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BARTHES, O RUMOR DA LNGUA, escrever, verbo intransitivo?

pp.19-26. Lisboa: Edies 70, 1987

a escrita um sistema de signos p. 20

A Morte do Autor pp. 49-53

a escrita destruio de toda a voz, de toda a origem. A escrita


esse neutro, esse compsito, esse obliquo para onde foge o nosso
sujeito, o preto-e-branco aonde vem perder-se toda a identidade, a
comear precisamente pela do corpo que escreve. p. 49

a explicao da obra sempre procurada do lado de quem a


produziu, como se, atravs da alegoria mais ou menos transparente a
fico, fosse sempre afinal a voz e uma s e mesma pessoa, o autor,
que nos entregasse a sua confidncia p. 50

o autor nunca nada mais para alm daquele que escreve, tal como
eu no seno aquele que diz eu: a linguagem conhece um sujeito,
no uma pessoa, e esse sujeito, vazios fora da prpria enunciao
que o define, basta para fazer suportar a linguagem, quer dizer,
para a esgotar p 51

o scriptor moderno nasce ao mesmo tempo que o seu texto; no est


de modo algum provido de um ser que precederia ou excederia a sua
escrita, no de modo algum o sujeito de que o seu livro seria o
predicado; no existe outro tempo para alm do da enunciao, e
todo o texto escrito eternamente aqui e agora. P. 51

o texto um tecido de citaes , sadas dos mil focos da cultura p.


52 INTERTEXTUALIDADE

Uma vez o autor afastado, a pretenso de decifrar um texto torna-


se totalmente intil. Dar um Autor a um texto impor a esse texto
um mecanismo de segurana, dot-lo de um significado ltimo,
fechar a escrita. p. 52

um texto feito de escritas mltiplas, sadas de vrias culturas e


que entram umas com as outras em dilogo, em pardia, em
contestao p. 53

o nascimento do leitor tem de pagar-se com a morte do Autor p.


53

Efeito de real expresso forjada por Barthes e que d nome a um


dos seus ensaios, p. 131

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