Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Saberes Kaingang
O Sr. Antnio nos relata que o que sabe sobre as pinturas corporais
aprendeu com seus parentes mais velhos, que identificavam as metades
atravs das caractersticas fsicas, citou as unhas como forma de identificao.
Quando crianas iam para os rios brincar, no caminho se pintavam, com tintas
naturais, explica que usavam a pintura como uma forma de identificao do
povo, para mostrar que eram ndios, os mais velhos lhes ensinavam tudo na
lngua Kaingang. Quando j em contato com os mestios segundo ele, esses
passaram a rir deles e cham-los de jaguatiricas, por estarem pintados. Isto
provocou-lhes uma certa vergonha, um dos fatores segundo ele para no
exercitarem mais esse tipo de prtica. Ainda cita que os mais velhos daquela
poca previam um esquecimento desses saberes no futuro.
O Sr. Joo F. de Oliveira nos diz tambm que o que sabe sobre as
pinturas corporais aprendeu de seus parentes mais velhos e ainda refora o
formato das pinturas, dizendo que a pintura fechada e redonda Kairu e a
pintura aberta e longa Kame. Coloca que era muito respeitado a questo de
parentesco, pois quem pertencia a mesma metade no poderia se casar, o
casamento s poderia acontecer entre as metades opostas. Segundo ele, as
pinturas sempre foram muito utilizadas em festas de casamentos e rituais.