeposta& palavea biblica recént-lik ‘Assim como no caso do Cantico de Enarada, temos muitas Possibitidades de realizar liturgicamente os Ciinticos Intermedid- ios. Tal qual na Igreja Antiga, podem ser cantados salmos, em altemancia entre 0 lider de canto ou 0 coro e a comunidads. ‘Outras modalidades musicais so: cantos do coral, solos, cantos. Ccomunitérios e pegas instrumentais, Quand os econirias indica wm salmo, ese dove ser considera, sgerlente como um Cisco Intermed, sero que primein tum outo tent do Aut Tease, indict para 8 Eexistem ainda outros recursos de enormes potencalidades. Podemos utilizar elementos bem diferentes para essasetapas de rmeditagao e aprofundamento das Leituras Biblicas. Elementos, tais como: contemplagio, meditacio (orientada) em siléncio, oa- 8s, representagdes plisticas, dramatizagdes ou pantomimas, Teitura de outros textos (no biblicos), pains, et. Enfim, quase no hi limites & imoginagao das equipes, na busca dos melhores ‘meios possiveis para ajudar a comunidade a “deixar ressoar” € ‘meditar a Palavra lia. Quando essas etapas entre as Leituras Biblicas forem mui to bem trahalhadas e elahoradas, podem até mesmo viranssi- ‘miro lugar da Interpretagdo. Esta € uma medida perfeitamente valida e que as equipes deveriam considerar com muito carinho, pois pode contribuir para um culto muito vivo. Exercilo: Ensaiararealizagio de tas ctapas de meditagio € centre as Leitras Bibles, para o6) préxime(s) eu ACLAMAGAO DO EVANGELHO: A leitura do Evangetho tem, naturalmente, a maior hierarquia| entre as Leinuras Biblicas. Pot isso, a tadigo da lrejatem desenvol- ‘vido como que uma lturgia especial ao redor da leitura do Evange- Iho. Essa “liturgia especial” & chamada Aclamagdo do Evangetho. Na sua forma clissia, ela inicia como Aleluia que é cantado ‘como saudagao a recitagao do Evangelho, que vem em seguida. A. Aclamacdo do Evangetho tem, seguidamente, a seguinte estratur: C:Aleluia(eantado) (0% O mami Evangel de wou Senor Sous Cit, sy capil (egue a Tena) (0; Palava do Senbor! ‘C: Louvade sea, Cristo so) ‘CREDO ou CONFISSAO DE FE Este nao é um elemento imprescindivel do culto cristo. E lum elemento dia, que podemos inciuir na titurgia ow nao, cou- forme as circunstincias, Podem assumiro lugar da Interpretagio Uma “Tieurgia especial” Nao imprescndivel, ‘as tt 31 Posicionamento: depois da Inierpretasio Hinos de confissto defé Confissdes coniemporaneus Devem espethar a fé dacomunidade No Fasciculo 1, Unidade 7, ja foi dito muito sobre a Con- fissdo de Fé, Sugiro de leitoras ¢ 20s leitores que releiam aque- las paginas para reftescar a meméria. Aqui, devo aerescentar alguns comentarios: — A Igreja Ocidental,¢ com ela Lutero,tinha colocado a Confissdo de Fé antes da prédica. A idsia por tras deste Posicionamento 6a seguinte: Ao proferir a Confissdo de Fé. a comunidade indicava que o texto biblico seria interpretado, a seguit, a partir do Credo, na perspectiva do Credo, em confor midade com o Credo, No entanto, deve-se dizer que esta colocagao no & muito feliz, pois ela rompe a conexio entre as Leituras Biblicas ¢ a Inierpretagéo. —Atualmente reconhece-se, de modo geral, que o lugar mais adequado para a Confissio de Fé & depois da Tnterpretagdo. A Comunidade ouve a pregagao e, em resposta, proclama publica ‘mente sua fé no Deus cuja Palavra acabou de ser explicada. E, 0 proclamar publicamente sua fe, louva o Trin Deus por seus alos. 0 Credo se constitu, assim, ‘numa reagio muito aproprit= dda da comunidade & atualizagdo do texto, Para ser eoeent,o esto que acompanha © Credo no deve sero de | ‘ora, mis de uns procimagdopblca, Alem dos Credas postition e