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valores de 2 no mito grandes y € propercional a 2, de modo que @ ‘rico €, no comego, um rea, 'No caso do imposto de renda, 0 grifico & uma poligonal que no ‘amegocontunde-se com 0 exo dav ablsas, pois mi. primeira fina de renda o imposto a pagar é zero. A medida que se caminina para dtc, deca lad da paligonal. A fim de que ocontouie nio pague de impesto tado o que ganhow a mais em relagSo 2 faina amerior, 0 ngulo de cada lado da poligonl com 9 eixo deve ser menor ddo que 45°. Aqui terse uma Tungdo “convexa”: para valores grandes de so crescent de y acces. Tem prande nimero de problemas tem-se ume granseza 2, do « ‘modo reaciorada com outs, digamos 2,y,u.v41, que a cada eso Tha de valores pare ests slimas comesponde um valor bem determina para = Kato dizemor que 2 ¢ ums fungio das vargves 943,010 € eservernas 2= (2,442, %1) ‘Nests condi, dir’ qus 2 € dirctamente proporcional a z guar do: 12) pare qussquer valores fixados de yyu,Pyu a gandeza = € uma fungZo erescenie de 2, iso é, a desiguiléade 2! < x” implica Se yyesvsu) < Fle" yusese); 22) para guaisqer 2, yyy 0, © mG No emse f{ne--45%, 29) = n-f(zysutu) Analogamns,da-se que = = {(2,y,4,0,%) 6 Inversamente pro porcionat az quando: 18) para quaisqer valores fxados dey,» a prandeza ¢ € uma fungGo decrescente de x, isto €, desiguakiade 27 < * implica 124,00) > flea 95) 22) para quaisquer = y,uy vw e m € N temse f(r 2¥, 4,050) = SGayy.u,0,0) einige semelhantes poser ser dadas para as demais variveis ‘yyu,v,1, Como no caso de uma $6 varivel, temse J iversamente Toporcional a 20 © somente se, f €ciretamente roporcional a 1/2. ‘© teorema seuinte resume os Teoremts 1 e 2 no caso de uma Fungo de vtias varévels. Para fa a das, coasiderimos as vanves F,yyt, eu mas € evidene que ele vale para um dinero qualquer de vada Teorema 4. Seja 2 = flzsy.uyeiw). As seguintes afrmagses sto Cesena Meperenie 137 equivalences: 1) 2 6 direiamence proporcional a 2, ¢ iversamee proporcional a 2) est uma constate sal que =~ bt Demonstragio: Suponhamos vélida afimmagdo 1) ¢ escrevamos & = F(ly11s1p1). Em virate dos Teoremas I ¢ 2, temo Heures) = fle tevsts tym) = 2- SLs u 2,1) = ey f(lot,uyvyu) = 2 F0,1,1,0,0) = BE Matted w) = BE ftstytytss) a Recigrocamete, se vale a afrmagio 2) eno 1) ¢ obviamente verésia Result imediaamente do eoresa aia (@ tam da propria do finigfo) que uma grandeza¢ dreamers (oa inveramerts)proporciona. 4 varias Ouvas 5, €Soment se, € distamente (0 inversameat) propor ional ao produto desas ours. Por exemple, a rea A = Alx,y) de um reingulo de base z © ara & iteamente proparcional Ze a y. Basa vecfcar quanto 3 2a outa vericagao € alogs, Em primeio lugar, se x” < 2" eno ‘A(e',y) < A(2",y) porque o retingulo de buse 2c altura y estécontido zo eingulo de base 2"e mesma altura y. Alée dss, oretingulo de base ‘n- ze aura y se decompoe como reinido de n retingulo jstpostos, todos com base 2 e altura y, logo A(n- 2,9) ~n- Atz,y). Segve-se do Teorema 4 que existe uma constante k tal que A(z,y) = k- zy. Ora, ‘A(1,1) € ie de um redngulo de base ala igual a (guard Unitrio). Mas oquadrado de ado I & terado como widade de Sra, logo A(1) =1. Ponanto k= Le A(z,y) = 2-y. "A shamadt “lei de grivitagio aniversel” (Se Newton) diz que “a suaéria aad a maria en redo