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Direito Penal II. Tema 16.

ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO


RIO DE JANEIRO. RESOLUO DO EXERCCIO
DE CASOS CONCRETOS.
Aluno: Pedro Henrique Pillar Cunha.
Turma: CPII B 1 2017.
Data: 21.02.17.
Disciplina: Direito Penal II
Tema: CP03.02.16 - Concurso de pessoas IV. 1) A participao de menor
importncia: exame do artigo 29, 1 do Cdigo Penal Brasileiro. 2) Os desvios
subjetivos entre os participantes: anlise do artigo 29, 2 do Cdigo Penal. 3) O
artigo 30 do Cdigo Penal e suas controvrsias. 4) O artigo 31 do Cdigo Penal
como limitador da responsabilidade penal.

Questo 1) Roberto responde como coautor do crime, na forma do art. 29, caput,
do CP, pois no teve uma mera participao de menor importncia, tendo sua
atuao sido fundamental consumao do delito. Quanto qualificadora do uso
de arma de fogo, porm, ela no deve mesmo se aplicar, sendo incomunicvel tal
circunstncia. Nada impede que os coautores respondam por crimes diversos, um
na forma simples e outro na qualificada, tendo em vista a teoria monista, aplicvel
ao concurso de pessoas.

Questo 2) todos devem respondem pelo crime de latrocnio, pois o resultado foi
previsto e aceito. Como quer a questo, convm ressaltar que a participao de
somenos importncia e de menor importncia no se confundem: aquela est
contemplada no art. 29, 1, do CP, enquanto que esta extrada implicitamente
do art. 29, caput, na parte em que diz que cada agente responde na medida da sua
culpabilidade. No mais, tambm importante dizer que a coautoria funcional se
verifica sempre que um agente participa da execuo do crime, mas sem realizar o
ncleo do tipo penal, o que no se aplica no Brasil, por conta da adoo pelo nosso
Cdigo Penal da teoria monista temperada no que tange coautoria, que exige que
os coautores respondam pelo mesmo crime, havendo distino somente no aspecto
da individualizao da pena.

Questo 3) Sim, pois, quanto ao art. 29, 2, segunda parte, do CP, o elemento
subjetivo dos autores era de praticar roubo mediante grave ameaa, com a possvel
utilizao de arma de fogo por Eric isto , o resultado no s era previsvel, como
foi de fato previsto e aceito, de modo que todos os concorrentes devem respondem
pelo mesmo crime. J no que diz respeito ao art. 29, 1, CP, certo que a
participao de Rafael foi de somenos importncia, ou seja, foi uma mera coautoria
funcional, tendo em vista que no realizou o ncleo do tipo penal, s tendo
facilitado o deslinde da empreitada criminosa.

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