Niceno, podemos utilizar também hinos de confissio de f& e, eventualmente, confissdes ontemporfineas. O que entendemos por “confissdes contempo- rneas"? Seguidamente ocorre que congressos, cursos, grupos, en Ccontros os mais diversos, optam por elaborar uma confissio que articule sua fé em termos atuais (na linguagem como no conteti- do). Sao contissées contemporineas que, geralmente, nos. per ‘item um novo acesso e uma compreensio renovada dos ele- mentos centrais da nossa fe. Por isso, € perfetamente vilido e dil empregarmos tais confissdes nos cultos, desde que elas espelhem, de fato, a fé de toda a comunidade reunida, O que nio pode acontecer & deter- ‘minado grupo impor & comunidade uma certa contissio com & gua elt no concord ow qué ela and no ext prepara para articular OFERTAS Aqui, estamos fatando das ofertas em dinheiro ou bens ‘materiais, Muitas vezes, elas so recolhidas durante o culto, de pois dos avisos, Também ainda existem comunidades, nas quais as ofertas de dinheiro sio depositadas numa caixinha (0 gazofi- lécio), & saida da igreja, Este assunto certamente merece de nés uma atengéo bem especial. Antes de mais nada, convém lembrar que coletar ajuda fi- nanceira para outras irmas e outros irmdos, mais necessitados. tem sido uma pritica esseneial da comunidade cristd desde 08 primérdios (Rm 15.26; 1Co 16.1-3). E proprio de cristios e de suas comunidades apoiar-se mu- tuamente desta maneira. Assim foi nas origens,e assim continua sendo até hoje. Ent, é justo e necessério que tal prtica, tio condizente com a natureza da comunidade cristd, encontre sua expresstio em cada um de nossos cultos regulares. Nas primeiros tempos, quando a Ceia do Senhor era cele- brada como uma verdadeira refeigao (ver Fasciculo 1, Unids de 4), os membros mais abastados traziam comida suficiente para satisfazer também as pessoas menos favorecidas da co- munidade, Eles traziam no s6 0 po e 0 vinho para a Ceia, ‘mas também outras ofertas de produtos naturais para os pobres dda comunidade. ‘A oferta de bens materia, para o beneficio de outras| pessoas, fez parte do culto cristo, desde as suas mais, rTemotas origens, e, desde o inicio, estava vinculada ‘com 0 proprio ceme do culto cristdo, que era a Euca- ristia, Assim sendo, a oferta de bens materiais para o beneficio de foutras pessoas milo & um assunto secundério, uma questio a mar- gem do culto cristo, Ni €algo quese resolve com uma gorjetinha ;pingada na caixina, na saida da igreja. A oferta de bens materiais {que vai servir para o beneficio de pessoas menos favorecidas tem seu lugar no proprio centro do culto cristo, Ofertas em ainhetro ‘ou bens mareriais Prisca essenctal da ‘comunidad crit desde as origens Deve encontrar cexpressio no eulto Oferta de bens materiais: desde a ‘origem vincutada a Eucaristia Nao é questo -margem 3 Sociedade e bens materiais ‘substicuidos por inhciro Para muitos & dificil rmisturar eulto.e dinkeiro Significaio postive dodinheiro: fruto do nosso ‘trabalho e delicasio Apartar uma parte ara agradecera Deus Como resposta pregasio M Com o decorrer dos séculos, a sociedade e a economia mu- flaram. Antes, a economia trahalhava mais num sistema de troca ‘As pessoas pagavam ou eram pagas com bens materiais ou natu- ras, Se eu fosse um marceneiro, entregaria um armario ao meu Cliente e receberia em troca tantos sacos de trigo ou de batatinha ou tantos cabritos. Com o tempo, o comércio foi substituindo es- ses bens materiais ou naturais por dinhiro. O fruto do trabalho ddas pessoas resultava sempre mais em notas e moedas, E € neste ponto que muitas pessoas tém problemas. Para ‘és, dinheiro é muitas vezes, um