dirta dis massas ¢ na Tako divers do quadrado da dstvei”, Ito signiisa que um corpo de massa ra! © ovo de massa m,siuados a uma dstinsia ui do uo, se ates "otwament com una fore ea itesidade F€ detamene proportional 8 mi e mt, © mvraamentepropercional ad. Segue-se do Teoma gue F = iv” /, one constant depede do sstema de unidades Wlzado, 19 ceandens poral Vejamos outro exemplo: em movimento setilineo (aquele em que & ‘eajetina € uma Lina ret) chama-se tforme quando @ mivel percore espagos igusis em tempos iguais. A velocidade é, por defini, 0 espa pereorrido na unidade de tempo. Num movimento desta espécie, 0 expayo pereorrido a panir de um certo poro fixado, e de um instante em que 52 ‘omegos @ conta o tempo, € Fangio da velocidade e do tempo devote: E = f(v,t). Bvidentemente, E € fangio cxescente de v ¢ de t. Alki disso, pela defnigdo de movimento unforme, o espaga percoride depois de minerals de tempos igua:s € m vezes o espigo percorido durante tum desses ineralos (mantids constont a veloeidade). Lago fv, rt) = nn f{vyt), Segue-se do Teorema I que E = f(v,t) =t- f(v,1) A GefnigSo de velocidade como 0 espago peroorrido na unidace de tempo significa que f(v,1) = v. Sequs-se entio que B= vt. Dat resalla gue, ao movimento uniforme, 0 espaga percorido € diexamente Proporcional & velocidade € ao temps. (Sendo igual a 1a constame & de preporcionalidad.) ‘Uma grandeza pode ser fonglo crescente de cada wma das variiveis de que depende, senio dretamente proporcional & slgumas delas © io sendo sequer dretmene proporcional a alguma poténcia de eada wna das ‘ouiras. Uni exemplo importante desta sinagio 6 dado pels evolugio de um capital e, proweniene da aplicago de um capital inicial eg, colocedo a uma taxa de a por cenio 30 ano, durante t anos (L nfo é necesseniamente lum nimenointizo). Supomos que esses juros sio compestos continua mente, isto é, que a cade instante, 0 jwo obtido € juntado 20 capital. Temse © = fo, yt), uma furgio crescente de cada ma de suas és varliveis, Evideniemente, ¢ € ditetamente proporconal a0 capital inci eo. A igualdade f(m-e9,,t) = n= f(éo,0t) resulta da cbservagi0 ‘Sbvia de que, fxados or € £7 pacoes iqusls com a mesma quanta co ‘devem render o mesmo que um nico pacote comtendo a quantia ne, Ji em relagko is outas vargves, 0 mesmo nio acontece. Vejamos, por fexemplo o tempo t. Vale a desigualdade f(co,0,2) > 2- F{eosant) porque a0 empregarnos 0 capital ey durace 2¢ anos (A mesma taka de Juros a}, 0 rendimenio nos tltimos t anos € maior, por corresponder a ‘um capita que jf cresceu em relagio ao capital inical. Se estudarmes 4 questio cuidadosamente, vexemos que Jeo, 0% Rt) = 6) -f(1,,4)%. so caracteriza 0 que se chama crescimento exponencial. A firmula que ‘exptime ¢ como fungio de eoyare € e ~ eo 2%, (Vee pagina 93 raceznFroporoonls 108 do meu livinho “Logartmcs”, nesta colegio) Dat resulta que ¢ no é firetamene proporcionsl & poténcla alguma de a ou det Grandczas quo sio dire ou imversamente proporcionais a duas ou sais outas dio origem 0 tipo de problema conbecido como “rege Ge ws composta". Nesses problemas tem-se, digamos, uma grardeza 2 dirctamente proporcional a z ¢ y, inversamente proporcional at ‘Conhece-se 0 valor 2", comesponderte aos valores particuares 2,4, © procurase determinar o valor 2", que comresponde a eustus valores pat Ticaleres 2”,y"",w". Pelo Teorema 4, sabemos que 2! — ka’y'/u! © 2h = k-2'y"/u". Dividindo a 24 igcaldace pela 1 constante k de saparece e temas 2/2! = aly"! fx'y's", donde 2 = 2'x"u!fx'y'w" ‘A nogio de proporcionalidade é uma das mais ansigas em Mstenica. 