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BELM/2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR
INSTITUTO DE CINCIAS DA ARTE
PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ARTES
MESTRADO PROFISSIONAL
BELM/2017
O ato de criar para um artista resulta em um desafio para combinar diferentes
elementos, propor um novo olhar sobre um tema que lhe tenha sido sugerido ou
recriar um produto de sua autoria. Estas so as impresses que tenho sobre a
temtica de processos criativos a partir de minha experincia como artista-professor.
Porm quero destacar que mesmo a experincia trazendo uma desenvoltura para a
criao, cada vez que um artista se prope a criar algo novo isto lhe provoca uma
inquietude, um desconforto at certo ponto, pois significa lidar com um jogo no qual
os elementos so novos ou mesmo que lhe sejam familiares, a sua intuio lhe dir
que deve realizar um estranhamentos a fim de que o processo lhe seja satisfatrio.
Rangel (2009) nos sugere a imagem como algo que est ligada tanto ao
processo artstico como ao produto, h portanto uma implicao da imagem em
todos os momentos de uma potica cujo desdobramento ser a criao de nova
formas: Neste sentido a imagem aqui tratada como material direto para o artista
visual ou cnico (RANGEL, 2009, p. 96).
Esta idia apresenta elementos apropriados pra pensar sobre minha
experincia em processos criativos. No caso de uma coreografia, por exemplo,
tenho sempre dois modos de proceder: caso tenha um tema comeo a imaginar os
movimentos, antes mesmo de experimentar no meu corpo ou no corpo de outros
bailarinos/estudantes; e um segundo modo tem por incio uma msica ou poesia e
que provocam na mente as imagens dos movimentos. Em ambos os casos a
imagem intermedia o processo, a imagem que surge como resultado do
sentimento que me faz sentir instigado a criar.
Preciso aqui enfatizar que o termo imagem ao qual me refiro a imagem
mental antes de me referir a imagens que tenham sido vistas objetivamente em
alguma reproduo de um quadro, um filme ou mesmo presenciado uma cena em
um teatro. Trata-se portanto da imaginao como um recurso para criar uma
coreografia e que depois posso experimentar no movimento corporal. Nesse sentido
Rangel utiliza a noo de visibilidade extrada da obra de talo Calvino:
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
RANGEL, Sonia. Olho desarmado: objeto potico e trajeto criativo. Editora Solisluna
Design, 2009.