simbolo de cotrupezo, de ronhalheira, de jogatina, de sonegacio, de vida desregrada, de exagero, de ostentagio, enfim, de quase tudo que & ruim. Por isso, levantam-se seguidamente, dentro de nés, reservas muito fortes contra misturar dinheiro com culto, O culto deve ser uma ‘coisa pura ~ ent, como misturé-lo com dinheiro, o vil metal? [Essas reservas, que muitas pessoas tém dentro de si, precisam ser levadas muito a sério. Mas também ¢ importante resgatar 0 significado positivo do dinheiro. Nés dedicamos tempo, esforgo e sake a0 nosso trabalho profissional. Ao fim da semana ou do més, recebemos ‘em troca uma quantia de dinheito. Esse dinheiro & 0 fruto do nosso trabalho, o fruto do nnosdo eaforgo, o resultado da nowea dedicagtio. Entdo, & muito justo apartarmos parte desse dinheiro para entregar a Deus, como expresso do nosso agradeci- ‘mento por tudo o que dele recebemos. Um lugar muito adequado para o recolhimento das ofertas no culto & depois da Interpretacdo e da Confissao de Fé Isso significa, eto, que a comunidade dé uma dupla res- posta d pregacio da Palavra de Deus: * ela louva com a proclamagao publica do Credo, e * cla Ihe agradece, entregando-Ihe parte do fruto do seu trabalho, Dentro dessa compreenstio, é muito significative recolher as ofertas duranto © hino que vom depois da prédica, Mais significative ainda seria se, durante esse hino, as pes- soas se levantassem e levaceem, elas mesma, eua oferta ao altar Essa pritica é muito difundida em igrejas da Africa. O ato de levantar e se locomover até o altar para lit depositar a oferta expressa de modo ainda mais forte 0 nosso agradecimento, do que se as ofertas sto recolhidas nos bancos. Dentro dessa linha de compreensto das ofertas, & preciso atentarmos muito bem para a maneira como comunicamos & ‘comunidade a destinaciio que seré dada a0 dinheiro recolhido. E necessério, obviamente, utilizarmos os textos motivadores que ros io enviadlos e explicarmas clammente para qual finalidade seri utilizado 0 dinheiro, No entanto, bem mais forte do que isso deve expressar-se a idéia de que estamos entregando ‘cane fruto do nosao trabalho a Deus, om gratiddo, para ‘que ele use esses recursos em favor de outras pessoas. ‘Se entendermos assim a nossa oferta, o ideal seria ndo s6 recolhé-la depois do Credo, mas também levé-la mesa do altar por ocasito do Preparo da Mesa e Ofertério, na Liturgia da Eucaristia (ver Unidade 6), AVISOS Muitas vezes os avisos aparecem depois da Interpretagdo. Haveremos de convir que esse lugar nfo & 0 mais adequado, Co locados nesse ponto, os avisos, com seu volume de informacdes: * cravam uma cunha entre a presacio e a resposta da co: munidade (Credo e recothimento das Ofertas), e * no permitem que a comunidade continue a meditar e refletir sobre a mensagem. Sugere-se, por isso, que os Avisos sejam distribuidos da seguinte maneira a) comunicagBes que se referem ao desenrolar do proprio culto aparecem na Acolhuda (ver Unidade 1); ») informagBes sobre pessoas ou acontecimentos que vio ‘merecer a intercesso da comunidade so colocadas imediata- ‘mente antes da Oragdo de Intercessfo (vet Unidade 3); Levara oferta ao lar Cuidar como comunicamos ‘comunidade Estreitaigagado com (0 Preparo da Mesa e 0 Ofertirio Uma sugectio para idar com os Avisos Come foi gee iturin especial de presio Pronaus Tomowse celebragio <) anincios de eventos ¢ atividades da comunidade, a te- rom lugar em qualquer oeasido depois do culto, sdo trazidos na Liturgia de Despedida, logo antes da Béngdo e do Envio (ver Unidade 12), POR QUE A MAIORIA DOS CULTOS PROTESTANTES ACABOU LIMITADA APENAS A LITURGIA DA PALAVRA? Antes