6 sambém uma das mais tes, com apicagées feqiemtes na Geomet na Fisica, na Asconomia, ¢ mesmo vida quotidian, dai resultando seu imeress para ocnsira, A importncia dessa nogio esti associada também 20 fato de que ela se deixa representar por um modelo matemstico de ‘exirera simplicidade, expresso pelas equagies y = k-e y = k/z no fexso de uma 36 varivel, ou por equagies Go tipo y = ky /wvw n0 caso de nies vives, [Deve car Caro, enetanro, que 20 © estuar uma questBo que poss cnvolver proporcionlidade, sja ela de ratureza cientiea ou pritca, © ‘equago (caso tenha cabimento) € elspa final da resolugdo do problema ‘Quando um cienisia, um engenfeir, um ge6meta ov um comer ciao se depara com um problema, 2 foemla y = k- 2 (ou qualquer de suas andlogas) nfo vem junio com os dedos. Compete prineiramente a0 interessado verifcar se © modelo y = k= (ox um andlogo) se adapta ao seu caso. Anes de usiclo, € preciso comprovar que y € realmente ‘propoccional 2. ‘Ale disso, cumpre abservar que em eertos casos (como no Teorerna de Tales, por exemplo) a formula y = kz €irelevane, ou simplesmente no cabe no contexto da dscussio. No caso exemplifiado, a constante k pode exprimir-se como 0 quociente de dois senos mas ito é apenas una ‘uriesidade. O seno dem angulo 6 va ser defindo mais tarde Assim, 56 tem sentido por causa do Teorema de Tales. Ouro exemplo & 4 drei A de um resangulo de base be altura a. A razio pela qual A € diretamente proporcional aos lados a,b nio & 2 formula A ab, mas antes 0 conrério, Primeio provese que A € diretamente proporcional a ‘A defnigio de proporcionalidade & Gel exatamente porque permite, mediante duss pergunas simples (y cresce quando 2 eresce? a0 dobrer ‘mos, giplicarms, ete 0 valor de 7 ocorre © mesmo com y?), saber se 0 modelo y = kz s aptica ou nfo & sitwagio considerada, ‘Maso leitoratento deverd ter percebido, a partic do que fo dito aqui, ‘qe existe uma propriedade bisiea, presente nas verificagies ds propor. conaidade, a qual pode ser formlads assim: “a iguais variagdes de correspondem varisgBes igual de y” por iss0 que 0 peso de um fo homogéneo & proporcional co seu ‘omprmento: a bomogeneidade sigifica que pedagos do mesmo umanino tm sempre © mesmo peso, em qualquer trecho do fo. Assim também € que, no movimento tilineo unifoeme, 0 espago percorsdo € proporcional a0 tempo gusto em percoré-io: 8 uniformidde Significa prcisamente que em itervalos de tempo igus sia percoritas espagos igmais. (Compare-se com a queda de am compo, sjeito apenas ‘aplo da gravidade. Ai o espago percorido, digames rum segundo, € ‘menor ou maior eonforme esse segundo seja tomado no inicio ou pesto do fim da queds.) ‘Tamibém no Teorema de Tales, visto acima, pura verficar que X'C € proporcional a XB, tivemos que provar antes que, «varagées igus de _X comespondem variagées iguis de X', Andloga observaglo vale quando fe comprova que a érea de um reir ional B base. , num exemplo mais prosaic, quando se diz que 0 nimero de pegas fabricadas pelos oprisios de uma empresa € dizetamenteproposcional a0 rnimero e operiros, esta afimmagio decorre de ume hipétese técita, 2 saber, que 80 se empregar mais um opersrio @ aumento da prodi 15, com o lucvo L = 1 260 000 cruzeizes, Dissemos acima que o lio de Fremont é, antes de tudo, uma feliz coletinea de aplicagSes da Matemdtica a questbes imteresantes © aus, “Antes de tudo", mas no “apenas”. © livro se divide em més partes, das {quis a segunda, que ocups 234 paginas e que & formada pelasaplicagbes ce que falamos, 6 significantementeinttuiada “O Ensino da Matemstica” Isto ji define a flosofia do autor bem claramenie. ‘A primeira pane do livro chamase “Preparagio pare Ensinar Ma temdlica", Tem 22 paginas e coniém quase tudo © que precisa ser dio sobre a metodologia do ensino dessa matéria, O avtor, com sua longa cexpericia em sals de aula e, acima de tudo, com grande honestidade, ‘os diz que arte de ser um bom professor de Matemitica, nZo se baseia fem complicadasteorias nem consti uma eiénci abstrata, le enumera 10 prlacipios basicos e simples sobre 05 quais deve assemtar-se o ensino eficieme da Matemtica. ‘0s cinco primeiros principios se referem 8 navaeza da Matem: ‘que deve ser bem compreendida pelo professor. Eles s30 0 se coment Stee um Une 147 1) A Matensitica ajuda a compreender nosso meio ambiente 2) A Matematica €a lioguagem da Citncia, 3) A Matemitca ea sociedade so interdependentes 4) A Matemitica é um sisema abso de ids 5) A Matematica 6 0 estudo de modelos "pauerns"), E evideme que nfo pode ser um bom professor aqusle que no tem uma bos compreensio do significado e do alcance do assunto que esti ensinando. Em apents 4 paginas o autor dscorre, com grande clvera, sobre cida Um ds cinco prinepios acima. © grosso do texio consti; lum elaboragéa desses cinco posers, farumente iustndos nas quase 300 paginas que constisuem 2 22 pare do listo. (5 outros cinco axiomas fundamenuis do ensino da Mavens se referem 2 expericia de earsiniir 0 conbecimesto matemstico na sala e aulas, Eles so os segues 1) O “clo vital” da aprendizagem de uma idéin matemitica mostra que essa aprendizagem deve evolnir a parti de um envolvimento sive com objetos eanertos até a andlise as abragdes. 2) Darante todo esse procesto, 0 estudente deve estar livre para pensar « trar suas préprias conelusies. 3) 0 pensamento 6gico-analiico deve sex preceddo por oponwnidades ara ideias “aventurosts, tentativas palptes 4) Uma eranga, em geval, €capaz de absirai um principio matemético pois de confrontada com uma sére de siuagdes as quais 0 dado principio € inerente. 5) Imagens visuais sho indispensiveis para que o exudate possa com- preender ¢ ulizar concetes abstrates, ‘© autor termina seu compéndio de pedagogia de 21 piginas ilustrando ‘com um exemplo conersto (ensino a funcio linear) como uslizar estes Prineipios ne elaboracio de um plano de ensino de wm tépco,oferecendo, inclusive, sugesties sobre a atuagio do professor na sala de aula. Em foema mais resumida, ele indica um plano para oensino da congruéncia em ‘Geometsa. No decorrer do capitulo, ele enumera ume série de conselhos tailisimos ao jovem professor, no que conceme ao seu relucionamento hhumano com 0s aluns. © ivro termina com um capitulo sobre a elaboragio de tests © 0 problema da verificacio da apcendizagem, em geval (livto do Professor