de encerrar 0 estudo da Liturgia da Palavra, vejo 2 necessidade de tocar numa pergunta que 6 eeguidamente levan- ‘ada por equipes de liturgia, quando comecam a se aprofundar no estud do nosso culto. A pergunta 6a seguinte: Se a estrutura bisica original do culto cristao era composta de Liturgia da Pa- lavra e Liturgia da Eucaristia, como foi que aconteceu que a Liturgia da Eucarisita acabou caindo fora da matoria dos culos regulates das ignejas protestantes? As origens deste desvio devem ser buscadas num passado ‘muito distante, Por volta do ano de 800 .C.,na regio da atual ‘Alemanha, passou-sea dar um valor muito grande A pregagio Entdo comegou a desenvolverse, a0 redor da prédica, um tipo 4 liturgia especil, embutda dentro daliturgia geal, Ess iturgia especial a0 redor da préica era dirgida de cima do palpto. Ela foi evoluindo, até atngir, alguns culos mais tarde, uma estru- ‘ura muito elaborads,leiturabiblica em atm —saudagao do pale Pito ~ leitura do texto na tradusdo alema ~ introdugao a prédica ~ Ave Maria, Pai-nosso ou hino — prédica ~ Dez Mandamentos ‘ou outras partes do Catecismo ~ ato de peniténcia geral absol- Vigo ~avisos— intercessBes ~ béngdo do plpto. Essa lturgia especial era chamada Pronaus. Ela era toda falada e representava um complexo litirgico préprio, dentro da liturgia geral, que era cantada, Quanto mais a Pronaus se desenvolvia, mais tendia a rom per a unidade da liturgia geral e mais tendia a tomar-se uma celebracio auténoma. Foi o que acabou acontecende. Com 0 tempo, a Pronaus foi sendo colocada antes da missa regular ou foi sendo celebrada até como culto especial de pregagio, um cculto secundario a parte do culto regular. Quando se desenrolou a Reforma, Lutero ¢ Calvino nfo adotaram o culto de pregacio, como culto regular, mas mantive- ram o culto completo, com Linurgia da Palavra e Linurgia da Eucaristia. Foi o reformador sufgo Zwwinglio que transformou o culto de pregagdo, até entdo um culto secundirio, em culto principal E fot a partir de la que esta pritica veio a instalar-se em muitas tradigoes, Coneluimos, assim, o estudo da Liturgia da Palavra, As lunidades 5 até 11 vo conduzie-nos pela Liturgia da Eucaristia. Lutero.e Calvino mantieeram a catia ‘completo Zwinglio adotou ulto 36 de pregagdo que acontece com 2pioeovinko? ‘Sao consagrados Consograr: apanar ara 0 uso dedicado Deus Concepeotuterana 8 Unidade 5 Liturgia da Eucaristia Parte 1 ALGUMAS QUESTOES FUNDAMENTAIS SOBRE A EUCARISTIA ‘Antes de entrarmos na explicagso da Lifurga da Hucaristia, Paste por parte, precisamos abortar algumas questées fundamen tais a seu respeito, Comecemos com uma pergunta elementar © que acontece com o pio e 0 vinho na Eucaristia? Dizemos que, na Eucaristia, o po €0 vinho so consagra- dos. Falamos da consagragio desses elementos. Que quer dizer isso? Consagrar significa “tomar sagrado”. Para entencler essa ‘expresso, podemos buscar ajuda no Antigo Testamento, Li quando um objeto é tornado sagrado, isso significa que é aparta- do do uso comum para o uso dedicado a Deus. No antigo Israel, lima faea, por exemplo, podia ser considemda sagrada se ii era utilizada nas refeiedes comuns, mas servia para o sacrificio de animais no Templo. Uma pessoa podia ser sagrada, se era apartada dentre as pessoas em gera, para dedicar-se exclusive mente ao servigo a Deus. Assim, consagrar o pio e o vinho na Eucaristia significa aparté-los do uso comum, pata que Deus os use como veicullos sda sua graga, Os luteranos entendem que Cristo est realmente presente «se entrega anos através de e junto como po eo vino, Later

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