Fremont é um trabalho com profunda peroopg30 148 comet Soe ino do problema do ensino da Matematica, escrito com honestidade ¢ amor 08 scus colegas professores de Matemitica de todo © mundo. Estoo cero de que sua uaduyio par a Lingus portuguesa servi como auxiio inestimivel 20 esforgo gue se faz no seaido de divugar cada vex mais 0 conhecimento da Matemstice © 0 seu ensino no Bra onceios € Conrovériad" & wma segdo da Revista do Professor de Mattia, a qual ot tens a sequl foram pablicado. O objeto da segdo& exclarecerassumos do ewlewo do primero e seuado grau ert Matera, sobre os quis cosuananoccrerdvidas cu divergences, Alps dos tiptcosabordaoscorespondem a perguntas qu foram die mente formaladae pelo lores dauela revista, enguanto oun referem-se & Dpontos que @ minha antiga experiéaca de pressor inca merecerem mais ‘explcagoese opines. Evideriemerie, nem por sombre tenho u pretnsio de dar ‘apolavra final ou mesma a pala adequada. Eatetano, creo que esse mod (de nerago ere or que favor a revista eos gue a lem tom sex lado posto ‘Quando menas sea conmibul para iormar 0 ambient ais aad Conceitos e Controvérsias Minka inengio aqui é a de apresentar opnides e escarecimenios sobre Pontos contoveridos, dividas, difculdades e questées em geral que preo- ‘cupem o professor de Matemaica. Os assunios de que atari, gotaria ‘que fossem superidos pelo leior, motivados por seu deseo de aprimorar- Se provocados por sua curosidade, suscitados as vo2es por sua perple idade diante de opinides divergestes. Prefiroe darei sempre priocdade 4 questéesreltivas a Matemticapropriamente dia, embora possa even tualmestediscairprobiemas correlatas, como os diditicos, por exempl. -Engunto no chegam as indagapées dos litres, vamos comegar com slgumas pergunias que me foram feta, em diferentes asides e lugares, ‘or pessoas ineessadas em ensinar Matemia, 1. Zero é um némero natural? Sime nlo. lcs o af0@ nmero 0 a conn N dos nero nat ras € uma guest de peferécia pessoal xis ojetivament, de con- veniésia. Omeono pofessor ou aur pode em deters cicuratints, ‘escrever 0 N ou 0 ¢ N. Como assim? Conslemos unt watdo de Ageia. Pracament en todos sles }. Vejmon um iro de Andie. Li aha. 188). remos quase sempre N Por que essas preferénciag? E natural que © aut Algebra, cujo principal imeresse éo estudo das operagées,considere zero de um liv de ‘como um nimero natural pos ito Ihe daré um elemento reviro para a adigfo de ndimeros naturals e permits que a diferenga 2 — y seje uma ‘operago com valores em N no somente quando z > y mas também se £ = y. Assim, quando o algebrisa considera 2ero como atime natural, esti fciltando @ sua vida, eliminando algumas excegdes. Por outro indo, em Andlis, os niimeros naturais eccrrem rauito freqlentemente como indices de termos numa sequins, ‘Una seqUénca (digamos, de mimeros reais) € uma fungdo 2: — A, jo dominio € 6 conjunto N dos nimeros natres. 0 valor que a Tungio Conenton Contondisn 151 2 assume no mémero catural m € indicado com a notagdo zp (em vez de E[n)) ¢€ chamado 0 "neésima term” én seqincia. [A rotasi (2,245.0. Ensor-) € SAGA Para representa a seqhéncia, Aqui, o primwiro term da SeqUéncia € 2, 0 segundo & 2» e assim por ant, Se fossemos considerar N = (0,1,2,...) entio a seqineia seria (2o,21s225-+- 4 ny---). 0a qual o prmeito termo € zp, 0 segundo € 2, ec. Em gerd 2 do seria 0 n-ésimo e sim o (r+ )-€simo temo, Para evitar essa dicrepncie, € mais converiente tomar 0 conjurto dos rnimezos natusis como N = (1,2,3,-.-} Para encerrr este tpic, ume abservagdo Sobre a nomenclarura ma temitica, Nio adianta eacaminhar a discussio no sentido de examinar se ‘9 nlmero zero ¢ au nio “natural” (em oposigho a “ariicial”). Os no- mes das coisas em Matemética nio sio geralmeate escolhides de modo «8 ansmiticem uma ila sobre © que devem ser essas coisas, Os exem- los abundam: um nimero “imapintio” aio é mais nem menos existnte ‘do que us aimero "res"; “grupo” é uma palavra que nfo indica nada sobre seu signifietdo matemiico e, faalmenie, "grupo simples” & um coneeito extemamente complicado, a pont de alguns de seus exemplos ‘mais famosos serem chamados (muir justamene) de “monstos”. 2 Por que (-3)(-1) = 1? ‘Men saudoso professor Benedito do Morais costumava explicar, 2 mim a meus colegas do segundo ano ginasal, ax “regras de sinal” pare a rullplicagdo de mimeros relativos da segainte manera: 13) 0 amigo do meu amigo & meu amigo, ou seja (H)(+) = +: 28) o amigo do meu inimigo € meu inimigo, isto é, (+)(— 34) 0 inimigo do meu amigo € meu inimigo, oer dizer, (-](+) = Finalmente, 48) o nimigo do meu inimigo € meu amigo, o que significa (—)(-) Sem divida esta ilustagio era um bom arifiio diditico, embore alguns de nés ao concordéssemos com a flosofia maniqueista conida nu justificagdo da quanta regra (podtamnos muito bem imaginar wes pessous inimigas enue si). ConsideragSes sociis& parte, o que os preceits acima dizem & que :nukiplicar por 1 significa “wocar 0 sinal”¢, evidentemente, tear © final das vezes equivale a deixar como esti. Mas geralmemte, multplear ‘por —a quer dizer multilicar poe (~1)a, ou se, primero por ae depois 152 cones Cnondnt por ~1, logo muliplcar por ~a é0 mesmo que muliplicar por ae depois trocar 6 sil. Daf result que (—a)(~8) = ab, + Tao isto est muito clato e as manipulagbes com mimeros relaivos, 2 partir dai, so desenvolvem sem maiores novidades. Mas, nas exbegas das pessoas mais ingusidoras, resi uma sensagdo de “magiser dix, de regra outorgada pela fora. Mais pecisamente insinua-se a divide: Seré possfvel demonstra, em vez de impor, que (~1)(-1) = 1? io se pode demonsirar algo a puri do nada, Para provar wm res tado, € preciso admitr uns tanios outros fates como conhecidos. Esta € 8 natureza da Matemtica. Todas as proposigdes matemsicas sf0 do tipo "se isto emo aquilo”. Ou sea, admitndo isto como verdadeizo,provamos squilo como conseqiéncia, Feitas esis cbsensagbes filoséficas, yoltemos a0 nosso caso, Gos- tariamos de provar que (—1)(-1) = 1. Que fatos devemos admitir coma verdadeiros para demonstra, a parr dele, esta igualdades? De modo sicinto, podemos dizer que (—1)(~1) = 1 € uma con sequin da lei diswibutva da mulipicaglo em relugio 2 algo, eon- forme mostaremos & seguir, Nossa discusso tem ligar no conjunto Z dos mimerosineiros (re= tives), onde cada elemento a possoi um simétrico (ou inverso aditivo) 8,0 ual cumpre a condigho ata = a+ (~a) =0, Dai resulta que o simétrico ~a, 6 earacterizado por essa condigio. Mais expliciument, se b+2=0, entio z = —b, como se vé somando, ~b.a ambos os membros. Em panicular, como ~a'+ a = 0, concluimos que a = —(—a), ou sea, (que 0 sinéuico de ~a € a. ‘Uma primeira conseqincia da diswibutividads da multislicaglo € © fato de que a +0 = 0, eje qual for 9 nimero a, Com efeio, ata-D=e-140:0= (140 Assim, logo Core «Content 153 Com efeito, a+ (-I)-a=t-e+ (a= fi+(-]-a~0- logo (-1)-a 60 simético de a, ou sea, (1) a = —a Em panteular, (—1)(~1) = —(-1) = 1. Dat resulta, em geral, que (-a)(=8) = ab, pois +) = (Nae -3)(-1)2b = ab, 3. Por que (~1)(-1) = 1? (continuagio) ‘Alguas Ietores escreveram sobre a demonstragio da. “regra dos sinais dada no mimero 1 da RPM, Numeremos 28 earss 1 Pedro Paulo, de Ubatuba, SP, achou a demonstragdo “muito alge bristae cansativa”. Sugere uma alemativa geométic, baseada no sina psa deserpenhar sua miso com a vangUla confange de quem abe foe o que ex flando, Tas explicaSes do sio oferecidas como roposus didtea. Ito nos purecia Gbuio mas parece que nem todos Sender asin i "Yano, aor, responder bevement as cas: 1, Pedro Paulo: tual que um fato algthrico tenha uma demonstra fo algctrin; qm a enstgo,eat-ecerumente de una e7sa¢80 pessoal, Sev azimento geomético & bom ineessame. S6 que ele 56 pode ser apeserado & alunos que, pela série em que ex, j tprendera a reg dot sna. Além dss, para prov que ago onto I tem mesmo abies igual» (~a)(~), yore vai ter que war ‘dita eg 2. Léa Santos Sua sugestio€ muito boa, Pde ser wilizad com exit, inclusive porque coribu pera qe os alunos entendam melhor 030 de nimeresnegsivs em problemas cores 3 Maeno lis Imagine que o Pro, Blach comegava sua explanas5o justificando que (—)(+} = (—). Isto pode ser feito da mesma ma- nics como voct fea para chegar a (~}(-) = (+). NSo se! se voce tou que te argamesto us npn let dseibtiva. Neste Coreen Canmore 165 sentido, paece-nos que a sugestio seguinte mais convincente, 4 Fred Gusmao dos Sani: Maito bow a sua epresentagio, lids, no ‘poderfamos deixar de clog, i que ela constiui uma reformulag, ‘0 kermos numéricos, do argumento usado na demonstaggo dade em “Concetos e Conrovérsias” a 2, Para finalizes, gostariumos de recomendar a todos aqueles genuina- ‘mente interessaios em aperfeigoar suas téenices de ensino, a litura do tivo “Aplicagées da Teoria de Piaget ao Ensigo da Matemtica”, de autora do Professor Luiz Alberto dos Santos Brasil (Editora Forense Universitsia, Rio de Janeiro, 1977). Nas paginas I6L e 162 cess livro, © sito encontrar exemplos de problemas concretos que motivam &reara dos sins, 4. Qual é 0 valor de 0°? ‘A resposta mais simples € O° & uma expressio sem significado ma temétieo. Uma resposta mais informative seria: 0° ume expresso inde- terminada. Para explicar estas respostas, talvez seja melhor examinar dots exem- ls ga simples de fds desprovids de inificago matemstico, que so 5 © G. De aconlo con definigéo de hae, 5 = esos ae 1, os glade 0-26 1= 0-9. Ore TODO nimero x € tl que Oe NENHUM nine y ud gud y= 1. Psa So 9 ¢ nano nti ee wn vis inposste Os penned dso 6 ipo, on 4 ings) Yolanda sno, nts gua pais de epee 2210 foram incoduzidas a fim de que a férmula 2 = a™~¥, que é iden undo m > pce sins win fm Peta or a becmes cate $8, go P ise b'20 Noenob =a 0 @ = b- 6, Portant, se evrevéssemos Porto, sernos 3 signifcariam que a sone # = # eta ome cone sehen Sean eta pe xpineemene: ome ©°, 0 que leva a considerar 0°

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